Basidiomicetos

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – ICB


DEPARTAMENTO DE BOTÂNICA

TAXONOMIA DE CRIPTÓGMAS
FUNGOS:
FILO BASIDIOMYCOTA

PROFESSORA: MARIA RITA SCOTTI MUZZi

ALUNOS: LAYANA NEVES, MARIA THERESA DE PAULA, MAYARA


BRITO, MELISSA BRAVO E NAYARA DINIZ.

BELO HORIZONTE, ABRIL DE 2013

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INTRODUÇÃO AOS BASIDIOMYCETOS

O reino Fungi é um grupo de organismos eucariotos, heterotróficos,


predominantemente terrestres. Seu corpo é constituído por filamentos denominados
hifas; exceto as leveduras, as quais são unicelulares. Esse grupo é dividido em cinco
filos: Deuteromycota, Glomeromycota, Zigomycota, Ascomycota e Basidiomycota. O
presente trabalho irá abordar especificamente este último.

O filo Basidiomycota é constituído por fungos conhecidos como “orelhas-de-


pau”, ferrugens, cogumelos, entre outros. A identificação dos basidiomicetos é feita
através da observação das hifas de seu micélio, que possuem septos com poros, que, em
muitas espécies, apresentam margem dilatada chamada Doliporo. Além disso, nas
laterais dos poros há uma membrana denominada “parentossomo”.

Em alguns representantes do filo, como nos cogumelos, há uma estrutura


produtora de esporos bem característica, o basidioma, que é dito completo quando
constituído por Píleo, Himênio, Estipe, Anel e Volva.

Ao longo do desenvolvimento dos Basidiomycota, a maioria passa por fases


monocariótica (micélio primário) e dicariótica (micélio secundário e terciário). Células
apicais no micélio secundário são hifas modificadas, denominadas Ansas.

Tal filo tem grande importância no ciclo do carbono e de outros elementos,


como fósforo e nitrogênio, além de realizar a ciclagem de matéria orgânica.

IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA

Em ecossistemas florestais, os fungos são os principais decompositores de


celulose e lignina, os componentes primários da madeira. A produção de biomassa em
um ecossistema florestal é, em grande parte, encontrada por fungos degradadores de
madeira; esses seres determinam as taxas de nutrientes liberados e seu retorno ao
ecossistema após a morte das árvores. (AGUIAR et al. 1969)
Considerando que os fungos são biorreguladores da FLONA (Floresta Nacional
Amazônica), notamos a sua importância na manutenção do equilíbrio, pois os mesmos
têm realizado um importante papel na ciclagem de nutrientes.

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Os basidiomicetos das ordens Russulales e Polyporales, conhecidos vulgarmente
como orelhas-de-pau, cumprem um papel valoroso ao crescerem e se desenvolverem
nos troncos das árvores ou matéria vegetal morta (no caso lenhosa), pois, através do seu
modo alimentar, aceleram a decomposição, enriquecendo o solo com matéria orgânica e
muitos nutrientes que são disponibilizados para as espécies vegetais existentes na
floresta.
Os cogumelos predominantemente das ordens Agaricales e Boletales possuem
um hábito de crescimento mais diverso, podendo ocorrer sobre a serapilheira, próximos
às árvores, solitários ou em grande número, na beira das nascentes por conta da
disponibilidade maior de água.
No caso da serapilheira, os basidiomicetos atuam na decomposição das camadas
de folhas mortas e demais restos orgânicos depositados na superfície do solo florestal.
As espécies saprófagas de fungos, juntamente com os microrganismos (certas bactérias),
desempenham um trabalho de agentes decompositores de restos animais e vegetais,
permitindo que os elementos químicos da matéria orgânica desses seres sejam
aproveitados.
Os nutrientes da serapilheira e concentrações de frações de carbono, como a
lignina, têm sido identificados como indicadores da qualidade da serapilheira. As
relações entre algumas dessas substâncias têm sido usadas para explicar diferenças entre
a decomposição de materiais orgânicos (SILVA, 2009).
Os basidiomicetos que atuam na decomposição da matéria orgânica contribuem
para a fertilização do solo e ajudam as plantas na absorção de nutrientes através de
associações com as raízes das mesmas.

Biorremediação

Biorremediação é o uso de organismos vivos em tratamento de ambientes


contaminados para reduzir a concentração dos poluentes a níveis não detectáveis, não
tóxicos ou aceitáveis, isto é, dentro dos limites estabelecidos pelas agências de controle
ambiental.

Esta prática é utilizada desde as primeiras civilizações que, sem o conhecimento


adequado, confiaram aos micro-organismos a destruição de compostos perigosos de uso
doméstico, agrícola e industrial, com conversão desses em dióxido de carbono, água e
biomassa.

A partir do século XIX, o biotratamento tornou-se mais aperfeiçoado com


melhores engenharias de processo, embora ainda não tivesse sido chamado de
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biorremediação. Nas últimas décadas, técnicas de biotratamento foram muito
empregadas. Hoje, qualquer transformação ou remoção de contaminantes do ambiente
por organismos é considerada como biorremediação (Litchfield 2005).

Antes, se fazia amplamente a utilização de bactérias para estes processos, porém


estas demonstraram grandes incompatibilidades em alguns casos, sendo necessária a
escolha de outros micro-organismos capazes de realizar tal processo. Para isso, os
basidiomicetos são usados amplamente em estudos de biorremediação de poluentes
orgânicos persistentes (POPs), tais como pesticidas clorados (DDT), dioxinas (2,3,7,8–
tetraclorodibenzeno-p-dioxina), bifenilas policloradas, hexaclorobenzeno, além de
hidrocarbonetos aromáticos (benzo-α-pireno), pentaclorofenol e hexaclorobenzeno.

Tais linhagens de fungos envolvidas na degradação destas moléculas incluem as


espécies: Higrocybe sp., Lentinus crinitus , Peniophora cinerea, Phellinus gilvus,
Pleurotus sajor-caju, Psilocybe castanella, Pycnoporus sanguineus e Trametes villosa
(Matheus et al. 2000, Gugliotta 2001, Machado et al. 2005, Vitali et al. 2006,
Ballaminut 2007, Salvi 2008, Okada 2010).

Aust (1990) e Eerd et al. (2003) listaram uma série de vantagens em utilizar
fungos basidiomicetos em processos de biorremediação:

 Os fungos estão em contato direto com o solo, líquido ou porções


de vapor;

 São capazes de transformar um grande número de compostos com


estruturas dissimilares;

 São capazes de diminuir o efeito tóxico de muitos xenobióticos


(compostos químicos estranhos a um organismo ou sistema biológico);

 Libera metabólitos que podem ser degradados por outros


microrganismos;

 O sistema enzimático, sendo extracelular, pode atuar em


substratos insolúveis ou complexados aos solos e, portanto, pouco acessíveis à
ação bacteriana;

 O sistema sendo inespecífico pode ser usado para uma ampla


variedade de poluentes orgânicos ou mesmo para a mistura deles.

Como foi considerado acima, no enfoque ecológico, portanto, os basidiomicetos


possuem papel fundamental na ciclagem de nutrientes e manutenção dos ecossistemas,
atuando na degradação da matéria orgânica. São saprófitos, parasitas e formam
associações com plantas (ectomicorrizas). A conservação in situ (no local) deste grupo

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de organismos está intimamente ligada à conservação das florestas preservando, assim,
os habitats onde eles naturalmente ocorrem.

IMPORTÂNCIA ECONÔMICA

Economia e alimentação
Altamente ricos em proteínas, sais minerais, ferro, vitaminas do complexo B,
cálcio, fibras e outros elementos essenciais à saúde, os Basidiomicetos comestíveis,
dentre os quais se destacam os cogumelos, vêm conquistando seu espaço na indústria
alimentícia. No Brasil, espécies como Agaricus bisphorus (Champignon), Pleurotus
Osteatus (Hiratake), Agaricus Blazei Murril (Himematsutake), Lentinus Edodes
(Shitake), e Pleurotus Ssp (Shimej), são consideradas iguarias e vêm sendo amplamente
cultivadas.
De acordo com um estudo realizado em 2000 pela FAO (Organização das
Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), a produção mundial de cogumelos foi
de aproximadamente 2,4 milhões de toneladas métricas (quadro 1). Os maiores
produtores são a China (708 mil toneladas métricas) e os Estados Unidos (390 mil).

Quadro 1
Produção mundial (toneladas métricas) e área plantada (em hectares) de
cogumelos

Ano 1997 1998 1999 2000


Produção 2.203. 2.232. 2.349. 2.411.
668 353 017 556
Área 7.739 8.180 8.758 8.758
Plantada
http://www.ufrgs.br/Alimentus/feira/mphorta/cogumelo/p%E1ginas/prodaobase.html

Algo importante de se analisar é a baixa importância comercial dada ao cultivo


de cogumelos no mundo, comparando essa atividade com a agropecuária, por exemplo.
A área total destinada a isso não ultrapassa 10 mil hectares e gera, aproximadamente,
uma renda de US$ 6 bilhões de dólares por ano.

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No comércio internacional, a FAO estimou, em 1999, um volume de 272 mil
toneladas métricas, cerca de 11% da produção mundial, correspondendo a US$ 775
milhões de dólares em negócios. A maior exportadora mundial de cogumelos nesse ano
foi a Holanda, terceira produtora mundial, com 63,7 mil toneladas métricas, seguida da
China, com 50,1 mil toneladas métricas. Os maiores importadores de cogumelos, em
1999, foram, em ordem, a Inglaterra, a Alemanha e o Japão, que importaram 59,4 mil,
43,5 mil e 35,2 mil toneladas métricas, respectivamente.
No mercado atacadista brasileiro circula uma pequena parcela da produção
nacional de cogumelos, cerca de 25% a 30%, destacando-se o Ceagesp em São Paulo.
Na Ceasa - MG, a comercialização tornou-se mais frequente a partir de 1997, mas com
volumes muito pequenos.

Oferta (em kg) e preço médio anual nominal (em reais) praticados no
atacado de cogumelos da unidade Grande BH da Ceasa-MG

1997 1998 1999 2000


Volume 7.165 2.859 2.487 2.876
(kg)
Preço 4,87 5,12 4,79 4,86
(R$)
http://www.geocities.ws/omineiro2000tb/tb096.htm

Economia e agricultura
Dentre todas as classes de Basidiomicetos, duas merecem atenção maior por
reunirem grupos fitopatogênicos de culturas agrícolas: Teliomycetos e Ustomycetos.

Os primeiros são representados pelas “ferrugens”, pretas nos cereais, brancas


nos pinheiros e as ferrugens do café, da maçã e do amendoim. Têm grande importância
econômica chegando a causar prejuízos anuais de bilhões de dólares na agricultura. Esta
classe contém fungos que não formam basidiomas. Seus esporos ocorrem em
aglomerados, denominados soros, nas superfícies das folhas dos hospedeiros. O ciclo de
vida dessa classe é heteroécio, isto é, requer dois hospedeiros diferentes para
desenvolver todo o processo, o que faz dos Teliomycetos grandes desafios aos

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fitopatologistas. Os gêneros mais importantes são: Puccinia, Gymnosporangium e
Cronartium.

www.cca.ufsc.br

A segunda classe é representada pelos “carvões”, que são parasitas de


angiospermas. Esse nome é devido à aparência escura, fuliginosa e pulverulenta dos
esporos de resistência. Economicamente são muito importantes, pois atacam cerca de
4.000 espécies de plantas, incluindo as destinadas à alimentação, como o milho, a aveia
e o trigo.
O ciclo de vida de um carvão é autoécio (requer somente um hospedeiro) e é
consideravelmente mais simples do que dos teliomicetos. Nesta classe também não
ocorre a formação de basidiomas, sendo que os esporos podem ocorrer em soros ou
tumores grandes.

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eol.org

IMPORTÂNCIA MEDICIANAL E FARMACÊUTICA

Os fungos basidiomicetos despertam grande interesse como possíveis fontes de


metabólitos bioativos, devido não só à atividade antibiótica, como, também, por
demonstrar outros atributos medicinais, tais como: propriedades antifúngica, antiviral,
citotóxica imunomoduladora, analgésica, cardiovascular, anti-inflamatória, psicoativa,
hipoglicemiante, hipolipemiante, entre outras.

Em humanos e animais, os fungos podem causar alergias respiratórias e cutâneas


leves ou intensas, dependendo da suscetibilidade e pré-disposição do indivíduo. Podem
causar infecções em mucosas e em outros tecidos subcutâneos, assim como infecções
crônicas e letais envolvendo órgãos inteiros. Cada tecido ou órgão do corpo humano
pode ser afetado, com exceção dos dentes.

Os Basidiomycotas se destacam também como agentes infecciosos. As


basidiomicoses, infecções fúngicas provocadas por basidiomicetos ou agáricos, vêm
sendo registradas cada vez com maior frequência na literatura médica, principalmente
após o advento da AIDS/SIDA, em 1981. Lesões da mucosa da boca, abscessos
cerebrais, onicomicoses e endocardites já foram descritas, aumentando o interesse dos
micologistas e infectologistas para este tipo de micose profunda (Lacaz et al., 1996).

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Podemos citar como exemplo o Agaricus brasiliensis, que é conhecido por
vários nomes comuns incluindo “Cogumelo do Sol”, “Himematsutake”, “Cogumelo
Princesa”, “Royal Agaricus”, “Cogumelo Piedade”, “Cogumelo do Fogo”, entre outros.
As pesquisas apontam qualidades medicinais para a linhagem do Agaricus brasiliensis
que se chama Jun-17, pois atuam no fortalecimento do sistema imunológico e na
inibição da reprodução de células mutantes e cancerígenas. Comercializado como
produto terapêutico, é largamente consumido no Japão, EUA e Canadá. Apresenta
efeitos antimutagênicos, antibactericidas, antitumorais e anticancerígenos, além de
ajudar na diminuição dos níveis de glicose no sangue e da pressão arterial.

Cogumelos comestíveis e medicinais


(cogumeloscostestíveis.com)

Em 2008, a revista científica britânica “Mycological Research” publicou um


trabalho do farmacêutico Alexandre Fuentefria. Neste, ele descrevia uma nova e inédita
espécie de fungo anamórfico e basidiomicético produtor de toxinas letais: Trichosporon
insectorum. É a terceira espécie de fungo leveduriforme descoberta na história da
microbiologia brasileira.

De grande importância também, podemos citar o Polyporus umbellatus,


cogumelo saprófito que cresce em faia murcha e em raízes de árvores de
bordo. Sua escleródio (massa compacta de hifas), chamada Zhuling, é usada para a
composição de uma droga comumente usada para distúrbios urológicos na medicina
chinesa, devido ao seu efeito diurético (promoção da micção). Um certo número de
estudos demonstraram que P. umbellatus tem, portanto, uma variedade de propriedades

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medicinais, entre eles, antitumorais, aprimoramento do sistema imunológico, antiviral
(hepatite B) e antiprotozoário (Plasmodium falciparum).

Polyporus umbellatus (Pers


Wikipedia, GFDL, CC-BY-SA-2.5

Espécies de basidiomicetos comestíveis, como o Shiitake (Shiitake mushroom),


por exemplo, são ricos em proteínas e aminoácidos essenciais, pois contêm vitaminas E,
B, C e D, e sais minerais, como cálcio, fósforo, ferro e potássio. Além de apresentarem
baixos níveis de açúcar e gorduras, contêm fibras dietéticas que auxiliam na digestão. O
Shiitake possui efeitos muito importantes no combate ao colesterol e no controle do
sistema imunológico, comprovados por estudos realizados principalmente no Japão e na
Alemanha. É cultivado em toras ou substratos à base de serragem de madeira e ocupa o
segundo lugar em consumo no mercado mundial.

Shiitake mushrooms (Sistersisterearthorganics.wordpress.com)

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Entretanto, como se sabe, nem todos os cogumelos são comestíveis. O consumo
de certas espécies vem preocupando a medicina mundial, pois alguns são usados
como alucinógenos, causando intoxicações e mortes em milhares de pessoas ao redor do
mundo. Um exemplo é a Amanita, da família Amanitaceae sendo a responsável por
95% das fatalidades resultantes de envenenamento por cogumelos, já que apresenta
uma toxina extremamente potente: a alfa-amanitina.

As espécies venenosas de Amanita contêm compostos ciclopeptídicos


conhecidos como amatoxinas e falotoxinas, para os quais não
existem antídotos eficientes. Sua toxidade e possível envenenamento ficam ainda mais
expressivos se levarmos em consideração que a A. muscaria é comumente aplicada em
contexto ritual e também como antídoto para picadas de cobra. Seu uso pode causar
problemas na bexiga, dor de cabeça, alterações intestinais, doenças na circulação
sanguínea, nervosismo geral, distúrbios do sistema nervoso central (SNC).

Amanita muscaria
(www.morelmushroomhunting.com)

Estudos feitos com o filo Basidiomycota, revelam outras curiosidades.


 Segundo experimentos da UFRGS(2), Amauroderma camerarium
é uma espécie de fungo que produziu antimicrobianos contra Staphylococcus
aureus resistente a meticilina, Pseudomonas aeruginosa e Candida albicans.

11
(2) Matheus Weiler do Amaral, Maira Peres de Carvalho e Alexandre Jose Macedo (orient.) (UFRGS).

Amaurodermamycoportal.org

 No Japão, a partir de 1969, os trabalhos de Ikegawa demonstraram a


atividade antitumoral de extratos aquosos obtidos de basidiomicetos da família
Polyporaceae (ZJAWIONY, 2004).

File: Polyporaceae pl.jpg


(commons.wikimedia.org)

 A partir da espécie Agrocybe perfecta, presente em ecossistemas


brasileiros, foi isolada a agrocibina, que apresentou atividade antiparasitária, ao ser
capaz de matar 60% das formas tripomastigotas de Trypanosoma cruzi em sangue
murino infectado (ROSA, 2004).

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Agrocybe | Flickr - Photo Sharing (www.flickr.com)

DISTRIBUIÇÃO DOS BASIDIOMYCETOS NOS BIOMAS BRASILEIROS

No Brasil encontramos representantes dos Basidiomycotas em todas as regiões e nos


mais variados ecossistemas. Além das espécies nativas do país, existem áreas de cultivo de
algumas espécies exóticas destinadas à indústria farmacêutica e à culinária. São rregistrados 376
gêneros que abrigam 1.730 espécies das quais 417 são endêmicas. ². Listamos algumas dessas
espécies:

 Floresta Amazônica.

Hygrocybe miniceps¹

The Hidden Florest, 2007. <http://hiddenforest.co.nz/fungi/family/tricholomataceae/hygro04.htm>.


Acesso em: 07 abr. 2013.

13
Lactarius panuoides¹

Macrofungi.<http://www.tropicalfungi.org/?portfolio=lactarius-panuoides>.
Acesso em: 07 abr. 2013.

Cotylidia aurantiaca² – Espécie nativa; não endêmica; Norte (AM)

Meike Piepenbring, 2008.<http://biogeodb.stri.si.edu/bioinformatics/dfm/metas/view/46615>.


Acesso em: 07 abr. 2013.

14
Auricularia polytricha² – Espécie espécie nativa; não endêmica; Norte (RR, AP),
também encontrada no Sudeste (SP), Sul (SC, RS) e Mata Atlântica

Taylor P. Lockwood.<http://www.fungiphoto.com/CTLG/images/1055-24.jpg>.
Acesso em: 07 abr. 2013.

Exidia nucleata² – Espécie não endêmica; Norte (RO); Amazônia

© Copyright Malcolm Storey 2011-2112


.<http://www.discoverlife.org/mp/20p?see=I_MWS32481&res=640>.
Acesso em: 07 abr. 2013.

15
Tylopilus potamogeton ² – Espécie nativa; endêmica; Norte (AM); ) Amazônia

Tropical Fungi. <http://www.tropicalfungi.org/wp-content/uploads/2011/08/Tylopilus-potamogeton-


var.-irengensis-TH-6266-HOLOTYPE1.jpg>.
Acesso em: 07 abr. 2013.

Xerocomus amazonicus¹

Macrofungi.<http://www.tropicalfungi.org/?portfolio=xerocomus-amazonicus>.
Acesso em: 07 abr. 2013.

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Outras espécies:
Sclerangium brasiliense ²– Espécie nativa; Norte (AM); Amazônia.
Phylloporus gymnocystis ² – Espécie nativa; endêmica; Norte (AM); Amazônia
Pulveroboletus duckeanus ² – Espécie nativa; endêmica; Norte (AM); Amazônia
Pulveroboletus roseamariae ² – Espécie nativa; endêmica; Norte (AM); Amazônia
Phylloporus manausensi s ² – Espécie nativa; endêmica; Norte (AM); Amazônia
Phylloporus viridis ² – Espécie nativa; endêmica; Norte (AM); Amazônia
Heterochaetella cystidiophora ² – Espécie não endêmica; Norte (RO); Amazônia.
Strobilomyces pauper ² – Espécie nativa; endêmica; Norte (AM); Amazônia.
Tylopilus acutesquamosu ² – Espécie nativa; endêmica; Norte (AM); Amazônia.
Tylopilus arenarius ² – Espécie nativa; endêmica; Norte (AM); Amazônia.
Austroboletus graciliaffinis ² – Espécie nativa; endêmica; Norte (AM); Amazônia.
Aaustroboletus olivaceus ²– Espécie nativa; endêmica; Norte (AM); Amazônia.

 Mata Atlântica

Tubaria cf. dispersa¹

Josep Maria Sole. Biodiversidad Virtual.< www.biodiversidadvirtual.org>.


Acesso em: 07 abr. 2013

17
Volvariella earlei¹

Funghiitaliani.<http://www.funghiitaliani.it/ >. Acesso em: 07 abr. 2013

Outras espécies:

Auriscalpium villipes¹

Marasmius allocystis¹

Marasmiellus paspalis¹

Climacodon pulcherrimus¹

Scytinostroma duriusculum¹

Agaricus cf. brunneostictus¹

Lepiota erinana¹

Coprinus pseudomicaceus¹

18
Auriscalpium villipes¹

EOL Encyclopedia of life. <http://eol.org/pages/151996/overview>.


Acesso em: 07 abr. 2013.

Climacodon pulcherrimus¹

Mushroomexpert.com. <http://www.mushroomexpert.com/climacodon_pulcherrimus.html>.
Acesso em: 07 abr. 2013.

19
Mycena luxaeterna³

National geographic News.


<http://news.nationalgeographic.com/news/2009/10/photogalleries/glowing-mushrooms-pictures/>.
Acesso em: 07 abr. 2013.

Macrolepiota sp.*

Natureza Brasileira. <http://www.naturezabrasileira.com.br/fotos/1280/macrolepiota_sp.aspx>.


Acesso em: 07 abr. 2013.

20
Amanita rubescens² – Espécie nativa; não endêmica; Sul (RS)

Wikipédia,2011.<http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:2011-07-30_Amanita_rubescens_1.jpg>.
Acesso em: 07 abr. 2013.

Austroboletus festivus² – Espécie nativa; não endêmica; Nordeste (PE), Sul (PR).

Tropical Fungi.<http://www.tropicalfungi.org/?portfolio=austroboletus-festivus>.
Acesso em: 07 abr. 2013.

21
Outras espécies:

Paxillus scleropus² – Espécie nativa; endêmica; Sul (RS).

Phylloporus flavipes²– Espécie nativa; endêmica; Sul (RS).

Phylloporus pratensis² – Espécie nativa; endêmica; Sul (RS).

Lentinula boryana² – Espécie nativa; não endêmica; Nordeste (BA), Sudeste (SP), Sul (PR).

Stropharia araucariae² – Espécie nativa; endêmica; Sul (RS).

Melzericium rimosum² – Espécie nativa nativa; endêmica; Sudeste (SP);

Campanella elongatispora² – Espécie nativa; endêmica; Sul (RS);

Bolbitius mesosporus² – Espécie não endêmica; Sul (PR);

Campanella elongatispora² – Espécie nativa; endêmica; Sul (RS); Mata Atlântica

Crepidotus croceotinctus² – Espécie nativa; não endêmica

 Campo Rupestre

Lactarius rupestris**

E. Ricardo Drechsler-Santos, 2007


<http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/3c/Lactarius_rupestris.jpg/640px-
Lactarius_rupestris.jpg>. Acesso em: 07 abr. 2013.

22
 Cerrado

Montagnea haussknechtii ² – Espécie nativa; não endêmica; Sudeste (SP);

EOL Encyclopedia of life. <http://content61.eol.org/content/2011/07/25/05/10461_580_360.jpg>.


Acesso em: 07 abr. 2013.

Tulostoma exasperatum² – Espécie nativa; endêmica; Nordeste (PB), Sudeste (SP),


Sul (RS)

Long & Ahmed.


<http://mycoportal.org/imglib/mycology/Agaricaceae/T_exasperatum_Long_et_Ahm.jpg>.
Acesso em: 07 abr. 2013.

23
 Caatinga

Bovista plubea¹

Photo by Bob Summers.


<http://nrs.ucdavis.edu/stebbins/images/mushrooms/Bovista%20plumbea.jpg>.
Acesso em: 07 abr. 2013.

Outras espécies:
Tulostoma excentricum² – Espécie nativa; não endêmica; Nordeste (PE); Caatinga.

 Manguezais

Phellinus mangrovicus – Maracanã (PA)

_____________________

PRIMEIRA OCORRÊNCIA DE PHELLINUS MANGROVICUS (IMAZ.) IMAZ. PARA O


BRASIL.<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-33062000000300004&script=sci_arttext>.
Acesso em: 07 abr. 2013.

24
 Pampas

- Rio Grande do Sul

Inocybe curvipes¹

Cmcarini. <http://www.cmcarini.it/Bollettino/Fotocolor%2047/Inocybe%20curvipes.jpg>.
Acesso em: 07 abr. 2013.

L. brebissonii¹

Lichens of Wales.<http://wales-lichens.org.uk/species-accounts/leptogium-brebissonii>.
Acesso em: 07 abr. 2013.

25
L. fragilissimus¹

Michael , 2009 <http://en.wikipedia.org/wiki/File:Leucocoprinus_fragillissimus_38188.jpg>.


Acesso em: 07 abr. 2013.

 Outras regiões:

Neonothopanus gardneri. Encontrado no estado do Piauí.

Foto:Cassius Stevani/IQ/US.< http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=49975&op=all>.


Acesso em: 07 abr. 2013.

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Agrocybe retigera ² – Espécie nativa; Sul (RS)

Copyright © 2007 Ron Pastorino


(Ronpast).<http://mushroomobserver.org/image/show_image/5077?obs=3480>.
Acesso em: 07 abr. 2013.

Calvatia rugosa² – Espécie nativa; endêmica; Sul (PR, RS)

Cuerpo fructífero de Calvatia rugosa (Berk. & M.A. Curt.) Reid


Foto: Eduardo Alvarado .<http://darnis.inbio.ac.cr/ubis/FMPro?-DB=UBIPUB.fp3&-lay=WebAll&-
error=norec.html&-Format=detail.html&-Op=eq&id=7270&-Find>. Acesso em: 07 abr. 2013.

Caripia montagnei² – Espécie nativa; não endêmica; Encontrada no Norte (PA) e Nordeste
(RN, PE, SE).

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©2013 Taylor F. Lockwood< http://www.mushroom.pro/a_1k/pages/Caripia_montagnei.htm>.
Acesso em: 07 abr. 2013.

Chlorophyllum molybdites² – Espécie não endêmica, encontrada no Nordeste (PE), Sul


(RS) e Mata Atlântica

Crepidotus brasiliensis² – Espécie nativa; endêmica; Sul (RS)

Táxon Diversity,2012.<http://taxondiversity.fieldofscience.com/2012/08/agaricales.html>.
Acesso em: 07 abr. 2013.

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Cyathus poeppigii ²– Espécie nativa; endêmica; Sul (PR, SC)

Maurice Pelissier, 2011.< http://www.mycodb.fr/fiche.php?genre=Cyathus&espece=poeppigii>.


Acesso em: 07 abr. 2013.

Oudemansiella platensis² – Espécie nativa; não endêmica, encontrada no Nordeste


(PE), Centro-Oeste (MT, GO), Sudeste (SP, RJ) e Sul (PR, RS); incluindo áreas de
Cerrado e Mata Atlântica.

Meike Piepenbring, 2008.<http://biogeodb.stri.si.edu/bioinformatics/dfm/metas/view/46734>.


Acesso em: 07 abr. 2013.

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Myriostoma coliforme² – Espécie não endêmica encontrada no Nordeste (PB), Sul
(SC, RS); Caatinga e Pampa.

Diana Marcela R.
Reyes,2008.<http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Myriostoma_coliforme.jpg>.
Acesso em: 07 abr. 2013.

Outras espécies:
Schizophyllum commune² – Espécie nativa; não endêmica; Norte (AP, RO),
Nordeste (PB, PE, BA), Sudeste (SP), Sul (SC); abrange regiões da Amazônia,
Caatinga e Mata Atlântica.
Pleurotus djamor² – Espécie nativa; não endêmica; Nordeste (PE), Sudeste (SP),
Sul (PR, RS).
Pleurotus rickii² – Espécie nativa; endêmica; Sudeste (SP), Sul (RS).
Pluteus albostipitatus² – Espécie nativa; endêmica; Sudeste (SP), Sul (PR, RS);
Stropharia coronilla² – Espécie nativa; endêmica; Sul (RS);
Paxillus guttatus² – Espécie nativa; endêmica; Nordeste (PB, PE);
Phlebopus brasiliensis ² – Espécie nativa; não endêmica; Norte (AM), Nordeste
(PB); Amazônia e Mata Atlântica.
Scleroderma bougheri ² – Espécie nativa; endêmica; Sul (SC).
Xerocomus hypoxanthus² – Espécie nativa; não endêmica; Nordeste (PE), Sudeste
(RJ);

30
REFERÊNCIAS

¹ SILVA, Maria Regina Carvalho; ROSA, Luiz Henrique; ROSA, Carlos Augusto.
SUBSTÂNCIAS BIOATIVAS DE FUNGOS BASIDIOMICETOS. In: PROGRAMA DE
PÓS-GRADUAÇÃO EM MICROBIOLOGIA DO INSTITUTO DE CIÊNCIAS
BIOLÓGICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, 1., 2007, Belo
Horizonte. 22. Pag. 1 - 39. Disponível em:
<http://microbiologia.icb.ufmg.br/monografias/40.PDF>. Acesso em: 07 abr. 2013.

² MAIA, LC., and CARVALHO JR., AA., coords. Lista de espécies: fungos. In:
FORZZA, RC. org., et al. INSTITUTO DE PESQUISAS JARDIM BOTÂNICO DO
RIO DE JANEIRO. Catálogo de plantas e fungos do Brasil [online]. Rio de Janeiro:
Andrea Jakobsson Estúdio: Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro,
2010. p. 90-261. Vol. 1. Disponível em: <http://books.scielo.org>. Acesso em: 06 abr.
2013

³ BBC BRASIL. Cogumelo que emite luz é encontrado no Brasil após 170 anos.
Pesquisadores encontraram no Piauí um cogumelo que emite luz e que tinha sido
avistado pela última vez há quase 170 anos. BBC Brasil: Ciência e Tecnologia,
Brasília, p. 1-1. 11 jul. 2011. Disponível em:
<http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/07/110708_cogumelo_rc.shtml>.
Acesso em: 05 abr. 2013.

SALVI, Marina Bianchini de. Fungos basidiomicetos em biorremediação. São Paulo, n.


p.1-23, 2011.

* JOHN, Liana. Embrapa Florestas avalia potencial de cogumelos nativos. Anbio:


Biodiversidades, p. 1-1. Disponível em:
<http://www.anbio.org.br/bio/biodiver_art37.htm>. Acesso em: 01 abr. 2013.

LACAZ, Carlos da Silva. Micologia Médica: gunos. São Paulo, 1991. 8ª Ed.

RAVEN, Peter H. et al. Biologia Vegetal. 6ª Edição Rio de Janeiro: Guanabara Koogan
S.a., 2001.

31
** WARTCHOW, Felipe & M. Auxiliadora Q. Cavalcanti. Lactarius rupestris—a
new species from the Brazilian semi-arid region. Mycotaxon 112: 55–63. 2010.
Disponível em: <http://www.mycotaxon.com/vol/abstracts/112/112-55.html>. Acesso
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abril de 2013.

<http://www.criptogamas.ib.ufu.br/node/365> Acesso em: 06 de abril de 2013.

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2013.

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<http://pt.wikipedia.org/wiki/Cryptococcus_neoformans> Acesso em 05 de abril de


2013.

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