Curso Bombeiro Educador Modulo3
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Curso Bombeiro Educador Modulo3
O Caderno Guia do
Bombeiro Educador
Parte 1
Apresentação do curso
Neste módulo, você conhecerá uma importante ferramenta que o auxiliará no seu dia
a dia de Bombeiro Educador – O Caderno Guia do Bombeiro Educador, bem como,
será apresentado às três primeiras temáticas que estão sendo consideradas nele.
Objetivos do curso
Estrutura do Módulo
1.1 O que é?
Como o próprio nome diz nada mais é do que um guia para orientar o trabalho
do bombeiro educador, criando condições para que ele possa seguir o conteúdo e
lembrar-se das mensagens importantes que devem ser entregues ao público-alvo
estabelecido.
Em pesquisa recente, observou-se que na maior cidade do país, São Paulo, apenas
31,5% dos entrevistados conhecia de fato o telefone de emergência dos bombeiros.
Não é apenas o fato de conhecer ou não o telefone “193”. Esta questão envolve um
dos principais fatores de sucesso no atendimento dos bombeiros, o “tempo resposta”,
que se dá, desde o momento que o solicitante aciona os serviços dos bombeiros pelo
“193”, até a chegada das guarnições ao local da ocorrência.
Quando um cidadão desconhece o telefone “193” e tenta acessar os bombeiros
por outros meios, como telefones de prestação de serviço público (Polícia Militar,
por exemplo, pelo telefone 190), a partir daí, o tão almejado tempo resposta de
quem necessita, já está se alongando, comprometendo o salvamento e o melhor
atendimento ao sinistro.
O trote e suas implicações para o Corpo de Bombeiros (para quem de fato necessita
dos serviços e para quem pratica o trote).
O trote nos serviços de emergência é o artifício usado, de má fé, por uma pessoa para
acionar os serviços de emergência para uma ocorrência que, de fato, não existe, com
o objetivo de causar embaraço àquele serviço por pura diversão ou troça.
Essa é uma ótima oportunidade para falar dos inconvenientes que um trote pode
causar aos serviços dos bombeiros, principalmente se o público presente for infantil
e de adolescentes. Exemplificar com casos reais, durante a apresentação, é positivo.
Refletindo sobre a questão...
Leia a notícia que mostra um conflito de atendimento entre o Corpo de Bombeiros e
um outro órgão de atendimento em uma determinada cidade do país.
Esse problema também existe em sua cidade?
De que forma a educação pública junto à comunidade poderia ajudar?
Resumindo...
Essas são as mensagens obrigatórias dentro deste tema:
• divulgar o telefone de emergência dos Bombeiros: 193;
• esclarecer sobre as situações em que o Corpo de Bombeiros deve ser acionado pelo
193;
• esclarecer sobre quais informações essenciais e relevantes o solicitante deve
transmitir ao atendente do Centro de Operações dos Bombeiros;
• fomentar, principalmente nas crianças e adolescentes, a reflexão e consequentemente
a mudança de atitude e de comportamento com relação aos trotes e suas implicações
para o Corpo de bombeiros, para quem de fato necessita dos serviços e para quem
pratica o trote.
Quanto ao público infantil, segundo a Organização Criança Segura, no Brasil, os afogamentos representam a 2ª
causa de morte e a 7ª em hospitalização, entre os acidentes, na faixa etária de 1 a 14 anos.
Segundo o Ministério da Saúde, em 2010, 1.184 crianças de até 14 anos morreram vítimas de afogamentos, o que
representa uma média diária de quase 3(três) óbitos.
Para esse público é importante destacar que para uma criança que está começando a
andar, por exemplo, 5 cm de água representam um grande risco.
Assim sendo, elas podem se afogar em piscinas, cisternas, banheiras, vasos sanitários
e até em baldes. Por este tema ser um pouco mais complexo, as mensagens tiveram
que ser construídas sob a ótica de dois fatores: perfil da vítima e local de risco.
Essa é uma grande preocupação, pois qualquer um pode se afogar, desde um bebê
recém-nascido ao idoso.
3.3 Locais de risco de afogamento
Qualquer ambiente aquático oferece risco de afogamento. Uma poça de água, por
exemplo, é um risco potencial para um bebê.
3.3.1 Piscinas
São aparentemente mais seguras por serem locais com área restrita, podendo ser
controladas em razão de cercas, profundidade limitada e presença de salva-vidas nos
casos de piscinas públicas ou de clubes privados.
Um fato atual que desperta muito atenção sobre este tema é que cada vez mais, as
creches, onde o público dominante são crianças pequenas, há piscinas, o que torna
essencial e obrigatório os responsáveis por tais lugares a redobrarem sua atenção
com os menores.
3.3.3. Praias
O Brasil é detentor de uma costa litorânea de 7.367 km, com mais de 2 mil km de
praias frequentáveis, sendo tais locais de alta incidência de ocorrências e óbitos por
afogamentos.
• as vítimas em potencial;
• os motivadores ou causadores potenciais das ocorrências; e
• os limitadores de risco (aqueles que potencialmente podem livrar ou manter os
ambientes mais seguros.
Neste caso, embora o público a se proteger seja os “bebês”, as mensagens aqui devem
ser direcionadas àqueles que podem evitar tais acidentes (os limitadores de risco),
pais ou responsáveis.
Mensagens selecionadas
• Grande parte dos afogamentos com bebês acontece em banheiras. Na faixa etária
até dois anos, vasos sanitários e baldes podem ser perigosos. Nunca deixe as crianças
sem vigilância próximas às pias, vasos sanitários, banheiras, baldes e recipientes com
água.
• Baldes, banheiras e piscinas infantis devem ser esvaziadas após o uso e guardados
sempre virados para baixo e longe do alcance das crianças.
• Os vasos sanitários devem sempre estar fechados com a tampa, se possível lacrado
com algum dispositivo de segurança “à prova de criança” ou a porta do banheiro
trancada.
• Uma criança na banheira não deve em hipótese alguma ser abandonada nem que
seja por segundos. Destacando-se os seguintes exemplos:
• ao sair para pegar uma toalha, apenas 10 segundos são suficientes para que a criança
dentro da banheira possa ficar submersa.
• ao atender ao telefone: apenas 2 minutos são suficientes para que a criança submersa
na banheira perca a consciência.
• ao sair para atender a porta da frente: uma criança submersa na banheira ou na
piscina entre 4 a 6 minutos pode ficar com danos permanentes no cérebro.
• Deve-se evitar a água parada ou empoçada. Uma criança pequena pode se afogar
em somente 5 (cinco) centímetros de água.
• Baldes, bacias grandes, latões com água são suficientes para causar afogamentos em
crianças pequenas
IMPORTANTE!
Muitas dessas mensagens foram construídas em razão de fatos reais. A análise de cada um
desses fatos motivou a compreensão da relação: causa e prevenção.
As pessoas têm uma falsa sensação de segurança quando estão em suas residências.
Baixam a guarda totalmente, pois há o sentimento comum de que o lugar onde moram é
o mais seguro e livre de qualquer risco.
Com relação aos acidentes domésticos observam-se dois grupos de alto risco: as
crianças e os idosos.
• asfixia ou sufocamento;
• quedas; e
• queimaduras.
Objetos, como caixas de fósforo e isqueiros, chamam à sua atenção como se fossem
brinquedos.
Fora do seu lar, os riscos são muitos e inerentes às atividades de recreação de qualquer
criança.
Para eles, os riscos de acidentes domésticos estão também nos mais diversos ambientes
e situações: na cozinha, no ato de cozinhar, no caminhar entre as dependências da
casa, principalmente, à noite.
Segundo Garcia (s.d), a residência do idoso deve ser adaptada para evitar a maior
variedade possível e previsível de acidentes.
• Neste módulo, você conheceu uma importante ferramenta que o auxiliará no seu
dia a dia de Bombeiro Educador - O Caderno Guia do Bombeiro Educador.
1. “Sem berço, criança de dez dias dorme com os pais e morre asfixiada”.
Esta é uma manchete de uma notícia real. Supondo que tal fato tenha acontecido
na sua cidade recentemente e, oportunamente, você como Bombeiro Educador, foi
designado para dar uma palestra em uma igreja para as famílias que lá frequentam.
A respeito das causas prováveis do fato descrito, relacione pelo menos 5 (cinco)
mensagens adequadas que você abordaria em tal encontro.