Linguística - Funcionalismo
Linguística - Funcionalismo
Linguística - Funcionalismo
LONDRINA 2021
Elucubrações linguísticas: O Estruturalismo e como ele permitiu o surgimento de duas
correntes (formalistas e funcionalistas). O estruturalismo focou no sistema linguístico, em analisar
como o sistema da língua se estruturava, tornando explícitas as leis internas que regiam a
organização dos elementos dentro de um sistema. Nesse sentido, a tarefa do linguista seria
analisar a organização e o funcionamento das FORMAS LINGUÍSTICAS. As ideias de Saussure
se tornaram o ponto de partida do pensamento que caracteriza a linguística moderna. À geração
seguinte coube observar mais detalhadamente como o sistema linguístico se estruturava e se
organizava, daí o termo “estruturalismo” para designar a nova tendência de se analisar as
línguas. Isso fez surgir duas maneiras de estudar a língua (que não são excludentes, mas
complementares):
Nascimento (1090) defende que o funcionalismo e o formalismo não podem ser vistos como
alternativos em razão de estudarem o mesmo objeto de maneira diferente. São sim,
complementares e igualmente necessários, pois tratam do mesmo fenômeno, a língua, mesmo
que o objeto teórico de cada um seja diferente.
Dillinger (1991) ainda aperfeiçoam esse posicionamento ao dizer que, na verdade, as duas
correntes teóricas apenas escolhem aspectos ou fenômenos diferentes do mesmo objeto, o que
já seria o suficiente para acreditarmos que é salutar a soma de teorias ou pontos de vista em
relação a um dado objeto a fim de conhecê-lo cada vez mais e melhor.
A sintaxe funcionalista diferencia das anteriores (estrutural e normativa) por priorizar a relação
sistemática entre essas formas e as funções que desempenham no processo comunicativo, como
função essencial da linguagem, capaz de determinar o modo como a língua está estruturada. Na
perspectiva funcionalista, pensar em sintaxe, consiste em ir além da sentença, entendendo que é
possível olhar também o contexto em que a sentença está inserida, definindo os argumentos
delimitados pelo predicado e suas peculiaridades segundo os propósitos da comunicação. O
professor Xavier cita exemplo que: quando chamo alguém de PAULÃO, pode ter haver com a sua
forma física. Quando chamo de Paulão alguém não é correspondente, ou seja, alguém de baixa
estatura, este aumentativo pode ter haver com sua generosidade, bondade; característica
internas.
A depender vai depender do ambiente que eu estiver, vou fazer uso de determinadas formas
linguísticas. Ex. Se eu disser, “a aula foi: (boa, legal, show de bola)”. Se eu optar por usar a forma
menos formal (show de bola), devo me assegurar que os meus interlocutores não estejam em
uma posição hierárquica superior à minha, ou que o ambiente me permita fazer uso de tal
informalidade.
Quando eu escolho uma palavra, com base no contexto, e não outra, significa essa escolha
indica “com quem eu estou falando”, “quando eu estou falando” e “onde estou falando”. É
também motivo para explicar por que eu faço isso. Um exemplo que podemos mencionar é que
quando eu estou em uma entrevista de emprego, não falo do mesmo jeito que falo quando estou
com meu colega no bar. Nós temos um regulador que equilibra o modo como a gente fala de
acordo com o contexto em que estamos.
A teoria funcionalista explica, qual a função de ser mais informal, qual a função de mais formal,
diante das diversas situações de uso da linguagem, há uma relação direta, no funcionalismo, da
palavra função com relação, a gente só realiza um comportamento linguístico porque temos uma
razão de realiza-lo.
Depois de trazer essa visão geral acima (bem resumida, é claro), espero ter ajudado... Agora
vamos pensar no ensino de LP.
Após ler o texto de Dillinger e assistir aos 3 vídeos, discuta com sua dupla sobre a contribuição
deles para sua formação continuada. Reflita também sobre como as suas práticas pedagógicas
têm sido. Comente eixo por eixo de ensino de LP, ou seja, suas práticas com leitura, oralidade,
produção e análise linguística.
Façam anotações abaixo sobre se vocês precisam realizar algum “movimento de ajustamento”
(CLOT, 2005) para deixar suas aulas mais próximas.
REFERÊNCIAS:
DILLINGER, Mike. Forma e Função na linguística. DELTA, São Paulo, v.7, n.1, p. 395-407,
1991.