Livro
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Agroindustriais
Profª. Mariana Veiga Florentino
Profª. Luana Goulart Sardá
2018
Copyright © UNIASSELVI 2018
Elaboração:
Profª. Mariana Veiga Florentino
Profª. Luana Goulart Sardá
F633g
Florentino, Mariana Veiga
Gestão de processos agroindustriais. / Mariana Veiga
Florentino; Luana Goulart Sardá – Indaial: UNIASSELVI, 2018.
CDD 338.1
Impresso por:
Apresentação
Olá, acadêmico! Seja bem-vindo à disciplina de Gestão de Processos
Agroindustriais. A gestão agroindustrial é um importante setor do
agronegócio, pois é peça fundamental da cadeia produtiva e do processamento
de alimentos, bem como de materiais não alimentares.
III
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – CONTEXTUALIZAÇÃO DOS SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS.................... 1
VII
5 CONTROLE DA PRODUÇÃO........................................................................................................... 68
LEITURA COMPLEMENTAR................................................................................................................ 70
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 72
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 73
VIII
TÓPICO 3 – QUALIDADE NO DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO.................................. 145
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 145
2 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS......................................................... 146
3 CICLO DE VIDA DO PRODUTO.................................................................................................... 149
4 QUALIDADE DE PROCESSOS....................................................................................................... 151
5 ANÁLISE DE PERIGO E PONTOS CRÍTICOS DE PROCESSO (APPCC/HACCP)............. 152
6 ANÁLISE DESCRITIVA QUANTITATIVA (ADQ)...................................................................... 154
RESUMO DO TÓPICO 3...................................................................................................................... 156
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 157
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................ 161
IX
X
UNIDADE 1
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir dos estudos desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade de estudos está dividida em três tópicos. No decorrer da
unidade, você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o
conteúdo apresentado.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Este tópico tem por objetivo contribuir para o entendimento e
esclarecimento das correntes metodológicas e suas definições, as quais estão
inseridas nas agroindústrias. Essas correntes apontam e sistematizam as etapas
do processo produtivo, bem como os atores que estão presentes em cada etapa.
3
UNIDADE 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO DOS SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS
E
IMPORTANT
4
TÓPICO 1 | DEFINIÇÕES E CORRENTES METODOLÓGICAS
Assim, um dos conceitos que surgiu a partir dessa ideia e associado com
os debates da economia industrial foi de commodity system approach (CSA), após
estudos realizados por Goldberg em 1968, sobre os sistemas de produção de
laranja, trigo e soja na Flórida, nos Estados Unidos.
Assim, de acordo com o CSA, o agronegócio deve ser visto como um sistema
de produção que inclui o mercado de insumos agrícolas, a produção agropecuária,
operações de estocagem, processamento, venda em atacado ou varejo, envolvendo
desde o produtor de matéria-prima até o consumidor final. Tal aspecto demarca a
importância do setor agropecuário na formação do produto nacional.
E
IMPORTANT
5
UNIDADE 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO DOS SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS
Produção
Insumos Agroindústria Atacado Varejo Consumidor
Agropecuária
FONTE: A autora
E
IMPORTANT
6
TÓPICO 1 | DEFINIÇÕES E CORRENTES METODOLÓGICAS
7
UNIDADE 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO DOS SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS
Matéria-prima
Produção de
Matéria-prima
Agroindústria
Industrialização
Produto
Consumidores
Comercialização
FONTE: A autora
Produto 1 Produto 2
FONTE: A autora
8
TÓPICO 1 | DEFINIÇÕES E CORRENTES METODOLÓGICAS
E
IMPORTANT
9
UNIDADE 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO DOS SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS
Ainda de acordo com Batalha (1997), o SAI pode ser composto por seis
conjuntos de atores: agricultura, pecuária e pesca; indústrias agroalimentares
(IAA); distribuição agrícola e alimentar; comércio internacional; consumidor e
indústrias, e serviços de apoio. O sistema agroindustrial pode ser dividido em
alimentar e não alimentar, conforme os exemplos a seguir:
10
TÓPICO 1 | DEFINIÇÕES E CORRENTES METODOLÓGICAS
E
IMPORTANT
11
UNIDADE 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO DOS SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS
Formas de
Setores Funcionais
Organização
Alimentação
Produção Transformação
Distribuição fora do
Agrícola Agroindustrial
domicílio
Pequenas Padarias, Padarias,
Restaurantes e
Artesanal propriedades açougues, consumo fruteiras,
bares
agrícolas tradicional feirantes.
Redes de
Empresas Empresas
Capitalista Supermercados lanchonetes
privadas industriais
fast-food
Cooperativas Cooperativas de Cooperativas de
Cooperativa Cantinas
agrícolas transformação consumo
Institutos de Escolas,
Pública - CONAB
pesquisa hospitais
12
TÓPICO 1 | DEFINIÇÕES E CORRENTES METODOLÓGICAS
Ambiente Insitucional:
Sistema legal e político. regras e hábitos.
Produção
Insumos Agroindústria Atacado Varejo Consumidor
Agropecuária
Ambiente Organizacional:
FONTE: A autora
Ambiente Institucional:
Produção Agroindústria:
Insumos:
Agropecuária: Abate e Atacado Varejo Consumidor
Ração
Frango vivo beneficiamento
Ambiente Organizacional:
FONTE: A autora
13
UNIDADE 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO DOS SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS
E
IMPORTANT
Você já ouviu falar da FAO? Você sabia que a Organização das Nações Unidas
(ONU) possui uma agência especialmente voltada à agricultura e à alimentação e que tem
tudo a ver com a nossa discussão? Trata-se da “Food and Agriculture Organization of the
United Nations”, mais conhecida pela sigla FAO, com mais de 194 estados membros e que
atua em mais de 130 países, inclusive no Brasil.
A FAO tem como objetivo a busca pela segurança alimentar da população mundial, com
garantia de acesso regular aos alimentos suficientes e de boa qualidade para a população
do mundo. Disponível em: <http://www.fao.org/about/es/>. Acesso em: 16 jul. 2018. A FAO
chama a atenção para os sistemas alimentares sustentáveis, conforme figura a seguir:
Alime
ve
les ntos
In
seno
rsos natura s y nu
Recu tritivo
s
Productores
Consumidores
Políticas públicas
Regulaciones para el implementadas
Sector privado Regulaciones sobre sanidad funcionamlento de los mercados
e inocuidad de alimentos
Investigadores
14
TÓPICO 1 | DEFINIÇÕES E CORRENTES METODOLÓGICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
Por meio dos sensores, também é possível diagnosticar perdas ou desvios e manutenção mediante
desgaste em máquinas e equipamentos (Foto: Divulgação/SPRO IT Solutions).
15
UNIDADE 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO DOS SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS
16
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
17
AUTOATIVIDADE
18
b) A reportagem fala do uso de sensores no campo e que têm a finalidade de
coletar dados e passar as informações em tempo real para o produtor rural
e para a agroindústria, gerando um alerta em caso de desvios de qualquer
processo. O uso desse tipo de tecnologia torna a cadeia produtiva mais
eficiente, reduzindo custos e perdas.
c) O texto se refere à coleta, em tempo real, que é repassada para o produtor
rural e para a agroindústria, gerando um alerta em caso de desvios de
qualquer processo. O uso desse tipo de tecnologia torna a cadeia produtiva
menos eficiente, reduzindo custos e perdas.
d) A reportagem fala do uso de sensores no campo e que têm a finalidade de
produzir dados e passar as informações em tempo real para o produtor rural
e para a agroindústria, gerando um alerta em caso de desvios de qualquer
processo. O uso desse tipo de tecnologia torna a cadeia produtiva mais
eficiente, aumentando custos e perdas.
e) O texto se refere à coleta, em tempo real, que é repassada para o produtor
rural e para a agroindústria através de um alerta, no caso de não ocorrerem
desvios de qualquer processo. O uso desse tipo de tecnologia torna a cadeia
produtiva mais eficiente, reduzindo custos e perdas.
a) Comercialização.
b) Industrialização.
c) Produção de matéria-prima.
a) c, a e b.
b) a, b e c.
c) c, b e a.
d) b, c e a.
e) a, c e b.
5 O sistema agroindustrial pode ser representado por uma visão mais ampla
e sistêmica. De acordo com esse conceito, julgue verdadeiro (V) ou falso (F)
para as sentenças a seguir:
19
( ) As cooperativas de transformação e processamento não fazem parte do
setor de transformação agroindustrial de um sistema agroindustrial.
( ) As cooperativas de consumo estão presentes no setor de distribuição de
um sistema agroindustrial.
a) F, V, F, V.
b) V, V, V, F.
c) F, F, F, V
d) V, V, V, V.
e) V, V, F, V.
20
UNIDADE 1
TÓPICO 2
MERCADOS AGROINDUSTRIAIS
1 INTRODUÇÃO
Ao menos uma vez por semana você deve ter na mesa do almoço arroz
e feijão. Que são uma escolha nacional, muita gente sabe, mas você tem ideia do
caminho que eles percorrem para chegar até à sua mesa? O governo incentiva
o cultivo de muitos produtos, mas isto depende de inúmeras variáveis, como
economia, demanda, capacidade de produção, distribuição de renda, dentre outras.
2 PRODUTOS AGROINDUSTRIAIS
Você já se perguntou quais são as grandes tendências do agronegócio
no Brasil e no mundo? Compreender os fatores que perpassam os mercados
de produtos agrícolas, a organização das cadeias produtivas e os insumos até o
consumidor final é entender um contexto de mercado que está em ampla evolução
e que busca cada vez mais a produtividade das cadeias do setor agroindustrial.
21
UNIDADE 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO DOS SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS
3 A EXTENSÃO DO AGRONEGÓCIO
O termo agronegócio surgiu em 1957 e foi proposto por Davis e Goldberg,
que elaboraram um instrumento para avaliar a importância do setor agrário.
Conforme coloca Goldberg (1968, p. 26), “o agronegócio considera todos os
participantes envolvidos na produção, processamento e distribuição de um dado
produto agropecuário”.
22
TÓPICO 2 | MERCADOS AGROINDUSTRIAIS
E
IMPORTANT
E
IMPORTANT
4 MECANISMOS DE COMERCIALIZAÇÃO
Em um mundo altamente conectado, é importante entender alguns
processos e os mecanismos de comercialização do agronegócio que fazem parte
dessa estrutura. Assim, temos como exemplo a comercialização agrícola, que está
diretamente ligada ao financiamento da produção.
23
UNIDADE 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO DOS SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS
Este pode ser feito através do crédito rural, do crédito que ele adquire
através de um empréstimo bancário e, por fim, através de recursos próprios
ou por crédito de terceiros, que inclusive pode ser um fornecedor de sementes,
dentre outros.
NOTA
O caminho não é fácil. Assim, muitos produtos que ainda não estão
familiarizados com os mecanismos tecnológicos e com as demandas do mercado
acabam ficando pelo caminho, amargando baixa produtividade e prejuízos.
Mesmo com alguns subsídios do governo, fechar bons contratos e ter informações
cada vez mais assertivas fazem toda a diferença para quem atua no agronegócio.
4.1 OS MECANISMOS
O agronegócio brasileiro é um setor que movimenta muito a economia do
país, pois o solo e o clima brasileiro possuem condições favoráveis para esse tipo
de setor.
E
IMPORTANT
25
UNIDADE 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO DOS SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS
Mercado
• O livre mercado (spot), que é definido pelo preço que o produtor consegue
colocar no mercado.
• A forma híbrida, que envolve contratos feitos e compromissos que têm o
objetivo de firmar parcerias e garantir uma venda.
• A integração vertical, que acaba internalizando as atividades em uma única
empresa, sendo ela responsável por todas as etapas.
• Venda direta: o próprio produtor negocia com quem fará a venda para o
consumidor final.
• Associativismo: quando dois ou mais produtores se unem para melhores
condições de venda.
• Cooperativismo: organização formal, que toma ações conjuntas objetivando o
bem do grupo.
• Atravessadores: aqueles que compram os produtos e revendem na Ceasa e em
centros de distribuição.
26
TÓPICO 2 | MERCADOS AGROINDUSTRIAIS
O campo agora é visto de cima. Cada vez mais tablets e smartphones são
as ferramentas de controle do agricultor, que monitora suas plantações através
dos aplicativos que fornecem relatórios e dados e que podem ser acessados a
qualquer momento.
5 POLÍTICAS PÚBLICAS
Todos os dias, nos jornais, na televisão ou na internet, nós ouvimos falar
sobre políticas públicas, mas o que será que significam e qual o impacto nas
nossas vidas?
28
TÓPICO 2 | MERCADOS AGROINDUSTRIAIS
O Brasil é um país regido pela democracia, mas para que essa democracia
de fato aconteça, o bem-estar da sociedade precisa ser garantido, e é justamente
nesse ponto que as políticas públicas interferem, não importando a raça, a
escolaridade e o fator social.
Dentro das ações das políticas externas, está o comércio internacional, que
representa a troca de bens e serviços entre países. Durante muitos anos, a maioria
das nações mantinha altas tarifas e muitas restrições ao comércio internacional.
29
UNIDADE 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO DOS SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS
Marco Polo, em suas navegações, por exemplo, foi fazer descobertas pelas
Índias, que possibilitariam um rompimento das fronteiras. No Brasil, houve a
possibilidade de entrada de mão de obra e de tecnologia com a chegada dos
portugueses. Você se lembra que o primeiro produto buscado foi o pau-brasil?
30
TÓPICO 2 | MERCADOS AGROINDUSTRIAIS
NOTA
31
UNIDADE 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO DOS SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS
Não basta saber sobre o produto que se compra, muitos querem saber
qual o caminho percorrido até chegar à mesa. A valorização da forma como é
feita a produção também é um ponto importante, mas sempre a história é contada
no mesmo país que se produz e que se consome. A facilidade que temos para
importar e exportar produtos é que amplia as fronteiras da globalização.
32
TÓPICO 2 | MERCADOS AGROINDUSTRIAIS
LEITURA COMPLEMENTAR
Máquinas inteligentes
Desafios
34
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
35
AUTOATIVIDADE
36
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
No contexto da gestão agroindustrial, a qualidade e o volume da matéria-
prima são primordiais. As propriedades rurais são responsáveis pela produção
das matérias-primas que abastecem os mercados agroindustriais. Assim, devem
ter eficiência nos seus processos produtivos e profissionalismo no gerenciamento
das suas atividades.
37
UNIDADE 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO DOS SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS
Manga
Terra arredondada (1,5 ha)
Terra
Milho Laranja própria
(0,5 ha) (3 ha)
Pasto (1ha) Milho
(1 ha)
Vacas (2) Feijão
Feijão A 10 (0,5ha)
(0,5 ha) minutos Sorgo
(1 ha)
A 1/2
hora
38
TÓPICO 3 | GERENCIAMENTO DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
Fábrica
Colheita Plantação de fósforos
de café de cana 2 horas
1 dia 2-3 horas
Hospital
2 horas
Agente
Loja de de saúde Polícia
Agroquímicos Professor 2 horas
1 hora Mercado
na Capital
5 horas
Escola
1/2 hora Mercado
São Paulo
1/2 hora
FONTE: Verdejo (2006, p. 34)
a) Capital de exploração.
b) Relação social de produção.
c) Grau de comercialização.
d) Extensão territorial.
39
UNIDADE 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO DOS SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS
Grande Empresa
Variáveis/Tipos de UPA Patronal Familiar
Propriedade Rural
Capital imobilizado (terra,
instalações, equipamentos, Alto Médio/Alto Médio/Alto Baixo/Médio
animais etc.)
Relações Sociais de Produção Capitalistas/
Clientelistas Capitalistas Familiares
(Relações de Trabalho) Familiares
Destino da Produção Agrícola Mercado/ Mercado/
Mercado Mercado
(relação com o mercado) Autoconsumo Autoconsumo
Grau de especialização Alto Alto Médio/Alto Baixo/Médio
Disponibilidade de área Alta Média/Alta Baixa/Média Baixa/Média
Intensidade do processo produtivo Baixo Alto Alto Variável
Padrão tecnológico Baixo Alto Médio/Alto Variável
Aversão ao risco Alta Baixa Média Alta
Valor de troca da produção Baixo Alto Alto Variável
Reprodução
Racionalidade Patrimonialista Empresarial Empresarial
Social
UNI
• Legislação.
• Movimentos demográficos.
• Movimentos sociais.
• Desenvolvimento tecnológico.
• Condições climáticas (temperatura, umidade relativa do ar, chuvas, secas,
geadas).
• Aspectos religiosos (proibições, dogmas, preconceitos).
• Questões ecológicas (uso excessivo de agrotóxicos, geração de resíduos,
desmatamento).
• Fornecedores (de capital, mão de obra, insumos).
• Concorrentes.
• Clientes.
• Sindicatos.
NOTA
41
UNIDADE 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO DOS SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS
E
IMPORTANT
4 FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS
Como foi visto, existem diferentes tipos de unidades de produção.
Considerando suas proporções e características sociais, culturais e econômicas,
é necessário e importante estabelecer e reconhecer as funções administrativas na
empresa rural. Essas funções, quando estabelecidas, auxiliam na gestão e na eficiência
do processo produtivo. Assim, as funções administrativas dividem-se em:
• Planejamento.
• Organização.
• Direção.
• Controle.
42
TÓPICO 3 | GERENCIAMENTO DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
4.1 PLANEJAMENTO
O planejamento dentro de uma empresa rural objetiva principalmente a
produção agropecuária. Para Oliveira (2010), o planejamento divide-se em:
4.2 ORGANIZAÇÃO
A organização, como função administrativa, organiza, estrutura e
integra os recursos físicos, financeiros, comerciais e humanos de uma empresa
(CHIAVENATO, 1994). Para Silva (2011), a partir do planejamento, quando são
constituídos os planos e os objetivos, a empresa deve reunir os seus recursos
físicos e humanos, que são essenciais à realização das metas da empresa.
43
UNIDADE 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO DOS SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS
4.3 DIREÇÃO
A função administrativa direção compreende a ação de gerir e comandar e
a habilidade de liderança e motivação de seus dirigentes, para que o planejamento
e organização possam ser eficazes.
• Motivação: A motivação está relacionada com o incentivo que uma pessoa pode
ter para agir de uma determinada forma. Pode partir do empresário rural, no
sentido de obtenção de bens materiais ou criação de novos negócios, ou do
44
TÓPICO 3 | GERENCIAMENTO DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
E
IMPORTANT
4.4 CONTROLE
O controle é tido como uma atividade contínua dentro de uma empresa
rural, pois é responsável por coletar os dados e avaliar o desempenho das ações
desenvolvidas pela empresa e fazer as devidas correções em tempo cabível. Para
Silva (2011, p. 125), a atividade de controle apresenta quatro fases distintas:
45
UNIDADE 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO DOS SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS
Dentro de uma empresa rural, o controle deve ser feito nas seguintes
atividades:
LEITURA COMPLEMENTAR
46
TÓPICO 3 | GERENCIAMENTO DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
47
UNIDADE 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO DOS SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS
Dessa forma, o administrador precisa alocar melhor seu tempo para que
possa pensar estrategicamente no seu negócio e não ficar apenas "mergulhado" e
envolvido nas decisões do cotidiano da empresa.
48
TÓPICO 1 | DEFINIÇÕES E CORRENTES METODOLÓGICAS
49
UNIDADE 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO DOS SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS
FONTE: VALE, Sônia Maria Leite Ribeiro do. O gerenciamento da empresa rural diante dos
desafios da atualidade. 2006. Disponível em: <https://www.cafepoint.com.br/noticias/tecnicas-
de-producao/o-gerenciamento-da-empresa-rural-diante-dos-desafios-da-atualidade-101n.aspx>.
Acesso em: 1 jun. 2018.
50
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• A empresa rural pode ser caracterizada como uma unidade de produção que
possui elevado nível de capital de exploração e alto grau de comercialização,
tendo como objetivos técnicos a sobrevivência, o crescimento e a busca do
lucro.
51
AUTOATIVIDADE
2 As UPAs podem ser classificadas de acordo com alguns critérios citados por
alguns autores, tais como capital imobilizado, relação social de trabalho,
padrão tecnológico, racionalidade, dentre outros. Qual a classificação das
UPAs adotada por Alencar e Moura Filho (1988)?
52
4 Qual das alternativas apresenta a definição de empresa rural?
(a) Planejamento.
(b) Organização.
(c) Direção.
(d) Controle.
53
( ) Organiza e distribui as atividades agropecuárias de acordo com a capacidade
de uso do solo; ordena e determina a utilização de insumos, equipamentos
e máquinas; define e ordena, quando necessário, a contratação de serviços.
( ) Registra as quantidades e volumes de produção, os rendimentos, o estoque
de produto.
a) a, a, b, c, b, d, c e d.
b) b, c, a, d, a, b, c e d.
c) d, c, a, b, d, c, b e a.
d) c, a, b, c, a, d, b e d.
e) b, b, a, a, c, c, d e d.
54
UNIDADE 2
GERENCIAMENTO DA PRODUÇÃO
AGROINDUSTRIAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir dos estudos desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade de estudos está dividida em três tópicos. No decorrer da uni-
dade, você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
55
56
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
O planejamento e o controle da produção (PCP) são fundamentais para
o estabelecimento, o crescimento e a manutenção dos sistemas de produção
e, consequentemente, das organizações. Para uma agroindústria ser eficaz e
eficiente, esta precisa adotar o PCP como peça da sua produção.
Caro acadêmico, você, como futuro agente do agronegócio, deve ter uma
visão da gestão dos sistemas de produção agroindustriais. Então, aproveite o
momento de estudos e aprofunde seus conhecimentos.
57
UNIDADE 2 | GERENCIAMENTO DA PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL
FONTE: A autora
FONTE: A autora
E
IMPORTANT
Caro acadêmico, você sabia que a empresa Tetra Pak, da Suécia, lançou a
primeira embalagem cartonada em 1952? Ainda, em 1961, a empresa introduziu no mercado
a primeira embalagem longa vida asséptica, tendo sua marca registrada e protegida.
produto
material acabado
59
UNIDADE 2 | GERENCIAMENTO DA PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL
A
R r
e m
Torno Pintura Montagem
c a
e z
b e
i Serra Torno Pintura Montagem n
m a
e m
n e
t Serra Fresadora Retificadora Montagem n
o t
o
60
TÓPICO 1 | PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
C
B
A
Tratamento químico
Serras Fresadoras e pintura Montagem Armazenagem
61
UNIDADE 2 | GERENCIAMENTO DA PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL
Processo de
Estampagem
Tanques Tornos
Equipamento de
movimentação
62
TÓPICO 1 | PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
E
IMPORTANT
Set-up é um termo muito utilizado nos processos industriais e significa configurar. É o tempo
necessário para alterar a configuração de algum equipamento para o processamento de
outro componente.
Lead time significa tempo de espera, é o tempo decorrido desde a geração de um pedido
até a entrega para o cliente. FONTE: <www.leadtime.dep.ufscar.br/index.php/br/o-que-e-
lead-time>. Acesso em: 3 jul. 2018.
63
UNIDADE 2 | GERENCIAMENTO DA PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL
• Previsão de demanda: é uma análise das informações sobre o valor das vendas
futuras. O assunto será tratado com mais detalhe no Tópico 2 desta unidade.
• Níveis de estoques: são as informações da quantidade de produto necessárias
para cada período.
• Capacidade de produção: é o volume a ser produzido por unidade de tempo,
considerando a quantidade de insumos, equipamentos, máquinas e mão de
obra disponível;
• Custos: são os custos de produção, custos de manutenção do estoque e custos
com mão de obra.
FONTE: A autora
64
TÓPICO 1 | PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
FONTE: A autora
65
UNIDADE 2 | GERENCIAMENTO DA PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL
Previsão de demanda
Cálculo da capacidade
Plano de compras
de produção necessária
E
IMPORTANT
66
TÓPICO 1 | PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
Total de unidades
Semanas 1 2 3 4 5
produzidas
Vidros com Pepinos em
1100 1100 1100 1100 600 5000
conserva
Vidros com Beterrabas em
1026 1026 1026 1026 400 4504
conserva
FONTE: A autora
FONTE: A autora
67
UNIDADE 2 | GERENCIAMENTO DA PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL
500 × X = 1100×8
X = 8800÷550
X = 17,6 horas
Horário de processamento = 17,6 horas.
5 CONTROLE DA PRODUÇÃO
O controle da produção acompanha e regula as atividades desenvolvidas,
a fim de assegurar as metas estabelecidas no planejamento através da detecção e
correção das falhas ou erros, bem como da prevenção de erros futuros.
68
TÓPICO 1 | PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
69
UNIDADE 2 | GERENCIAMENTO DA PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL
LEITURA COMPLEMENTAR
70
TÓPICO 1 | PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
A cada peça utilizada, um cartão é retirado. Ele começa com a área verde
até a vermelha, sendo a última o número crítico, em que o trabalho corre o risco
de parar por falta de peças. Através dos cartões, é possível controlar a reposição
de material conforme a demanda e sem a necessidade de parar o trabalho.
FONTE: FARIA, Herbert. Sistema Kanban auxilia no controle da produção. 2014. Disponível em:
<http://blog.seton.com.br/sistema-kanban-auxilia-no-controle-da-producao.html>. Acesso em:
4 jul. 2018.
71
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
72
AUTOATIVIDADE
a) Layout celular
b) Layout funcional
a) a, a, b, b, a.
b) a, b, b, a, a.
c) b, b, a, a, a.
d) b, a, a, b, a.
e) a, a, b, a, b.
73
a) 540 unidades/dia e 4.920 unidades.
b) 660 unidades/dia e 5.000 unidades
c) 640 unidades/dia e 5.920 unidades.
d) 640 unidades/dia e 2.000 unidades.
e) 640 unidades/dia e 5.000 unidades.
a) 13,4 horas.
b) 10 horas.
c) 14,4 horas.
d) 13,6 horas.
e) 13 horas.
a) V, V, F, F.
b) F, V, V, F.
c) V, F, F, V.
d) F, F, V, V.
e) F, V, F, V.
74
b) Os cartões representam uma determinada peça ou material da linha de
produção. A cada peça utilizada, um cartão é retirado. Inicia-se na área
verde até a vermelha, sendo que a última indica um sinal crítico, em que
o trabalho corre o risco de parar por falta de peças. Através dos cartões,
é possível controlar a reposição de material conforme a demanda e sem a
necessidade de parar o trabalho.
c) As peças ou o material da linha de produção são representados pelos
cartões. A cada peça utilizada, um cartão é colocado no mural. Inicia-se na
área verde até a vermelha, sendo que a última indica um sinal crítico, em
que o trabalho corre o risco de parar por falta de peças. Através dos cartões,
é possível controlar a reposição de material conforme a demanda e sem a
necessidade de parar o trabalho.
d) As peças ou o material da linha de produção são representados pelos cartões. A
cada peça utilizada, um cartão é retirado. Inicia-se na área vermelha até a verde,
sendo que a última indica um sinal crítico, em que o trabalho corre o risco de
parar por falta de peças. Através dos cartões, é possível controlar a reposição de
material conforme a demanda e sem a necessidade de parar o trabalho.
e) As peças ou o material da linha de produção são representados pelos cartões. A
cada peça utilizada, um cartão é retirado. Inicia-se na área vermelha até a verde,
sendo que a última indica um sinal crítico, em que o trabalho corre o risco de
parar por falta de peças. Através dos cartões, é possível controlar a reposição de
material conforme a produção e sem a necessidade de parar o trabalho.
75
76
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Vivemos em uma época em que a grande maioria das pessoas passa pela
escassez de comida, enquanto que, para uma pequena minoria, a abundância se
faz presente. Tais fatores convergem para uma política que prioriza uma pequena
parcela em detrimento de ganhos e concentração de riquezas, e essa realidade
também é vista dentro das produções e distribuições do setor do agronegócio.
77
UNIDADE 2 | GERENCIAMENTO DA PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL
• Tentar obter o maior número de dados possíveis, pois, dessa forma, seus
resultados tornam-se mais confiáveis.
• Tentar verificar qual foi o desempenho da previsão passada, ou seja, se a última
previsão contemplou os clientes e se não houve aumento do custo para produto
estocado e armazenado.
• Verificar a concorrência, pois se um concorrente vende seu produto mais
barato, a demanda pode diminuir.
• Determinar o período da previsão de demanda, ou seja, se essa previsão é
semanal, mensal, trimestral, semestral ou anual.
78
TÓPICO 2 | SISTEMAS DE ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO
Conjuntura
econômica
Eventos Decisões da
específicos área comercial
Variáveis Informações
explicáveis de Clientes
Informações dos
concorrentes
E
IMPORTANT
Para uma previsão de venda, a variável explicativa pode ser o preço de venda de um produto
ou o tipo de produto etc.
• Produto acabado.
• Produto em processamento ou não acabado.
• Matéria-prima.
• Suprimentos.
79
UNIDADE 2 | GERENCIAMENTO DA PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL
E
IMPORTANT
Para você aprofundar seus estudos, leia o livro “Gestão Agroindustrial”, do coordenador
(autor) Mário Otávio Batalha.
3 PLANEJAMENTO DE RECURSOS
O planejamento de recursos trata da disponibilidade dos recursos
agroindustriais para o estabelecimento do plano agregado de produção, ou seja,
ele está diretamente vinculado ao planejamento estratégico de produção. Dessa
forma, os principais recursos abordados dentro de uma agroindústria são:
80
TÓPICO 2 | SISTEMAS DE ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO
• Infraestrutura.
• Equipamentos.
• Mão de obra especializada.
• Capital de giro.
4 PLANEJAMENTO DE MATERIAIS
O planejamento de materiais está ligado ao plano mestre de produção,
ou seja, é o levantamento dos materiais necessários para a execução do plano.
É o detalhamento de matéria-prima necessária e dos componentes comerciais
de acordo com a necessidade da sequência de fabricação. O plano de materiais
para as agroindústrias deve estar condizente com o produto a ser produzido. De
maneira geral, consideramos:
81
UNIDADE 2 | GERENCIAMENTO DA PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL
E
IMPORTANT
Como todo sistema, existem prós e contras, mas é preciso que você
fique atento para saber identificar. Às vezes, o que se quer não é possível de ser
transposto para a realidade. Assim, é preciso compreender o método e ver a sua
aplicação na prática.
6 O MRP NA AGROINDÚSTRIA
Percebemos como a produção do agronegócio possui um gigantesco
volume de informações e, assim, precisamos entender sobre os processos que
acompanham a gestão de toda essa gama de conteúdo. Então, o chamado
MRP (Materials Requeriment Planning) ou Planejamento das Necessidades de
Materiais é inserido em nossos estudos.
84
TÓPICO 2 | SISTEMAS DE ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO
E
IMPORTANT
85
UNIDADE 2 | GERENCIAMENTO DA PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL
LEITURA COMPLEMENTAR
86
TÓPICO 2 | SISTEMAS DE ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO
O modelo deu tão certo que passou a ser considerado muito mais do que
uma técnica de gestão de produção, ampliando-se para diversas áreas da empresa,
como a gestão de materiais, qualidade, organização física dos meios produtivos,
engenharia de produto, organização do trabalho e gestão de recursos humanos.
87
UNIDADE 2 | GERENCIAMENTO DA PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL
88
TÓPICO 2 | SISTEMAS DE ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO
FONTE: ENDEAVOR BRASIL. Just-in-time: otimize sua produção e corte custos. 2015.
Disponível em: <https://endeavor.org.br/operacoes/just-time>. Acesso em: 3 ago. 2018.
89
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
90
AUTOATIVIDADE
a) F, F, F.
b) V, V, V.
c) F, V, V.
d) V, F, F.
e) V, F, V.
91
esses objetivos. Sem esse planejamento, a empresa seguirá de acordo com
o mercado e pagando as contas de acordo com o vencimento delas, o que
prejudica o funcionamento de seu financeiro.
c) O MRP ajuda a apontar as demandas do futuro em quantidade e em
momento. É essencial para que o gestor possa se organizar financeiramente
e ter o dinheiro em caixa para conduzir a empresa para esses objetivos.
Sem esse planejamento, a empresa seguirá de acordo com o mercado e
pagando as contas de acordo com o vencimento delas, o que não prejudica
o funcionamento de seu financeiro.
d) A ferramenta MRP não auxilia na identificação das demandas do futuro em
quantidade e em momento. É essencial para que o gestor possa se antecipar
financeiramente e ter o dinheiro em caixa para conduzir a empresa para
esses objetivos. Sem esse planejamento, a empresa seguirá de acordo com
o mercado e pagando as contas de acordo com o vencimento delas, o que
prejudica o funcionamento de seu financeiro.
e) A ferramenta MRP utiliza da identificação das demandas em quantidade. É
essencial para que o gestor possa se planejar financeiramente e não ter recurso
financeiro em caixa para conduzir a empresa para esses objetivos. Sem esse
planejamento, a empresa seguirá de acordo com o mercado e pagando as
contas conforme o vencimento delas, o que prejudica o funcionamento de
seu financeiro.
92
c) Redução do trabalho durante o processo, otimização dos espaços, redução
na resposta ao cliente, menor responsabilidade ao contemplar o pedido
feito, melhor resposta ao mercado.
d) Redução do trabalho durante o processo, otimização dos espaços, redução
na resposta ao cliente, maior responsabilidade ao contemplar o pedido feito,
melhor resposta ao mercado.
e) O conceito não pode ser aplicado em produtos com demanda imprevisível,
com grandes oscilações e quando existem muitos fornecedores. Fica difícil
lidar com um processo ágil.
93
94
UNIDADE 2 TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Quando chega o fim de semana, é a oportunidade que muita gente tem
de encontrar os amigos. Às vezes, você combina um churrasco. Tem gente que
prefere determinar o que cada um vai levar, mas, na maioria das vezes, uma
pessoa fica responsável por comprar tudo e dividir os custos.
O custo é o gasto que você tem para produzir e entregar para o seu cliente
final um produto ou serviço. Entender todas as etapas do processo de produção
é fundamental para colocar um preço, que seja condizente com o que foi gasto.
• Custo fixo: são os custos necessários para garantir a manutenção de um nível mínimo
de atividade operacional. Eles também são conhecidos como custos de capacidade.
95
UNIDADE 2 | GERENCIAMENTO DA PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL
Um custo é fixo não porque o valor não pode variar ao longo dos meses,
mas pela necessidade que existe para o funcionamento mínimo da sua produção.
Um dos mais importantes autores da Contabilidade conceitua os dois da seguinte
forma (MARION, 2002, p. 61):
96
TÓPICO 3 | GESTÃO DE CUSTOS AGROINDUSTRIAIS
Médio
Custos Variáveis 1o Mês 2o Mês 3o Mês 4o Mês Total
mensal
Frutas e conservantes 2.000 2.000 2.000 2.000 8.000 2.000
Etiquetas e rótulos 5.520,00 - - - 5.520,00 1.380
Embalagem externa 24.000,00 - - - 24.000,00 6.000
C. Variáveis Totais 31.520 2.000 2.000 2.000 37.520,00 9.380
Custos Fixos
Pró-Labore 1000 1000 1000 1000 4000 1000
Outros custos 100,00 100,00 100,00 100,00 400,00 100
Depreciação
580,00 580,00 580,00 580,00 2.320,00 580
(máquinário)
Depreciação (veículos) 330,00 330,00 330,00 330,00 1.320,00 330
Depreciação
270,00 270,00 270,00 270,00 1.080,00 270
(empacotadeira)
C. Fixos - Totais 2.280 2.280 2.280 2.280 9.120 2.280
Total Geral dos Custos 33.800 4.280 4.280 4.280 46.640 9.328
FONTE: A autora
Segundo a FAO (2017), o Brasil ainda tem entre 10% e 30% de alimentos
desperdiçados desde a colheita até o consumidor, chegando até 40% em alguns
casos. Ishikawa (1993) classificou o desperdício em sete:
• Defeito: quando o produto ou serviço vem com defeito por ter sido mal
executado ou mal fabricado.
• Excesso de produção: uma produção mais rápida do que o necessário ou em
maior quantidade do que havia sido combinado.
• Espera: seria exatamente o inverso da anterior, uma produção mais lenta do
que havia sido acordado.
• Transporte: quando ele acontece de forma desnecessária, gerando um gasto a
mais na produção.
• Movimentação: quando a movimentação é feita de forma desnecessária pela
equipe de trabalho.
• Processamento inapropriado: são processos que são realizados pelo grupo,
mas que terminam não agregando valor ao produto final.
• Estoque: o estoque excessivo de produtos ou de matéria-prima gera um
prejuízo para a empresa.
97
UNIDADE 2 | GERENCIAMENTO DA PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL
3 CUSTOS E DESPESAS
Dentro da empresa, quando existe a saída de dinheiro, muita gente
confunde e não sabe o que é custo e o que é despesa. É hora de aprender a separar
um do outro.
98
TÓPICO 3 | GESTÃO DE CUSTOS AGROINDUSTRIAIS
Para deixar tudo ainda mais claro para você, vamos criar um exemplo.
Imagine que a empresa “Trigo&Cia” trabalha com a fabricação de cerveja
artesanal no Centro-Oeste.
Por mês, eles reservam uma quantia fixa para ser gasta com propaganda,
mas não impacta diretamente na quantidade da safra das cervejas. Então, é uma
despesa. Se o semestre fosse de queda no mercado, seria possível cortar essa
verba sem impactar na produção da cerveja, que é o produto final da empresa.
Para chegar ao valor final representado pelo lucro líquido do negócio, que
é o valor que sobra após deduzir todos os custos e despesas, é preciso realizar o
DRE – Demonstrativo do Resultado do Exercício.
FONTE: A autora
99
UNIDADE 2 | GERENCIAMENTO DA PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL
Não significa que o valor seria exato ou que não sobraria absolutamente
nada ao final, mas o cálculo seria simples: era só juntar tudo o que foi gasto e
dividir entre os participantes, certo?
E se você tivesse que incluir a água usada no dia, o fogão (se fosse usá-lo)
ou até mesmo a quantidade de sal grosso necessário (já que um saco seria uma
quantidade exagerada para um churrasco pequeno entre amigos). Seria muito
mais difícil, concorda? A produção agroindustrial funciona da mesma forma.
Delimitar um custo direto é mais simples, como as sementes gastas. De acordo
com Marion (2002, p. 61):
100
TÓPICO 3 | GESTÃO DE CUSTOS AGROINDUSTRIAIS
• Determina com maior precisão qual o preço de venda correto para os seus
produtos.
• Na contabilidade da empresa, é essencial para o controle e quanto mais real ele
for, melhor.
• O planejamento será feito com mais eficiência por ter mais conhecimento da
realidade da empresa.
• Compreender cada um dos custos influencia nos produtos.
• Saber em quais situações é possível fazer o rateio para o cálculo do custo de
cada unidade.
101
UNIDADE 2 | GERENCIAMENTO DA PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL
6 CUSTO DA PRODUÇÃO
Cada produção tem as suas particularidades e na agroindústria não seria
diferente. Se falarmos do plantio até a mesa do consumidor, precisamos levar em
conta a forma como é feita: temporária ou permanente.
Quem gastou pouco para abrir o seu próprio negócio tem maiores chances
de atingir o ponto de equilíbrio mais rápido, mas também é imprescindível olhar
o mercado e a demanda existente nele em relação ao que você está produzindo.
102
TÓPICO 3 | GESTÃO DE CUSTOS AGROINDUSTRIAIS
7 MÉTODOS DE CUSTEIO
Antes de qualquer informação, é importante entender o que é o “custeio”.
De acordo com A. Lopes de Sá e A. M. Lopes de Sá (1993, p. 108), custeio é o “ato
de apropriar despesas, controlar custos ou registrar gastos feitos para manter
alguma coisa”. O objetivo principal do sistema de custeio é atribuir custos
aos inúmeros bens produzidos pela organização. Só que essa atribuição pode
acontecer de duas formas:
103
UNIDADE 2 | GERENCIAMENTO DA PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL
E
IMPORTANT
O rateio é uma técnica usada para distribuir os custos, que não são vistos de
forma objetiva pelo gestor. Só que é preciso ter muita atenção, pois o cálculo do rateio
envolve um grande componente, que é o risco. A melhor forma de conseguir ratear é
aproximar o máximo possível o valor da quantidade real de unidades produzidas.
Imagine que você produzirá uma geleia e que o tempo de preparo é longo.
O ideal seria que você conseguisse medir exatamente a quantidade de gás gasta
durante todo o tempo. Já que não é possível, tente imaginar quantas vezes você
consegue fazer com o mesmo botijão de gás. Agora, é só dividir pela quantidade e
depois pelo número de potes produzidos. O cálculo a seguir te ajudará a entender
melhor o exemplo:
Como 1 tacho produz 60 potes de geleia, em cada uma deles o gás custou
R$ 10/60 = R$ 0,16 para a produção. Entretanto, é apenas um item que deve
ser considerado. Agora, é hora de lembrarmos de todos os outros que também
precisam ser rateados na produção.
LEITURA COMPLEMENTAR
Suco, o mel, o queijo e os pães caseiros já não são mais os mesmos. Com a
qualificação, as agroindústrias familiares vêm se profissionalizando, adotando boas
práticas de produção, investindo em embalagens mais atrativas e aperfeiçoando
seus produtos para garantirem maior tempo de prateleira. Elas vêm crescendo e se
espalhando pelo Rio Grande do Sul. Hoje, são 1.007 empresas formalizadas pelo
Certificado de Inclusão no Programa Estadual de Agroindústria Familiar (PEAF),
e outras 2.883 cadastradas na Secretaria do Desenvolvimento Rural (SDR).
104
TÓPICO 3 | GESTÃO DE CUSTOS AGROINDUSTRIAIS
105
UNIDADE 2 | GERENCIAMENTO DA PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL
106
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Custo direto: aquele que está ligado de forma imediata ao que está produzido.
• Custo indireto: faz parte da produção, mas precisa ser feita uma proporção
para entender o quanto ele representa de cada unidade.
107
AUTOATIVIDADE
( ) Escolher uma rota de entrega que elimina pedágios e que demora alguns
trechos, mas ultrapassando o prazo de entrega, não é desperdício. Seria
desperdício de tempo quando impacta da mesma forma no orçamento da
empresa.
( ) Investir em uma embalagem que demora no empacotamento é desperdício.
( ) Criar um subproduto com as frutas colhidas maduras é uma forma de
evitar o desperdício.
a) F-V-V.
b) F-V-F.
c) V-V-F.
d) F-F-F.
e) F-F-V.
108
a) Custo direto seria o pagamento do aluguel do escritório e indireto a conta de
luz do escritório.
b) Custo direto seria a água que é usada para regar a planta e o indireto a água
usada pelos funcionários.
c) Custo direto seria a venda da banana e o indireto a venda do doce da banana.
d) Custo direto é o óleo usado no caminhão que faz o transporte direto da
banana e o indireto é a semente da banana.
e) Custo direto é a semente da banana e o indireto o adubo necessário durante
todo o plantio.
5 Para que o custeio de uma empresa seja realizado, ele pode ser feito de
duas formas: direta ou por rateio. Considerando a técnica de rateio como a
principal ferramenta, a sua funcionalidade é:
109
110
UNIDADE 3
QUALIDADE NA AGROINDÚSTRIA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir dos estudos desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade de estudos está dividida em três tópicos. No decorrer da uni-
dade, você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
111
112
UNIDADE 3
TÓPICO 1
PRODUÇÃO E QUALIDADE
1 INTRODUÇÃO
A qualidade é um atributo das coisas ou pessoas. O atributo pode ser
considerado como uma característica que objetos ou pessoas possuem. A
qualidade de uma pessoa pode ser a honestidade ou a bondade. A qualidade de
um objeto pode ser a durabilidade ou a resistência.
113
UNIDADE 3 | QUALIDADE NA AGROINDÚSTRIA
{
Microbiológicas
Qualidade Características
Físico-químicas
objetiva ocultas
Qualidade de Nutricionais
{
produtos Gosto
alimentícios Odor
Características
Qualidade Aparência
valorizadas pelo
subjetiva Forma
consumidor
Viscosidade
Textura
FONTE: Disponível em: <https://www.researchgate.net>. Acesso em: 15 jul. 2018.
114
TÓPICO 1 | PRODUÇÃO E QUALIDADE
Uma agroindústria que produz leite do tipo A, por exemplo, deve seguir as
especificações estabelecidas, mantendo todo o processo produtivo mecanizado,
sem contato manual em nenhuma etapa da produção.
115
UNIDADE 3 | QUALIDADE NA AGROINDÚSTRIA
DICAS
116
TÓPICO 1 | PRODUÇÃO E QUALIDADE
Qualidade do
Projeto do
Produto
Qualidade do
Projeto do
Processo
Qualidade do
Produto
Qualidade de
conformação
Qualidade
dos serviços
associados
ao produto
E
IMPORTANT
117
UNIDADE 3 | QUALIDADE NA AGROINDÚSTRIA
- Disponibilidade.
- Confiabilidade.
- Manutenibilidade.
- Durabilidade.
- Qualidade de conformação.
• Grau de conformidade:
118
TÓPICO 1 | PRODUÇÃO E QUALIDADE
Segundo o autor, pode ser usada para detectar um componente com defeito,
identificando apenas a presença ou ausência de uma deformidade. Normalmente,
a verificação dos parâmetros é realizada por operadores experientes, que utilizam
sentidos ou dispositivos simples ou eletrônicos. Paladini (2009) traz alguns
exemplos de avaliação da qualidade por atributos:
E
IMPORTANT
E
IMPORTANT
119
UNIDADE 3 | QUALIDADE NA AGROINDÚSTRIA
• Foco no cliente.
• Liderança.
• Envolvimento das pessoas.
• Abordagem de processos.
• Abordagem do sistema para gestão.
• Melhoria contínua.
• Benefício mútuo com os fornecedores.
Após uma pesquisa realizada por uma empresa para verificar o grau de
satisfação dos clientes devido à baixa procura por seus produtos, detectou-se
uma demanda por geleias com menor teor de açúcar.
120
TÓPICO 1 | PRODUÇÃO E QUALIDADE
E
IMPORTANT
- ISO 9001 - Sistema de Gestão da Qualidade (Requisitos) - explica os requisitos para obter
a certificação.
As Normas ISO foram criadas pela Organização Internacional de Padronização (ISO), com
o objetivo de melhorar a qualidade de produtos e serviços. A ISO desenvolve normas no
mundo e foi criada a partir da união da International Federation of the National Standardizing
Associations (ISA) com a United Nations Standards Coordinating Committee (UNSCC). Assim,
a ISO começou a funcionar oficialmente no ano de 1947. Disponível em: <http://gestao-de-
qualidade.info/normas-iso.html>. Acesso em: 20 jul. 2018.
121
UNIDADE 3 | QUALIDADE NA AGROINDÚSTRIA
122
TÓPICO 1 | PRODUÇÃO E QUALIDADE
LEITURA COMPLEMENTAR
Uma forma para que se possa obter e garantir qualidade e segurança nas
agroindústrias é a implementação do programa de Boas Práticas de Fabricação
(BPF), que visa ao fornecimento de alimentos inócuos para a população.
123
UNIDADE 3 | QUALIDADE NA AGROINDÚSTRIA
Alguns fatores devem ser observados para que uma empresa aplique as
boas práticas, como:
• Higiene pessoal dos manipuladores, como higiene das mãos, uso de roupas
protetoras e adequadas para manipulação dos alimentos.
• Limpeza e sanitização de equipamentos e utensílios.
• Exploração de áreas internas para detectar infestação de pragas, como baratas,
ratos, etc.
• Garantia da qualidade da água, que deve ser potável para o preparo de
alimentos (como ingrediente), para a limpeza etc.
De acordo com as BPF, uma agroindústria deve ser composta por três
áreas distintas, dispostas de forma que não haja contato entre o produto
processado e a matéria-prima, sendo estas: área de recepção ou área “suja”, área
de processamento e área de expedição e depósito.
124
TÓPICO 1 | PRODUÇÃO E QUALIDADE
FONTE: MONÇALVES, Valéria Aimon; AZEVEDO, Miriane Lucas. Boas práticas de fabricação em
agroindústrias. 2013. Disponível em: <https://gepsaa.wordpress.com/2013/03/04/boas-praticas-
de-fabricacao-em-agroindustrias/>. Acesso em: 8 ago. 2018.
125
RESUMO DO TÓPICO 1
126
AUTOATIVIDADE
a) c, a, d e b.
b) a, c, d e b.
c) c, d, a e b.
d) d, a, b e c.
e) b, d, c e a.
127
3 Paladini (2009) considera que a avaliação da qualidade por atributos é uma
forma de associar os produtos a classes, intervalos, categorias ou grupos.
Acerca desse tema, assinale a alternativa correta:
128
5 As normas da ISO servem para certificar produtos e serviços nas empresas
e diferentes organizações. Ainda, as agroindústrias podem ser incluídas. A
normalização está baseada em um documento, que oferece um modelo como
padrão para a implantação do sistema de gestão da qualidade. Assinale a
alternativa que apresenta as principais ISO.
129
130
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Imagine que você é o gestor de uma linha de produção agroindustrial e
que o produto que está fazendo é novidade na sua empresa. Os colaboradores
também estão aprendendo com o processo e é preciso ter cuidado em cada uma
das etapas. É neste momento que entra a preocupação com a qualidade.
2 DIAGRAMA DE PARETO
No meio de uma pesquisa organizacional, você deve se deparar com
inúmeros dados, alguns quantitativos e outros qualitativos. O Diagrama de
Pareto é um dos gráficos que pode ser usado. Aliás, ele está baseado no princípio
de Pareto, ou seja, a regra dos 80/20. A principal função do diagrama é mostrar,
por meio de uma fácil visualização, o que é uma causa ou um problema relevante.
131
UNIDADE 3 | QUALIDADE NA AGROINDÚSTRIA
Cumulative Penentage
150 75%
Frequências
100 50%
50 25%
0 0%
D C E B Others A
FONTE: Disponível em: <http://www.portalaction.com.br/sites/default/files/EstatisticaBasica/
figuras/nocoes/exposicaoDados/Pareto2.png>. Acesso em: 7 ago. 2018.
3 DIAGRAMA DE ISHIKAWA
Você já viu que existem diferentes formas de medir a qualidade. As
ferramentas foram feitas de acordo com a realidade de cada gestor e, no caso do
Diagrama de Ishikawa, também não foi diferente.
O modelo foi desenvolvido para ser mais uma ferramenta utilizada para
melhorar o gerenciamento e o controle de qualidade. Imagine uma espinha de
peixe com todos os diferentes caminhos que podem ser percorridos. Então, esse
diagrama tem o formato de uma espinha de peixe e é comumente utilizado para
auxiliar no ciclo do PDCA, servindo para análise de diversos processos.
132
TÓPICO 2 | CONCEITOS E FERRAMENTAS PARA GESTÃO DE QUALIDADE
133
UNIDADE 3 | QUALIDADE NA AGROINDÚSTRIA
No geral, o que se pode dizer é que essa ferramenta pode ser usada em
várias situações, o que facilita a vida dos colaboradores que precisam de uma
coleta de dados para entender as causas dos problemas. Em relação à prática do
Diagrama de Ishikawa, vamos para algumas etapas que precisam ser entendidas
e seguidas:
134
TÓPICO 2 | CONCEITOS E FERRAMENTAS PARA GESTÃO DE QUALIDADE
Ao todo, são oito etapas que fazem parte dos Métodos de Análise e
Solução de Problemas. Cada uma dessas etapas tem o objetivo de identificar os
problemas e corrigir, além de trabalhar em ações preventivas para diminuir ou
eliminar problemas futuros.
ETAPA DESCRIÇÃO
Escolha do problema
Histórico do problema
ETAPA 1
Mostrar perdas atuais e ganhos viáveis
IDENTIFICAÇÃO
DO PROBLEMA Fazer a análise de pareto (demonstra a frequência das ocorrências (de
maior para menor) através de gráfico)
Nomear responsáveis
Descoberta das características do problema através de coleta de dados
ETAPA 2 e observação do local
OBSERVAÇÃO
Cronograma, orçamento e meta.
Definição das causas influentes
ETAPA 3
Escolha das causas mais prováveis (hipóteses)
ANÁLISE
Análise das causas mais prováveis (verificação das hipóteses)
Elaboração da estratégia de ação
ETAPA 4
PLANO DE AÇÃO Elaboração do plano de ação para o bloqueio e revisão do cronograma
e orçamento final
ETAPA 5 Treinamento
AÇÃO Execução da ação
Comparação dos resultados
ETAPA 6
Listagem dos efeitos secundários
VERIFICAÇÃO
Verificação da continuidade ou não do problema
135
UNIDADE 3 | QUALIDADE NA AGROINDÚSTRIA
5 CICLO PDCA
O chamado ciclo PDCA é uma ferramenta que ajuda na qualidade e facilita
a tomada de decisões com o intuito de garantir o que foi projetado como metas
necessárias ao negócio. Embora pareça apenas mais um processo de gerência,
representa um avanço para a eficácia do planejamento:
• Levantamento de fatos.
• Levantamento de dados.
• Elaboração do fluxo do processo.
• Identificação dos itens de controle.
• Elaboração de uma análise de causa e efeito.
• Colocação dos dados sobre os itens de controle.
136
TÓPICO 2 | CONCEITOS E FERRAMENTAS PARA GESTÃO DE QUALIDADE
Uma outra fase do Ciclo PDCA é checar, pois é nela que os procedimentos
são verificados. Também é o momento de observarmos se a execução foi realizada
de maneira correta. Essa checagem deve ser contínua, pois através dela podemos
monitorar os índices de qualidade e produtividade.
137
UNIDADE 3 | QUALIDADE NA AGROINDÚSTRIA
Então, é hora de seguir para a segunda fase, o fazer. Caso perceba que
nessa etapa estão existindo vários erros, o indicado é retornar ao planejamento
para ter uma visão geral do que pode estar dando errado. Nunca pule as etapas
e não esqueça que essa ferramenta é um ciclo e que precisa ser respeitada, pois
todos os processos estão vinculados.
138
TÓPICO 2 | CONCEITOS E FERRAMENTAS PARA GESTÃO DE QUALIDADE
LEITURA COMPLEMENTAR
140
TÓPICO 2 | CONCEITOS E FERRAMENTAS PARA GESTÃO DE QUALIDADE
FONTE: NICHELE, Fabiano. Desafio para o crescimento da agroindústria. 2017. Disponível em:
<https://sebraers.com.br/agroindustria-peq/desafio-para-o-crescimento-da-sua-agroindustria/>.
Acesso em: 8 ago. 2018.
141
RESUMO DO TÓPICO 2
• Ciclo PDCA: é muito utilizado por empresas que querem melhorar a gestão
através do controle eficiente de seus processos.
142
AUTOATIVIDADE
( ) O modelo de Ishikawa serve para analisar como o preço pode ser reduzido.
( ) O PCDA mede a produção desenvolvida por hora e pode ser útil no
momento.
( ) O modelo Ikawa é contrário ao Ishikawa.
( ) O PDCA pode ser usado para analisar todo o processo produtivo e avaliar
o que pode ser melhorado.
( ) Escolher a matéria-prima.
( ) Decidir os fornecedores.
( ) Escolher os clientes.
( ) Melhorar a gestão controlando os processos.
( ) As chances dos indivíduos são sempre as mesmas, por isso o objetivo é ter
uma igualdade no mundo.
( ) Destrinchar todos os níveis da concorrência.
( ) Entender os diferentes gostos e necessidades dos clientes.
( ) O desenho mostra a ordem de prioridade, que deve ser respeitada na hora
de cortar gastos.
143
( ) V – V – V.
( ) V – F – V.
( ) V – V – F.
( ) V – F – F.
( ) 20% dos funcionários trabalham para 80% dos gestores de forma infeliz.
( ) 50% têm problemas na empresa e 50% sabem como resolver.
( ) 1% dos problemas dentro da empresa é causado pelos gestores.
( ) 80% dos problemas dentro da empresa são ocasionados por 20% das causas.
144
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
O desenvolvimento de um produto envolve um conjunto de atividades que
visa à elaboração de um projeto de produto e de seus processos de produção. Suas
especificações são definidas a partir das necessidades do mercado, associadas às
possibilidades tecnológicas e às estratégias de negócios e competitividade da empresa.
145
UNIDADE 3 | QUALIDADE NA AGROINDÚSTRIA
146
TÓPICO 3 | QUALIDADE NO DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO
147
UNIDADE 3 | QUALIDADE NA AGROINDÚSTRIA
80% a
90%
Tempo
Desenvol-
vimento Produção
FONTE: Disponível em: <http://www.ufrgs.br/ped2014/trabalhos/trabalhos/796_arq2.pdf>.
Acesso em: 23 jul. 2018.
• Planejamento estratégico.
• Desenvolvimento do produto.
• Produção.
148
TÓPICO 3 | QUALIDADE NO DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO
149
UNIDADE 3 | QUALIDADE NA AGROINDÚSTRIA
E
IMPORTANT
150
TÓPICO 3 | QUALIDADE NO DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO
VENDAS
TEMPO
Introdução Crescimento Amadurecimento Declínio
FONTE: Disponível em: <https://afrontablog.com/2014/07/15/o-ciclo-de-vida-do-produto>.
Acesso em: 25 jul. 2018.
E
IMPORTANT
Você sabia que existe uma visão mais recente do ciclo de vida do produto e que
vai ao encontro da ideia de sustentabilidade?
4 QUALIDADE DE PROCESSOS
Um processo pode ser definido como uma “sequência de atividades
organizadas que transformam as entradas dos fornecedores em saídas para os clientes,
com um valor agregado gerado pela unidade” (PALADINI et al., 2012, p. 215).
151
UNIDADE 3 | QUALIDADE NA AGROINDÚSTRIA
E
IMPORTANT
A IN-51 também trata do regulamento técnico da coleta de leite cru refrigerado e seu
transporte a granel, sendo que as normas entraram em vigor em julho de 2005 nos estados
das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e a partir de 2007 para as demais regiões.
O autor considera que a IN-51 faz parte do Programa Nacional de Melhoria da Qualidade
do Leite, que contém uma série de ações a serem desenvolvidas em escala gradativa. O
objetivo é tornar a cadeia do leite competitiva no mercado nacional e internacional. Para
você que deseja maior aprofundamento do estudo, leia o artigo disponível em: <https://
www.revistadoilct.com.br/rilct/article/viewFile/123/128>. Acesso em: 25 jul. 2018.
152
TÓPICO 3 | QUALIDADE NO DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO
E
IMPORTANT
Você sabe o que são as etapas críticas de um processo produtivo? São aquelas
etapas que, se não houver controle, podem gerar riscos inaceitáveis à saúde e/ou à
integridade do consumidor.
153
UNIDADE 3 | QUALIDADE NA AGROINDÚSTRIA
• Seleção de uma escala adequada, que compreenda todas as faixas dos atributos
avaliados.
• Utilização de materiais de referência para suporte da escala das diferentes
propriedades avaliadas.
• Seleção e preparação dos julgadores: devem ser preparados para poderem
utilizar a escala das propriedades avaliadas de forma similar em todos os
produtos e durante todo o período de avaliação.
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TÓPICO 3 | QUALIDADE NO DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO
E
IMPORTANT
155
RESUMO DO TÓPICO 3
• Existe o ciclo de vida do produto segundo a visão ambiental, que ocorre através
da caracterização de todas as etapas produtivas desde a extração da matéria-
prima para a produção até a disposição do produto.
156
AUTOATIVIDADE
157
3 A adoção da prática de fazer o consumidor visualizar o processo produtivo
tem sido utilizada com frequência pelas empresas produtoras de alimentos e
gerado resultados positivos. O que a prática pode gerar no consumidor?
158
d) Constituição da equipe; definição dos objetivos e escopo do estudo;
descrição do produto; identificação do uso pretendido; descrição do
processo de produção; determinação e elaboração das instruções necessárias
para monitoramento e verificação do Sistema de APPCC; formação ou
contratação de uma equipe para a execução de auditorias internas para
verificar as conformidades do Sistema APPCC.
e) Constituição dos avaliadores; definição dos objetivos e escopo do estudo;
descrição do produto; identificação dos consumidores; descrição do
processo de produção; determinação e elaboração das instruções necessárias
para monitoramento e verificação do Sistema de APPCC; formação ou
contratação de uma equipe para a execução de auditorias internas para
verificar as conformidades do Sistema APPCC.
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REFERÊNCIAS
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FILHO, S. P. Planejamento e controle da produção. In: BATALHA, M. O. Gepai:
Grupo de Estudos e Pesquisas Agroindustriais. São Paulo: Atlas, 1997.
LEONE, George Sebastião Guerra. Custos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000.
162
PALADINI, E. P. Gestão estratégica da qualidade: princípios, métodos e
processos. São Paulo: Atlas, 2009.
SÁ, A. Lopes de; SÁ, A. M. Lopes de. Dicionário de contabilidade. 8. ed. São
Paulo: Atlas, 1993.
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