4.cover Teste

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COVER TESTE

“Há muito tempo estou convencido de que as três técnicas de


Diagnóstico mais significativas para os optometristas são Anamnese,
Retinoscopia e Cover Teste.... Embora o Cover Teste não seja um teste novo e
já tenha sido discutido em inúmeros artigos e textos ao longo dos anos, minha
opinião e observação é que muitos optometristas não o realizam corretamente
e não se dão conta do significado total deste procedimento.”
Jess Boyd Eskridge,O.D.; PHD.- Divisão de Optometria. Universidade de
Indiana.
Embora estas palavras tenham sido escritas há mais de 30 anos, elas
ainda hoje são apropriadas. Este texto de Revisão foi desenvolvido para ajudá-
lo a entender melhor a performance do Cover Teste (CT) e prepará-lo para
desenvolver sua habilidade e confiança neste importante procedimento
diagnóstico. Se você ainda está inseguro de sua habilidade, pratique
cuidadosamente em todos os seus pacientes até assegurar-se de ter entendido
como realizar e interpretar o CT. Sendo um teste objetivo, que exige pouca
resposta dos pacientes, é muito indicado para uso pediátrico. Como é realizado
fora do refrator e sob condições visuais habituais, é a mais realística e acurada
medida do ângulo de desvio.

Três PASSOS BÁSICOS NA REALIZAÇÃO DO COVER TESTE

O CT pode ser tão simples ou complexo quanto você desejar. Vários


autores, inclusive o Dr. Eskridge, descreveram 5, 7 e até 13 passos, tornando a
simples tarefa de cobrir e descobrir os olhos bastante confusa. Enquanto você
não se tornar mais familiarizado com este teste, será interessante pensar no
Cover como tendo somente 3 passos separados, cada qual com um objetivo
específico.Os parágrafos seguintes vão descrever o método de 3 passos e o
questionário final vai ajudá-lo a avaliar o seu conhecimento.À medida que
suas habilidades aumentem, você poderá decidir adicionar passos a seu
procedimento, de modo a obter mais informações.
PRIMEIRO PASSO: O primeiro passo nesta técnica é conhecido como
COVER-UNCOVER [COBRIR E DESCOBRIR]. Nesta Etapa o objetivo é
somente diferenciar entre a Heteroforia e a Heterotropia e, em caso de
Heterotropia, determinar se é unilateral ou alternante. Você deve cobrir e
descobrir um olho por vez, e observar cuidadosamente o olho que NÃO está
sendo ocluído durante o movimento de cobrir e de descobrir.
Por exemplo, o olho direito está sendo coberto enquanto o olho esquerdo está
sendo observado para ver se ocorre algum movimento. Se o olho esquerdo se
movimentar enquanto o olho direito estiver sendo coberto, isto significa que o
olho esquerdo não estava fixando antes do movimento de cobertura, e o
paciente tem uma Heterotropia (estrabismo).
Em seguida descubra o olho direito, enquanto continua a observar o
olho esquerdo procurando ver se há movimento. Se o olho esquerdo se mover
quando o olho direito for descoberto, isto significa que o olho esquerdo estava
fixando enquanto o direito estava coberto, e o olho direito volta a fixar quando
é descoberto. Isto também indica uma Heterotropia, especificamente uma
Heterotropia unilateral.Se o olho esquerdo não se mover no movimento de
descobrir, certamente teremos uma Heterotropia alternante.
Este procedimento é então repetido enquanto se cobre e descobre o olho
esquerdo e se observa o olho direito. Cada uma dessas seqüências deve ser
repetida várias vezes para confirmar o resultado. O movimento de cobrir deve
dar tempo suficiente (2 ou 3 segundos ) para o paciente poder ter a
oportunidade de fixar o olho descoberto.
Os dois próximos passos desta técnica ocorrem durante a fase
Alternante do CT. O primeiro destes passos é para determinar a direção do
desvio (Hipo/Hiper, Eso/Exo).Cubra alternadamente o olho direito e o
esquerdo enquanto o paciente fixa um ponto ao longe ou um ponto próximo e
observe o olho quando a pá é retirada.Se o olho se move para fora
(temporalmente) isto significa que o desvio é Eso.Se o olho se move para
dentro (nasalmente), isso significa que o desvio é Exo.Se o olho se move para
cima, o desvio é Hipo.Se o olho se move para baixo, o desvio é Hiper.Se o
desvio foi identificado como Estrabismo na etapa 1 , então o desvio deve ser
identificado como Hipertrofia ou Hipotrofia ( o que é diferente de Heteroforia)
dependendo do olho desviado.Por exemplo, se o olho esquerdo é o olho que
desvia, e se move para cima quando é descoberto, o desvio é uma Hipotrofia
esquerda, o que não é o mesmo que uma Hipertropia direita.
O passo final é determinar a magnitude do desvio, novamente usando a
fase Alternante do CT. Com experiência, você será capaz de estimar o ângulo
bastante bem.Mas é sempre uma boa idéia neutralizar o ângulo com
prisma.Com o olho direito ocluído, coloque um prisma com a base na direção
correta (determinada no passo 2 : base Nasal para Exo e base Temporal para
Eso; base para cima para Hipo e base para baixo para Hiper) *, de um valor
aproximado, entre o oclusor e o olho direito.Repita o Cover Alternante para
determinar se ainda ocorre movimento.Se ainda acontecer, mude o poder do
prisma e repita até que o movimento esteja neutralizado.Continue a aumentar
o prisma e re-avalie, até ver uma reversão do movimento.O ponto médio entre
o movimento original e a reversão de direção é a magnitude do ângulo.
N.T.: * A ponta do prisma aponta o desvio.
LUZES DE WORTH

FILTRO VERMELHO - OD

FILTRO VERDE – OE

6m
INTERPRETAÇÃO

4 LUZES : FUSÃO NORMAL


2 VERMELHAS : SUPRESSÃO DO OE
3 VERDES : SUPRESSÃO DO OD

2 VERMELHAS E 3 VERDES : DIPLOPIA


NESTE CASO PERGUNTAR COMO ESTÃO AS
LUZES EM RELAÇÃO AS VERDES (LOCALIZAÇÃO)

VERMELHAS A DIREITA DAS VERDES - ENDODESVIAÇÃO


VERMELHAS A ESQUERDA DAS VERDES – EXODESVIAÇÃO
VERMELHAS ACIMA DAS VERDES - HIPERDESVIAÇÃO ESQ.
VERMELHAS ABAIXO DAS VERDES - HIPERDESVIAÇÃO DIR.

FUSÃO NORMAL
SUPRESSÃO DO OE

SUPRESSÃO DO OD
ENDODESVIAÇÃO

EXODESVIAÇÃO

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