10 Contos Zen para Te Ajudar em Sua Jornada Espiritual
10 Contos Zen para Te Ajudar em Sua Jornada Espiritual
10 Contos Zen para Te Ajudar em Sua Jornada Espiritual
1 1- Seguindo a corrente
2 2- O Agora
3 3- A corrida dos sapinhos
4 4- Nada existe
5 5- Buscando por Buddha
6 6- Mais devagar
7 7- O apego
8 8- Onde está a sua mente?
9 9- Concentração
10 10- Por que palavras?
1- Seguindo a corrente
Um velho homem bêbado acidentalmente caiu nas terríveis corredeiras de um rio que
levavam para uma alta e perigosa cascata. Ninguém jamais tinha sobrevivido àquele rio.
Algumas pessoas que viram o acidente temeram pela sua vida, tentando
desesperadamente chamar a atenção do homem que, bêbado, estava quase desmaiado.
Mas, miraculosamente, ele conseguiu sair salvo quando a própria correnteza o despejou
na margem em uma curva que fazia o rio.
“Ele se acomodou à água, não tentou lutar com ela. Sem pensar, sem racionalizar, ele
permitiu que a água o envolvesse. Mergulhando na correnteza, conseguiu sair da
correnteza. Assim foi como conseguiu sobreviver.”
2- O Agora
Um guerreiro japonês foi capturado pelos seus inimigos e jogado na prisão. Naquela
noite ele sentiu-se incapaz de dormir, pois sabia que no dia seguinte ele iria ser
interrogado, torturado e executado. Então as palavras de seu mestre Zen surgiram em
sua mente:
Em meio ao seu terror subitamente compreendeu o sentido destas palavras, ficou em paz
e dormiu tranquilamente.
E os sapinhos iam desistindo um por um, menos um que subia tranquilo, sem esforços.
Quando queremos fazer alguma coisa que precise coragem, não se deve escutar as
pessoas que falam que não iremos conseguir.
4- Nada existe
Yamaoka Tesshu, quando um jovem estudante Zen, visitou um mestre após outro. Ele
então foi até Dokuon de Shokoku.
Desejando mostrar o quanto já sabia, ele disse, vaidoso: “A mente, Buddha, e os seres
sencientes, além de tudo, não existem. A verdadeira natureza dos fenômenos é vazia.
Não há realização, nenhuma delusão, nenhum sábio, nenhuma mediocridade. Não há o
Dar e tampouco nada a receber!”
Dokuon, que estava fumando pacientemente, nada disse. Subitamente ele acertou
Yamaoka na cabeça com seu longo cachimbo de bambu. Isto fez o jovem ficar muito
irritado, gritando xingamentos.
“Se nada existe”, perguntou, calmo, Dokuon, “de onde veio toda esta sua raiva?“
Quando o objeto chegou mais perto, ele viu que era um cadáver – e que o morto era ele
mesmo!
O monge perdeu todo o controle e deu um grito de dor à visão de si mesmo, rígido e
sem vida, flutuando suavemente na corrente do grande rio.
Neste instante percebeu que ali estava começando sua busca pela liberação…
E então ele soube definitivamente que sua procura por Buddha havia terminado.
6- Mais devagar
– Quero ser seu aluno e tornar-me o melhor karateca do país. Quanto tempo preciso
estudar?
– Dez anos, pelo menos.
– Vinte anos.
– Trinta anos.
– Mas, eu lhe digo que vou dedicar-me em dobro, e o senhor me responde que a
duração será maior?
– A resposta é simples. Quando um olho está fixo aonde se quer chegar, só resta um
para se encontrar o caminho.
7- O apego
Um dia morreu o guardião de um mosteiro Zen. Para decidir quem seria a nova
sentinela, o mestre convocou os discípulos e disse:
Então, numa mesa que estava no centro da sala, colocou um vaso de porcelana muito
raro, com uma rosa amarela de extraordinária beleza. E disse apenas:
Todos ficaram a olhar para a cena: o vaso belíssimo, de valor inestimável, com a
maravilhosa flor ao centro! O que representaria? O que fazer? Qual o enigma? De
repente, um dos discípulos saca da espada, olha para o mestre, dirige-se para o centro da
sala e… Zazzz! Com um só golpe destruiu tudo.
– Você é o novo guardião. Não importa que o problema seja algo lindíssimo. Se for um
problema, precisa ser eliminado.
“Eu não tenho paz de espírito. Gostaria de pedir, Senhor, que pacificasse minha
mente.“
9- Concentração
Após ganhar vários torneios de Arco e Flecha, o jovem e arrogante campeão resolveu
desafiar um mestre Zen que era renomado pela sua capacidade como arqueiro.
“Sim!“, ele exclamou para o velho arqueiro, “Veja se pode fazer isso!”
Imperturbável, o mestre não preparou seu arco, mas em vez disso fez sinal para o jovem
arqueiro segui-lo para a montanha acima.
Curioso sobre o que o velho estava tramando, o campeão seguiu-o para o alto até que
eles alcançaram um profundo abismo atravessado por uma frágil e pouco firme tábua de
madeira. Calmamente caminhando sobre a insegura e certamente perigosa ponte, o
velho mestre tomou uma larga árvore longínqua como alvo, esticou seu arco, e acertou
um claro e direto tiro.
“Agora é sua vez“, ele disse enquanto ele suavemente voltava para solo seguro.
Olhando com terror para dentro do abismo negro e aparentemente sem fim, o jovem não
pôde forçar a si mesmo caminhar pela prancha, muito menos acertar um alvo de lá.
“Você tem muita perícia com seu arco“, o mestre disse, percebendo a dificuldade de seu
desafiante, “mas você tem pouco equilíbrio com a mente que deve nos deixar relaxados
para mirar o alvo.“
“Mestre, aprendi que confiar nas palavras é ilusório; e diante das palavras, o
verdadeiro sentido surge através do silêncio. Mas vejo que os Sutras e as recitações são
feitas de palavras; que o ensinamento é transmitido pela voz. Se o Dharma está além
dos termos, porque os termos são usados para defini-lo?“
O velho sábio respondeu: “As palavras são como um dedo apontando para a Lua; cuida
de saber olhar para a Lua, não se preocupe com o dedo que a aponta.“
O monge replicou: “Mas eu não poderia olhar a Lua, sem precisar que algum dedo
alheio a indique?“
“Poderia”, confirmou o mestre, “e assim tu o farás, pois ninguém mais pode olhar a
lua por ti. As palavras são como bolhas de sabão: frágeis e inconsistentes,
desaparecem quando em contato prolongado com o ar. A Lua está e sempre esteve à
vista. O Dharma é eterno e completamente revelado. As palavras não podem revelar o
que já está revelado desde o Primeiro Princípio.”
“Então“, o monge perguntou, “por que os homens precisam que lhes seja revelado o
que já é de seu conhecimento?”
“Porque”, completou o sábio, “da mesma forma que ver a Lua todas as noites faz com
que os homens se esqueçam dela pelo simples costume de aceitar sua existência como
fato consumado, assim também os homens não confiam na Verdade já revelada pelo
simples fato dela se manifestar em todas as coisas, sem distinção. Desta forma, as
palavras são um subterfúgio, um adorno para embelezar e atrair nossa atenção. E
como qualquer adorno, pode ser valorizado mais do que é necessário.”
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