Tarsila do Amaral foi uma pintora modernista brasileira que produziu obras influenciadas pelo cubismo, surrealismo e expressão da identidade nacional entre 1922-1933. Suas obras mais famosas incluem A negra, Abaporu e Operários.
Tarsila do Amaral foi uma pintora modernista brasileira que produziu obras influenciadas pelo cubismo, surrealismo e expressão da identidade nacional entre 1922-1933. Suas obras mais famosas incluem A negra, Abaporu e Operários.
Tarsila do Amaral foi uma pintora modernista brasileira que produziu obras influenciadas pelo cubismo, surrealismo e expressão da identidade nacional entre 1922-1933. Suas obras mais famosas incluem A negra, Abaporu e Operários.
Tarsila do Amaral foi uma pintora modernista brasileira que produziu obras influenciadas pelo cubismo, surrealismo e expressão da identidade nacional entre 1922-1933. Suas obras mais famosas incluem A negra, Abaporu e Operários.
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GRANDES MESTRES DA ARTE
Biografia de Tarsila do Amaral (EF69AR01 a EF69AR08)
Tarsila do Amaral nasceu em 1886 e morreu em 1973. Em 1904, fez seu primeiro quadro – Sagrado coração de Jesus – e, em 1922, começou a fazer pinturas vanguardistas. Filiou-se definitivamente ao Modernismo brasileiro ao pintar a tela A negra (1923). Durante suas fases Pau-Brasil (1924-1928) e Antropofágica (1928-1930), a artista esteve completamente voltada para o movimento modernista brasileiro, quando produziu obras como: Carnaval em Madureira (1924) e Abaporu (1928). Já Operários (1933) é a obra mais conhecida de sua fase social. A pintora Tarsila do Amaral nasceu em 1º de setembro de 1886, em Capivari, no estado de São Paulo, e morreu em 17 de janeiro de 1973, na cidade de São Paulo. Sua obra apresenta paisagens rurais e urbanas brasileiras, além de elementos da fauna, flora e folclore do país. Seu primeiro quadro – Sagrado coração de Jesus – foi feito em 1904, em Barcelona, quando a artista estudava na Espanha. De 1920 a 1922, estudou na Académie Julien, em Paris. Assim, não participou da Semana de Arte Moderna de 1922, já que estava na França quando o evento ocorreu. A pintora, portanto, teve uma formação acadêmica antes de aderir ao Modernismo. No Brasil, fez parte do chamado Grupo dos Cinco: Anita Malfatti (1889-1964), Mário de Andrade (1893-1945), Oswald de Andrade (1890-1954), Menotti del Picchia (1892-1988) e Tarsila do Amaral. Por causa desse convívio, em 1922, pintou os retratos de Mário de Andrade e de Oswald de Andrade, em estilo expressionista. No ano seguinte, em 1923, ela e Oswald de Andrade foram viver em Paris, onde Tarsila do Amaral pôde se envolver ainda mais com a arte moderna. Sua primeira tela modernista é A negra, de 1923, de influência cubista, e causou forte impacto na época. Três anos depois, em 1926, Tarsila do Amaral fez sua primeira exposição individual em Paris. Nesse mesmo ano, casou-se com o escritor Oswald de Andrade. Mas, em 1930, ela se separou do marido ao descobrir que ele estava tendo um romance com a escritora Pagu (1910-1962). Em 1929, Tarsila do Amaral teve sua primeira exposição individual no Brasil. Em 1931, viajou para a União Soviética e fez uma exposição em Moscou. A partir de 1935, passou a trabalhar como colunista e ilustradora. Em 1950, as pinturas de sua fase “Neo Pau- Brasil” foram apresentadas no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/ SP). Já em 1954, fez a tela Procissão do Santíssimo, em comemoração aos quatrocentos anos da cidade de São Paulo. Tarsila e o Modernismo: O Modernismo brasileiro foi inaugurado com a Semana de Arte Moderna, em 1922. Nesse evento, artistas de diversas áreas apresentaram novas tendências artísticas inspiradas nos movimentos de vanguarda que estavam em curso na Europa. A principal característica desse movimento foi a quebra radical com a arte acadêmica e com os valores tradicionais, não só na arte, mas também na sociedade brasileira. Na Semana de 22, participaram os seguintes artistas das artes visuais: Anita Malfatti, Di Cavalcanti (1897-1976), Ferrignac (1892-1958), Jonh Graz (1891-1980), Vicente do Rego Monteiro (1899-1970), Zina Aita (1900-1967), Yan de Almeida Prado (1898-1991), Antônio Paim Vieira (1895-1988) e Alberto Martins Ribeiro|1|. Apesar de Tarsila do Amaral não ter participado do evento, demonstrava interesse pela chamada “arte moderna”. Além de apresentar marcas de movimentos das vanguardas europeias, como o cubismo e o surrealismo, o Modernismo brasileiro também explorou a temática nacional. Foi um movimento artístico que buscava revelar a identidade brasileira, e isso pode ser visto nas obras de Tarsila do Amaral produzidas entre os anos de 1924 a 1933. Já entre os anos de 1904 e 1923, as obras da artista revelam seu processo de formação até a descoberta da arte moderna. A temática nacional ainda não é uma marca; mas, no final desse processo, é possível perceber a influência dos movimentos de vanguarda, como o expressionismo e o início da influência cubista, a partir de uma visão nacionalista, na pintura A negra (1923). Assim, na fase Pau-Brasil (1924-1928), é possível observar pinturas com cores fortes e nacionais (como o verde), cuja temática é o Brasil rural e urbano, produzidas a partir da técnica cubista. Dessa fase, devemos destacar as obras: Morro da favela (1924), Carnaval em Madureira (1924) e O mamoeiro (1925). Na fase Antropofágica (1928-1930), a pintora ainda utiliza as cores fortes; porém, sobressaem os elementos oníricos, com clara influência surrealista. Principal obra desse período é Abaporu (1928). “Abaporu”, em tupi, significa “homem que come gente”. Essa tela inspirou o escritor Oswald de Andrade a escrever o Manifesto antropófago (1928). Segundo Christian Bruno Alves Salles, doutor em Sociologia: “Uma tensão entre o local e o universal caracterizou o Modernismo brasileiro. Tensão que não se traduzia em antagonismo, mas se harmonizava na afirmação da primazia do nacional. Um impulso universalista orientava o movimento, manifesto, sobretudo, na assimilação das vanguardas artísticas europeias. Contudo, a incorporação do dado estrangeiro pressupunha uma reinvenção, por meio da adaptação às condições do meio nacional”. Dessa maneira, Oswald de Andrade percebeu a necessidade de considerar, como parte da identidade nacional, a influência estrangeira histórica e inerente à cultura brasileira. A antropofagia defendida pelo escritor era cultural: era preciso “comer” o estrangeiro e ressignificar a sua cultura, inserida na cultura brasileira, o que fica exposto neste trecho do Manifesto antropófago: Nunca fomos catequizados. Vivemos através de um direito sonâmbulo. Fizemos Cristo nascer na Bahia. Ou em Belém do Pará. Mas nunca admitimos o nascimento da lógica entre nós. Contra o Padre Vieira. Autor do nosso primeiro empréstimo, para ganhar comissão. O rei analfabeto dissera- lhe: ponha isso no papel mas sem muita lábia. Fez-se o empréstimo. Gravou-se o açúcar brasileiro. Vieira deixou o dinheiro em Portugal e nos trouxe a lábia. Nunca fomos catequizados. Fizemos foi Carnaval. O índio vestido de senador do Império. Fingindo de Pitt. Ou figurando nas óperas de Alencar2 cheio de bons sentimentos portugueses. A fase social (1933) de Tarsila do Amaral foi o período em que a artista demonstrou sua preocupação com questões sociais brasileiras. Esse interesse se deve à sua viagem à União soviética em 1931. Ao voltar ao Brasil, a pintora participou de reuniões do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e acabou sendo presa, o que durou um mês. Principal obra dessa fase: Operários (1933). Entre os anos 1930 e 1950, Tarsila do Amaral não abandonou os temas nacionais, mas essa temática voltou a ser mais fortemente trabalhada a partir de 1950, em sua fase Neo Pau-Brasil. Uma das obras desse período é Batizado de Macunaíma (1956), onde se podem perceber símbolos da cultura nacional, como a floresta brasileira, o índio e o batizado.
Tarsila do Amaral produziu mais de cinquenta obras. Conheça
algumas das obras mais representativas de sua carreira: Retrato de Oswald de Andrade (1922); As Margaridas de Mário de Andrade (1922); Retrato de Mário de Andrade (1922); O Autorretrato (1923); A Negra (1923); Caipirinha (1923); São Paulo (1924); Morro da Favela (1924); Carnaval em Madureira (1924); O Mamoeiro (1925); Urutu (1928); Abaporu (1928); A Lua (1928) Antropofagia (1929); Floresta (1929); Operários (1933); Orfanato (1935-1949); Costureiras (1936-1950); Bandeira do divino (1939-1968); Batizado de Macunaíma (1956). RESPONDA A QUESTÃO: - Quais elementos artísticos podemos notar nas obras da artista Tarsila do Amaral? (cores, linhas, formas, bi e trimensionalidade, luz e sombra, etc).