Estrategia Reflorestamento
Estrategia Reflorestamento
Estrategia Reflorestamento
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA
É importante destacar que o processo de formulação teve um caracter participativo, onde foram
auscultados várias sensibilidades na matéria e a foram realizados vários seminários técnicos com
especialistas e investidores interessados no desenvolvimento do reflorestamento. As contribuições
obtidas neste processo permitiram enriquecer o documento final.
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CONTEUDO
APRESENTAÇÃO
1. INTRODUÇÃO
2. DIAGNÓSTICO
2.1 Passado e presente
2.2 Futuro previsível
2.2.1 Económico
2.2.2 Ecológico
2.2.3 Social
2.3
3. ENQUADRAMENTO ESTRATÉGICO
3.1 Visão
3.2 Objectivo estratégico
3.3 Estratégias
4. ESTRATÉGIA
4.1 Estratégia 1:
4.1.1 Justificaçao
4.1.2 Objectivo geral
4.1.3 Objectivo especificos
4.1.4 Metas
4.1.5 Actividades principais
4.2 Estratégia 2:
4.2.1 Justificaçao
4.2.2 Objectivo geral
4.2.3 Objectivo especificos
4.2.4 Metas
4.2.5 Actividades principais
4.3 Estratégia 3:
4.3.1 Justificaçao
4.3.2 Objectivo geral
4.3.3 Objectivo especificos
4.3.4 Metas
4.3.5 Actividades principais
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1. INTRODUÇÃO
1.1 Contexto
Há necessidade de aumentar a eficiência económica para abordar efectivamente uma economia fraca
e para reduzir a pressão sobre os gastos publicos. Uma industria florestal forte poderá constituir um
dinamo para ajudar o pais a atingir tais objectivos. A meta principal é apoiar na melhoria do bem
estar da população e especialmente responder as necessidades dos menos favorecidos no pais.
4) Política Nacional de Água, No. 7/95, 8 de Agosto 1995. (Em processo de revisão)
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7) Politica Nacional do Sector Industrial, No. 23/97, 19 de Agosto de 1997.
11) Plano de Acção para a Redução da Pobreza Absoluta (PARPA), 2001-2005, April 2000.
13) Instruções gerais para o Desenvolvimento Rural , no.3/98, 24 de Fevereiro 1998: Plano
de Acção.
(i) A estratégia nacional de reflorestamento baseia-se nos principios das seguintes convenções já
ratificadas por Moçambique;
(ii) Aplicação do Codigo de boas práticas no maneio sustentavel de plantações florestais com o
objectivo de estabelecer o padrão mínimo para melhorar as práticas de plantio.
A DNFFB irá desenvolver este código para servir de guião e monitorar as actividades da industria
florestal exercidas no sector de modo a garantir o maneio sustentavel das plantaçãoes florestais.
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O rascunho do Codigo de boas práticas no maneio sustentavel de plantações florestais em
Moçambique está em preparação e deverá ser debatido e adoptado brevemente. Este código deve ser
revisto e actualizado anualmente para corresponder a realidade e ser relevante no maneio das
plantações florestais em Moçambique.
(iii) Moçambique adoptou a, Agenda 21, e a Convenção sobre a Biodiversidadde, que incorpora o
objective do “Maneio Sustentavel dos Recursos Florestais”. Moçambique, tornou-se signatario desta
convenção em Outubro de 1998.
Plantações industriais devem ser manejadas de forma sustentavel e as industrias florestais devem
aplicar e o codigo de boas práticas de maneio das plantações adaptado para Moçambique ou obter a
certificação da plantação de alguma organização internacional de reputação que pode ser aprovada
pelas autoridades governamentais do sector florestal em Moçambique
Conservação das espécies endemicas onde possivel para permitir a continuidade da sua evoluçãp
sem sofrer impactos negativos antropomorficos
Isto esta reflectido nas seguintes Funções de Administração Pública da Direcção Nacional de
Florestas e Fauna Bravia:
(v) DNFFB
O Governo de Moçambique através das suas instituições executivel responsaveis pelo sector florestal
especialmente a DNFFB, é responsiavél por fazer as coisas acontecerem a nivel social, ambiental e
economic para o reflorestamento. Isto significa que a DNFFB não tem que ser o actor directo mas
sim ser o agente facilitador,para promover e monitorar o desenvolvimento do dector florestal e
assegurar que a sociedade civil obtenha os serviços e beneficios desejados a baixo custo e alta
qualidade.
A DNFFB como instituição executiva é responsavél por colectar as contribuções do sector florestal
para as Finanças e por estabelecer o rendimento adequado dos sectores chave que representam a
força motriz para o crescimento económico.
A DNFFB deve levar a cabo observações periodicas para garantir que as ameaças sejam previstas
antepadamente e evitadas, e permitir que as oportunidades sejam pontualmente aproveitadas para o
desenvolvimento efectivo.
(vi) Responsabilidade
A DNFFB deve apresentar um relatorio annualmente:
Sobre o desenvolvimento e execução da implementação desta estratégia de Reflorestamento
ao Ministro de tutela.
(viii) Financeiro
Um resultado chave no sector Florestal seria o progarma de acção do Fundo Fomento Agrário
Florestal que deve ser gerido independentemente pelo sector dentro dos condições da politica fiscal
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do Government. Este fundo deve ser utilizado principalmente para o extensão e investigação
florestal, e também para o acesso aos fundos doados para o desenvolvimento de pequenos e medias
empresas de reflorestamento. É importante que seja estabelecido um programa apropriado de
acordo com as prioridades e seja revisto anualmente.
A transferência de responsabilidades de gestão da floresta para o nivel hierarquico mais baixo nos
distritos (descentralização) e a participação dos intervenientes para melhor compreensão de suas
necessidades, aspirações, e transformalas em programas realisticos, planos e dar apoio para sua
implementação como é o caso do Diploma No. 93/2005 (BR No. 18, 4/05/2005) que atribui 20% de
todas taxas e quotas pagas devem ser devolvidas em valor monetário as comunidades locais da área
da actividade florestal.
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DIAGNOSTICO
As primeiras plantações no país iniciaram no século XIX com o plantio de árvores na então Lourenço
Marques hoje Maputo, predominantemente com espécies do género Eucalyptus com o objectivo de
secar os pântanos existentes na parte baixa da cidade. Dados disponíveis indicam que entre 1907 e
1920 o jardim Tunduro foi enriquecido com essências exóticas e a partir de 1926 a cidade começou a
ser arborizada de formada ordenada, nas ruas próximas a Estação dos Caminhos de Ferro, com o
plantio de Eucalyptus tereticornis, Eucalyptus rostata e Eucalyptus robusta.
Na década 20 foram iniciadas plantações com o objectivo de conter as dunas de areia através do
plantio de Casuarina equisetifólia na foz do rio Limpopo em Gaza, bem como a fixação de dunas
junto aos faróis, na ilha da Inhaca, Barra Falsa, Ponta Caldeira, Bazaruto, Ponta do Ouro, Cabo da
Boa Paz, Barra de Inhambane (Tofo) e em Závora, esta última já nos anos 40.
Ainda na década 20, foram estabelecidos plantios na Namaacha, Marracuene, Matola, Mocuba e
Ribáue onde foram introduzidas mais de duzentas espécies florestais exóticas com o objectivo de
testar espécies e proveniências mais adequadas ao nosso país. Os testes foram efectuados
maioritariamente com espécies dos géneros Eucalyptus e Pinus. Além dessas, outras espécies
introduzidas foram a Araucaria cookii, Cupressus spp, Melaleuca leucadendrum, Grevillea robusta e
as ornamentais Cassia siamea, Delonix regia, Jacaranda mimosifolia, Spathodea campanulata e
Tabebuia rosea.
Assim, no periodo colonial foram estabelecidas cerca de 20.000 ha de plantações florestais com
espécies exóticas, maioritariamente de Eucalyptus saligna, Eucalyptus grandis, Pinus patula e
Casuarina equisetifolia. A maior parte destas plantações foram estabelecidas em Penhalonga,
Rotanda e Sussudenga na província de Manica; Lichinga emNiassa; Alto-Molócue e Gurué na
Zambézia; Angónia em Tete; Namaacha, Salamanga, Marracuene e Matola em Maputo; Barra do
Limpopo e Bilene em Gaza; e Nhalue em Inhambane.
No período pós-independência nacional foi marcado pelo desenvolvimento de plantações com espécies
florestais de rápido crescimento para o abastecimento de lenha e carvão às populações dos três maiores
centros urbanos, Maputo, Beira e Nampula e seus arredores, visando reduzir a pressão que já se começava
a sentir sobre a floresta nativa ao redor dos grandes centro urbanos.
É neste contexto que foram criados no fim da década 70 e inicio da decáda 80 os Projectos FO-1 em
Manica, que mais tarde deu lugar ao projecto IFLOMA, Projecto FO-2 em Marracuene, província de
Maputo, Projecto FO-4 em Dondo, na Província de Sofala e o Projecto FO-5 na província de Nampula.
Estes projectos plantaram milares de hectares com espécies do género Eucalyptus (saligna, tereticornis,
citriodora, camaldulensis, etc), com o apoio do Programa MONAP.
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Por outro lado deu-se ainda continuidade às plantações de Salamanga com o código FO-19, das plantações
de Lichinga através do Projecto FO-10, da Mata de Namaacha, do Gurúe que passou a pertencer à empresa
estatal EMOCHÁ e ainda as plantações do Chókwé. Também, deu-se ainda continuidade ao
reflorestamento com casuarinas para a fixação das dunas ao longo da faixa costeira.
Foi nesta altura criado o primeiro empreendimento de carácter industrial e comercial em Manoca, apartir
das antigas plantações de Penhalonga e Rotanda e a transformação do Projecto FO-1 em IFLOMA E.E.,
continuando e expandindo para Bandula e Cafumpe o programa de plantações de especies florestais de
rápido crescimento com espécies do género Pinus (patula, taeda, elliotti) e ainda espécies de Eucalyptus
(grandis e saligna).
Esta época foi também marcada por intensa investigação florestal, onde foram realizados e registados
ensaios de selecção de espécies e proveniências; testes de produção de plantulas nos viveiros e ensaios de
técnicas silviculturais no estabelecimento das plantações.
Com a introdução do PRE em 1987 e a mudança da política na esfera de gestão de unidades produtivas e o
terminus do Programa MONAPO estes projectos começaram a enfrentar problemas de recursos
financeiros e humanos qualificados para dar continuidade e manutenção das plantações já estabelecidas.
Neste contexto iniciou na primeira metade da década 90 o processo de reestruturação destes projectos que
culminou com a privatização de algumas unidades produtivas como é o caso do Projecto FO-2 e o
IFLOMA e as restantes por falta de interessados foram transferidos para a gestão provincial através das
Direcções Provinciais de Agricultura.
Apesar destes projectos não terem alcançado os resultados esperados, contribuíram para duplicar a área
florestal que o país tinha na altura da proclamação da independência, isto é o país passou de 20000 ha em
1975 para cerca de 42000 ha em 1992. Por outro lado, importa referir que estes projectos desempenharam
um papel social muito importante, não só em termos de criação de postos de trabalho para população rural,
mas fundamentalmente pela organização das comunidades locais e aldeias comunais o que permitia o
desenvolvimento de outras actividades sócio-económica como por exemplo a apicultura.
Desta forma com a interrupção dos programas de reflorestamento que eram levados a cabo pelo Estado
através dos Projectos FO´s, a actividade de reflorestamento no país nos últimos anos resume-se a pequenas
acções isoladas e de pouco impacto levados a cabo pelas DPA com os poucos recursos de que dispõem.
Os esforços empreendidos, entre a última metade da década 90 e a primeira década deste século, visando
atrair o sector privado para o desenvolvimento do reflorestamento não surtiram o efeito desejado, pois a
SONAE adjudicatário da IFLOMA retirou-se dois anos após a recepção da empresa e a SAPPI que em
parceria com a SOCIMO constituíram a sociedade MOSA Florestal não avançou com o projecto a sul de
Salamanga e a MONDI Forest abandonou o projecto na região de Muanza devido a várias razões de entre
elas as considerações do impacto ambiental.
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desenvolvimento do sector de plantações florestais apesar da vasta disponibilidade de terra para o
efeito.
Reconhecendo o facto de o sector privado local não ter tradição de plantar árvores e não dispor de recursos
para investimento para uma actividade de longo prazo, como é o caso de plantações florestais o sector tem
estado a busca de soluções visando o desenvolvimento de plantações florestais para fins industriais,
energéticos e de conservação. É neste contexto que iniciou uma campanha de promoção da iniciativa junto
das grandes empresas florestais dedicados a produção de polpa e papel. Os resultados são expressos pelo
interesse manifestado e demonstrado na procura de áreas para o desenvolvimento da actividade de
plantações florestais.
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2.2 FUTURO
Existem em Moçambique várias oportunidades para iniciar o reflorestamento em larga escala e que
o país devia tirar vantagem, é o caso de:
Areas relativamente grandes com potencial para o reflorestamento em grande escala. De facto
o país poderá estabelecer a maior plantação de um empreendimento florestal no Hemisfério
Sul.
Condições climáticas apropriadas para espécies comercias de rápido crescimento.
Conversão de areas degradadas em plantações florestias produtivas.
Rápido e grande desenvolvimento local e procura internacional da produção madeireira.
Moçambique está estrategicamente posicionada para a transação com os países da orla
Pacifica. Basedo nas projecções do consumo para 2010, Asia está surgindo como um futuro
importante mercado de produtos madeireiros, impulsionado pelo aumento do
desenvolvimento economico e crescimento populacional. (FAO Outlook Study for Asia &
Pacific Countries, 2002)
Economia Dinâmica com um melhoramento rápido das infraestruturas.
Um Governo Estavel que encouraja o desenvolvimento da indústria privada numa economia
livre na criação de um ambiente favoravel a investimento.
Permitir que a Legislação Florestal e outras criem incentivos para o reflorestamento.
Possibilidade de estabelecer plantas de trituração da Madeira em Maputo e Beira para a
comercializção da madeira que poderá também criar oportunidades de mercado para os
pequenos produtores de madeira e das parcelas comunitárias.
Desenvolvimento de esquemas de plantio para aumentar o nível de vida das comunidades
rurais.
Existe um mercado lucrativo para os produtos madeiros provenientes da casuarina tais como
carvão e construção. Utilizar as plantanções de Casuarina existentes em areas de precipitação
alta para a produção de postes e carvão de um modo sustentavél.
Reflorestamento das terras do estado por empreiteiros das comunidades
Boa cooperação entre o sector da agricultura commercial e o sector de floresta comercial já
que a administração publica par a agricultura é responsavel por ambos tipos de exploração
agrária.
O sector de florestas do Estado irá promover, facilitar e monitorar o sector florestal e não
competirá activamente nas actividades de reflorestamento.
Entre 1992 e 2003 o numero de estradas aumentou de 10% A 70% da rede classificada, e as
estradas intransitáveis decresceram de 50% para somente 5% (World Bank, 2005).
O Ministério da Agricultura poderá combiner os fundos do FFA com outros para criar o
Fundo de Desenvolvimento Agrário para ser mais efectivo na direccionamento do
desenvolvimento do reflorestamento do que o actual FFA.
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3. ENQUADRAMENTO ESTRATÉGICO
3.1 Visão
Para alcançar este objectivo geral (visão), foram definidos três objectivos específicos prioritários
seguintes:
Objectivo social o que trata das plantações estabelecidas com envolvimento das
comunidades e cuja utilização e conservação contribui para o bem estar das comunidades;
Objectivo ecológico o que trata da protecção e conservação das plantaçoes florestais com
ênfase sobre a protecção dos ecossistemas frageis e conservação da biodiversidade com vista
a um desenvolvimento sustentavel.
3.3 Estratégias
O Sector de florestas deve tornar a área de plantações florestais atractiva através da aplicação de
incentivos que criem um ambiente favorável de investimento e comercialização com ênfase no
seguinte:
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4 ESTRATÉGIA DE REFLORESTAMENTO
4.1 FUNDAMENTAÇÃO
Moçambique tem cerca de 36 milhões de hectares de terras aráveis com potencial para produção de
uma gama diversificada de cultura agrícolas, incluindo o desenvolvimento de plantações florestais.
Presentemente apenas 12 milhões dos 36 milhões estão sendo usados para a produção de culturas
agrícolas alimentares e de rendimento, satisfazendo cerca de 80% das necessidades do país. Estima-se
que para a satisfação em 100% das necessidades alimentares seriam necessários cerca de 15 milhões
de hectares de terra, o que significa que ficariam ainda disponível cerca de 21 milhões de hectares
para a produção de outras culturas para outros fins, incluindo o estabelecimento de plantações
florestais para produção de madeira para o mercado local e a exportação.
Apeasr de todo este potencial o país conta presentemente com cerca de 24 mil ha de plantações
florestais que satisfazem uma pequena fracção das necessidades locais em produtos de origem
madeireira, pelo que a maior parte dos produtos florestais consumidos (madeira para construção
[parquet, folheados, contraplacados, paineis, postes e estacas], mobiliário e papel), no país é importada,
o que origina um desequlibrio na balança de pagamento ao mesmo tempo que contribui para aumentar
a pressão sobre a floresta nativa, particularmente das espécies preciosas e valiosas.
Por outro lado a demada de produtos madeireiros no mundo está cada vez mais crescente e no caso do
papel a produção Mundial estima-se que irá crescer de 360 milhões de toneladas no ano 2004 para 494
milhões de toneladas no ano 2020. Os países do Asiaticos de Indico e Pacífico serão responsáveis por
90% deste incremento.
Assim, Moçambique para além das excelentes condições agroclimáticas para o crescimento das
árvores, está geograficamente localizado numa zona estrategica e proxima dos grandes mercados
emergentes do Indico e Pacífico, especialmente a China, India e outros paises asiaticos. Estas regiões
sofrem presentemente de deficit de matéria prima fibrosa para a produçào de polpa e papel e portanto
importam grandes quantidades de polpa da Africa do Sul, America Latina (Brasil e Chile) e da Europa.
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Por outro lado e como consequência da garande procura de lenha e carvão para abastecer os grandes
centros urbanos e as industria do tabaco, chá, panificação bem como as cerâmicas extensas áreas estão
degradadas ou desprovidas de cobertura vegetal, agravando a situação da população mais vulnerável
que tem na lenha e carvão a sua principal fonte de energia domestica. Neste panorama, justifica-se o
desenvolvimento de plantações para fins energéticos para satisfação das necessidades básicas da
população e para o abstecimento de energia lenhosa a industria que tem na lenha a sua principal fonte.
Finalmente, o país para além degradadas como resultado da acção humana, tem extensas áreas de
ecossistemas frágeis e bacias hidrgraficas que merecem tratamento especial em termos de protecção e
conservação, é caso das dunas ao longo da faixa costeira e áreas sujeitas a erosão. Por outro lado a
problematica do aquecimento global requer acções a actuação global nos esforços de redução das
emissões dos gases de efeito estufa como é o caso do dioxido de carbono. Portanto o estabelecimento
de plantações para conservação podem contribuir por um lado para minimizar os impactos da
degradação na zona cosateira através da fixação da dunas e estabilização das bacias hidrograficas e por
outro lado para minimizar os efitos do aquecimento global através da fixação do dioxido de carbono.
Nestes termos, os factores descritos constituem justificam que o país embarque no desenvolvimento de
plantações florestais à escala industrial; plantações para fins energéticos e de conservação que
contribuirão positivamente não só para a diversificação da produção nacional mas também
impulsionarão o desenvolvimento das pequenas e médias empresas de reflorestamento e
processamenmto mecânico de madeira, gerando mais postos de trabalho, criando a riqueza e
contribuindo assim para o desenvolvimento da zona rural e de um mundo cada vez menos poluido.
4.2.1 Justificação
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A República de Africa do Sul tem 531 849 hectares de plantações de Eucaliptos que produzem 7.2 milhões de toneladas
metricas de madeira para polpa por ano. Este volume de madeira traduzido em termos monetários é cerca de 833 milhões
de dolares por anos de venda do processamento primário e rendeu 15, 4 biliões em exportação no ano2004.
4.2.2 Objectivo Geral
Desta forma as plantações florestais irão contribuir para a equilibrar a balança de pagamento,
desenvolver as zonas rurais, e aliviar a pobreza absoluta através da criação de emprego e
desenvolvimento de infraestruturas na zona ruarl.
4.2.4 Metas
Para alcançar as metas propostas, será necessário uma parceria forte entre o Estado, sector privado
(grandes industriais, pequenas e médias empresas nacionais), comunidades locais com vista a assegurar
o desenvolvimento das seguintes acções:
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4.3 ESTRATÉGIA 2: REFLORESTAMENTO ENERGÉTICO
4.3.1 Justificação
Cerca de 80% da energia consumida no País, provém da biomassa lenhosa. A procura anual desta
fonte energética é estimada em 16 milhões de metros cúbicos. O desmatamento devido a exploração
para fins energeticos é alarmante com uma taxa de 61 000 ha ou 90 000 toneladas por ano
particularmente perto das zonas urbanas.A biomassa lenhosa é usada como energia doméstica, na
industria de panificação, tabaco, chá entre outros.
A biomassa usada como insumo na produção do tabaco é obtida usando o conceito de autoconsumo
preconizado na Lei 10/99 de 7 de Julho, Regulamento da Lei de Florestas e Fauna Bravia -RLFFB-
(Decreto Lei 12/2002 de 6 de Junho) , ainda de acordo com o número 3 do Artigo 24 da mesma lei
estabece que a industria de tabaco, a semelhança de outras que consomem grandes volumes de lenha
para laboração deverão abastecer as suas fabricas de lenha obtido em concessões florestais ou em
plantações florestais estabelecidas para o efeito.
Os planos de reflorestamento até agora apresentados são fracos e não são implementados havendo
necessidade de harmonizar as actividades intersectoriais para a materialização do reflorestameto para
fins energéticos que inclui a industria de tabaco.
Usar lenha das plantações florestais nas industrias de processamento (tabaco, cerâmica,
chá, etc);
Promover a participação activa das comuniddaes e sector privado;
Reduzir a taxa de desmatamento da floresta nativa;
Contribuir para o aumento da renda familiar;
Promover a plantação em woodlots para consumo individual ou por comunidade
Investigar novas espécias nativas e exóticas para fins energéticos
4.3.4 Metas
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4.3.5 Acções para materializar os objectivos (Actividades principais)
Estabelecer um task force entre MINAG (Serviços agrários, DNTF), FUNAE, FFA e
ME em busca de soluções que minimizem o uso indiscriminado das florestas nativas;
Promover a agrosilvicultura junto a comunidade para obtenção de culturas agricolas
enquanto espera a lenha;
Apoiar as comunidades na comercialização dos produtos florestais resultantes das
plantações;
Desenvolver viveiros florestais comunitários para abastecer em grande quantidade o
sector público e privado;
Fornecer assistência técica através dos serviços de extensão
Práticas melhoradas de produção de lenha e carvão
Estudo de mercado sobre a procura de lenha e carvão no país
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4.4 ESTRATÉGIA 3: REFLORESTAMENTO DE CONSERVAÇÃO
4.4.1 Justificaçao
Existem no país várias áreas que demonstram uma degradação ambiental, devido ao aumento das dunas
costeiras, do desmatamento, da exploração dos mangais, minas e operarações agricolas, que requerem
uma reabilitação.
As florestas desempenham também funções ambientais, pois contribuiem para a protecção contra
desastres naturais tais como cheias, no ciclo de nutrientes (fertilização do solo), protecção de bacias
hidrográficas e conservação de solos mantendo a produtividade agrícola
O sector florestal em Moçambique tem reabilitado vastas áreas degradadas , com sucesso, através do
estabelecimento de plantações florestais tais como as plantações de casuarinas nas zonas costeiras.
Contudo, muitas destas plantanções tem mais de 80 anos de vida e muitas arvores encontram-se mortas
ou a morrer.
As plantações florestais poderão ser usadas para a reabilitação de áreas ambientalmente degradadas
para sustentar a biodiversidade, as culturas agrícolas e desenvolvimento humano assim como as bacias
hidrográficas e sequestro do carbono. A conservação das espécies nativas requer uma alta prioridade.
4.4.4 Metas
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Protecção das bacias hidrográficas;
Sequestro de carbono;
Estabelecimento e desenvolvimento de plantações com espécies nativas;
Comercialização sustentável da madeira da Casuarina sp
Para alcançar as metas é necessário garantir parceira com instituições que se dedicam a conservação
como UEM, IUCN, IIAM,MICOA, WWF, para coordenação e operacionalização das actividades de
conservação identificadas num plano de acção a ser preparado para um horizonte temporal de 5 anos e
fazer uso de contratação de serviços (outsourcing) para estabelecimento destas plantações. Também
deve se explorar a possibilidade de envolver as comunidades como contratados para execução desta
actividade contribuindo assim para o aumento da renda familiar e alivio a pobreza.
Foi difinido como papel do Estado de essencialmente garantir a formulação de políticas adequadas e
coordenadas, para além da criação de condições para o desenvolvimento de de actividades privadas. As
comunidades locais foram sempre consideradas as maiores utilizadoras e beneficiarias, cabendo a sua
participação activa. O sector privado coube a sua participação na economia nacional com investimento
e as ONGs no reforçoo e densenvovimento de capacidades ao nivel local, assistindo as comunidades
locais.
A Lei de Florestas e Fauna Bravia n 10/99 de 7 de Julho, define o papel do Estado na promoção de
plantações para fins de conservação e plantações para fins comerciais, industriais e energéticos. As
ultimas deverão beneficiar de incentivos especiais qua ainda carece de um trabalho para a sua
definição.
O Regulamento da Lei de Florestas e Fauna Bravia, Decreto 12/2002 de 6 de Junho, apresenta os
requisitos necessários para o estabelecimento de plantações.
Governos de todo mundo tem estado a reduzir o seu directo involvemento no maneio de plantações
florestais. O Governo de Moçambique foi pioneira no desenvolvimento de plantações florestais no
país, tendo estabelecido a primeira plantação a mais de 50 anos tendo constituido a primeira
possibilidade de criação de uma nacional de produtos de construção e postes. Isto contribui para o
estabelecimento de industria local de processamento e criação de emprego nas zonas rurais como é o
caso do Ifloma, plantações dos FO e de outras plantações ar redor das cidades. Também responde a
necessiddae de protecção ambiental tais como, fixação das dunas, reabilitação das areas degradadas,
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conservação da biodiversidae, fortalecimento paisagistico, recreação, protecção do solo e água e
sequestro de carbono.
Durante 1993 o governo privatizou a maior industria florestal, o IFLOMA, mantendo 20% na
sociedade. Isto criou uma oportunidade ao sector privado de investir na industria madeireira e alivio o
governos das responsabilidades financeiras e gestão de uma vasta area de plantação. Foi demosntrada
a viabilidade de desenvolvimento da industria privada no sector da industria madeireira contribuindo
para o aumento da eficiência economica e melhoramento dos beneficios agregados tais como alívio a
pobreza, craição do emprego e melhoramento geral das condições de vida na zona rural do país.
Aprovação da estratégia
6 OBJECTIVO ESTRATÉGICO
Os objectivos estratégicos para uma crescente contribuição do sector agrário para redução da pobreza
absoluta incluíram a crescente produtividade do sector florestal, e maneio sustentável dos recursos
naturais o desenvolvimento de plantações florestais. Como acção estratégicas deve-se ter em conta o
envolvimento das comunidades, pequenas e médias empresas que junto aos grandes industrias poderam
gerar benefícios partilhados, incentivando o seu envolvimento na conservação da biodiversidade,
protecção do meio ambiente e no maneio sustentavel das plantações florestais.
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