Psicologia B - Influência Social

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Escola Secundária Doutor Joaquim de Carvalho

INFLUÊNCIA SOCIAL – TRABALHO DE


INVESTIGAÇÃO

Mariana Duarte Silva, nº22, 12ºG

Professor Fernando Lopes

Disciplina: Psicologia B

Abril/Maio 2022
Sumário

1. Introdução…...................................................................................................3
2. Desenvolvimento…........................................................................................4

2.1. Influência social.............................................................................4

2.2. Normalização.................................................................................5

2.3. Conformismo.................................................................................6

2.4. Obediência.....................................................................................9

2.5. Philip Zimbardo e a Experiência da Prisão de Stanford...............11

2.6. Inconformismo e desobediência...................................................15

2.7. Inconformismo: exemplos............................................................16

3. Conclusão…...................................................................................................23
4. Bibliografia….................................................................................................25
Introdução

A psicologia social é uma ciência que estuda as influências das nossas atitudes, com
especial atenção à forma como nos vemos e afetamos uns aos outros. Deste modo, ela é o
estudo científico de como as pessoas pensam, influenciam e se relacionam umas com as
outras. Gordon Allport, em 1954, afirmou que a psicologia social é “uma tentativa para
compreender e explicar como o pensamento, o sentimento e o comportamento dos indivíduos
são influenciados pela presença real, imaginada ou implícita de outras pessoas”.

Já sabemos que o ser humano é influenciado desde nascença e que interage com várias
pessoas ao longo do seu período de vida. Assim, somos moldados por quem nos rodeia
através da influência que exercem em nós e vamos alterando as nossas atitudes e os nossos
valores à medida que crescemos.

É em sociedade e no contexto dos diferentes grupos sociais como a família, a escola,


grupos de pares, que fazemos as nossas aprendizagens sociais. Todas as pessoas que vivem
em sociedade são inevitavelmente influenciadas pelas outras, consciente ou
inconscientemente.

É-se, então, indiscutível que surjam determinadas questões relacionadas com este
tema, tais como “Qual o significado de questionarmos o que é a influência social?”; “Como
influenciamos e somos influenciados pelos outros?”; “O que nos leva a aceitar a opinião dos
outros?”; “Até que ponto conformar-se e ser obediente pode ser benéfico?” e “Devemos ser
inconformistas?”. Estas questões serão abordadas ao longo do trabalho e respondidas na
conclusão do mesmo.

Assim, este trabalho de investigação tem como objetivos responder às perguntas


anteriores, explicar os processos de influência entre os indivíduos e perceber melhor o mundo
em que vivemos e as pessoas com quem nos relacionamos, bem como a forma como aquilo a
que chamamos influência social se reflete nas nossas relações interpessoais e no modo como
tratamos o próximo.
Desenvolvimento

2.1. A influência social

A vida dos seres humanos é feita em sociedade, ou seja, estamos integrados em


diversos grupos sociais como a escola, os amigos e a família. É nestes grupos que fazemos as
nossas aprendizagens sociais e onde ocorre o processo de socialização através do qual
integramos normas, valores, atitudes, comportamentos considerados desejáveis e corretos na
sociedade onde estamos inseridos. Assim, todos os que vivem em sociedade influenciam e
são influenciados pelos outros.

Existe uma influência mútua que os membros de um grupo exercem entre si, sendo
isto denominado de interação grupal. A influência é uma dimensão da interação grupal, sendo
esta inerente à própria definição do grupo. Por vezes custa-nos aceitar que os nossos
comportamentos e pensamentos sejam influenciados tão fortemente pelos grupos em que
estamos integrados. Pode-se afirmar que o nosso comportamento foi influenciado quando este
se altera na presença de outros indivíduos, tendo em conta que diversas vezes nos
conformamos às ideias partilhadas pela maior parte dos elementos do grupo em questão. Este
conceito de conformidade irá ser desenvolvido posteriormente.

Segundo o psicólogo social W. Doise, “(…) a influência é um conjunto de processos


que modificam as perceções, juízos, atitudes ou comportamentos de um indivíduo a partir do
conhecimento das perceções, juízos e atitudes dos outros (…).”. Secord e Backman (1964),
por sua vez, definiram a influência social como “as ações de uma pessoa são condições para
as ações de outra”. De uma forma simplificada, a influência social é assim o processo através
do qual as pessoas modificam o seu comportamento, as suas atitudes e as suas convicções em
função de outrem. Esta influência pode ser grupal ou individual. É importante realçar que este
“outrem” não tem necessariamente de ser real, pode ser meramente imaginado, pressuposto
ou antecipado sem que os fenómenos provenientes dessa influência parem de ocorrer.

Existem vários processos de influência social que nos permitem compreender como
adaptamos o nosso comportamento a determinadas situações, contextos e sistemas, sendo
estes a normalização, o conformismo e a obediência.

2.2. Normalização
Através do estudo dos padrões culturais no comportamento individual, podemos
compreender a importância que o meio social apresenta no modo como percecionamos e
interpretamos o mundo, bem como a forma como reagimos a determinadas situações. A partir
da socialização integramos, assim, um conjunto de normas vigentes na sociedade que
estabelece os nossos comportamentos.

Uma norma é um esquema de comportamentos, seguidos pela maioria, que estabelece


o que as pessoas podem ou não podem fazer em determinadas situações que implicam o seu
cumprimento. Assim, as normas são uma expressão da influência social e estas afetam as
nossas ações e comportamentos sem nos apercebermos, orientando o nosso comportamento.

As normas, que regulam as relações interpessoais e que refletem o que é socialmente


desejável, definem o que é ou não conveniente num dado grupo social, apresentando modelos
de conduta. É devido ao conjunto de normas que os comportamentos dos indivíduos de um
dado grupo são uniformizados, sendo isto uma vantagem uma vez que sabemos o que
podemos esperar dos outros e o que esperam igualmente de nós. As normas permitem, assim,
que antecipemos o comportamento dos outros e que os outros antecipem o nosso. Desta
forma, são considerados elementos de coesão grupal que facilitam a adaptação ao meio social
e asseguram uma identidade.

Na ausência de normas explícitas, reconhecidas coletivamente, as pessoas que


constituem um grupo tentam elaborá-las, influenciando-se mutuamente. A este processo dá-se
o nome de normalização. Esta necessidade de elaborar normas decorre de a ausência de
normas ser geradora de desorientação e angústia nos membros de um grupo. Vivermos em
sociedade sem quaisquer normas seria catastrófico, uma vez que as interações sociais seriam
imprevisíveis, tendo em conta que é através delas que asseguramos a estabilidade da vida em
sociedade.

O psicólogo Muzafer Sherif foi um dos primeiros investigadores a pesquisar o modo


de criação e o poder das normas. Os estudos deste psicólogo basearam-se num fenómeno
conhecido como efeito autocinético. A experiência consistia em, numa sala escura, os
intervenientes terem de contar quantas vezes um ponto luminoso se movia. Esta situação era
realizada individualmente, em grupo e novamente individualmente. Cada indivíduo
estabelecia um ponto de referência que lhe permitia fazer sucessivas avaliações. Uma vez
colocado em grupo, os desvios de variação e as normas convergiam. Os resultados desta
experiência indicam que, individualmente, as respostas são diversas umas das outras, mas
depois essa variabilidade diminui. Quando o indivíduo perceciona movimentos sem nenhuma
base de comparação estabelece uma escola de variação e um ponto de referência que lhe é
próprio. Estes podem ser diferentes dos que foram determinados pelos restantes indivíduos da
experiência. Por outro lado, no caso de estarem num grupo de duas ou três pessoas,
constatou-se que as estimativas convergem no sentido de uma média das estimativas
individuais. Sherif denomina esse valor médio comum por “norma”. Sherif verificou
igualmente que mesmo quando todos os dados o indicavam, os sujeitos negavam ter sido
influenciados pelos outros, e quanto mais incertos da realidade os indivíduos se
apresentavam, mais influenciados eram pelos outros.

Muzafer Sherif (1906 – 1988), psicólogo nascido na Turquia conhecido pela sua investigação
revolucionária no âmbito da psicologia social

2.3. Conformismo

O processo de normalização é diferente do conformismo. O conformismo é uma


forma de influência social que resulta do facto de uma pessoa mudar o seu comportamento ou
as suas atitudes por efeito de pressão do grupo (por exemplo: escolha de uma resposta). Pode-
se dizer que é um processo de adaptação de juízos ou normas, pré-existentes no sujeito, às
normas de outro indivíduo ou grupo, como consequência de pressão por eles exercida. Assim,
ajustamos as nossas próprias crenças, julgamentos ou ações às crenças, julgamentos ou ações
de outros, de forma a não sermos excluídos do grupo, uma vez que temos o desejo de
permanecer integrados no mesmo.

Existem determinados fatores que influenciam e explicam o conformismo. Um desses


fatores é a unanimidade do grupo. Ora, o conformismo tende a ser maior nos grupos em que
há unanimidade. Basta haver um indivíduo que partilhe uma opinião diferente para os efeitos
do conformismo serem menores. Na experiência de Asch, que desenvolverei mais
pormenorizadamente posteriormente, bastava que uma pessoa respondesse corretamente, que
o nível de conformismo baixava. Outro fator é a natureza da resposta. Assim, o conformismo
aumenta quando a resposta é dada em público. Pode-se afirmar que a resistência à aceitação
da opinião da maioria é maior quando a privacidade é assegurada. Um grande exemplo deste
fator são as eleições em que os votos são secretos. O terceiro fator é a ambiguidade da
situação, ou seja, a pressão de grupo aumenta não estamos totalmente certos do que é
considerado correto. O conformismo é maior quando as tarefas ou as questões são ambíguas,
não sendo clara a opção de escolha. Outro dos fatores é a importância do grupo. De forma
resumida, quanto mais atrativo for o grupo para o indivíduo em questão, maior é a
probabilidade de ela se conformar com a escolha do grupo. A necessidade de pertença ao
grupo implica a adoção dos comportamentos, normas e valores do grupo por parte da pessoa.
O último fator é a autoestima. Geralmente, as pessoas com um nível mais elevado de
autoestima são automaticamente mais independentes e persistentes do que as que têm uma
autoestima mais baixa. Assim confiam mais nos seus juízos e opiniões, enquanto que os
indivíduos com menos autoestima tendem a adotar o mesmo comportamento ou a mesma
atitude que os outros elementos do grupo social.

É de realçar que o conformismo é uma forma de interação e um processo de influência


inerente ao funcionamento dos grupos. Os grupos de forma a se manterem necessitam de se
reger por normas que devem ser aceites por todos os seus membros. Pode-se afirmar então
que o conformismo está intimamente ligado às normas do grupo, uma vez que o indivíduo se
conforma em relação às normas do mesmo.

Solomon Asch foi um importante investigador do conformismo. A questão que guiou


grande parte das pesquisas deste psicólogo foi “Como é que líderes conseguem influenciar
jovens a irem à guerra por ideias, sendo provável que morressem?”. Este rapidamente se
apercebeu que a explicação se encontrava no grupo e não somente na liderança. O grupo
motivava, acolhia e oprimia quem era diferente e condenava-o a ser excluído. Assim, para o
indivíduo em questão, estar no grupo era acolhedor e confortável.

Asch levou a cabo a experiência mais famosa e história deste processo, no qual um
grupo de oito indivíduos (dos quais apenas um deles é efetivamente um sujeito experimental)
é convidado a comparar uma linha de padrão com outras três linhas desiguais, em que apenas
uma delas é igual à linha padrão. Cada um dos oito participantes dá uma resposta em voz alta,
dizendo qual das linhas desiguais era igual à de referência.

Esta experiência contou com 123 participantes masculinos que foram previamente
informados de que seriam parte de uma experiência. Nos primeiros dois ensaios desta
experiência, o sujeito sentia-se à vontade uma vez que ele e os outros participantes deram a
resposta correta. No entanto, após o quarto ensaio todos os outros respondem com a resposta
errada, de modo que em 12 dos 18 ensaios todos deram a resposta errada. Os 12 ensaios em
que todos responderam incorretamente foram os ensaios “críticos”. O participante que era
efetivamente um sujeito experimental poderia ignorar a maioria e seguir com a sua própria
escolha ou poderia conformar-se com a maioria e ignorar a resposta correta. O objetivo desta
experiência era precisamente perceber se o indivíduo mudaria a sua resposta e se responderia
da mesma maneira que os restantes, ou se seguiria com a resposta que estava, claramente,
certa.

Com esta experiência, Asch percebeu que apenas ¼ de todos os indivíduos resistem
com sucesso a esta forma de pressão social por parte de um grupo, dando as respostas
corretas. A maioria conforma-se à opinião incorreta do grupo. O psicólogo sugeriu que este
procedimento criou uma dúvida na mente dos participantes acerca da resposta óbvia. Asch
para compreender os resultados entrevistou os participantes, questionando-os a razão de
terem dado respostas erradas. Alguns afirmaram que duvidaram se tinham algum problema
de visão ou se estavam meramente sentados num mau ângulo. Outros admitiram que sabiam
que tinham dado respostas incorretas, mas que não queriam ser considerados diferentes dos
restantes membros do grupo.

Estudos posteriores demonstraram que o conformismo diminui quando as respostas


dos sujeitos experimentais não são conhecidas da maioria e que aumenta quando são
conhecidas, como já tinha referido anteriormente. Por outro lado, quando os sujeitos têm uma
conceção de pertença face ao grupo em que estão integrados, os graus de respostas
conformistas aumentam.
Solomon Asch (1907 – 1996), psicólogo gestaltista polaco – estadunidense e pioneiro em psicologia
social

2.4. Obediência

A obediência é uma mudança de comportamento de forma direta de outro por quem é


reconhecida a autoridade. Já não se trata então de ser influenciado por um grupo como
acontecia com o conformismo.

A obediência consiste, assim, na tendência das pessoas para se submeterem e


cumprirem normas e instruções definidas por outrem.

Stanley Milgram, um psicólogo norte-americano, realizou uma experiência no âmbito


da influência social: a submissão à autoridade.

Stanley pretendeu inquirir de que forma é que os indivíduos observados tendem a


obedecer às autoridades, mesmo que estas contradigam o bom-senso individual. Esta
experiência pretendia inicialmente explicar os crimes desumanos do tempo do nazismo.

Assim, um voluntário apresentava-se para participar na experiência, sem saber que


seria avaliado na sua capacidade de obedecer a ordens. Era colocado no comando de uma
máquina falsa de infligir choques e os sujeitos eram encarregues num suposto papel de
professor numa experiência acerca da aprendizagem. A máquina estava ligada ao corpo de
um homem mais idoso e afável, que era submetido à entrevista numa sala ao lado. O
voluntário podia ver o homem mais velho, mas este não era visto por ele. O voluntário era
depois instruído por um investigador a acionar a máquina de choques sempre que a pessoa
errava uma resposta. A intensidade dos choques supostamente aumentava 15 volts por cada
erro cometido, indo dos 15 aos 450 volts. À medida que a intensidade dos choques
aumentava, o senhor mais idoso queixava-se cada vez mais, até que se recusa a responder. O
experimentador ordena ao sujeito para continuar a administrar choques: “Você não tem
alternativa, tem que continuar.”.

A maioria dos voluntários continuava a obedecer às ordens, mesmo vendo o


sofrimento da pessoa em questão, infligindo choques cada vez com maior voltagem. A
intensidade máxima, 450 volts, significaria matar a outra pessoa. Foram 65% dos indivíduos
que obedeceram às ordens até ao fim, dando o choque supostamente fatal tantas vezes
quantas lhe foi solicitado. 35% dos participantes aplicou choques entre 300 e 375 volts, mas
recusaram-se a continuar.

Quando os indivíduos que davam choques foram entrevistados, afirmaram que não
tiveram escolha e que obedeciam a ordens, sendo o responsável o experimentador e não eles.

Esta experiência permitiu que chegassem à conclusão que a obediência acontece


quando as pessoas não se sentem responsáveis pelas ações que levam a cabo, sob ordens de
uma figura de autoridade, uma vez que consideram que esta se responsabiliza pelas
consequências dos seus atos. Para além disto, as pessoas são influenciadas a comportarem-se
de determinada forma através da aceitação de ordens. Pode-se concluir que toda a nossa vida
social se baseia na obediência a ordens, sejam estas da parte da família, amigos, entidade
patronal, etc.

A experiência de Milgram levou posteriormente a que os investigadores averiguassem


quais as condições que favorecem o comportamento obediente, sendo estas: a proximidade
com a figura de autoridade, ou seja, a obediência aumenta com a proximidade da figura de
autoridade por isso quanto mais próxima estiver a figura de autoridade, maior é a obediência;
a proximidade da vítima, quanto mais próximo estiver o colaborador da vítima, menor é a
obediência (no caso da experiência, quando não havia qualquer contacto visual ou auditivo,
100% dos participantes atingiam a voltagem máxima. Mas caso a vítima fosse vista e tocada
pelos sujeitos testados, a percentagem descia para 30 a 40%); a legitimidade da autoridade,
ou seja, quanto mais reconhecida for a autoridade, maior é a obediência (por exemplo, o
reconhecimento de sinais de autoridade, como as batas, as fardas e as insígnias da autoridade
policial, aumenta a obediência) e as influência sociais, ou pressão de grupo, uma vez que
quando alguém se recusa a obedecer a ordens dos superiores, grande parte deles também não
obedece, ou seja, o efeito do grupo anula o efeito da autoridade do experimentador (por
exemplo, numa segunda fase, Milgram agrupou sujeitos para a realização das descargas,
sendo o grupo constituído por duas pessoas que se recusavam a obedecer. Assim, apenas 10%
dos participantes infligiam descargas de valor máximo, a maioria recusava-se a ultrapassar
metade da escala. Assistiu-se, então, à anulação do efeito de autoridade pelo efeito do grupo).

“A essência da obediência é que uma pessoa passa a ver-se como o instrumento para
executar os desejos de outra pessoa e, portanto, não se considera responsável pelas suas
ações.” - Stanley Milgram

Stanley Milgram, psicólogo americano, graduado da Universidade de Yale que conduziu a experiência
dos pequenos mundos e a Experiência de Milgram sobre a obediência à autoridade

Experiência de Milgram

2.5. Philip Zimbardo e a Experiência da Prisão de Stanford

Uma década após a experiência de Milgram, um professor de Psicologia Social da


Universidade de Stanford, Philip Zimbardo, propôs analisar o quão ténue é a linha que separa
o bem do mal.

Será que todos os seres humanos nascem bons, mas acabam por ser corrompidos pela
sociedade? Ou será que todos nascem egoístas e maus, sendo que a sociedade só reflete esse
facto? Esta é uma das mais polémicas discussões da história da filosofia. Em 1642, o filósofo
Thomas Hobbes defendeu a tese da maldade essencial (“o lobo é o lobo do homem”) e foi
contestado, no século seguinte, por Jean-Jacques Rousseau, que culpou a sociedade com a sua
tese do “bom selvagem”.

Em 1972, esta experiência de Philip na Universidade Stanford parecia comprovar que


Rousseau tinha, de facto, razão. A maldade seria então uma construção social, e o ambiente
uma força capaz de transformar qualquer pessoa em sádica. Este teste, SPE (Stanford Prison
Experiment), tornou-se o estudo de psicologia mais polémico de todos os tempos. Philip
Zimbardo ficou assim conhecido pelo seu estudo dos instintos humanos.

Esta experiência teve início no dia 15 de agosto, um domingo, na faculdade de


psicologia de Stanford, onde tinha sido construída uma pequena prisão, com três celas. 24
estudantes universitários do sexo masculino, entre os 18 e os 24 anos, foram selecionados e
divididos em dois grupos. Alguns destes voluntários foram presos de manhã e vestidos com
uniformes, sendo trancados nas celas. Os restantes fizeram o papel de guardas, que
trabalhavam em turnos. Todos estes participantes passaram por testes psicológicos prévios e
recebiam cerca de 15 dólares por dia.

Já quando se encontram na prisão, os prisioneiros foram revistados, uniformizados,


acorrentados pelos pés e trancados nas celas, sendo chamados pelo número e estando
constantemente vigiados e punidos pelos próprios guardas. No primeiro dia da experiência,
nada de anormal aconteceu. Porém, no segundo dia os prisioneiros começaram a revoltar-se,
pelo que empilharam as camas nas paredes e deixaram de obedecer às ordens dos guardas,
que reagiram ao descarregarem um extintor de incêndio sobre os prisioneiros. A partir daí, os
guardas começaram a castigar fisicamente os prisioneiros, que foram obrigados a pular e
fazer exercícios, sendo também proibidos de urinar ou defecar. No terceiro dia, um dos
prisioneiros teve um surto psicótico. Os guardas começaram a tirar os colchões, obrigando os
presos a dormir no chão, alguns deles nus. Forçaram também os prisioneiros a participar em
contagens absurdas, às vezes no meio da madrugada, a cantar hinos repetitivos e a limpar os
sapatos que os guardas sistematicamente sujavam. Na quinta noite, os prisioneiros tiveram
que andar à rosa, uns atrás dos outros, simulando sexo anal. A partir daí Philip Zimbardo
percebeu que a experiência já estava a ir longe de mais e decidiu encerrar o teste, após seis
dias. O mais preocupante era que, de facto, os guardas estavam a desfrutar do poder de que
dispunham, tornando-se cada vez mais sádicos.

Assim, Zimbardo foi capaz de provar a sua tese que defendia que nas condições
certas, qualquer pessoa se tornaria capaz dos piores gestos de crueldade, ou seja, conseguiu
demonstrar a força das instituições para transformar boas pessoas em indivíduos capazes de
cometer atrocidades, enquanto que Milgram revelou o poder de uma autoridade individual.

Esta experiência permitiu perceber a forma como as situações sociais e as instituições


deformam as identidades pessoais e permitiu de igual modo descrever um importante
fenómeno associado ao modo como os grupos influenciam o comportamento individual: a
desindividuação.

A desindividuação trata-se da ideia de que, quando em grupos, as pessoas agem de


forma diferente do que agiriam como indivíduos. Assim, este é o fenómeno no qual as
pessoas se envolvem em atos impulsivos ou desviantes e, por vezes, violentos em situações
nas quais acreditam que não podem ser pessoalmente identificadas. Este termo foi cunhado
pelo psicólogo social Leon Festinger na década de 1950 para descrever situações em que as
pessoas não podem ser individualizadas ou isoladas das outras.

De acordo com Philip Zimbardo, os fatores que levam um indivíduo a um estado de


desindividualização incluem anonimato, responsabilidade compartilhada, difusa ou
abandonada, perspetiva temporal alterada (de modo a que o indivíduo se concentre mais no
presente do que no passado), excitação fisiológica, sobrecarga sensorial, situações novas ou
não estruturadas e estados alterados de consciência (como os estados provocados pelo uso de
drogas, por exemplo). Este psicólogo afirmou então que estes fatores agem para minimizar a
auto-observação e avaliação, reduzir a preocupação com a avaliação social e enfraquecer os
controles baseados em sentimentos de culpa, vergonha, medo e compromissos.

Em suma, pode-se dizer então que pessoas desindividuadas alteram radicalmente o


seu comportamento, fazendo coisas em grupo, ou em ambientes de multidão, que não fariam
individualmente. A desindividuação influencia assim o comportamento das pessoas,
reduzindo o nível de controle explícito que as pessoas têm sobre os seus próprios
pensamentos e ações.
Philip Zimbardo, 89 anos, é um psicólogo e professor da Univerisdade de Stanford

Experiência da Prisão de Stanford, 1971


2.6. Inconformismo e desobediência

Embora as sociedades e os grupos sociais que as constituem procurem manter a sua


coesão através do respeito pelas normas e regras vigentes, a história da Humanidade
testemunha que a mudança a todos os níveis foi desencadeada por conceções, atitudes e
comportamentos que não respeitaram o que socialmente estava estabelecido como correto.

Pode-se então definir inconformismo como a adoção de conceções, atitudes e


comportamentos que não correspondem às expetativas do grupo. A adoção desta nova atitude
é mais frequente em pessoas que a importância de se sentirem inseridas e aceites no grupo
seja menor. Tratam-se de comportamentos em que o desejo de aceitação está comprometido,
dando lugar a formas de inconformismo e desobediência. As pessoas que adotam atitudes
inconformistas (fazendo estas pessoas parte de uma minoria) são, frequentemente, objeto de
crítica social, que pode ir desde o sarcasmo à marginalização, sendo estas atitudes encaradas
como desagregadoras da ordem social. São, então, assumidas por minorias, mas são estas
atitudes inconformistas que geram a mudança, e muitas vezes acabam por ser inseridos no
sistema social. Portanto, a mudança social encontra a sua origem neste processo.

Fala-se de inovação quando o processo de influência social é promovido por uma


minoria que visa a mudança das normas e regras sociais de um dado grupo. Assim, a minoria
tenta alterar ou introduzir mudança no sistema dominante da maioria. O desvio de
comportamento não visa o desrespeito pelas normas sociais vigentes, mas a proposta de
normas alternativas.

Contrariamente a Asch, Serge Moscovici pretendeu conhecer a influência da minoria,


sendo esta gerada de inovação. Assim orientou uma experiência de modo a poder tirar
algumas conclusões, em 1969. Esta experiência consistiu em várias etapas:

1ª etapa - Pré-testamento dos participantes de modo a verificar o daltonismo;

2ª etapa - Escolher seis participantes saudáveis, quatro dos quais ingénuos e dois
cúmplices de Moscovici;

3ª etapa – Os participantes foram solicitados a descrever a cor de 36 slides, que eram


azuis, mas que variavam de brilho devido a diferentes filtros.

Os dois indivíduos considerados cúmplices da experiência, seguiram as instruções


dadas, intervindo em primeiro lugar e afirmando que a cor é verde. Nas condições
experimentais em que os cúmplices são firmes nas suas respostas, 8,4% dos sujeitos são
influenciados e respondem verde. Se as suas respostas não são consistentes, ou seja, se
variam, não se observa qualquer modificação nas respostas dos restantes participantes.

Através desta experiência, Serge Moscovici concluiu que a consistência das respostas
da minoria é condição de influência sobre a maioria, talvez porque intensifica o conflito com
a maioria. Por isso, para que a minoria seja atuante deve ser consistente nas respostas e nos
comportamentos. Este processo é também afetado pela forma como os alvos de influência
interpretam o comportamento da minoria.

Tem se de ter em conta algumas condições, para que a minoria possa ter efeito sobre a
maioria, tais como: as suas posições devem traduzir-se de forma clara, devem ser consistentes
e sustentadas, apesar das pressões da maioria. Ao se demonstrar confiança e segurança, ao
longo do tempo, as posições serão mais tidas em conta. Assim, o comportamento manifestado
pela minoria é também um fator de influência.

2.7. Inconformismo: exemplos

Pode-se afirmar que o inconformismo é uma palavra desconhecida pelo cidadão


comum, mas na realidade foi o inconformismo que moldou a nossa sociedade para o que é
hoje.

Este conceito pode ser considerado inovador e extremamente importante no


desenvolvimento social, mas também apresenta um lado mais “escuro” e preocupante que
não condiz com as normas da sociedade, sendo estes chamados comportamentos desviantes
positivos e negativos.

Um dos setores onde o inconformismo atua de forma positiva é na arte. Assim, opor-
se a um certo estilo musical da época, por exemplo, evidencia este tipo de inconformismo
positivo. Existem vários exemplos de personalidades que revolucionaram a música e a arte da
época em que se encontram. Um dos maiores exemplos é o ícone do mundo da música, Kurt
Cobain. Ainda hoje, Kurt é relembrado por ter transformado o mundo musical. Este é
considerado emocionalmente versátil e foi, como sabemos, o vocalista e líder do grupo
musical Nirvana, deixando uma grande herança na música rock. Kurt tinha, de facto, um
espírito revolucionário e o “grunge” veio para quebrar o cenário cansativo dos anos 80/90.
Este músico quebrou, assim, tabus que nunca haviam sido questionados, não apenas no
cenário musical como também na sociedade. Através das suas músicas, este jovem fazia ver
ao mundo as suas ideologias e, assim, toda uma geração encontrou a força precisa para
questionar o governo e os costumes da época.

“We have this conflict between good and evil and man and woman because there are
people doing evil things to other people for no reason, and I just want to beat the shit out of
them. That’s the bottom line. All I can do is scream into a microphone instead.” – Kurt
Cobain, Come as You Are: The Story of Nirvana

A sociedade na altura, e também a de hoje em dia, considerava um choque ver um


homem de vestido. Porém, Kurt não se importava e saía de vestido para a rua, de modo a
atrapalhar a opinião pública. A sociedade dos anos 80 e 90, como sabemos, era extremamente
machista e Kurt, sendo inconformista, falava abertamente sobre os problemas do patriarcado,
da opressão sofrida pelas mulheres e, também sobre a homossexualidade, apesar deste ser um
homem branco e hétero. Assim, pode-se afirmar que Kurt Cobain é de facto um
inconformista devido à sua atitude de “rebelia” e revolucionária, sendo que os seus gritos
libertaram ideias de uma geração inteira e lembrando que sempre apontou o dedo para o que
estava errado na sociedade e devia ser mudado. Esta atitude de Kurt era inovadora e a sua
opinião integrava-se na opinião de uma minoria.

Kurt Cobain [1967 – 1994]

Para além de Kurt Cobain, a banda “The Beatles” também se destaca como
inconformistas.

A verdade é que este quarteto revolucionou completamente a música. O baixo de Paul


McCartney, a bateria de Ringo Starr e as guitarras de John Lennon e George Harrison foram
geniais e revolucionárias, uma vez que o que eles faziam era diferente de tudo até então. Este
grupo influenciou quase tudo o que veio deles, seja direta como indiretamente. No seu álbum
“Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band”, que contém os clássicos “Lucy in the Sky with
Diamond”, o que é uma clara alusão ao LSD usado na década de 60 como um dos símbolos
do movimento da contracultura, e “With a Little Help From My Friends” e “A Day In The
Life”, sendo este o álbum mais inovador e influente do Rock e da música em geral, devido à
técnica de gravação, ao extremo experimentalismo musical e da diferente e colorida capa que
contém. Este álbum soa então a um apelo para que as pessoas abrissem a mente e reparassem
que a música não era restrita a um único estilo. Assim, este disco contém canções
orquestradas, instrumentos de músicas orientais, jazz, ou seja, é uma verdadeira mistura que
sai do tradicional. Desta forma, os Beatles aumentaram os limites da música, sendo um
turbilhão de influência e inspiração musical.
Por sua vez, Martin Luther King é também considerado um desobediente e
inconformista.

“Orgulho-me de ser um desajustado!” - Martin Luther King Jr.

No final dos anos 50, os EUA ainda viviam sob um sistema de supremacia
institucional de segregação racial, em especial no sul do país. Mais do que um sistema racista,
o estado capitalista americano era configurado como um estado etnicamente supremacista,
pelo poder que governava os EUA.

Assim, os negros tinham de viver separados dos brancos, não podiam frequentar as
mesmas escolas nem igrejas, comer nos mesmos restaurantes, sentar no mesmo autocarro ou
votar democraticamente. Os negros eram assim considerados uma reserva industrial de baixa
remuneração. Para além disto, vivam sob estado policial e sofriam constantes atentados de
uma organização racista. Assim, Martin Luther King tinha um ponto de vista integracionista
na resistência contra esta segregação racial. Este lutava pelo fim das leis e da
institucionalidade que impedia que os negros tivessem os mesmos direitos que os brancos.

Estes ideias de Martin Luther King levaram a que este fosse alvo de grande
perseguição e repressão e foi assassinado em 1968, com apenas 39 anos, por lutar contra a
discriminação racial, sendo esta uma mudança no sistema dominante da maioria da altura.

Martin Luther King [1929 – 1968]

Malala Yousafzai pode, igualmente, ser considerada uma inconformista. Vejamos o


porquê.
Primeiramente, esta é uma militante dos direitos das crianças e uma jovem
paquistanesa que foi vítima de um atentado por defender o direito das raparigas de ir à escola.
Com apenas 17 anos recebeu o Prémio Nobel da Paz.

Devido às suas ideias, no dia 9 de outubro de 2012, o autocarro em que Malala se


encontrava foi parado por membros do Talibã que perguntaram “Quem é a Malala?”. Após
esta pergunta, um dos terroristas reconheceu-a e disparou três tiros na sua cabeça.

Pode-se então afirmar que Malala se desviou das ideias que faziam parte das normas
sociais, propondo normas alternativas. Esta pretendia uma mudança social e os seus
comportamentos foram vistos como desagregadores da ordem social.

Malala Yousafzai

Para além destes exemplos desenvolvidos, encontramos também a Greta Thinberg e a


comunidade LGBTQ+ como inconformistas.
Greta Thunberg, uma ativista ambiental sueca conhecida por ter protestado fora do prédio do
parlamento sueco e por ser a líder do movimento Greve das escolas pelo clima

Comunidade LGBTQ+, é a sigla que pretende representar a reunião dos grupos de indivíduos fora das
normas binárias de género e sexo, sendo estes marginalizados e excluídos da representatividade social

O inconformismo, contudo, tem uma faceta um pouco mais preocupante e negativa.


Se por um lado a luta por aquilo que acreditam é considerado um fator de desenvolvimento
da sociedade, por outro as ideologias erradas podem levar a comportamentos desviantes
negativos. O caso mais flagrante deste tipo de inconformismo encontra-se no ramo político,
onde, por vezes, as ideologias consideradas moralmente erradas são levadas a cabo. A
política nazi é, deste modo, um exemplo desta negatividade.

Adolf Hitler (antigo chanceler alemão) pode ser considerado um inconformista, mas a
sua política de extermínio de pessoas de outra raça é considerada um grande exemplo do
inconformismo desviante negativo. Foi a partir desta política que se implementou este modo
autoritário de governação na Alemanha, mas também foi a capacidade inconformista dos
cidadãos de resistir e lutar contra estes ideais que fez com que estes fossem abolidos e que o
mundo se transformasse.

Assim, o inconformismo pode ser encarado como um fator determinante para o


incentivo da mudança, mas também pode ser visto como um retrocesso a nível de
desenvolvimento social, político ou cultural.

Adolf Hitler e o nazismo


Conclusão

Agora que cheguei ao fim deste trabalho, é possível responder às perguntas colocadas
no início do mesmo.

Uma das questões direcionava-se para o significado de questionarmos o que é a


influência social. Assim pode-se concluir que a influência social é o processo através do qual
as pessoas modificam o seu comportamento, as suas atitudes e as suas convicções em função
de outrem. Questionarmos o que é a influência social demonstra a necessidade do Homem de
perceber como as pessoas pensam, influenciam e se relacionam umas com as outras.

Outra questão extremamente relevante feita na introdução deste trabalho está


relacionada com o modo como somos influenciados e como influenciamos. Podemos
encontrar a resposta para esta pergunta na própria definição de influência social que dei no
início. Deste modo, a modificação de comportamentos, atitudes, pensamentos e crenças
ocorre devido à interação grupal. Esta interação corresponde à influência mútua exercida
pelos membros do grupo onde nos encontramos, sendo esta a maneira como podemos
influenciar e ser influenciados. Esta influência acontece porque é exercida uma pressão entre
os membros do grupo que resulta em mudanças de comportamentos, atitudes e emoções
desses mesmos membros.

Também se pretende entender o que nos leva a aceitar a opinião dos outros. A
resposta a esta dúvida encontra-se na normalização. Através da normalização conseguimos
perceber o conceito de norma. Assim sendo, as normas correspondem às regras básicas que
estabelecem o que é considerado correto e incorreto em determinada sociedade. Deste modo,
as normas têm o papel fundamental de orientar o nosso comportamento. O conformismo
surge precisamente no contexto da aceitação das normas vigentes do grupo, de modo a que
haja um bom funcionamento do mesmo. É a necessidade de pertença a um grupo que leva as
pessoas a se conformarem a determinados comportamentos e opiniões. O medo da exclusão e
a vontade de integração no grupo leva-nos a nos conformarmos com as opiniões do grupo em
questão, concordando com as ideias da maioria.

É necessário também compreender até que ponto nos conformarmos e sermos


obedientes pode ser benéfico. Ao desenvolver os temas relacionados com o conformismo e a
obediência cheguei à conclusão que não se encontram muitos fatores positivos ao
obedecermos sem quaisquer restrições. É um facto que em determinadas situações é melhor
conformarmo-nos de modo a não sairmos prejudicados, contudo não devemos prescindir da
nossa própria opinião e dos nossos valores, como aconteceu na experiência de Asch. Quanto
à obediência, e tendo em conta a experiência de Stanley Milgram, devemos sempre ter em
conta o estatuto da autoridade em questão. Porém, nada deve levar a que ignoremos os nossos
próprios valores para que obedeçamos ao que nos é proposto.

Por fim, será que nos devemos tornar inconformistas? É um facto que todas as
mudanças que aconteceram na Humanidade foram desencadeadas por atitudes e
comportamentos que não respeitaram o que estava socialmente estabelecido como correto, ou
seja, que não se conformavam nem obedeciam às ideias da maioria. Segundo a experiência de
Serge Moscovici, para que a minoria seja atuante deve ser consistente nas respostas e nos
comportamentos e assim o comportamento manifestado por essa minoria é um fator de
influência social. Portanto, posso concluir que ser inconformista tem os seus aspetos
positivos, como por exemplo levar a cabo as ideias que temos e não nos conformarmos com
as opiniões dos outros, mantendo sempre as nossas, porém tem igualmente um lado um pouco
mais “escuro”, que se refere aos comportamentos desviantes negativos e que levaram
personalidades como Adolf Hitler a cometer atitudes revolucionárias completamente
desumanas. Desta forma, o inconformismo tanto pode modificar o mundo positivamente
como negativamente.

Concluo então o meu trabalho referindo que este tema é de extrema importância e que
trata de um assunto que nos intriga a todos. A partir dele conseguimos compreender melhor
os outros e a sociedade em que vivemos, bem como nos conseguimos conhecer melhor a nós
próprios.
Bibliografia

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