Linguistica Descritiva Portugues III Revisado
Linguistica Descritiva Portugues III Revisado
Linguistica Descritiva Portugues III Revisado
Turma: B, I Grupo
i
Universidade Católica de Moçambique
Centro de Ensino à Distancia
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Folha de feedback
Classificação
Pontuação Nota Subtotal
Categoria Indicadores Padrões máxima do
tutor
• Índice 0.5
• Introdução 0.5
• Discussão 0.5
• Conclusão 0.5
• Bibliografia 0.5
• Contextualização 2.0
(Indicação clara do
problema)
Introdução • Discrição dos 1.0
objectivos
• Metodologia 2.0
adequada ao objecto
do trabalho
• Articulação e 3.0
domínio do discurso
académico (expressão
Conteúdo escrita cuidada,
coerência coesão
Análise e textual)
discussão • Revisão bibliografia 2.0
nacional e
internacionais
relevantes na área de
estudo
• Exploração dos 2.5
dados
Conclusão • Contributos teóricos 2.0
práticos
Aspectos Formatação • Paginação, tipo e 1.0
gerais tamanho de letra,
paragrafa,
espaçamento entre
linhas
Referência Normas APA • Rigor e coerência das 2.0
bibliográfica 6ᵃ educação citações referências
em citações e bibliográfica
bibliográfica
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Recomendações de Melhoria:
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Índice
1. Introdução ............................................................................................................................... 6
Derivação .................................................................................................................................... 9
Composição .............................................................................................................................. 12
Onomatopéia............................................................................................................................. 13
Conclusão ................................................................................................................................. 14
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1. Introdução
Este processo de formar palavras novas foi limitado no latim, após este ter atingido a sua fase
de esplendor, pelo receio que tinham os escritores de caírem na teia dos neologismos. Já no
latim vulgar a formação de palavras desenvolveu-se prodigiosamente. O português seguiu os
mesmos passos do latim vulgar, na formação das palavras novas, para conhecer como as
palavras se formam na língua portuguesa, precisamos entender dois processos: a derivação e a
composição.
Os afixos disponíveis que são: os prefixos que se colocam na periferia esquerda da forma da
base e os sufixos quando se encontram à direita da base. Esta distinção não é a ideal para a
análise morfológica, pois não permite a identificação dos afixos que ocupam a posição de
constituinte temático, nem daqueles que ocupam as posições de flexão morfológica.
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1.2. Definição do problema
1.6. Metodologia
Para produzir-se este trabalho foram usadas várias consultas de obras científicas e referências
bibliográficas para auferir a cientificidade do trabalho, de forma minuciosa para resolver os
problemas contidos neste trabalho, são as obras que monstra evidencia e tais o resultado que se
esperava tanto. Usou-se manuais, módulo da disciplina e outros que abordam as matérias em
estudo.
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Formação das Palavras num Contexto Geral
Ao tentar perceber a análise de como se formam as palavras de uma língua Correia & Lemos
(2009) referem que os léxicos das línguas dispõem de três mecanismos para integrar palavras
novas que são os seguintes: formar palavras seguindo as regras da própria língua, reutilizar as
palavras que existem na língua dando-lhes um novo significado e importar palavras de outras
línguas.
A palavra, como refere Cunha & Cintra (2009), é um item lexical pertencente a uma
determinada classe, com um significado identificável ou com uma formação gramatical e com
uma forma fonológica consistente, podendo ainda admitir variação flexional. A palavra é ainda
uma unidade que pode ser analisável, ou seja, decomposta nos elementos que a constituem,
essas unidades de som e conteúdo que são menores do que a palavra são unidades significativas
mínimas denominam-se morfemas.
Partindo da visão dos autores, este processo de formar palavras novas foi limitado no latim,
após este ter atingido a sua fase de esplendor, pelo receio que tinham os escritores de caírem na
teia dos neologismos. Já no latim vulgar a formação de palavras desenvolveu-se
prodigiosamente. O português seguiu os mesmos passos do latim vulgar, na formação das
palavras novas.
Segundo Viaro (2004) a língua passa por inúmeras transformações com o passar do tempo.
Algumas palavras desaparecem enquanto outras são criadas, assim como a escrita das palavras
pode se transformar com o tempo. Por exemplo, no passado tínhamos as escritas de hontem,
ocasião, elle; termos que hoje nos parecem absurdos, mas que eram comuns no passado. Assim,
para conhecer como as palavras se formam na língua portuguesa, precisamos entender dois
processos: a derivação e a composição.
Sobre a formação de palavras, Cunha & Cintra (2009) afirmam que chama-se formação de
palavras o conjunto de processos morfossintáticos que permitem a criação de unidades novas
com base em morfemas lexicais. Utilizam-se assim, para formar as palavras, os afixos de
derivação ou os procedimentos de composição.
Palhares (2005), a formação de palavras na Língua Portuguesa é feita através dos seguintes
processos: derivação, composição, redução ou abreviação vocabular, onomatopeia e sigla.
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Antes de falar assuntos do processo de formação de palavras, aborda-se sobre os principais
conceitos.
Palavra primitiva é aquela que não resulta de outra na língua portuguesa, isto é, que não sofreu
processo de derivação, ou seja, não se formam a partir de outra palavra da língua; ou seja, não
apresentam prefixos ou sufixos significativos. Exemplo: cadáver, flor, pedra, casa, verde, sol
etc. (Trindade, 2013, p.45).
Palavra derivada é aquela que resulta de outra na língua portuguesa, isto é, que sofreu processo
de derivação, ou seja, têm origem em uma única palavra que já existia. Exemplo: cadavérico,
florista, empedrado, descasamento, esverdeado, solar etc. (Trindade, 2013, p.45).
Palavra simples é aquela que só tem um radical, isto é, que não sofreu processo de composição,
ou seja, são aquelas que possuem apenas um radical. Exemplo: flor, pedra, casa, verde, sol etc.
(Trindade, 2013, p.45).
Palavra composta é aquela que tem mais de um radical, isto é, que sofreu processo de
composição, ou seja, formam-se pela reunião de duas ou mais palavras ou radicais. Exemplo:
flor-amarela, pedra-sabão, casa-comum, verde-água, girassol, etc. (Trindade, 2013, p.45).
Derivação
A derivação é definida por Trindade (2013) como o processo mais fácil na formação de palavras
na língua portuguesa, assim como nas restantes línguas românicas. Neste processo existe já uma
palavra, podendo-se formar uma nova através da adição ao seu radical de um sufixo ou de um
prefixo ou com a supressão de um destes.
Segundo Cunha & Cintra (2009), a derivação era descrita como a formação de novas palavras
a partir de uma palavra primitiva, enquanto na segunda a derivação passa a ser vista como um
processo morfológico de formação de palavras, o qual consiste na associação de um afixo
derivacional a uma forma de base. A derivação pode ser prefixal com o uso de prefixos, sufixal,
utilizando os sufixos e parassintética com a junção simultânea de um prefixo e de um afixo a
uma base.
Partindo das ideias dos autores acima citados, entende-se que a derivação é o processo pelo
qual se forma uma palavra a partir de outra já existente. A palavra que dá origem a outra é
chamada de primitiva, e a palavra que se origina de outra é chamada de derivada, ou seja, a
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derivação é um processo de multiplicação e reaproveitamento de um vocábulo pelo acréscimo
de sufixos e prefixos.
De acordo com Cegalla (2012) o processo de derivação parte do conhecimento daquilo que se
chama de radical. O radical é a parte invariável da palavra. Por exemplo, pedra; nessa palavra
o radical é pedr e a construção pedra chama-se de palavra primitiva. E é justamente da palavra
primitiva que teremos as derivadas: pedreira, pedregulho, pedraria, pedrada. Exemplos: A
palavra primitiva pedra tem como derivadas: pedraria, pedreiro, pedregulho, pedrada. A palavra
primitiva carne tem como derivadas: encarnar, descarnar, carnívoro, carnoso.
Para Trindade (2013), a derivação sufixal ocorre pelo acréscimo de um sufixo, ou seja, esse
tipo de derivação acontece quando acrescentamos um sufixo a uma palavra primitiva.
Exemplos: samb + ista = sambista; polícia + mento = policiamento. No entanto, podem-se
separar alguns tipos de derivação sufixal:
Desta forma, destacam-se afixos disponíveis que são: os prefixos que se colocam na periferia
esquerda da forma da base e os sufixos quando se encontram à direita da base. Esta distinção
não é a ideal para a análise morfológica, pois não permite a identificação dos afixos que ocupam
a posição de constituinte temático, nem daqueles que ocupam as posições de flexão
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morfológica. Referindo Cunha & Cintra (2009), estes autores acrescentam que os prefixos são
mais independentes do que os sufixos, pois normalmente provêm de advérbios ou de
preposições que tiveram ou têm uma vida autónoma.
Por sua vez, Trindade (2013) afirma que os prefixos não interferem na categoria sintática da
palavra, não alteram a categoria morfológica e não fornecem as categorias que foram
mencionadas para os sufixos. É de destacar que tanto os sufixos como os prefixos formam novas
palavras que mantêm uma relação de sentido com o radical derivante. Numa breve conclusão,
os prefixos e os sufixos podem ter uma denominação mais geral, os afixos, nunca podem
constituir, por si sós, uma palavra, devendo associar-se a uma base, que pode ser constituída
por um radical ou por uma sequência de radical e um ou mais afixos.
De acordo com Maia (2005), existem palavras que apresentam prefixos e sufixo, mas não são
formadas por parassíntese. Para que ocorra a parassíntese é necessário que o prefixo e o sufixo
juntem-se ao radical ao mesmo tempo. Para verificar tal derivação basta retirar o prefixo ou o
sufixo da palavra. Se a palavra deixar de ter sentido, então ela foi formada por derivação
parassintética. Caso a palavra continue a ter sentido, mesmo com a retirada do prefixo ou do
sufixo, ela terá sido formada por derivação prefixal e sufixal.
Derivação Regressiva
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(verbo) combate (substantivo); castigar (verbo) castigo (substantivo); amparar (verbo) amparo
(substantivo), etc.
Derivação Imprópria
A derivação imprópria na visão de Trindade (2013) ocorre quando a palavra não sofre nenhuma
modificação em sua forma, apenas muda de classe gramatical. Por um lado, a derivação
imprópria abrange as palavras que mudam de classe gramatical sem terem qualquer
modificação na sua estrutura, tal é o exemplo da palavra português que pode ser uma pessoa
natural de Portugal ou a língua própria de Portugal.
Exemplos: O azul reflete a beleza do mar. Neste exemplo, o adjetivo azul foi empregado como
sujeito. Pisava forte no chão. Neste exemplo, o adjetivo forte foi empregado como advérbio.
Composição
A composição é um processo menos previsível dado que número de unidades que podem estar
na base de compostos é praticamente ilimitado, quando se fala de composição sintagmática, é
impossível prever quais os sintagmas que se lexicalizarão, dado que, basicamente, esse processo
é condicionado por fatores extralinguísticos; os elementos intervenientes na composição são
portadores de significado lexical e podem ser classificados como pertencentes a uma classe
maior de palavras (Correia & Lemos, 2009, p.26). Composição é o processo de formação de
palavras pela junção de duas ou mais palavras, ou pela junção de dois ou mais radicais já
existentes. Pode se realizar por justaposição ou por aglutinação.
Segundo Cunha & Cintra (2009), cada elemento que compõe a nova palavra mantém sua
pronúncia. As palavras não sofrem alteração na grafia e na pronúncia, ou seja, justaposição
ocorre quando não há alteração nas palavras e continua a serem faladas ou escritas da mesma
forma como eram antes da composição. Exemplos: guarda + chuva = guarda-chuva; mal + me
+ quer = malmequer; vai + vem = vaivém; arco + íris = arco-íris, etc.
De acordo com Cunha & Cintra (2009), pelo menos um dos elementos da nova palavra sofre
alteração na sua pronúncia. Pelo menos uma das palavras sofre alteração, ou seja, aglutinação
ocorre quando há alteração em pelo menos uma das palavras seja na grafia ou na pronúncia.
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Exemplos: plano + alto = planalto; água + ardente = aguardente; alvo + verde = alviverde; perna
+ alta = pernalta, etc.
Amaral et. al. (2005), define Hibridismo como formação de palavras a partir da junção de
elementos de idiomas diferentes. As palavras são formadas pela reunião de morfemas de
idiomas diferentes. Exemplo: automóvel (auto – grego + móvel – latim), burocracia (buro –
francês + cracia – grego).
Onomatopéia
A onomatopeia na visão de Amaral et. al. (2005) consiste em criar palavras que tentam
reproduzir sons ou ruídos. As palavras são formadas a partir da imitação de determinados sons
ou ruídos, ou seja, consiste na criação de palavras através da tentativa de imitar vozes ou sons
da natureza. Exemplos: tique-taque; ping-pong; zunzum; tchibum
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Conclusão
Depois de uma investigação desse trabalho que aborda sobre o processo de formação de
palavras conclui-se que formação de palavras o conjunto de processos morfossintáticos que
permitem a criação de unidades novas com base em morfemas lexicais. Utilizam-se assim, para
formar as palavras, os afixos de derivação ou os procedimentos de composição. É feita através
dos seguintes processos: derivação, composição, redução ou abreviação vocabular,
onomatopeia e sigla.
A derivação era descrita como a formação de novas palavras a partir de uma palavra primitiva,
enquanto na segunda a derivação passa a ser vista como um processo morfológico de formação
de palavras, o qual consiste na associação de um afixo derivacional a uma forma de base. A
derivação pode ser prefixal com o uso de prefixos, sufixal, utilizando os sufixos e parassintética
com a junção simultânea de um prefixo e de um afixo a uma base.
A composição é um processo menos previsível dado que número de unidades que podem estar
na base de compostos é praticamente ilimitado, quando se fala de composição sintagmática, é
impossível prever quais os sintagmas que se lexicalizarão, dado que, basicamente, esse processo
é condicionado por fatores extralinguísticos. Pode se realizar por justaposição ou por
aglutinação.
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Referência Bibliográfica
Maia, J. D. (2005). Português: volume único. (2a ed.) São Paulo: Ática.
Viaro, M. E. (2004). Por trás das palavras. Manual de Etimologia do Português. Editora Globo.
São Paulo.
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