Didática Caderno 1: Professor Fábio Cunha de Sousa
Didática Caderno 1: Professor Fábio Cunha de Sousa
Didática Caderno 1: Professor Fábio Cunha de Sousa
DIDÁTICA CADERNO 1
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ÍNDICE
APRESENTAÇÃO ........................................................................................................ 2
APRESENTAÇÃO
Este texto tem por objetivo análisar crítico-reflexivavamente os
elementos que compõem: 1 a etimologia e conceito da didática; 2 e as
perspectivas da didática para a prática pedagógica.
Pensar a didática como qualidade imprescindivel para o processo de
ensino-aprendizagem é a tônica deste texto. Nos cursos de formação de
professores, esta disciplina se faz necessário. Como verenos adiante, nos
autores que são utilizados no presente texto, principalmente em Jan Amoros
Comenius veremos que a didática é a arte universal de ensinar tudo a todos,
é numa qualidade na ação de ensinar, em que o professor tenha menos
esforço no ensinar e os alunos consigam aprender efetivamente com menos
esforços tambem.
Vamos apresentar a didática no presente caderno, com proximidade
aos conceitos de currículo, mas com suas particularidades. Vamos
apresentar a didática como relacionada a prática pedagógica do
professor, como essa qualidade particular no ensino
Este texto terá como estrutura a utilização de fichamentos
esquemáticos (método acadêmico de leitura, interpretação e escrita),
abordando o objetivo acima citados. Apresentaremos o fichamento
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TECNIFICAÇÃO DA DIDÁTICA:
“De Comenius até o princípio do século XIX, predominou, na área, um
conteúdo cujas preocupações principais eram as finalidades da educação
e do ensino e os conteúdos culturais a serem dominados pelos homens. Do
século XIX até a primeira metade do século XX, esse conteúdo vai, pouco-a-
pouco, reduzindo-se a métodos e técnicas para ensinar e apresentar
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CRÍTICA À DIDÁTICA:
Porém, é a evidência da impossibilidade de independência das
técnicas e métodos de ensino em relação ao contexto pedagógico, e por
sua vez, em relação as condições sociais, que críticas à didática
instrumental/tecnocrata, antes bastante tímidas, assumem vulto de uma
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(Freitas, 1995, p. 94). Tal conceito é uma ampliação dos horizontes do que
convencionalmente se chamava (chama) didática, e que passa a localizá-
lo no interior da teoria pedagógica. A teoria pedagógica supõe uma teoria
educacional e uma grande interação com a prática das metodologias
específicas.
Enquanto a teoria educacional formula uma concepção de
educação apoiada em um projeto histórico e discute as relações entre
educação e sociedade em seu desenvolvimento, recorrendo às disciplinas
que mantêm estreita relação com o fenômeno educacional, uma teoria
pedagógica, por oposição, trata do trabalho pedagógico, formulando
princípios norteadores e procurando regularidades subjacentes a este. Estas
regularidades são as categorias fundamentais da prática pedagógica, ou
seja, o que há de essencial, constante, substancial na prática pedagógica,
assim como as leis que regulam seu movimento contraditório (Freitas, 1995, p.
93).
Enfim, para Freitas (1995, p. 58-63 e 94-114), a construção dessa
“didática”, ou seja, dessa nova forma de organização do trabalho
pedagógico da escola, deve procurar encontrar suas categorias
fundamentais, visualizando seus elementos contraditórios e exercitando sua
superação. Nesta perspectiva a organização do trabalho pedagógico deve
buscar: a) contextualizar a estrutura e funcionalidade da escola como um
todo; b) estabelecer/construir o objetivo/avaliação da escola e do ensino na
direção da concretização de um projeto histórico superador da sociedade
capitalista; c) desenvolver uma relação pedagógica a partir do trabalho
material produtivo; d) superar o tratamento fragmentário dado ao
conhecimento, buscando uma unidade metodológica baseada numa
perspectiva interdisciplinar11; e) romper uma estrutura de gestão escolar
autoritária e estabelecer possibilidades de auto- “Interdisciplinaridade é
entendida como interpenetração de método e conteúdo entre
disciplinas que se dispõem a trabalhar conjuntamente um determinado
objeto de estudo. (...) na interdisciplinaridade tal integração ocorre durante
a construção do conhecimento, de forma conjunta, desde o início da
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ASTOLFI, Jean-Pierre. A didática das ciências. Campinas, SP : Papirus, 1995.
CANDAU, Vera Maria. Rumo a uma nova didática. Petrópolis : Vozes, 1991.
COMENIUS, Jan Amós. Didática Magna. Rio de Janeiro : Organização Simões,
1954.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário Aurélio de língua
portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.
FREITAS, Luís Carlos de. Crítica da organização do trabalho pedagógico e da
didática. Campinas : Papirus, 1995.