Didáctica Da Filosofia 1 Traalho
Didáctica Da Filosofia 1 Traalho
Didáctica Da Filosofia 1 Traalho
Índice
Introdução..................................................................................................................................4
Didáctica de filosofia.................................................................................................................5
Didáctica....................................................................................................................................6
Conceitos de Didáctica...............................................................................................................6
Educação....................................................................................................................................8
Pedagogia...................................................................................................................................8
Ensino-aprendizagem...............................................................................................................10
Conclusão.................................................................................................................................15
Referências bibliográficas........................................................................................................16
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Introdução
O presente trabalho tem como tema Filosofia e Didáctica de Filosofia: Implicações de uma
relação.
A palavra Didáctica deriva da palavra grega didactos, que significa “Instrução”. Nesta ordem
de ideia, a Didáctica desenvolveu-se como teoria de instrução. Em sua obra Didáctica
Magna, Coménio, qualifica a Didáctica como a arte de instruir.
Objectivo geral:
Objectivo específicos:
Depois de uma leitura exaustiva, compreende-se que a relação pedagógica é toda relação que
tem como intencionalidade a acção de ensinar e de aprender, num movimento contínuo dos
sujeitos que têm em comum a aprendizagem. No espaço pedagógico, professor e alunos se
encontram com o conhecimento para pesquisar, desvelar, duvidar, compreender, conhecer,
objectivando o renascimento do conhecimento, tanto aos sujeitos quanto ao próprio
conhecimento.
Didáctica de filosofia
Se há ensino há didáctica. Se a filosofia pode ser ensinada, há uma didáctica para ela. E como
a filosofia pode, certamente, ser ensinada - pois é ensinada desde seus primeiros dias -, não
há como negar que alguma didáctica é empregada no seu ensino. Qual é, então, o problema
da didáctica em filosofia? Grosso modo, o problema da didáctica geral é um só: estabelecer o
limite entre o que está sendo organizado de maneira a ser melhor apreendido pelo estudante e
o assunto propriamente dito como ele aparece classicamente na história dos conhecimentos.
Wikipedia (acesso no mês de Março de 2023 pelas 15:30’).
Assim, o problema da didáctica da filosofia é, mutais mutandis, o mesmo que o da didáctica
geral - falando através de um exemplo: como posso organizar os argumentos de PEIRCE
contra Descartes, de modo que eu venha a ser compreendido pelos meus estudantes sem, no
entanto, trair o consenso que existe entre os bons professores de filosofia a respeito do que
disse PEIRCE na sua oposição a Descartes. Se consigo uma narrativa sobre isso que satisfaça
as necessidades intelectuais de meus alunos e ao mesmo tempo tenha a bênção do crivo da
crítica de meus bons pares e das minhas próprias exigências, realizei um bom trabalho
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Didáctica
A palavra Didáctica deriva da palavra grega didactos, que significa “Instrução”. Nesta ordem
de ideia, a Didáctica desenvolveu-se como teoria de instrução. Em sua obra Didáctica
Magna, Coménio, qualifica a Didáctica como a arte de instruir.
Saber (conhecimentos)
Quer dizer deixamos de parte o saber ser (atitudes, valores, convicções), assim como o saber
estar (comportamentos e hábitos) que são também importantes para se conseguir o
desenvolvimento integral do Homem.
Aliás, quando falamos da Didáctica, um aspecto que merece o nosso maior apreço, é o de que
o processo didáctico, se refere à actividade do professor e, neste sentido, o ensino e
aprendizagem tem lugar, na sua máxima intensidade e expressão, na sala de aulas, razão pela
qual a Didáctica também se designa de teoria de ensino. Assim, através dos seus objectivos
de formação, o ensino deve incorporar a instrução (saber e saber fazer) e a educação (saber
ser e estar).
Conceitos de Didáctica
Então, reconhecendo esta limitação epistemológica, como podemos definir a Didáctica hoje?
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Estamos a imaginar que são múltiplas as situações em que nós teríamos ouvido pela primeira
vez falar do termo Didáctica: na escola, na instituição de formação de professores, na
conversa entre professores ou trabalhadores de educação.
Para estes diferentes casos, podemos compreender que a Didáctica é uma ciência
dimensionada para o ser humano, que se propõe ajudar a educar o Homem, necessitando,
por isso, de se fundamentar nos princípios da educação. Por isso, onde que se procure falar ou
definir a Didáctica, a sua essência reside na questão de ensino e a formação, no mesmo
sentido em que deve estar a conceitualização que acabou de se apresentar em relação a
Didáctica.
Libâneo (1994, pp;25 & 26) diz que a Didáctica investiga os fundamentos, as condições e
modos de realização da instrução e de ensino. A ela cabe converter os objectivos
sociopolíticos e pedagógicos em objectivos de ensino, seleccionar conteúdos e métodos em
função desses objectivos, estabelecer os vínculos entre ensino e aprendizagem, tendo em vista
o desenvolvimento das capacidades mentais dos alunos. E se definirmos a acção educativa
pelo seu carácter intencional, também a acção docente se caracteriza como direcção
consciente e intencional do ensino, tendo em vista a instrução e a educação dos indivíduos,
capacitando-os para o domínio de instrumentos cognitivos e operativos de assimilação da
experiência social e culturalmente organizada.
Piletti (2004), define a Didáctica como uma disciplina técnica e que tem como objecto
específico a técnica de ensino (direcção técnica de aprendizagem). A Didáctica, portanto,
estuda a técnica de ensino em todo os seus aspectos práticos e operacionais, podendo ser
definida como: “a técnica de estimular, dirigir e encaminhar, no decurso da aprendizagem, a
formação do Homem”.
A Didáctica é, pois, uma das disciplinas da Pedagogia que estuda o processo de ensino e
aprendizagem (como já nos referimos) através dos seus componentes conteúdos escolares, o
ensino e aprendizagem para, com o embassamento numa teoria da educação, formular
directrizes orientadoras da actividade profissional dos professores. É, ao mesmo tempo, uma
matéria de estudo na formação de professores e um meio de trabalho do qual os professores
se servem para dirigir a actividade de ensino, cujo resultado é a aprendizagem dos conteúdos
escolares pelos alunos.
Podemos ver nela a tripla função. Ela tem sido entendida como arte, técnica e ciência.
Marnoto (1990)
Educação
"Educação – vem do latim educare ou seja cuidar. Mas vem também de educare que
significa conduzir, levar, a educação é um processo de integração de um indivíduo no seio
da cultura " Marnoto (1990).
Pedagogia
A palavra significa guia da criança ate ao século XIX esta definição literal serviu. Admitia-
se que se recebia informação e ∕ ou formação ate certa idade e que depois essa informação
era consolidada e alargada mas não qualitativamente alterada. Marnoto (1990).
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Partimos do princípio de que o ensino é possível e desejável. Definimo-lo pela sua vertente
essencialmente comunicativa. Ensinar é comunicar algo a alguém. Marnoto (1990).
Nesta ordem de ideia chega-se a conclusão que para que haja o ensino na vertente escolar é
necessário que haja: intenção, espaço, um tempo, professores e alunos.
Dialéctica (lat. dialéctica, do gr. dialektike: discussão) Em nossos dias, utiliza-se bastante o
termo "dialéctica" para se dar uma aparência de racionalidade aos modos de explicação e
demonstração confusos e aproximativos. Mas a tradição filosófica lhe dá significados bem
precisos. Japiassú e Marcondes (2001)
Em Platão, a dialéctica é o processo pelo qual a alma se eleva, por degraus, das aparências
sensíveis às realidades inteligíveis ou ideias. Ele emprega o verbo dialeghestai em seu sentido
etimológico de "dialogar", isto é. De fazer passar o logos na troca entre dois interlocutores. A
dialéctica é um instrumento de busca da verdade. Uma pedagogia científica do diálogo graças
ao qual o aprendiz de filósofo, tendo conseguido dominar suas pulsões corporais e vencer a
crença nos dados do mundo sensível, utiliza sistematicamente o discurso para chegar à
percepção das essências, isto é, à ordem da verdade. (Id:2001)
Em Hegel. a dialéctica é o movimento racional que nos permite superar uma contradição.
Não é um método, mas um movimento conjunto do pensamento e do real: "Chamamos de
dialéctica o movimento racional superior em favor do qual esses termos na aparência
separados (o ser e o nada) passam espontaneamente uns nos outros. em virtude mesmo
daquilo que eles são, encontrando-se eliminada a hipótese de sua separação". Para pensarmos
a história, diz Hegel, importa-nos concebê-la como sucessão de momentos, cada um deles
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Ensino-aprendizagem
De acordo com Vygotsky (2009), a aprendizagem se dá nas relações com outros homens, nas
quais se transmitem intencionalmente os conhecimentos produzidos historicamente. A
criança se desenvolve a partir do meio sociocultural, considerando o que lhe é disponibilizado
e oferecido para desenvolver-se ou não. Portanto, é necessário recuperar o papel do educador
como aquele que planeja a acção educativa para promover o desenvolvimento de seus alunos.
O conhecimento, devido à sua complexidade, exige formas também sistematizadas para sua
apropriação e não se dá de modo espontâneo. Por esse motivo, o professor deve ser o
organizador do meio social (Vygotsky, 2001). Assim, o conhecimento é compreendido como
uma construção social, pois tem origem relacional e discursiva.
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TACCA E BRANCO (2008), por exemplo, partem de estudos teóricos sobre a perspectiva
denominada de sociocultural construtivista e de um trabalho de pesquisa desenvolvido por elas
com turmas de 2ª série do Ensino Fundamental. O objectivo é tentar compreender a relação
que se estabelece entre as interacções professor-alunos e a aprendizagem. As autoras destacam
a relevância de o aluno construir uma auto imagem positiva no seu processo de aprendizagem.
E, no espaço da sala de aula, o papel do professor é decisivo nesta construção. É essencial que
o professor conheça, então, as características de seu grupo e quais são os mecanismos ou
estratégias que mais mobilizam todos ou cada um para a aprendizagem dos conteúdos.
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Uma das perspectivas a serem observadas, para compreender melhor como se dá a interacção
professor-alunos, é a escolha e utilização das estratégias e recursos metodológicos pelo
professor em sala de aula. A opção por um material/estratégia diz muito sobre a concepção
teórica daquele educador, mas também sobre o tipo de interacção que pretende estabelecer
com seus alunos. Para compreender melhor como uma opção metodológica e seu
desenvolvimento traduzir-se-ia na aprendizagem dos alunos, Nunes-Macedo et al. (2004)
analisaram os resultados de uma pesquisa etnográfica que realizaram em uma turma de
primeiro ciclo do Ensino Fundamental.
A opção de abordarmos a didáctica como problema filosófico não é uma opção pacífica, mas
é oque fez para este curso. Não pretendemos didactizar toda a filosofia. Temos consciência de
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Temos que clarificar o conceito o nosso conceito de filosofia. Seguidamente há que tomar
consciência do tipo de ensino que tal conceito implica. Mesmo que isso nos leve a
consequências dolorosas da sua não ensinabilidade. De facto, como admitir que um professor
de filosofia defenda a não ensinabilidade daquilo que por definição lhe cabe ensinar?
É este problema essencial da didáctica, pensar como se ensina a Filosofia. Pensar se ainda
é possível ensinar filosofia e, radicalizando a questão, interrogarmo-nos, a maneira de
Sócrates, se é possível ensinar algo a alguém. Não será o acto ensinar, todo o acto de ensinar
ou de aprender algo.
Ensinar é, com efeito ainda mais difícil do que aprender. Sabemo-lo bem mas raramente
reflectimos sobre isso. Por que é que ensinar é ainda mais difícil do que aprender? Não
porque quem ensina deve possuir uma soma maior de conhecimentos tendo-os sempre
disponíveis. Ensinar é mais difícil do que aprender porque ensinar quer dizer «fazer
aprender». Aquele que verdadeiramente ensina não ensina mais nada que não seja a
aprender. É por isso que a sua acção desperta sempre a ideia de que perto dele, propriamente
dito, não se aprende nada. E isso é porque entendemos por «aprender» uma aquisição
exclusiva de conhecimentos utilizáveis, e entendemo-lo inconsideradamente. Quem ensina só
ultrapassa os aprendizes nisto: no facto de dever aprender ainda muito mais do que eles, pois
que deve ensinar a «fazer aprender». Quem ensina deve ser mais dócil do que o aprendiz.
Quem ensina esta muito menos seguro do que faz do que aqueles que aprendem. É por isso
que na relação daquele que ensina e daqueles que aprendem, quando é uma relação
verdadeira, nem a autoridade de multisciente nem a influencia autoritária do que desempenha
uma tarefa entram em jogo. É por isso que é uma grande coisa ser-se um «ensinante» é algo
totalmente diferente o ser-se um professor célebre. Se hoje em dia – onde tudo se mede sobre
a baixeza e consoante a baixeza, por exemplo sob o ponto de vista do lucro – ninguém quer
mais tornar-se um «ensinante», isso deve-se sem dúvida alguma ao que essa «grande coisa»
implica, e à sua grandeza. Devemos manter sempre a verdadeira relação entre aquele que
ensina e o aprendiz, se é que queremos que no processamento deste curso haja aprendizagem.
Marnoto (1990:54)
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Conclusão
Olhando ao que nos interessa o grupo pude verificar que pensar como se ensina a Filosofia.
Pensar se ainda é possível ensinar filosofia, já seria o problema essencial da didáctica de
filosofia
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Referências bibliográficas
Charlot, B (2000). Da relação com o saber: elementos para uma teoria. Porto Alegre, RS:
ArtMed, 2000.
Piletti, Claudino (2004). Didáctica Geral; 23aEdição; Editora Ática, São Paulo.
_______. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo, SP: Martins Fontes, 2009.