Revisão Ética, Cultura e Diferença
Revisão Ética, Cultura e Diferença
Revisão Ética, Cultura e Diferença
Educação Transdisciplinar
Relatório Delors
Aprender a conhecer
Aprender os métodos utilizados para distinguir o real do ilusório e para este fim o espírito
científico é essencial! Ser capaz de estabelecer pontes. Pontes entre os diferentes saberes,
entre estes saberes e a vida cotidiana e entre as nossas próprias subjetividades. Busca-se,
portanto, a formação de um humano re-ligado e dotado de uma maior flexibilização!
Aprender a fazer
Aquisição de uma especialização. Mas não uma especialização excessiva e petrificada. Uma
especialização que domine uma técnica, porém, que seja flexível o suficiente para estar ligada
e conectada a outras profissões. O aprender a fazer exige também a criatividade para se fazer
o novo!
Aprender a viver em conjunto
Não é o mesmo que apenas tolerar o outro, fingir escutar o outro permanecendo convicto da
justeza absoluta de suas próprias posições. Respeitar as normas de convívio social exige uma
validação que perpassa a experiência interior de cada ser. Ou seja, exige que cada um se
reconheça a si mesmo na face do Outro, como unidade aberta e pluralidade complexa. Este é
um aprendizado permanente.
Aprender a ser
Exige uma eterna aprendizagem de seus próprios condicionamentos, sua harmonia ou
desarmonia na vida social, as fundações de suas convicções, descobrir a sua existência. Exige
uma relação transpessoal - aprender a não tratar o Outro como um objeto e reconhecê-lo
como alguém que constrói junto comigo o objeto.
Formação Total/Integral
•Uma formação que contemple a formação lógica e racional, bem como, que também erija e
cuide da sensibilidade humana;
•A formação total deve preparar o jovem para o trabalho, para o estudo e para o tempo livre.
Mas, concebendo este tempo livre como ócio criativo e não como passatempo, tempo perdido
ou fluído no entretenimento superficial;
•Equilíbrio entre trabalho, estudo e lazer;
•A formação total se insere em um novo modo de vida / cultura pós-moderna: a essência
deste fator não se deve a um ou mais fenômenos, mas a um complexo conjunto de novidades
(tecnológicas, comportamentais, sociais, trabalho etc.);
•Paradigma da Digitalidade: flexibilização das relações de teletrabalho (home-ofice),
Organização do trabalho por metas e objetivos, Substituição dos sistemas de controle por
sistemas de motivação e Trabalho pós-industrial não vende tempo, mas sim resultado.
Sociedade Pós-industrial
•Era Industrial = Produção Mecanizada;
•Ser Humano/Máquina: relação mecanicista;
•Lógica Industrial = Reprodução e Repetição;
•Era pós-industrial = mais fixada no processo de subjetivação;
•Era pós-industrial: subjetivação da atividade do trabalho;
•Era pós-industrial: interação entre ser humano e máquina;
•Lógica da produção pós-industrial: inovação e invenção;
•Há também um aumento na exploração do trabalhador, pois não se explora tão somente o
seu físico, mas o corpo como um todo, sua criatividade, sua inteligência, suas habilidades etc.
Trabalho Imaterial
•A nova fonte a ser explorada é a criatividade e o conhecimento;
•O capital na era pós-industrial investe na bios – na vida – do trabalhador;
•Sociedade pós-industrial: trabalhador comunicativo, participativo, polivalente, flexível e,
acima de tudo, dotado de um determinado conhecimento que enriqueça o processo
produtivo;
•Prescrição da subjetividade: o empregado assume voluntariamente os valores da empresa na
qual adere - engajamento;
•O tempo do não-trabalho confunde-se com o do trabalho – o capital demanda um
engajamento total do trabalhador – em sua totalidade, modo de ser;
•Sociedade industrial = o trabalho situa-se fora do trabalhador / Sociedade pós-industrial = o
trabalho invade toda a sua subjetividade, ele é interiorizado.
A Multidão
•A demanda pelo engajamento do trabalhador, a subjetivação, produz uma resposta ao
biopoder do capital;
•A exploração das potencialidades singulares cria uma base produtiva comum – é neste
espaço comum que se encontra a base da exploração (produção e subjetivação), mas, ao
mesmo tempo, cria a subjetividade de resistência que se configura na multidão;
•O comum é a base da multidão e é a multiplicidade de subjetividades que dá conteúdo à
multidão;
•Cf. “Negri e Hardt, a multidão é um sujeito social internamente diferente e múltiplo cuja
constituição e ação não se baseiam na identidade ou unidade (muito menos na indiferença),
mas naquilo que tem em comum”.
•A multidão busca resgatar, tornar comum, os recursos imateriais apropriados e/ou
expropriados pelos donos do capital.
O mundo em que vivemos está em constante processo de transformação, tanto no aspecto profissional quanto no emocional, pois
na minha opinião as duas coisas são totalmente integradas uma a outra. Um funcionário feliz, motivado e reconhecido certamente
irá produzir muito mais. O mercado está à espera de pessoas criativas, proativas, intuitivas e com olhar crítico, que dominem não
só sua área de formação, mas todas as outras que possam auxiliar no desenvolvimento tanto da empresa quanto dos demais
profissionais envolvidos, ficar engessado em uma área é praticamente impossível, a transdisciplinaridade promove riqueza de
conhecimento, troca de vivência e conteúdo. É muito interessante e válido sempre termos a consciência de que estamos em
constante processo de formação e aprendizagem (sempre há o que aprender e a ensinar), a troca de informações e discussão
sobre diversos assuntos acrescentam muito. A era Industrial não exigia nada relacionado a isso, pois era mais vantajoso ter um
funcionário desinformado e somente focado no trabalho braçal.
Módulo 2 - Ética, Alteridade e Solidariedade
Ética e Moral: esclarecendo conceitos
O que é a Moral?
•A moralidade são os hábitos adquiridos quase que automaticamente no grupo (familiar e
social) em que nós nascemos, nos criamos e nos constituímos como seres humanos;
•A partir deste momento surge um conjunto de princípios, normas, preceitos, comandos,
restrições, permissões e valores que organizam a nossa moralidade;
•A moralidade instituída é, portanto, um conjunto de princípios, valores e normas de conduta
que cada geração transmite à geração seguinte na confiança de que se trata de um bom
legado cujas orientações dizem respeito sobre o modo como se comportar para viver uma vida
boa e justa;
•Lembrando que a moralidade diz respeito à ideia de uma vida boa que constitui um sistema
organizado em um determinado contexto e em uma determinada época histórica.
O que é a Ética?
•É um ato reflexivo sobre a moral até então constituída;
•Uma reflexão que age como um sintoma da consciência moral;
•Uma reflexão que age sobre nossos hábitos, costumes e tradições, colocando em questão o
valor dessas morais;
•Quando tomamos distância e paramos para refletir (sair de si) sobre a moralidade instituída,
colocando em questão o seu valor, emerge o campo da ética que age sobre a moral
reinventando-a;
•Que tipo de mudança? A ética age sobre a moralidade instituída qualificando dignamente as
relações humanas;
•A ética age sobre a moralidade instituída com o intuito de melhorá-la, de qualificá-la, de
aperfeiçoar e dignificar as relações humanas;
•A ação ética provoca uma reflexão sobre a moralidade até então instituída;
•A ética não é condicionada pela história, ela é, portanto, a-histórica;
Surgem as questões:
•Então, a Ética é individual e a Moral é coletiva? Não!
•Quem faz a ação crítica da moralidade instituída é sempre um indivíduo? Não!
•Então, a Ética é coletiva e a Moral é individual? Não!
•Quem faz a ação crítica da moralidade instituída é sempre o coletivo? Não!
•Nem a Ética e nem a Moral são estritamente singulares ou coletivas;
•Ambas estão inseridas nas relações de convivência;
•Então, uma é teórica e a outra é prática? Não!
•Ambas são necessariamente práticas. Apesar de ser uma reflexão sobre a moralidade, a ética
só se efetua agindo sobre a moral;
•Tanto a Ética quanto a Moral estão, portanto, em um ponto de intersecção entre o Eu e o Tu,
entre o Si Mesmo e o Outro;
•Tanto a Ética quanto a Moral se manifestam, portanto, nas relações interpessoais, sociais
entre os ser humanos.
Constituintes Éticos:
•Consciência de Si e dos Outros: ser autor de Si Mesmo na relação com o Outro;
•Liberdade: não se reduzir nem às suas representações e nem às forças exteriores.
•Vontade: princípio que anima o comportamento humano;
•Responsabilidade: não se limita à obediência cega, às regras, mas reconhecer-se como autor
da ação.
Fazer Ética:
•Certo/Errado - Mais de Bem e Menos de Mal: compreensão das contextualizações e
convicções - ética deontológica (tem o valor como absoluto independente do contexto) e na
ética teleológica (tem o valor como relativo e dentro de um determinado contexto);
•É impossível pensar a ética sem diálogo: ensinagem e abertura;
•Passividade: aquele que se deixa governar e arrastar por seus impulsos, inclinações e paixões,
pelas circunstâncias, opiniões alheias, pelo medo e/ou vontade dos outros;
•Atividade: aquele que controla interiormente seus impulsos, inclinações e paixões – é
autônomo na relação com os outros.
Ética do Acontecimento:
•Do encontro dos corpos nasce o acontecimento;
•O acontecimento não existe;
•A ética acontece entre os corpos e o acontecimento;
•Tempo dos corpos: Presente / Tempo dos Acontecimentos: não existe, insiste;
•Ética do querer / amor fati: afirmar os acontecimentos / tornar o presente, eterno – retirar o ilimitado
do finito;
•Ética do devir: viver o presente na mudança/Sendo transitório o amor não existe, ele insiste. Vivendo
na mudança percebendo-se como causa ativa ou passiva de todos os efeitos que nos acontecem.
Ética e Alteridade: a afirmação da solidariedade
O Outro:
•Não há discurso sobre o Outro, mas escuta do Outro;
•O Outro não é um não-Eu: o Outro é maior do que o Eu, uma vez que o Eu não dá conta de
abarcá-lo.
•A continuidade do Eu na percepção sobre o Outro é a continuidade totalitária e arrogante do
Si mesmo;
•Ao perceber o Outro como atravessamento a realidade passa a ser um exercício existencial
de êxtase (sair de si);
•Re-Conhecer no jogo circular do convívio com o Outro;
•Duas extensões do conceito: Outra pessoa (processo de subjetivação) e Outro como
transformação, multiplicidade e diferença.
A solidariedade em rede:
•É por meio da fraternidade que experimentamos o sentido da igualdade e da liberdade;
•O que faz com que a gente se descubra igual, e não idêntico, é a possibilidade que temos de
se multiplicar no encontro com o Outro – só nos sentimos livres, onde a liberdade se faz
presente na relação com o Outro / Igualdade não é o mesmo que uniformidade;
•Ser solidário é o mesmo que compreender que não se pode ser sem o Outro;
•O contexto produtivo atual exige inteligências cooperativas que serão o fundamento da
criatividade.
A generosidade profissional:
Ética da complexidade e da alteridade – empresa com responsabilidade social:
“O ambiente de uma organização se eleva na medida em que as pessoas se reconhecem como
um mundo que transcende a empresa e que podem não só trazer de fora novos insumos para
dinamizar e alterar positivamente processos internos, mas ela própria, a empresa, pode,
através de gestos administrativos que colocam as pessoas – colaboradores – como seres que
estendem para além da empresa suas vidas, estar colaborando com a evolução moral da
sociedade.” (Pilz, Ética e Alteridade, p. 6)
ÉTICA, ALTERIDADE E SOLIDARIEDADE
Buscamos com este trabalho propor uma breve reflexão sobre formas de desenvolver
o saber-fazer ética, vinculado aos princípios da alteridade e de solidariedade. Após pesquisas
dentro do material proposto, optamos por utilizar como base a leitura de número 3 que nos foi
disponibilizada: Ética e alteridade - a afirmação de relações cooperativas, escrita por Laércio A
Pilz.
Inicialmente consideramos de suma importância definir alguns conceitos com base em nosso
aprendizado até agora:
A moral está relacionada com os princípios, normas e valores que nosso meio familiar, social,
regional e até mesmo temporal estão ligados. A moral pode variar muito de região para região.
A ética, por sua vez, reinventa a mora e está relacionada ao certo e errado de uma forma
universal, precisamos (por meio do amor fati) compreender o lado bom de tudo que nos
acontece, saber nos transformar e reinventar em diversas situações. A alteridade é a
capacidade de compreender as diferenças do outro, da diversidade de culturas e de pensar na
relação com o outro. Já a solidariedade é compreender que não se pode ser sem o outro,
compreendê-lo, respeitá-lo e entender nossas diferenças, é um ato de generosidade, é
estender a mão ao outro e buscar ajudá-lo.
Lembrando que os conceitos acima citados fazem parte das conclusões que juntas
chegamos. Em um recorte do material disponibilizado gostaríamos de citar a seguinte reflexão:
[...] O espírito da fraternidade não reduz seu mundo, mas acolhe a
diferença e deseja a multiplicidade. Linguagens multiplicadas, afetos estendidos e fortalecidos
pela potencialização das partes são o caminho da vida ética. Desafiar a si mesmo e o outro à
consistência, ao desenvolvimento de linguagens mais belas e a relações criativas. O bem é o
abraço da alma com um corpo potencializado por belas linguagens e belas relações. (Laércio A
Pilz).
Com isso em mente, acreditamos que devemos ser abertos a escuta, tentando sempre
extrair tudo que possa nos complementar para sermos pessoas melhores. Todos carregamos
uma bagagem e temos muito a acrescentar uns aos outros. Devemos fazer o certo a todo
momento, mas para isso, antes devemos saber o que é o certo e o que é errado, e isso está
relacionado a ética e a moral. Porém, não é uma tarefa fácil saber distingui-los, pois essa
dualidade varia de região para região, seguindo na linha do que se compreende no campo
moral.
A ética se relaciona nesse conjunto transcendendo e reinventando a moral, agindo como uma
ciência, na qual auxilia a formação de novos padrões morais de um determinado povo, à
medida que ele não acha mais adequado dada cultura instituída até o momento da mudança.
No Brasil, parece que precisamos ainda mais desse conhecimento para convivermos em
harmonia na sociedade, talvez por conta do “jeitinho brasileiro”, ou talvez, só apenas
deixamos de olhar, ou não enxergamos os problemas culturais de outros países. O fato é que
precisamos urgentemente de uma mudança na nossa cultura, mas para isso acontecer
precisamos de modificações na educação desde o ensino fundamental até o ensino superior.
Só assim será possível fazer com que crianças e adolescentes cresçam com valores, que
pensem e enxerguem o outro e suas diferenças.
Módulo 3 - Cultura, Diferença e Diversidade
Cultura e Humanização
A(s) Cultura(s)
•Amala, Kamala e Kaspar Hauser: humanização / convívio humano e introdução ao mundo do
símbolo pela aprendizagem da linguagem;
•Ação instintiva – atos sem história;
•Inteligência Concreta: depende da experiência vivida aqui e agora – mas, não há abstração
para inventar uma ferramenta;
•Linguagem – abstração – palavra: caracterização própria do ser humano / mundo do símbolo;
•O universo simbólico é especificamente humano / universal / convencional / flexível /
versátil;
•A linguagem humana intervém como uma forma abstrata que distancia o humano da
experiência vivida – pela palavra nos situamos no tempo, lembrando o que ocorreu no passado
e antecipando o futuro pelo pensamento.
Comunidade Humana
•O universo simbólico da linguagem é múltiplo, assim como as culturas e o se relacionar com
ambiente natural no qual se insere;
•A cultura é, portanto, um processo de auto liberação progressiva do humano, o que o
caracteriza como um ser de mutação, um ser de projeto, que se faz à medida que transcende,
que ultrapassa a própria experiência;
•Comunidade humana: o processo de humanização só se faz na relação interpessoal, o
impessoal, a gente: não existe linguagem privada;
•Paradoxo do indivíduo e da sociedade: assim como a massificação pode ser decorrente da
aceitação sem críticas dos valores impostos pelo grupo social, também é verdade que a vida
autêntica só pode ocorrer na sociedade e a partir dela;
•Ao mesmo tempo em que o tornar-se humano é realizado por meio da interação social, este
humano é, também, uma pessoa. Isto é, tem uma individualidade que o distingue dos demais.
Subjetividade Líquida
•Cultura – Moda: Identidade Camaleão, aptidão ao câmbio e pueril;
•Bauman: Iluminismo/Modernidade – Cultura Única e Universal;
•Bauman: Multiculturalismo/Modernidade Líquida – indiferença à diferença;
•Indiferença à Diferença: existe a desigualdade para que exista a diversidade (inclusive de
escolhas);
•Bauman / Multiculturalismo: termo que presta-se como uma escusa que justificaria as
privações sociais observadas entre as culturas, entendendo, por exemplo, a desigualdade
social como resultado da multiplicidade de escolhas;
•Problemas com o sentimento de segurança: o refúgio em comunidades não retoma o
sentimento de segurança – para Bauman, somente o intercambio mútuo entre as diferentes
culturas pode fazer com que logremos o alcance de uma comunidade comum.
Diferença e Diversidade
Imagens do Outro: o desafio da diferença
•O Grande Outro Abissal: uma outra cultura, uma outra pessoa...o ‘eu’ como um outro de
mim;
•O outro é o desconhecido que não sou ‘eu’ – o ‘eu’ me é familiar e reconfortante, o outro é
desconhecido e imprevisível;
•Percebe-se, portanto, que este outro pode ser tanto uma outra pessoa, uma outra cultura,
como este outro possa vir a ser o ‘eu’ mesmo;
•No encontro com o outro, o ‘eu’ também pode vir a se alterar. Assim, descobrimos que o
caráter como aquilo que permanece é uma ilusão que o si mesmo cria para poder se sentir
seguro. Pois, se nós mudamos pelo atravessamento ou o encontro do outro, nós nunca
permanecemos o mesmo e, assim, falar em caráter ou em identidade é uma ilusão que busca
por estabilidade em meio ao caos e a incerteza;
•O outro marca a diferença e a diversidade que existe – resta saber como será esta
experiência;
Diferença e Diversidade
•Remédio para o si mesmo = o de fora / o Outro pensamento;
•Pensamento do exterior: sem o sujeito autorreferente e centrado no Si Mesmo;
•Afirmar a diferença como diferença: a filosofia sempre tematizou a diferença como
representação / ideia / conceito – ou seja, quanto mais falamos sobre a diferença, mais a
representamos, mais negamos a diferença;
•A questão não é tomar o Outro como conceito, mas como diferença em si mesma;
•Blade Runner: Nexus 5 – Replicantes que são outros, mas que parecem o mesmo – como
conviver com este outro sem o reduzi-lo?
•Aprendizagem: não podemos viver sem outrem – na medida em que os Outros são a
estrutura da possibilidade;
•Outrem: não é sujeito e nem objeto – mas uma estrutura do campo de percepção, a estrutura
do possível.
Diferença e Diversidade
•É quando o Outro nos mostra novas possibilidades (de ser) que percebemos que nosso
mundo não passa de mais uma possibilidade;
•O ‘eu’ é um conjunto de virtualidades atualizadas;
•O outro é a manifestação de outras virtualidades, de outro mundo possível, por atualizações
distintas – assim, é o outro que torna possível que haja qualquer mundo;
•Outro como condição de possibilidade: a condição de que meu mundo seja possível, na
mesma medida em que o dele também o é;
•O que é o outro e o que é o eu?
•Depende do ponto de vista de quem pergunta, depende do momento em que é feita a
pergunta.
Cultura é um conceito muito amplo que engloba tradição, costumes e crenças de um grupo
social. Cultura vem do termo em Latim colere, tem uma enorme variedade de significados,
dentre eles é que cultura é o ato de cultivar, cuidar, crescer, saber...
Com a leitura do material disponibilizado em aula e após algumas leituras e pesquisas na
internet achei interessante ressaltar sobre a cultura do Sul. Esta, conhecida por sua tradição,
religião e hábitos. Porém de forma geral julgo ser uma cultura um tanto quanto rígida e por
vezes preconceituosa. Somos um estado que foi povoado em sua maior parte por imigrantes
italianos e alemães, povo trabalhador, conhecido por seu esforço e luta, gastronomia e
costumes porém bem fechado com suas tradições.
Obviamente com o passar das décadas o Povo do sul foi se modernizando e aprendendo a
respeitar outras culturas, raças etc. A nova geração já não é mais tão racista, porém em
comparação a outros estados ainda considero o Sul uma religião não tão evoluída em relação a
preconceitos.
Com a diversidade de povos, cada dia que se passa nos tornamos mais flexíveis e abertos a
aprender e respeitar o próximo, seja ela pertencente ao nosso “grupo cultural” ou não e isto
tende a refletir positivamente em nosso cotidiano.
A cultura é, portanto, um processo de autoliberação progressiva do homem, o que o
caracteriza como um ser de mutação, um ser de projeto, que se faz à medida que transcende,
que ultrapassa a própria experiência. (...) O “sair de si” é remédio para o preconceito, o
dogmatismo, as convicções inabaláveis e, portanto, paralisantes. É a condição para que, ao
retornar de sua “viagem”, o homem se torne melhor. (Aranha e Martins)
Destaquei este recorte acima pois ele se encaixa perfeitamente o que citei no início deste
texto. Estamos em constante mutação, evolução... Necessitamos constantemente sair da
“bolha” e olhar o próximo com os olhos do coração e não com pré-julgamentos. Deixar de lado
o conservadorismo sulista e deixar o novo entrar.
Módulo 4 – A experiência estética e a Arte de viver
A experiência estética como um percurso de subjetivação
Razão e Emoção
•A experiência sensível constrói a nossa subjetividade no percurso de nossas vidas;
•Aquilo que nos entrega sentido e entendimento, que nos afeta ou nos repulsa molda nosso si
mesmo;
•As experiências que desenvolvemos em nossas vidas (sentido e sentimento) esculpem,
pintam ou projetam nosso modo de ser;
•A relação com o viver (a experiência do percurso da vida) é estética;
•Ou seja, é como a construção de uma obra de arte;
•Exatamente por isso não podemos permitir que o sobreviver se sobreponha ao viver;
•Pois, a civilização moderna separou prosa e poesia. A vida de trabalho foi invadida pela prosa,
enquanto a poesia se refugiou na vida privada, na busca da felicidade através das férias
propiciadas pelo cartão de crédito.
A arte de viver
•Conforme, Epicteto a verdadeira filosofia é a arte de viver bem a vida;
•A filosofia só é praticada de modo autêntico por aqueles que a associam à ação no mundo,
visando a uma vida melhor para todos;
•O primeiro passo para viver com sabedoria é renunciar à vaidade;
•Contemple o mundo como os olhos de um recém-nascido – só sei que nada sei;
•A arrogância é a máscara mais banal da covardia;
•Observe o que está realmente acontecendo, não só o que você pensar estar acontecendo, ou
gostaria que estivesse acontecendo. Olhe e escute bem o que se passa a sua volta;
•O legítimo sentimento de satisfação por se alcançar um objetivo meritório e difícil de
conquistar não deve ser confundido com arrogância, que se caracteriza pela preocupação
excessiva consigo mesmo e a falta de interesse pelo sentimento ou assuntos dos outros.
“Não é por meio de técnicas que se consegue ter uma vida florescente. Ninguém pode tapear
a si mesmo usando truques para viver uma vida bem vivida. Também não adiantam coisas do
tipo "cinco regras práticas" ou os dogmas prescritos por alguma figura carismática. Ter uma
vida em expansão depende da nossa resposta, da melhor maneira que pudermos, àquilo que
cabe exclusivamente a nós. Viver uma vida extraordinária significa elevar nossa estatura moral
cultivando nosso caráter.”
Viver a vida como uma obra de arte
O que é uma obra de arte?
•Impossibilidade de definição unívoca da arte;
•Noção histórica:
•Antiguidade – no começo o belo era o que imitava a realidade visível, era o que respondia o
paradigma naturalista e realista de representação;
•Modernidade – arte como sublimação / sentimento da relação da razão com o mundo;
•Moderno-tardio – sentimento singular / valor subjetivo;
•Contemporâneo – dimensão conceitual da arte;
•Utilidade da arte: toda a arte é perfeitamente inútil;
•Arte como experiência singular do espectador (artista, público e/ou crítico) com a obra
produz efeitos de sentido – a arte reflete o espectador e não a vida.
Acontecimento/Experiência estética:
•Ao contrário de perguntar o que é arte ou se isso é uma obra de arte, vale tomar em questão
a experiência de algum objeto, situação, acontecimento ou processo naquilo que ele tem em
termos de potencial artístico;
•Atitude estética = abertura circunstancial ao mundo;
•A atitude estética é uma abertura, uma disponibilidade não tanto para o objeto da arte ou
para o acontecimento em si, mas para os efeitos que ele produz em mim, na minha percepção,
no meu sentimento;
•A catarse reflete quem sou diante do mundo;
•O juízo estético refere-se ao sentimento que esse objeto ou acontecimento produz no
sujeito;
•Nós somos nós e nossa circunstância – somos seres de encontro.
Acontecimento/Experiência estética:
•Jogo de mútua interferência: a realidade não é mera exterioridade, mas algo que me constitui
tanto quanto eu a constituo;
•Ao entrar em jogo com o objeto ou o acontecimento, eles deixam de ser exteriores ao sujeito
e passam a constituir o campo da experiência. É aí que começa a criação, a experiência
estética;
•Qual é o critério para falarmos em experiência estética?
•Dois pontos – artista e público;
•Artista: domínio da técnica e poder de criação – competência de compreensão e competência
de expressão;
•O artista está aberto ao porvir, as experiências e experimentações – dotado de
discernimento, possui a capacidade de compreender aquilo que se passa – tomada de
consciência do algo que nos passa.
Acontecimento/Experiência estética:
•Obra de arte como zona de confluência de possibilidade – campo de potência ilimitado;
•A arte deve ser experimentada instância de convocação dos sujeitos num jogo de
conhecimento e reconhecimento;
•Experienciar – entrar no jogo aberto: deixar que a arte se desvele à você e desvele você
mesmo;
•A experiência é um canal infinito de possibilidades abertas diante da imprevisibilidade entre
obra e público;
•O exercício de compreensão como uma tomada de atenção sobre os efeitos que a
experiência pode produzir;
•A formação do sujeito fruidor consiste em explorar diferentes maneiras de compreender a
experiência, possibilitando uma abertura à diversidade de sentidos do mundo (ou seja, de
formas de sentir a realidade).
Acontecimento/Experiência estética:
•Neste caso, como o experimento pauta-se pela tônica do encontro, percebe-se que podemos
ter experiências estéticas com qualquer coisa (ex: ready-made de Duchamp e a arte
conceitual);
•A experiência, por sua vez, é sempre um desvelamento de cada um;
•Exatamente por isso ela não pode ser mediada, não há guia na condução da vida, pois, ela é
uma experiência intraduzível e intransponível;
•Efeitos da experiência estética: são as modalidades das experiências que vão se modificando
com a própria história, cujo núcleo é sempre essa estranha satisfação que resulta do
reconhecimento da capacidade de construir, de produzir sentidos que, quando a gente
experimenta, ao mesmo tempo está construindo e produzindo a gente mesmo;
•Não há esquemas referenciais – cada singularidade é uma forma de subjetivação possível.
Iniciamos nossa atividade propondo que a formação integral e a educação transdisciplinar são pressupostos
fundamentais para o desenvolvimento de competências adequadas para lidar com os desafios atuais e as demandas
profissionais de nosso tempo. Nessa perspectiva, podemos afirmar corretamente que:
A formação integral pode e deve agregar outros saberes e linguagens ao profissional, favorecendo sua ação criativa
e coerente junto a diferentes contextos e indivíduos. Não podemos prescindir, em termos de formação profissional,
da competência técnica, porém, a habilidade dialógica e o comprometimento ético são qualificações indispensáveis.
Alguns pressupostos são básicos para que uma pessoa se construa como Sujeito Ético. Entre estes constituintes
éticos básicos podemos destacar corretamente:
A liberdade, pois o comportamento verdadeiramente ético não pode ser fruto da coerção ou da imposição de
comportamentos.
A consciência de Si e dos Outros, pois não podemos conceber a formação ética sem a autonomia do sujeito e, ao
mesmo tempo, o reconhecimento dos outros como sujeitos das ações morais.
A vontade e a responsabilidade, pois o comprometimento pela coerência da ação depende da força que o sujeito
dedica à ação, ao mesmo tempo em que se compromete com a qualidade daquilo que vivencia.
Ao propor a vinculação entre Ética e Diálogo, reconhecemos que muitos têm dificuldade de aprender no convívio
com os outros. Na perspectiva do aperfeiçoamento desta habilidade de ‘aprender a partir do diálogo’, é correto
afirmar que:
Liberdade e autonomia são princípios básicos que passam a ser alimentados e potencializados a partir de encontros
criativos com a diversidade.
A aprendizagem e saída ética de uma situação de conflito somente se dá se as partes envolvidas forem capazes de
ultrapassar moralmente a si mesmas.
Quando nos referimos ao conceito de Estética a partir do texto de estudo (O limiar da experiência estética),
podemos afirmar corretamente que:
A experiência estética inicia quando tudo o que sei e tudo o que tenho sido já não bastam e o mundo apela por ser
inventado.
A atitude estética é uma atitude desinteressada, ou seja, uma disponibilidade não tanto para a coisa ou o
acontecimento em si, mas para os efeitos que ele produz na pessoa.
Em A Arte de Viver, Epicteto aproxima o tema da felicidade (verdadeira) com a filosofia e a sabedoria. Nesta
perspectiva, ele propõe que:
A sabedoria nos leva ao reconhecimento dos limites naturais de nossa capacidade de conhecimento, nos dando
coragem para preservar uma sadia ingenuidade.
A verdadeira filosofia é a arte de viver bem a vida e só é praticada de modo autêntico por aqueles que a associam à
ação no mundo, visando a uma vida melhor para todos.
Com o apoio de textos e a partir de nossos diálogos, estabelecemos uma diferença ‘didática’ entre Ética e Moral,
conceitos muitas vezes usados com o mesmo significado. A partir desse estudo, podemos afirmar corretamente
que:
A moral está relacionada aos costumes e hábitos que vamos interiorizando junto ao grupo ou sociedade em que
crescemos e nos educamos, como a obediência a normas e leis que regem a vida social.
A ética diz respeito à reflexão sobre o valor de nossos comportamentos, inclusive sobre como certos costumes,
hábitos e normas afirmam ou não a dignidade das pessoas e de suas relações.
Podemos afirmar que uma sociedade em que os indivíduos estão mais abertos à discussão dos seus
comportamentos e em que a democracia permite a ampliação da participação popular, há um espaço maior para a
experiência ética.
Um dos maiores desafios antropológicos atuais, nesta Era Planetária, é o convívio democrático entre as sociedades.
Nessa perspectiva, o Etnocentrismo aparece como:
Uma prática cultural que foge ao diálogo com outras culturas ajuizando-as depreciativamente.
Uma prática cultural que inibe o diálogo entre as culturas e resiste à diferença.
Quando falamos em Sociedade Pós-Industrial nos referimos a mudanças atuais que se fazem presentes na formação
dos profissionais e nas características organizacionais. Entre algumas dessas transformações podemos destacar:
A valorização da autonomia e da liberdade dos funcionários, como forma de incentivo à criatividade.
O reconhecimento de que o conhecimento passou a ser o principal capital de investimento.
O investimento em tecnologias de informação que potencializem a sociedade do conhecimento.
A partir da educação e do progresso moral, as pessoas vão desenvolvendo, processualmente, um saber-fazer ético e
compreendendo o sentido valorativo de suas ações. A partir dos textos estudados e dos diálogos desenvolvidos,
podemos afirmar corretamente que o saber-fazer ético nos leva:
Ao comprometimento pessoal e coletivo com reflexões e ações que alarguem o campo da compreensão moral e
potencializem estratégias de defesa da dignidade da vida humana e planetária.
Cultura, Ética e Diferença
Síntese do Conteúdo da Atividade Acadêmica
Formação Integral
"Profissionais pós-industriais veem na necessidade de substituir os sistemas de controle
(adotados pelo trabalho físico, parcelado e executivo) pelos sistemas de motivação (adotados
pelo trabalho intelectual e criativo). São convencidos de que o trabalhador pós-industrial não
deve vender tempo, mas sim resultados". De Mási
Trabalhador Pós-Industrial
"Na sociedade pós-industrial, demanda-se um trabalhador comunicativo, participativo,
polivalente, flexível, e que acima de tudo com o seu conhecimento enriqueça o processo
produtivo. A capacidade de interação, de iniciativa, de disponibilidade, de ativação, é
requerente no modo de ser no trabalho..." (Cesar Sanson)
Crise dos Paradigmas
A integração do conhecimento humano é inerente ao processo mental humano. E mais, é
natural. A perda dessa capacidade se deu pela exercitação mental conduzida por um processo
tecnicista e mecanicista. Logo o caminho inverso só pode ser feito pela via oposta, usando-se o
próprio ser humano como veículo de aprendizagem e de vivência do novo paradigma e da
explicação do seu produto: o saber plural.
Aprender a Conhecer
•Ter um acesso inteligente aos saberes de nossa época e questionar e recusar respostas pré-
fabricadas.
•Resistência a fatos, a imagens, a representações e a formalizações fixas...
•Estabelecer pontes - entre os diferentes saberes, entre estes saberes e seus significados para
nossa vida cotidiana.
Aprender a Fazer
•Aquisição consistente de uma especialização, porém, uma profissão ligada aos fios que a
ligam a outras profissões.
•Fazer como criar, sentir suas potencialidades - o contrário do tédio de quem faz por
obrigação.
Educação Transdisciplinar
•Cultura transdisciplinar – uma educação que leve em conta todas as dimensões do ser
humano.
•Toda nossa vida individual e social é estruturada pela educação.
•Um novo tipo de educação fundado em quatro pilares:
Reformas da Inteligência
Reformulando a inteligência: uma inteligência baseada no equilíbrio entre a inteligência
analítica, os sentimentos e o corpo. Somente assim a sociedade do século XXI poderá conciliar
efetividade e afetividade.
Ética X Moral
•A arte do Bem e do Belo Viver.
•Moral - uma cultura institui formal e informalmente leis, normas, regras, costumes, tradições,
padrões...
•A Ética reclama liberdade, vontade, criatividade e responsabilidade, inclusive para tensionar a
Moral...
Constituintes Éticos
•Consciência (de si e dos outros);
•Vontade/Capacidade em praticar;
•Responsabilidade (compromisso com a qualidade criativa das ações);
•Liberdade (autonomia nos gestos).
•Relação intersubjetiva: promover a ação (inter) ativa com o Outro.
•Os fins e os meios devem ser éticos.
Ética da Alteridade
•Abandono dos discursos pré-fabricados - interesses destinados à manipulação.
•Assumir a condição de crises pessoais e sociais, pois somente ao experimentar a crise será
possível o contato da pessoa consigo mesma e com o outro.
Ética da Alteridade
•Abandono dos discursos pré-fabricados - interesses destinados à manipulação.
•Assumir a condição de crises pessoais e sociais, pois somente ao experimentar a crise será
possível o contato da pessoa consigo mesma e com o outro.
Aproveitar a riqueza da diversidade e da diferença para se construir um discurso ético como
um diálogo, de todos com todos, de todos com o mundo e de todos consigo mesmos. Todas as
vezes que a razão moderna leu o outro como uma instância de domínio e manipulação, gerou-
se no mínimo, um mal-estar civilizacional com inúmeras mortes. (...)
Cultura e Humanização
•A cultura é um processo de auto liberação progressiva do homem, o que o caracteriza como
um ser de mutação, um ser de projeto, que se faz à medida que transcende, que ultrapassa a
própria experiência.
•A capacidade do homem de produzir sua própria história.
Etnocentrismo
Não é só o fato de preferir a própria cultura que constitui o que se convencionou chamar de
etnocentrismo, e sim o preconceito acrítico em favor do próprio grupo e uma visão distorcida
e preconceituosa em relação aos demais. O etnocentrismo é um fenômeno sutil, que se
manifesta através de omissões, seleção de acontecimentos ..., enunciado de um sistema de
valores particular etc.
Formação Estética
"A formação para a experiência estética passa pela ampliação da capacidade perceptiva, pela
dotação de uma certa competência nas diferentes linguagens que permitam, justamente pela
familiarização que se produz, uma suspensão dos juízos explicativos, abrindo espaço para a
fruição e a experiência desinteressada, para a abertura aos efeitos que o objeto ou o
acontecimento podem produzir (...)”
Atitude Estética
"A atitude estética é uma atitude desinteressada, é uma abertura, uma disponibilidade não
tanto para a coisa ou o acontecimento “em si”, naquilo que ele tem de consistência, mas para
os efeitos que ele produz em mim, na minha percepção, no meu sentimento".
Experiência Estética
“A formação para a experiência estética passa pela ampliação da capacidade perceptiva, pela
dotação de uma certa competência nas diferentes linguagens que permitam, justamente pela
familiarização que se produz, uma suspensão dos juízos explicativos, abrindo espaço para a
fruição e a experiência desinteressada, para a abertura aos efeitos que o objeto ou o
acontecimento podem produzir o de criação."
“Do encontro e do arranjo entre sujeito e objeto ou acontecimento resulta algo que ainda não
existia, resulta um efeito novo: um sentimento, um gosto, um estado que apenas existia
enquanto possibilidade, como porvir. Ao entrar em jogo com o objeto ou o acontecimento,
eles deixam de ser exteriores ao sujeito e passam a constituir o campo da experiência. E é aí
que começa a criação, a experiência estética".