Apostila+de+MS 2sem2022
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curiosos como para tornar mais fáceis todas as artes e diminuir o trabalho dos homens.”
René Descartes
SUMÁRIO:
Referências 283
1
1.1. DIFERENCIAL
Na disciplina de Modelagem e Simulação do Mundo Físico, estudou-se que diferencial da função 𝑦 = 𝑓(𝑥),
contínua e derivável no intervalo [a,b], denotada por dy, tal que se 𝛥𝑦 = 𝑓(𝑥 + 𝛥𝑥) − 𝑓(𝑥), então 𝑑𝑦 =
lim ∆𝑦.
∆ →
INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA
f(x+Δx)
Considere:
1.2. PRIMITIVA
Uma função derivável 𝐹(𝑥), denomina-se primitiva (ou antiderivada) de uma outra função 𝑓(𝑥) em um
intervalo [𝑎, 𝑏], se e somente se,
PRIMITIVA DIFERENCIAL
𝐹(𝑥) = 𝑥 + 1 𝑑𝑦 = 2𝑥 𝑑𝑥
𝐹(𝑥) = 𝑥 − 9 𝑑𝑦 = 2𝑥 𝑑𝑥
𝐹(𝑥) = 𝑥 + 𝑐 𝑑𝑦 = 2𝑥 𝑑𝑥
Note que as primitivas dadas diferem apenas no termo constante e têm a mesma diferencial.
Portanto, dada a diferencial 𝑑𝑦 = 2𝑥𝑑𝑥 pode-se encontrar infinitas primitivas que a produziram, através da
relação inversa. Pode-se observar este fato no gráfico seguinte:
a) 𝑑𝑦 = 𝑑𝑥
b) 𝑑𝑦 = (𝑒 )𝑑𝑥
c) 𝑑𝑦 = (cos 𝑥)𝑑𝑥
3
A integração é a operação que resulta a função quando conhecemos sua diferencial. Ilustrando, tem-se:
dy
x2 + 1
x2
x2 - 9 2x
x2 + c
Definição: Se 𝐹(𝑥) é uma primitiva de 𝑓(𝑥), a expressão 𝐹(𝑥) + 𝑐 é denominada de integral indefinida da
função 𝑓(𝑥) e é denotada por:
𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = 𝐹(𝑥) + 𝑐
Onde:
∫ sinal de integração
𝑐 constante de integração
O processo que permite obter a integral indefinida de uma função é denominado integração.
Verificação: Da definição da integral indefinida decorre a verificação se a função obtida 𝐹(𝑥) está correta
através do processo de derivação, ou seja:
𝐹′(𝑥) = 𝑓(𝑥)
Podemos montar uma tabela de integrais, chamada integrais imediatas, a partir das derivadas das funções
elementares.
4
a) ∫ 𝑥 𝑑𝑥 =
𝑚 ≠ −1
b) ∫ 𝑑𝑥 =
c) ∫ 𝑒 𝑑𝑥 =
d) ∫ 𝑎 𝑑𝑥 =
e) ∫ 𝑠𝑒𝑛 𝑥 𝑑𝑥 =
f) ∫ cos 𝑥 𝑑𝑥 =
g) ∫ 𝑠𝑒𝑐 𝑥 𝑑𝑥 =
h) ∫ 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 𝑥 𝑑𝑥 =
i) ∫ sec 𝑥 𝑡𝑔 𝑥 𝑑𝑥 =
j) ∫ 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 𝑥 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝑥 𝑑𝑥 =
k) ∫ √ 𝑑𝑥 =
l) ∫ 𝑑𝑥 =
5
Propriedade 1: Uma integral não se altera quando um fator 𝑚 ∈ ℝ, constante, é considerado antes ou depois
do sinal da integral. Assim:
𝑚 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = 𝑚 𝑓(𝑥)𝑑𝑥
Propriedade 2: A integral de uma soma de diferenciais é igual à soma das integrais destas diferenciais. Assim:
(𝑥 + 5𝑥 − 6)𝑑𝑥 = 𝑥 𝑑𝑥 + 5 𝑥𝑑𝑥 − 6 𝑑𝑥
Observação: Além de utilizar as propriedades e a tabela de integrais imediatas, podem ser feitas
manipulações algébricas, com o objetivo de obter funções mais simples, as quais as integrais são conhecidas.
Exemplo 7: Faça as manipulações algébricas necessárias para calcular as integrais indefinidas a seguir:
1
𝑎) 𝑥² + 𝑑𝑥
3𝑥
𝑥 +3
𝑏) 𝑑𝑥
𝑥²
𝑠𝑒𝑐²𝑥
𝑐) 𝑑𝑥
𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 𝑥
6
𝑠𝑒𝑐 𝑢 . 𝑡𝑔 𝑢 𝑑𝑢 = 𝑠𝑒𝑐 𝑢 + 𝑐
𝑑 𝑑
16 𝑦 = 𝑠𝑒𝑐 𝑢 (𝑠𝑒𝑐 𝑢) = sec 𝑢 . 𝑡𝑔 𝑢. (𝑢)
𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑠𝑒𝑐 𝑢 𝑑𝑢 = 𝑙𝑛|𝑠𝑒𝑐 𝑢 + 𝑡𝑔 𝑢| + 𝑐
𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 𝑢 𝑑𝑢 = −𝑐𝑜𝑡𝑔 𝑢 + 𝑐
𝑑 𝑑
18 𝑦 = 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝑢 (𝑐𝑜𝑡𝑔 𝑢) = −cossec 𝑢 . (𝑢)
𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝑢 𝑑𝑢 = 𝑙𝑛|𝑠𝑒𝑛 𝑢| + 𝑐
𝑑 1 𝑑
19 𝑦 = 𝑎𝑟𝑐 𝑠𝑒𝑛 𝑢 (𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 𝑢) = . (𝑢) 1 𝑢
𝑑𝑥 1 − 𝑢² 𝑑𝑥 𝑑𝑢 = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 +𝑐
√𝑎 − 𝑢 𝑎
1
𝑑 −1 𝑑 𝑑𝑢 = 𝑙𝑛 𝑢 + 𝑢 ± 𝑎² + 𝑐
20 𝑦 = 𝑎𝑟𝑐 𝑐𝑜𝑠 𝑢 (𝑎𝑟𝑐𝑐𝑜𝑠 𝑢) = . (𝑢) 𝑢 ± 𝑎²
𝑑𝑥 1 − 𝑢² 𝑑𝑥
𝑑 1 𝑑
21 𝑦 = 𝑎𝑟𝑐 𝑡𝑔 𝑢 (𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 𝑢) = . (𝑢) 1 1 𝑢
𝑑𝑥 1 + 𝑢² 𝑑𝑥 𝑑𝑢 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 +𝑐
𝑢 +𝑎 𝑎 𝑎
𝑑 −1 𝑑 1 1 𝑢−𝑎
22 𝑦 = 𝑎𝑟𝑐 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝑢 (𝑎𝑟𝑐𝑐𝑜𝑡𝑔 𝑢) = . (𝑢) 𝑑𝑢 = 𝑙𝑛 +𝑐
𝑑𝑥 1 + 𝑢² 𝑑𝑥 𝑢 −𝑎 2𝑎 𝑢+𝑎
𝑑 1 𝑑
23 𝑦 = 𝑎𝑟𝑐 𝑠𝑒𝑐 𝑢 (𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑐 𝑢) = . (𝑢)
𝑑𝑥 𝑢√𝑢 − 1 𝑑𝑥 1 1 𝑢
𝑑𝑢 = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑐 +𝑐
𝑑 −1 𝑑 𝑢√𝑢 − 𝑎 𝑎 𝑎
24 𝑦 = 𝑎𝑟𝑐 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 𝑢 (𝑎𝑟𝑐𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 𝑢) = . (𝑢)
𝑑𝑥 𝑢√𝑢 − 1 𝑑𝑥
7
Exemplo 8: Determine uma função 𝑦 = 𝑓(𝑥) cuja derivada é 𝑓 (𝑥) = 2𝑥 no ponto 𝑃(1,1)?
f‘(x) = 2x F(x) = ?
Exemplo 9: Uma pedra é arremessada verticalmente para cima do terraço de um edifício com velocidade
inicial de 10 𝑚/𝑠. O prédio tem 50 𝑚 de altura. A função da velocidade deste lançamento (sem resistência
do ar) é dada por 𝑣 = 10 – 9,8𝑡. Obtenha a função da posição 𝑦 = 𝑓(𝑡).
EXERCÍCIOS:
1. Resolva as integrais a seguir e verifique a solução utilizando a derivada.
a. ∫ 𝑥 𝑑𝑥
b. ∫ √𝑥𝑑𝑥
c. ∫(𝑥 + 3𝑒 )𝑑𝑥
d. ∫ 𝑑𝑥
e. ∫ 𝑑𝑥
a. ∫ ²
𝑑𝑥
b. ∫ 8(𝑥 − 2) 𝑥+ 𝑑𝑥
c. ∫ ²
𝑑𝑥
d. ∫(cos 𝑥 tg 𝑥)𝑑𝑥
e. ∫ 𝑡𝑔 𝑥 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 𝑥 𝑑𝑥
f. ∫ 𝑠𝑒𝑐 𝑥 (𝑐𝑜𝑠 𝑥 + 1) 𝑑𝑥
g. ∫ 𝑑𝑥
h. ∫(𝑥 − 1) (𝑥 + 1) 𝑑𝑥
a) ∫ (3𝑥 + 4𝑥 + 8)𝑑𝑥 = + 2𝑥 + 8𝑥 +c
b) ∫ 𝑑𝑥 = − +𝑐
c) ∫ 𝑎𝑥 𝑑𝑥 = 𝑎𝑥 + 𝑐
d) ∫ − + 3𝑐 𝑑𝑥 = 2𝑎 𝑙𝑛|𝑥| + + 3𝑐𝑥 + 𝑘
e) ∫(2𝑥 − 4) 𝑑𝑥 = − 4𝑥 + 16𝑥 + 𝑐
f) ∫ 𝑥 + 𝑑𝑥 = − +𝑐
g) ∫ √𝑥 + 𝑑𝑥 = √𝑥 + 2√𝑥 + 𝐶
√
h) ∫ 𝑑𝑡 = − + 𝑐
i) ∫(1 − 𝑥)√𝑥 𝑑𝑥 = √𝑥 − √𝑥 + 𝑐
j) ∫ 𝑑𝑥 = +𝑐
k) ∫ √𝑥(3𝑥 − 2)𝑑𝑥 = 𝑥 /
− 𝑥 /
+𝑐
l) ∫(𝑥 − 1) 𝑑𝑥 = − +𝑥+𝑐
m) ∫ 10 𝑑𝑥 = +𝑐
11
8. Em um ponto qualquer 𝑃(𝑥, 𝑦) de uma determinada curva, a reta tangente à mesma tem uma inclinação
igual a 4𝑥 – 5. Sabendo que a curva contém o ponto (3,7), determine a equação da curva.
9. Um tanque tem o seu volume de água V, em m3, dado em função da altura h da água no mesmo. Sendo
conhecido que a taxa de variação de V em relação a h é (3h – 2), e sabendo que quando a altura da água
é 1 m, existem no tanque 3 m3 de água, determine o volume de água no tanque quando a altura for de
3 m.
10. Uma partícula desloca-se sobre o eixo Ox com velocidade v(t) = t2 – 1, t ≥ 0. No instante t = 0 a partícula
encontra-se na posição x = - 1 m. Qual a posição da partícula no instante t = 3 s?
11. O aumento da população de um certo tipo de bactérias está sendo estudado em um laboratório,
inicialmente foram colocadas 3000 bactérias em uma placa de Petri, após 2 horas a população inicial havia
triplicado. Se a taxa de crescimento dessa cultura de bactérias é proporcional ao número de bactérias
presentes num dado instante. Determine a função da população P em função do tempo t.
12. Obter uma primitiva F(x) da função 𝑓(𝑥) = + 1 que se anule no ponto x = 2.
13. Joga-se uma pedra verticalmente para cima de um telhado a 30 m do solo, com velocidade inicial de 5
m/s. Desprezando a resistência do ar e sabendo-se que a aceleração da gravidade vale 9,8 m/s2. Sabe-se
também que 𝑣 = e𝑎 = . Determine:
a. A função v(t) que dá a velocidade da pedra após t segundos.
b. A função y(t) que dá a posição da pedra após t segundos.
y(t)
12
Respostas:
/
1.a) +𝑐 b) +𝑐 c) +3𝑒 +𝑐 d) + ln 𝑥 + 𝑐 e) 𝑠𝑒𝑛 𝑥 + 𝑐
/ /
3. a) − + 𝑐 b) − + 𝑥 c) +𝑐 d) − +𝑐 e) ln 𝑥 + 𝑐 f) 3𝑥 /
+𝑐
6. 𝑣 = 𝑡 + 𝑡
7. = 𝑘𝑦(1 − 𝑦)
8. 𝑓(𝑥) = 2𝑥 – 5𝑥 + 4
9. 11 𝑚
10. 5 𝑚
11. 𝑃 = 3000. 𝑒 ,
12. 𝐹(𝑥) = − + 𝑥 −
13.
a. 𝑣(𝑡) = 5 − 9,8𝑡
b. 𝑎(𝑡) = 30 + 5𝑡 − 4,9𝑡
13
Mudanças na integral:
A origem do Cálculo integral remonta a mais de 2000 anos, quando os gregos tentavam resolver o problema
da determinação de áreas por um processo que designaram de método da exaustão. Este método auxiliava
os cálculos de áreas de figuras sem lados bem definidos, consistindo na subdivisão da região desejada em
formas que se tinha conhecimento de como calcular suas áreas (triângulos, trapézios etc.). O método da
exaustão, muito tempo depois, foi potencializado por grandes matemáticos como Isaac Newton (1643-1727),
Gottfried Wilhelm Leibniz (1646-1716) e Bernhard Riemann (1826-1866) e hoje temos o chamado Cálculo
Integral, ferramenta com inúmeras aplicações em todo os ramos de conhecimento humano, especialmente
nas engenharias.
As áreas de algumas figuras geométricas, tais como polígonos (triângulos, quadriláteros e etc.) podem ser
calculadas através de fórmulas:
Entretanto, em alguns casos, como quando se quer determinar a área delimitada por uma curva como y = x2
no intervalo de x = 0 até x = 1 e o eixo Ox, não é possível utilizar uma fórmula geométrica. Neste caso,
necessitamos de outra ferramenta matemática.
1
14
𝑓(𝑥) = 𝑥²
c) Desenhe os retângulos nos seguintes subintervalos [0; 0,25], [0,25; 0,5], [0,5; 0,75] e [0,75; 1], cujas
alturas correspondem a função no ponto extremo à direita, ou seja, 𝑓(0,25), 𝑓(0,5), 𝑓(0,75) e 𝑓(1).
d) Calcule a área de cada retângulo desenhado sobre o gráfico, utilizando a seguinte notação:
Base dos retângulos 𝛥𝑥 = = 0,25
Altura de cada retângulo ℎ = (𝑥 ) , com xi variando de 0 a 1, e i = 0, 1 , 2 , 3 e 4.
𝐴 = (𝑥 ) . 𝛥𝑥 𝐴 = (𝑥 ) . 𝛥𝑥 𝐴 = (𝑥 ) . 𝛥𝑥 𝐴 = (𝑥 ) . 𝛥𝑥
Área total:
A1 = A2 = A3 = A4 = At =
e) O valor obtido representa a área exata da região no intervalo [0,1]? Justifique sua resposta.
15
Analisando a área limitada pela parábola 𝑦 = 𝑥 no intervalo de 𝑥 = 0 até 𝑥 = 1 e o eixo 0x, e realizando
o cálculo aproximado por n retângulos, usando a altura a função no ponto extremo direito, tem-se:
x x x
x x x
x x
Analisando o número de retângulos e o valor da área, o que pode ser afirmado sobre a área limitada?
16
Definição: A área A da região S que está sob o gráfico de uma função contínua 𝑓 é o limite da soma das áreas
dos retângulos aproximantes 𝐴 :
𝐴 = lim → 𝐴 â = lim → 𝑓(𝑥 )∆𝑥 = lim → 𝑓(𝑥 )∆𝑥 + 𝑓(𝑥 )∆𝑥 + ⋯ + 𝑓(𝑥 )∆𝑥
Exemplo 2: Aplicando a definição de área para o exemplo 1, dividindo o intervalo [0,1] em n retângulos,
temos:
𝑓(𝑥) = 𝑥²
𝑏−𝑎 1
∆𝑥 = =
𝑛 𝑛
Para simplificar o processo, considera-se a altura 𝑓(𝑥) no extremo direito:
1 1 2 1 𝑛 1
= lim → 𝑓 +𝑓 + ⋯+ 𝑓
𝑛 𝑛 𝑛 𝑛 𝑛 𝑛
1 1 2 1 𝑛 1
= lim → + +⋯+
𝑛 𝑛 𝑛 𝑛 𝑛 𝑛
1 1
= lim → . (1 + 2 + ⋯ + 𝑛²)
𝑛 𝑛²
Pode-se reescrever que a soma dos quadrados dos n primeiros inteiros positivos é dada por:
𝑛(𝑛 + 1)(2𝑛 + 1)
1 + 2 + ⋯+ 𝑛 =
6
Assim,
1 1 𝑛(𝑛 + 1)(2𝑛 + 1)
𝐴 = lim → .
𝑛 𝑛² 6
Reescrevendo a expressão e simplificando o que é possível, tem-se:
1 1 𝑛(𝑛 + 1)(2𝑛 + 1) 2𝑛 + 3𝑛 + 1
𝐴 = lim → . = lim →
𝑛 𝑛² 6 6𝑛²
Usando a regra de L’Hospital:
2𝑛 + 3𝑛 + 1 4𝑛 + 3 4 1
lim → = 𝐿′𝐻𝑜𝑠𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 = lim → = 𝐿′𝐻𝑜𝑠𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 = lim → =
6𝑛² 12𝑛 12 3
Exemplo 3: Calcular a área delimitada pela reta 𝑦 = 2𝑥, pelo eixo 0x no intervalo [0,5].
𝑥 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0
𝑓(𝑥) = 2𝑥 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
b) Preenchendo a tabela, na linha 𝑥 sendo o ponto médio do intervalo dado, e calculando a imagem 𝑓(𝑐 )
destes pontos:
𝑓(𝑥 ) 1 3 5 7 9
c) Calculando a área de cada retângulo formado, sendo que A1 é a área do retângulo com base sobre [0,1] e
altura 𝑓(0,5).
A1 = 1 A2 = 3 A3 = 5 A4 = 7 A5 = 9 Ai = 25
d) Calculando a área delimitada pela reta 𝑦 = 2𝑥, pelo eixo 0x no intervalo [0,5], usando a fórmula da área
do triângulo no intervalo [0,5].
𝑏. ℎ 5.10
𝐴= = = 25
2 2
e) Por que a área calculada através de retângulos resultou igual a área calculada por geometria? Sugestão,
analise a partir do gráfico.
5𝑖 5(𝑖 − 1)
+ 5 10𝑖 − 5 5
𝐴 = lim → 𝑓(𝑥 )∆𝑥 = lim → 𝑓 𝑛 𝑛 . = lim → 𝑓 .
2 𝑛 2𝑛 𝑛
2(10𝑖 − 5) 5 25
𝐴 = lim → . = lim → . (10𝑖 − 5)
2𝑛 𝑛 𝑛
18
Seja 𝑦 = 𝑓(𝑥) uma função definida em [𝑎, 𝑏]. Seja uma partição 𝑃 = [𝑥 , 𝑥 ], [𝑥 , 𝑥 ], . . . , [𝑥 , 𝑥 ] onde
𝑥 = 𝑎 e 𝑥 = 𝑏. Selecionando o intervalo [𝑥 , 𝑥 ], onde 𝑥 = 𝑥 – 𝑥 . Em cada subintervalo da
partição 𝑃 constrói-se um retângulo.
O k-ésimo retângulo tem base 𝑥 e se estende até o ponto (𝑐 , 𝑓(𝑐 )) no gráfico de 𝑓(𝑥). A altura desse
retângulo é |𝑓(𝑐 )| e sua área é: 𝛥𝐴 = |𝑓(𝑐 )| 𝛥𝑥 . A soma ∑ 𝛥𝐴 é chamada de soma de Riemann. Esta
soma representa a área aproximada entre o eixo 0x e função 𝑓(𝑥), desde que a função 𝑓 esteja acima do eixo
0x, em [𝑎, 𝑏].
Para obter a área exata é necessário fazer 𝛥𝑥 → 0 (base do retângulo tende a zero) ou 𝑛 → ∞ (o número de
retângulos tende a infinito) na soma de Riemann, ou seja, 𝐴 = 𝑙𝑖𝑚 ∑ 𝑓(𝑐 ) 𝛥𝑥 .
→
O cálculo da integral definida é simplificado utilizando o Teorema Fundamental do Cálculo, desde que
satisfaça a condição de continuidade.
Observação: Quando 𝑓(𝑥) é contínua por partes e positiva em [𝑎, 𝑏], interpretamos a integral definida como
a área entre o eixo 𝑥 e o gráfico. Se for negativa, para calcular a área é necessário avaliar a função por
intervalos.
1
Georg Friedrich Riemann (1826-1866)
19
𝑥 1 0 1 7
4. (𝑥 + 3)𝑑𝑥 = + 3𝑥 = + 3.1 − + 3.0 = +3=
2 2 2 2 2
5. (𝑥 + 𝑥 − 3)𝑑𝑥
1
6. 𝑑𝑥
√1 − 𝑥
7. 𝑐𝑜𝑠 𝑥 𝑑𝑥
20
𝑑
𝑓(𝑡)𝑑𝑡 = 𝑓(𝑥)
𝑑𝑥
Em particular,
𝐴 (2) = √1 + 2³ = √1 + 8 = √9 = 3 e
𝐴(2) = 1 + 𝑡³𝑑𝑡 = 0
Pela TFC – parte 02, se começarmos com uma função contínua 𝑓(𝑥) e formarmos a integral ∫ 𝑓(𝑡)𝑑𝑡, então
obteremos de volta a função original f(x) por derivação:
𝑑
𝑓(𝑥) → 𝑓(𝑡)𝑑𝑡 → 𝑓(𝑡)𝑑𝑡 = 𝑓(𝑥)
𝑑𝑥
Por outro lado, pelo TFC – parte 01, se primeiro derivarmos 𝑓(𝑥) e depois integrarmos, também voltamos a
obter 𝑓(𝑥), exceto pela constante de integração.
Observação: A parte 02 do TFC parece menos útil do que a parte 01, pois não nos ajuda a calcular as integrais
diretamente. Porém, responde a uma pergunta básica: Qualquer função contínua 𝑓(𝑥) tem uma
antiderivada? Pelo teorema, a resposta é sim.
²
Exemplo 9: A antiderivada de 𝑒 é ∫ 𝑒 ² 𝑑𝑡, mesmo que não saibamos integrar essa função.
21
Além das propriedades de linearidade, que são válidas para integrais indefinidas, a saber:
𝑘. 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = 𝑘 𝑓(𝑥)𝑑𝑥
𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = 0
𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = − 𝑓(𝑥)𝑑𝑥
Exemplos:
2𝑥, 𝑠𝑒 𝑥 < 2
10. Aplique a propriedade 3 para ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥, onde 𝑓(𝑥) = 2 , 𝑠𝑒 2 ≤ 𝑥 < 3
𝑐𝑜𝑠 , 𝑠𝑒 𝑥 ≥ 3
𝜋𝑥
𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = 2𝑥 𝑑𝑥 + 2 𝑑𝑥 + 𝑐𝑜𝑠 𝑑𝑥
6
11. Calcule
|𝑥 − 1|𝑑𝑥
𝑥 − 1, 𝑠𝑒 𝑥 ≥ 1
Lembre-se que a função modular pode ser escrita como: |𝑥 − 1| = .
−(𝑥 − 1), 𝑠𝑒𝑥 < 1
22
EXERCÍCIOS:
1. Utilizando as propriedades de integral definida e supondo que:
∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = 5 e ∫ 𝑔(𝑥)𝑑𝑥 = 12
Determine:
a) ∫ 𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥)𝑑𝑥
b) ∫ 𝑔(𝑥)𝑑𝑥
c) ∫ 𝑓(𝑥) + 4𝑔(𝑥)𝑑𝑥
d) ∫ 3𝑓(𝑥) − 5𝑔(𝑥)𝑑𝑥
a) ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 + ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥
b) ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 − ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥
c) ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 − ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥
d) ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 + ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥
e) ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 + ∫ 𝑔(𝑥)𝑑𝑥
3. Calcule as integrais, lembre-se que a função módulo deve ser escrita em várias sentenças:
a) ∫ |3 − 𝑥|𝑑𝑥
b) ∫ |2𝑥 − 4|𝑑𝑥
c) ∫ |𝑥² − 1|𝑑𝑥
d) ∫ |𝑥³|𝑑𝑥
23
4. Calcule as integrais:
a) ∫ 𝑥 𝑑𝑥
b) ∫ 𝑥³𝑑𝑥
c) ∫ (2𝑥 − 𝑥³)𝑑𝑥
d) ∫ − ³
𝑑𝑥
e) ∫ 𝑑𝑥
√
f) ∫ 𝑑𝑥
g) ∫ (2 − 𝑥) 𝑑𝑥
h) ∫ (1 − 𝑡 )𝑡 𝑑𝑡
5. Considere a figura a seguir, verifique que as duas partes do gráfico são semicírculos:
a) ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥
b) ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥
c) ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥
d) ∫ |𝑓(𝑥)|𝑑𝑥
24
6. Analisando a área representada. Indique as integrais positivas e negativas e calcule as áreas, verifique se o
sinal está coerente com a integral.
a) ∫ (𝑥 − 𝑥²)𝑑𝑥
b) ∫ 𝑠𝑒𝑛 𝑥 𝑑𝑥
Respostas:
1. a) 17 b) -12 c) 53 d) 45
e) ∫ 𝑔(𝑥) − 𝑓(𝑥)𝑑𝑥
3. a) 9 b) 2 c) 2 d)
4. a) b) 0 c) d)
e) 2 f) 𝜋 g) h) −
5. a) − b) c) d)
6. a) ∫ (𝑥 − 𝑥²)𝑑𝑥 = − e 𝐴 = 1 𝑢𝑎 b) ∫ 𝑠𝑒𝑛 𝑥 𝑑𝑥 = −2 e 𝐴 = 2 𝑢𝑎
25
𝐴= 𝑓(𝑥)𝑑𝑥
Vale ressaltar que a integral definida no intervalo [𝑎, 𝑏] somente representa a área entre a função 𝑓(𝑥) e o
eixo x, se a função for positiva.
Para determinar áreas, é possível integrar em relação a x e a y. Essa escolha depende da área, como pode ser
observado nas figuras a seguir:
𝐴 = ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 𝐴 = ∫ 𝑓(𝑦)𝑑𝑦
Exemplo 12: A área definida pela função 𝑓(𝑥) = 𝑥 + 3𝑥 − 3, o eixo x e as retas 𝑥 = 2 e o eixo y, pode ser
Analisando o gráfico da função, percebe-se que uma parte da função está abaixo do eixo x. O que esse fato
pode afetar o cálculo da área?
A área deve ser expressa como uma soma de áreas, na qual a área abaixo do eixo
√
x é considerada negativa. Sabendo que a raiz que corta o eixo x é 𝑥 =
Exemplos
13. Considere a área delimitada pelas retas 𝑥 = , 𝑥 = − , 𝑦 = 0 e a função 𝑦 = 𝑠𝑒𝑐 𝑥, conforme a figura:
a) Calcule a área.
14. Considere a área delimitada pelo eixo dos 𝑦 e pela curva 𝑥 = 3𝑦 + 2 e pelas retas 𝑦 = −1 e 𝑦 = 2.
a) Calcule a área.
Seja S a região do plano delimitada pelas curvas 𝑦 = 𝑓(𝑥) e 𝑦 = 𝑔(𝑥) e as retas verticais 𝑥 = 𝑎 e 𝑥 = 𝑏, onde
𝑓 e 𝑔 são funções contínuas tais que 𝑓(𝑥) ≥ 𝑔(𝑥) para todo 𝑥 ∈ [𝑎, 𝑏].
As figuras abaixo ilustram essas aproximações nos casos em que 𝑛 = 5, 𝑛 = 10 e 𝑛 = 20, respectivamente.
Intuitivamente, a aproximação melhora à medida que a quantidade de retângulos aumenta. Deste modo, a
área da região S é dada pelo seguinte limite:
𝐴= [𝑓(𝑥) − 𝑔(𝑥)]𝑑𝑥
De forma análoga, seja S a região do plano delimitada pelas curvas 𝑥 = 𝑓(𝑦) e 𝑥 = 𝑔(𝑦) e as retas horizontais
𝑦 = 𝑐 e 𝑦 = 𝑑, onde 𝑓 e 𝑔 são funções contínuas tais que 𝑓(𝑦) ≥ 𝑔(𝑦) para todo 𝑦 ∈ [𝑐, 𝑑]. A área pode ser
calculada
𝐴= [𝑓(𝑦) − 𝑔(𝑦)]𝑑𝑦
Exemplos
a) Calcule a área
Definição: Uma função f é denominada par quando 𝑓(−𝑥) = 𝑓(𝑥), para todo x do 𝐷(𝑓), ou seja, o gráfico
possui simetria em relação ao eixo y.
𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = 2 𝑓(𝑥)𝑑𝑥
Definição: Uma função f é denominada ímpar quando 𝑓(−𝑥) = −𝑓(𝑥), para todo x do 𝐷(𝑓), ou seja, o
gráfico possui simetria em relação à origem.
𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = 0
y
Exemplo 17:
𝑡𝑔 𝑥 𝑑𝑥 = 0
Devido a 𝑓(𝑥) = 𝑡𝑔 𝑥 ser uma função ímpar.
Observação: Essas propriedades simplificam as integrais, mas é necessário ter conhecimento sobre a função
ser par ou ímpar. Para o cálculo de área deve-se analisar o sinal da função.
30
Exemplo 19: Considere a região limitada entre o eixo Ox e a curva y(x) = sen x, no intervalo [-,].
y
Exemplo 20: A integral representa uma área, utilize o esboço da função para sombrear a região contemplada.
𝑎) (1 + 2𝑥) 𝑑𝑥
𝑏) ∫ (1 + 9 − 𝑥²) 𝑑𝑥
𝑐) |𝑥| 𝑑𝑥
32
EXERCÍCIOS:
a)
b)
c)
( )
5. Prove que a área do trapézio é dada por 𝐴 =
y
b )
h x
10. Calcular a área da região R limitada pelos gráficos das equações 𝑦 = 𝑥 − 4 e 𝑦 = 2𝑥.
11. Calcule a área delimitada pelas curvas 𝑦 = 8𝑥, 𝑦 = 𝑥 e 𝑦 = ². Verifique que nesse caso é necessário
dividir a área em duas partes.
34
Respostas:
1. a) u.a.
1. b) 102 u.a.
1. c) u.a.
2. u.a
3. u.a
4. a)
4. b) u.a.
6. u.a.
7. 8 u.a.
8. u.a.
9. u.a.
10. 18 u.a.
11. 6 u.a.
35
(2𝑥 + 1) = 2𝑥 + 1
(2𝑥 + 1) = 4𝑥 + 4𝑥 + 1
(2𝑥 + 1) = 8𝑥 + 12𝑥 + 6𝑥 + 1
1 1 1
(𝟐𝒙 + 𝟏)𝟏 𝒅𝒙 = 𝑥 + 𝑥 + 𝑐 = 𝑥 + 𝑥 + + 𝑐 = (4𝑥 + 4𝑥 + 1) + 𝑐 = (2𝑥 + 1) + 𝑐
4 4 4
4 4 1
(𝟐𝒙 + 𝟏)𝟐 𝒅𝒙 = (4𝑥 + 4𝑥 + 1 )𝑑𝑥 =
𝑥 + 2𝑥 + 𝑥 + 𝑐 = 𝑥 + 2𝑥 + 𝑥 + + 𝑐
3 3 6
1 1 1 1
= 4𝑥 + 6𝑥 + 3𝑥 + + 𝑐 = (8𝑥 + 12𝑥 + 6𝑥 + 1) + 𝑐 = (2𝑥 + 1) + 𝑐
3 2 6 6
(𝟐𝒙 + 𝟏)𝟏𝟎𝟎 𝒅𝒙 =
36
Sejam 𝑓(𝑥) e 𝐹(𝑥) duas funções tais que 𝐹 (𝑥) = 𝑓(𝑥). Supondo que 𝑔 seja uma função derivável tal que a
imagem de 𝑔 esteja contida no domínio de 𝐹. Pode-se considerar a função composta 𝐹°𝑔.
Desta forma,
Observação: Após a integração é necessário fazer a substituição para voltar a variável 𝑥, ou seja, 𝑢 = 𝑔(𝑥).
EXEMPLO 1: Calcule as integrais indefinidas usando a mudança de variável adequada para tornar a integral
mais simples e verifique se o resultado obtido está correto, usando derivadas:
𝑎. (3𝑥 + 1) 𝑑𝑥
𝑥
𝑏. 𝑑𝑥
𝑥 +1
37
Supondo que 𝑔 seja uma função derivável em [a,b] e 𝑔′ seja contínua em [a,b] tal que:
Ou seja, é necessário fazer a mudança nos intervalos de integração. Após o cálculo da integral, aplica-se o
TFC direto, sem necessidade de refazer a substituição.
EXEMPLO 2: Calcule as integrais definidas usando a mudança de variável adequada para tornar a integral
mais simples.
𝑎) 𝑠𝑒𝑛 (5𝑥) 𝑑𝑥
1
𝑏) 𝑑𝑥
𝑥. ln 𝑥
38
Exemplo 3: Nem sempre durante a substituição todos os elementos são eliminados, então, é necessário isolar
um elemento e substituí-lo na sequência. Calcule a integral:
𝑥
𝑑𝑥
√𝑥 + 1
Exemplo 4: Para integrar algumas funções, pode ser necessário multiplicá-la por algum termo de modo a
transformá-la numa expressão que tenha alguma substituição imediata, consequentemente, seja mais fácil
de integrar. Calcule as integrais:
1
𝑎) 𝑑𝑥
e +1
𝑥
𝑏) 𝑑𝑥
√1 − 𝑥
Sugestão: Avalie bem a substituição.
39
𝑎) 𝑡𝑔 𝑥 𝑑𝑥
𝑐) 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝑥 𝑑𝑥
Substituindo 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝑥 =
𝑐𝑜𝑡𝑔 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑙𝑛|𝑠𝑒𝑛 𝑥| + 𝑐
40
𝑑) 𝑠𝑒𝑐 𝑥 𝑑𝑥
𝑒) 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 𝑥 𝑑𝑥
Nesse caso, a substituição 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 𝑥 = , não permite usar a substituição, como no item anterior.
.
Logo, ∫ 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 𝑥 𝑑𝑥 = ∫ 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 𝑥. 𝑑𝑥 = ∫ 𝑑𝑥
Portanto,
Observação: as integrais de 𝑡𝑔 𝑥, 𝑠𝑒𝑐 𝑥, 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝑥 e 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 𝑥 são integrais que precisam ser resolvidas usando
a mudança de variáveis.
41
Pode ser necessário ajustar o trinômio de duas formas para poder integrar:
a) Trinômio quadrado perfeito
Exemplos:
𝑥 + 2𝑥 + 1 = (𝑥 + 1)
𝑥 − 4𝑥 + 4 = (𝑥 − 2)
(𝑥 + 1)²
√
1 + 5𝑥 − 𝑥 = 1 − (𝑥 – 5𝑥) = 1 − 𝑥 − 5𝑥 + − = − 𝑥− 𝑎 − 𝑢²
𝑥−
Em seguida, ajustar o trinômio, de forma que se tenha um trinômio quadrado perfeito e o termo adicional
para que a expressão não se altere: 𝑥 − 4𝑥 + 4 − 4 = (𝑥 − 2) − 4.
2 1 𝑢 𝑥−2
𝑑𝑥 = 2 𝑑𝑢 = 2 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 + 𝑐 = 2 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 +𝑐
√5 + 4𝑥 − 𝑥 3² − 𝑢 3 3
Portanto, ∫ √ 𝑑𝑥 = 2 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 +𝑐
1
𝑏) 𝑑𝑥
𝑥 + 6𝑥 + 10
42
EXERCÍCIOS:
a) ∫ √2𝑥 − 1 𝑑𝑥
b) ∫ √ 𝑑𝑥
c) ∫(4𝑥 + 5) 𝑑𝑥
d) ∫ 𝑒 𝑑𝑥
e) ∫ 𝑑𝑥
f) ∫ 𝑐𝑜𝑠(8 𝑥) 𝑑𝑥
a) ∫ 𝑠𝑒𝑛 𝑥 𝑐𝑜𝑠𝑥 𝑑𝑥
b) ∫ √1 + 3𝑥 𝑑𝑥
c) ∫ 𝑑𝑥
√
d) ∫ √
𝑑𝑥
e) ∫ 𝑡𝑔(𝑥) 𝑑𝑥
43
a) b)
a) ∫ 𝑡𝑔 (5𝑥) 𝑑𝑥
b) ∫ 𝑐𝑜𝑡𝑔(5𝑥 + 2)𝑑𝑥
c) ∫ sec(2𝑥)𝑑𝑥
6. Resolva as seguintes integrais fazendo as mudanças de variáveis conforme a necessidade, que não são tão
obvias, em seguida, verifique o resultado usando derivadas:
/
a) ∫ 𝑑𝑥 = −𝑒 /
+𝑐
√ /
b) ∫ 𝑑𝑥 = 1 + √𝑥 +𝑐
√
√
c) ∫ 𝑑𝑥 = −2𝑐𝑜𝑠 √𝑥 + 𝑐
√
√
d) ∫ 𝑑𝑥 = 2𝑙𝑛 𝑠𝑒𝑐 √𝑥 + 𝑡𝑔 √𝑥 +𝑐
√
e) ∫ 𝑑𝑥 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔(𝑡𝑔𝑥) + 𝑐
f) ∫ √
= 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑐(𝑥 ) + 𝑐
√ √
g) ∫ 𝑑𝑥 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 +𝑐
√ √
h) ∫ 𝑑𝑥 = +𝑐
√
44
a) ∫ 𝑥 𝑒 + 2 𝑑𝑥 = 𝑒 +𝑥 +𝑐
b) ∫ 𝑎 𝑒 𝑑𝑥 = +𝑐
c) ∫ 𝑑𝑥 = (2 + 𝑙𝑛𝑥) + 𝑐
d) ∫ 𝑑𝑥 = 𝑥 + 𝑙𝑛(𝑥 + 1) + 𝑐
e) ∫ 𝑑𝑥 = + 𝑙𝑛(2𝑥 + 3) + 𝑐
f) ∫ 𝑑𝑥 = 𝑥 + 𝑙𝑛|𝑠𝑒𝑐𝑥| + 𝑐
g) ∫ .
= 𝑙𝑛|𝑠𝑒𝑛𝑥| + 𝑐
h) ∫ 𝑑𝑥 = 𝑡𝑔𝑥 + 𝑐
i) ∫ ( )
= 𝑡𝑔(3𝑥) + 𝑐
j) ∫ = −𝑐𝑜𝑡𝑔𝑥 + 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐𝑥 + 𝑐
k) ∫ ( )
= − 𝑐𝑜𝑡𝑔(5𝑥) + 𝑐
o) ∫ = −𝑐𝑜𝑡𝑔𝑥 − 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐𝑥 + 𝑐
8. Resolva as seguintes integrais fazendo ajustes dos trinômios quadrados e as mudanças de variáveis
conforme a necessidade, em seguida, verifique o resultado usando derivadas:
a) ∫ ( )√
𝑑𝑥 = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑐 +𝑐
b) ∫ = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 +𝑐
c) ∫ √ = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 +𝑐
√
d) ∫ √
= 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑐 +𝑐
e) ∫ √ = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 +𝑐
f) ∫ = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 +𝑐
√ √
g) ∫ √ = 𝑙𝑛 𝑥 − 2 + √𝑥 − 4𝑥 + 5 + 𝑐
h) ∫ 𝑑𝑥 = 𝑙𝑛|𝑥 − 4𝑥 + 8| + 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 +𝑐
45
d) ∫ √2 + 5𝑥 𝑑𝑥 = (2 + 5𝑥) + 𝑐
e) ∫ √ 𝑑𝑡 = √𝑎 + 𝑡 + 𝑐
/ /
f) ∫ / 𝑑𝑥 = − 𝑎 /
−𝑥 /
+𝑐
g) ∫ √ = −3√1 − 𝑥 + 𝑐
√ √
h) ∫ 𝑑𝑥 = − √𝑎 − √𝑥 +𝑐
√
i) ∫ 𝑥 √1 − 𝑥 𝑑𝑥 = − (1 − 𝑥 ) /
+𝑐
j) ∫ √ 𝑑𝑥 = √𝑥 + 3𝑥 + 𝑐
k) ∫ 𝑥 (𝑎 + 𝑏 𝑥 ) /
𝑑𝑥 = − √
+𝑐
l) ∫ 𝑑𝑥 = 𝑙𝑛(𝑥 + 2𝑥 + 3) + 𝑐
m) ∫(𝑒 + 1) 𝑒 𝑑𝑥 = (𝑒 + 1) + 𝑐
n) ∫ 𝑎 (𝑥 − 1)𝑑𝑥 = +𝑐
o) ∫ 𝑥 𝑒 𝑑𝑥 = 𝑒 +𝑐
p) ∫ 𝑑𝑥 = 𝑙𝑛(𝑥 + 3) + 𝑐
q) ∫ 𝑑𝑥 = 𝑙𝑛 √4𝑥 + 1 + 𝑐
r) ∫ 𝑑𝑥 = 𝑙𝑛(3𝑥 + 4) + 𝑐
s) ∫ 𝑑𝑥 = 𝑙𝑛(𝑎 + 𝑏𝑒 ) + 𝑐
t) ∫ 𝑑𝑥 = 𝑙𝑛(𝑒 + 1) + 𝑐
u) ∫ 𝑑𝑥 = 𝑙𝑛(𝑒 + 2𝑥) + 𝑐
v) ∫ ( )
𝑑𝑡 = − ( )
+𝑐
46
10. Resolva as seguintes integrais envolvendo funções trigonométricas fazendo as mudanças de variáveis
conforme a necessidade, em seguida, verifique o resultado usando derivadas:
c) ∫ 𝑥 𝑡𝑔(5𝑥 ) 𝑑𝑥 = 𝑙𝑛|𝑠𝑒𝑐(5𝑥 )| + 𝑐
e) ∫ 𝑠𝑒𝑐(2𝑥)𝑡𝑔(2𝑥)𝑑𝑥 = 𝑠𝑒𝑐(2𝑥) + 𝑐
f) ∫ 𝑑𝑥 = 𝑠𝑒𝑐𝑥 + 𝑐
j) ∫ 𝑒 𝑠𝑒𝑐 𝑥𝑑𝑥 = 𝑒 +𝑐
k) ∫ 𝑑𝑥 = 𝑙𝑛|1 − 𝑐𝑜𝑠𝑥| + 𝑐
( ) ( )
l) ∫ ( )
𝑑𝑥 = 𝑙𝑛|3𝑠𝑒𝑐(2𝑥) − 𝑎| + 𝑐
Respostas:
1. 𝑎) (2𝑥 − 1) + 𝑐 𝑏) − √1 − 4𝑥 + 𝑐 𝑐) (4𝑥 + 5) +𝑐 𝑑) − 𝑒 +𝑐
( )
𝑒) 𝑥 − 4𝑒 +𝑐 𝑓) +𝑐
2. a) b) 26 c) 2 d) 6 e) 𝑙𝑛 2
3. a) 𝑢. 𝑎. b) 𝑢. 𝑎.
4. 18 u.a.
| ( )| | ( )| | ( ) ( )|
5.𝑎) +𝑐 𝑏) − +𝑐 𝑐) +𝑐
47
Exemplo 2: Resolva a integral ∫ 𝑥. 𝑠𝑒𝑛 𝑥 𝑑𝑥, usando a mesma estratégia do exemplo anterior. É possível?
Aplica-se a técnica de integração por partes, geralmente quando as funções integrandas constituem:
produtos, funções trigonométricas, funções exponenciais ou funções logarítmicas.
𝑑𝑦 = 𝑢𝑑𝑣 + 𝑣𝑑𝑢
𝑦= 𝑢𝑑𝑣 + 𝑣𝑑𝑢
Isolando o termo ∫ 𝑢𝑑𝑣, tem-se:
𝑢𝑑𝑣 = 𝑦 − 𝑣𝑑𝑢
Portanto:
𝒖𝒅𝒗 = 𝒖. 𝒗 − 𝒗𝒅𝒖
O objetivo de usar a integração por partes é reescrever a integral em outra integral ∫ 𝑣𝑑𝑢, que se conheça
um método de integrar. Para isso, é essencial a escolha adequada de 𝑢 e 𝑑𝑣.
48
Exemplo 1: Calcule ∫ 𝑥 . 𝑒 𝑑𝑥 .
𝑑𝑣 = 𝑒 𝑑𝑥 𝑣 = 𝑒 (
𝑥 . 𝑒 𝑑𝑥 = 𝑥. 𝑒 − 𝑒 𝑑𝑥
∫ 𝑥 . 𝑒 𝑑𝑥 = 𝑥. 𝑒 − 𝑒 ,
Portanto,
𝑥 . 𝑒 𝑑𝑥 = 𝑒 (𝑥 − 1) + 𝑐
Observações:
A constante de integração sempre é colocada no final da integração, ou seja, menospreza-se a
constante em 𝑣 .
A escolha de 𝑢 e 𝑑𝑣 podem complicar a integração
Exemplo: se na integral ∫ 𝑥 . 𝑒 𝑑𝑥 fosse escolhido 𝑑𝑣 = 𝑥 𝑑𝑥 e 𝑢 = 𝑒 , a integral ficaria:
𝑥² 𝑥²
𝑥 . 𝑒 𝑑𝑥 = . 𝑒 − . 𝑒 𝑑𝑥
2 2
²
E a integral ∫ . 𝑒 𝑑𝑥 não é mais simples de resolver: não pode ser resolvida de forma imediata e
nem por mudança de variável.
Uma estratégia que funciona bem é, ao realizar uma integração por partes, escolher, dentre as duas funções
que aparecem sob o sinal de integral:
como função u: a função cuja letra inicial de caracterização posiciona-se mais à esquerda;
como diferencial dv: a função cuja letra inicial de caracterização posiciona-se mais à direita.
Observação: Esse esquema auxilia na resolução da maioria das integrais. Caso esse esquema não seja
aplicável, deve-se escolher dv a função que se conheça a integração, ou seja, que seja possível integrar usando
alguma técnica de integração. E também, avaliar se a nova integral ficará mais simples.
49
Portanto,
Faz-se a escolha de 𝒖 𝑒 𝒅𝒗 𝑢 = 𝑒 𝑑𝑢 = 2𝑒 𝑑𝑥
𝑑𝑣 = 𝑠𝑒𝑛 𝑥 𝑑𝑥 𝑣 = −𝑐𝑜𝑠𝑥
Deve-se aplicar novamente a técnica de integração por partes para calcular ∫ 𝑒 𝑐𝑜𝑠 𝑥 𝑑𝑥:
Faz-se a escolha de 𝒖 𝑒 𝒅𝒗 𝑢 = 𝑒 𝑑𝑢 = 2𝑒 𝑑𝑥
𝑑𝑣 = 𝑐𝑜𝑠 𝑥 𝑑𝑥 𝑣 = 𝑠𝑒𝑛𝑥
Portanto,
1
𝑒 . 𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑑𝑥 = (2𝑒 𝑠𝑒𝑛 𝑥 − 𝑒 𝑐𝑜𝑠 𝑥) + 𝑐
5
50
a) Calcule a integral.
Exemplo 5: Calcule ∫ 𝑥 𝑒 𝑑𝑥
51
/
Exemplo 7: Calcule ∫ 𝑎𝑟𝑐 𝑠𝑒𝑛 𝑥 𝑑𝑥
52
a) Calcule a integral.
EXERCÍCIOS:
1. Resolva as integrais por partes, e em seguida, verifique se está correta utilizando a derivada.
a) ∫ 𝑥. 𝑠𝑒𝑛 𝑥 𝑑𝑥
b) ∫ √𝑥 . 𝑙𝑛𝑥 𝑑𝑥
c) ∫ 𝑙𝑛(𝑥 + 1)𝑑𝑥
d) ∫ 𝑎𝑟𝑐 𝑡𝑔 𝑥 𝑑𝑥
e) ∫ 𝑡 𝑒 𝑑𝑡
f) ∫ 𝑥𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 𝑥 𝑑𝑥
a) ∫ 𝑥 ln 𝑥 𝑑𝑥
b) ∫ 𝑥 𝑒 𝑑𝑥
/
c) ∫ 𝑥 𝑡𝑔²𝑥 𝑑𝑥
d) ∫ 𝑥 𝑠𝑒𝑛(2𝑥) 𝑑𝑥
e) ∫ 𝑥 arcsec 𝑥 𝑑𝑥
√
y
3. Determine a área da região delimitada pela curva 𝑦 = 𝑥 𝑠𝑒𝑛 𝑥 e
a) 0 ≤ 𝑥 ≤ 𝜋;
b) 𝜋 ≤ 𝑥 ≤ 2𝜋;
c) 2𝜋 ≤ 𝑥 ≤ 3𝜋;
55
4. Resolva as integrais por partes, caso seja necessário utilize mudança de variável.
a) ∫ 𝑥 . 𝑐𝑜𝑠𝑥 𝑑𝑥
b) ∫ 𝑥 𝑠𝑒𝑛 (5𝑥) 𝑑𝑥
c) ∫ ln(1 − 𝑥) 𝑑𝑥
d) ∫(𝑥 + 1)cos (2𝑥) 𝑑𝑥
e) ∫ 𝑥 𝑙𝑛 (3𝑥) 𝑑𝑥
f) ∫ 𝑎𝑟𝑐 𝑐𝑜𝑡𝑔 (2𝑥) 𝑑𝑥
g) ∫ 𝑙𝑛 (2𝑥) 𝑑𝑥
h) ∫ 𝑎𝑟𝑐 𝑡𝑔 (𝑎𝑥)𝑑𝑥
i) ∫(𝑥 − 1)𝑒 𝑑𝑥
j) ∫(𝑥 − 1)𝑠𝑒𝑐 𝑥 𝑑𝑥
5. Integre por partes, nesse caso é necessário aplicar mais de uma vez a técnica de integração por partes.
a) ∫ 𝑥 . 𝑒 𝑑𝑥
b) ∫ 𝑥 . 𝑎 𝑑𝑥
c) ∫ 𝑥 cos(𝑎𝑥) 𝑑𝑥
d) ∫ 𝑥 𝑠𝑒𝑛4𝑥 𝑑𝑥
7. As integrais a seguir possuem processos cíclicos, integre por partes e isole o termo inicial.
a) ∫ 𝑒 . 𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑑𝑥
b) ∫ cos 𝑥 . cos 2𝑥 𝑑𝑥
c) ∫ 𝑒 𝑐𝑜𝑠 𝑑𝑥
d) ∫ 𝑒 𝑠𝑒𝑛(𝑏𝑥)𝑑𝑥
e) ∫ 𝑒 cos 4𝑥 𝑑𝑥
56
Respostas:
1.
a) −𝑥𝑐𝑜𝑠 𝑥 + 𝑠𝑒𝑛 𝑥 + 𝑐
b) √𝑥 𝑙𝑛𝑥 − √𝑥 + 𝑐
c) 𝑥. ln(𝑥 + 1) − 2𝑥 + 2𝑎𝑟𝑐 𝑡𝑔 𝑥 + 𝑐
d) 𝑥. 𝑎𝑟𝑐 𝑡𝑔 𝑥 − ln(1 + 𝑥 ) + 𝑐
e) 𝑡− +𝑐
f) −𝑥𝑐𝑜𝑡𝑔𝑥 + 𝑙𝑛|𝑠𝑒𝑛𝑥| + 𝑐
√ ² √
2a) ln 4 − b) 1 − 5𝑒 c) − ln 2 − d) e)
Se essa curva c ou a região R for rotacionada em torno de um dos eixos ou em torno de uma reta qualquer,
vamos obter um sólido tridimensional, chamado de sólido de revolução. Vamos obter o volume desses sólidos
pelo método do disco, por cascas cilíndricas e pela área da seção transversal.
Há problemas em que observamos que temos um sólido compreendido entre dois planos paralelos e que é
conhecida a área da secção transversal obtida por um plano qualquer paralelo aos planos inicialmente
dados, então o volume do sólido é dado por:
𝑉 = ∫ 𝐴(𝑥)𝑑𝑥 ou 𝑉 = ∫ 𝐴(𝑦)𝑑𝑦
Exemplo 1: Utilizando o método da seção transversal, mostre que o volume de uma esfera é 𝑉 = 𝜋𝑅 .
𝑓(𝑥 )
Δ𝑥
Note que o volume do cilindro elementar é:
∆𝑉 = π𝑅 ℎ
∆𝑉 = π𝑓(𝑥 ) ∆𝑥
𝑉=π 𝑓(𝑥) 𝑑𝑥
Exemplo 2: A região entre a curva 𝑦 = √𝑥, 0 ≤ 𝑥 ≤ 4, e o eixo x gira em torno desse eixo para gerar um
sólido. Determine seu volume.
59
Δ𝑦
𝑓(𝑦 )
De modo análogo ao caso anterior pode-se então escrever:
𝑉=π 𝑓(𝑦) 𝑑𝑦
Exemplo 3: Determine o volume do sólido obtido com a rotação, em torno do eixo y, da região compreendida
entre o eixo y e a curva 𝑥 = , 1 ≤ 𝑦 ≤ 4.
60
Mapa mental dos métodos de cálculo de volumes pelo método dos discos:
Área limitada:
Inferiormente pelo eixo 𝑥 Rotação
Não, alguns problemas de volume são muito difíceis de resolver pelo método do disco.
Por exemplo, considere o problema de encontrar o volume de um sólido obtido pela rotação em torno do eixo
y da região delimitada por 𝑦 = 2𝑥 − 𝑥 e 𝑦 = 0.
Para isso, existe o método das cascas cilíndricas, que é mais fácil de usar em
casos como esse. Pode-se imaginar o sólido como sendo constituído por
cascas cilíndricas (J. Stewart).
CASO 3: Casca cilíndrica: sólido de revolução obtido pela rotação em torno do eixo 0y, mas com a região
voltada para o eixo 0x
Considere S o sólido obtido pela rotação em torno do eixo y da região delimitada por 𝑦 = 𝑓(𝑥), onde
𝑓(𝑥) 0, 𝑦 = 0, 𝑥 = 𝑎 e 𝑥 = 𝑏, onde 𝑏 > 𝑎 0, conforme a figura a seguir:
61
Se o retângulo com base [𝑥 , 𝑥 ] e altura é girado ao redor do eixo y, então o resultado é uma casca cilíndrica
com raio médio 𝑥 , altura 𝑓(𝑥 ), e espessura x, conforme a figura:
𝑉 = 2𝜋 𝑥𝑓(𝑥)𝑑𝑥
A melhor maneira de lembrar dessa fórmula é pensar em uma casca típica, cortada e achatada como na
figura abaixo, com raio x, circunferência 2𝜋𝑥, altura 𝑓(𝑥) e espessura ∆𝑥 ou dx.
62
a) Encontre o volume do sólido obtido pela rotação da região delimitada em torno do eixo y.
b) Verifique se o volume obtido é coerente comparando o volume encontrado com o volume de um sólido
conhecido.
63
CASO 4: Casca cilíndrica: sólido de revolução obtido pela rotação em torno do eixo 0x, mas com a região
voltada para o eixo 0y
𝑉 = 2𝜋 𝑦𝑓(𝑦)𝑑𝑦
Exemplo 5: Considere a região limitada pela curva 𝑦 = 𝑥² , pelo eixo 0y e pela reta 𝑦 = 4.
a) Use o método das cascas cilíndricas para obter o volume do sólido obtido pela rotação em torno do eixo x.
b) Use o método dos discos para obter o volume do sólido obtido pela rotação em torno do eixo x. Compare
o resultado com o item a.
64
Mapa mental dos métodos de cálculo de volumes pelo método das cascas cilíndricas:
Área limitada:
Inferiormente pelo eixo 𝑥 Rotação
Se a região R é uma região entre duas curvas de equações 𝑦 = 𝑅(𝑥) e 𝑦 = 𝑟(𝑥), no intervalo [𝑎, 𝑏], onde
0 ≤ 𝑟(𝑥) < 𝑅(𝑥), ao rotacionar essa região, o sólido gerado tem o corte transversal formando um anel.
Então o volume do sólido é obtido fazendo a diferença o volume do sólido externo e o volume do sólido
interno.
CASO 1: Sólido de revolução obtido pela rotação da região entre duas curvas em torno do eixo 0x
CASO 2: Sólido de revolução obtido pela rotação da região entre duas curvas em torno do eixo 0y
𝑉 = 2𝜋 𝑥[𝑅(𝑥) − 𝑟(𝑥)]𝑑𝑥
65
Exemplo 6: A região limitada pela curva 𝑦 = 𝑥 + 1 e pela reta 𝑦 = −𝑥 + 3 gira em torno do eixo x para
gerar um sólido. Determine o volume do sólido.
EXERCÍCIOS:
1. De acordo com a figura a seguir encontre o volume gerado pela rotação da região ao redor dos eixos
indicados.
2. Calcule o volume do sólido gerado pela rotação da curva 𝑦 = √𝑥 no intervalo [0,4] em torno:
a. do eixo 0x
d. O valor encontrado nas letras a, b e c são coerentes? Justifique, compare com o volume do cilindro.
3. Calcule o volume do sólido gerado pela revolução da região R delimitada pelo eixo dos y, pela reta 𝑦 = 4
e pelo gráfico de 𝑦 = 𝑥 , para 𝑥 0, em torno do eixo 0y.
4.Calcule o volume do sólido gerado pela revolução da região R delimitada pelo eixo dos x pela curva 𝑦 = 𝑥
no intervalo [1,2], em torno do eixo 0x.
5. A região limitada pelo eixo 0x, pelo gráfico da equação 𝑦 = 𝑥 + 1 e pelas retas 𝑥 = −1 e 𝑥 = 1 gira em
torno do eixo 0x. Determine o volume do sólido gerado.
6. A região do primeiro quadrante limitada pelos gráficos de 𝑦 = e 𝑦 = 2𝑥 gira em torno do eixo 0y.
Determine o volume do sólido gerado.
8. Ache o volume do sólido gerado pela rotação, em torno de 0y, da região limitada pela curva 𝑦 = 8 − 2𝑥 ;
𝑥 = −1; 𝑥 = 1 e 𝑦 = 0.
67
9. Calcule o volume do sólido de revolução gerado pela superfície limitada pela curva 𝑦 = , pelas retas
𝑦 = 0 , 𝑥 = −1 e 𝑥 = 1, girando ao redor do eixo 0x.
10. Calcule o volume do sólido gerado pela revolução ao redor do eixo 0y da superfície limitada pela curva
𝑦 = 𝑥 e pelas retas 𝑦 = 0 e 𝑥 = 2.
11. Calcule o volume do sólido de revolução formado pela rotação em torno do eixo 0x, de 𝑦 = 𝑥. 𝑒 , 𝑦 = 0
e 𝑥 = 1.
12. Esboce a região R delimitada pelos gráficos das equações e calcule o volume do anel cilíndrico gerado pela
revolução da região R limitado pelas curvas 𝑥 = 4𝑦 – 𝑦 , 𝑥 = 0, em torno do eixo y.
13. Determine o volume de um toro (sólido obtido pela rotação de um círculo em torno de um eixo que não
o intercepta), a > R.
x
-R R
68
14. Use o método da casca cilíndrica para determinar o volume dos sólidos obtidos com a rotação das regiões
sombreadas:
Respostas:
1 a) 𝑢. 𝑣. b) 𝑢. 𝑣. c) 𝑢. 𝑣. d) 𝑢. 𝑣. e) 𝑢. 𝑣. f) 𝑢. 𝑣.
2.a) 8. u.v. b) u.v. c) u.v. d) u.v.
3. 8. u.v.
4. u.v.
5. u.v.
6. u.v.
7. π𝑅 ℎ u.v.
8. 7 u.v.
9. u.v.
10. 𝜋 u.v.
( )
11. 𝑉 = 𝑢. 𝑣.
.
12. u.v.
14. a) 6𝜋 𝑢. 𝑣. b) 2𝜋 𝑢. 𝑣. c) 𝜋 𝑢. 𝑣
69
Lembre-se que não existe regra para integrar uma potência, exceto a substituição, mas, para isso precisa-se
da diferencial junto. Infelizmente, alguns casos não apresentam essa característica, logo, não podem ser
resolvidos por substituição direta.
Exemplo:
Uma estratégia interessante é transformar a potência em produto, e utilizar regras como substituição direta
e/ou integração por partes.
Nesse caso, não podemos utilizar substituição direta, mas podemos utilizar integração por partes.
Que tal tentar resolver essa integral por integração por partes?
u = 𝑠𝑒𝑛 𝑥 du = 𝑐𝑜𝑠 𝑥 𝑑𝑥
dv = 𝑠𝑒𝑛 𝑥 𝑑𝑥 v = −𝑐𝑜𝑠 𝑥
Se aplicarmos a estratégia de integração por partes novamente, a equação chegará na mesma expressão.
Consequentemente, não resolvemos a integral. Utilizando a relação, 𝑠𝑒𝑛 𝑥 + 𝑐𝑜𝑠 𝑥 = 1, substituindo
𝑐𝑜𝑠 𝑥 = 1 − 𝑠𝑒𝑛 𝑥.
1 1
𝑠𝑒𝑛 𝑥 𝑑𝑥 = − 𝑠𝑒𝑛 𝑥 ∙ cos 𝑥 + 𝑥 + 𝑐
2 2
Vantagem das funções trigonométricas: as funções envolvidas possuem várias relações interessantes para
obter expressões que podem ser integradas com mais facilidade.
70
A relação 𝑠𝑒𝑛 𝑥 = transforma a potência em uma soma, aplicando essa substituição na integral,
tem-se:
Você percebeu que a mesma integral foi resolvida de duas formar diferentes e os resultados
“aparentemente” são diferentes.
A aparência é diferente, mas, fazendo substituições pode-se concluir que as duas respostas são iguais.
A constante “pode” ser diferente uma da outra, por esse motivo colocamos índices para diferenciá-las.
1 1 1 1
− 𝑠𝑒𝑛 𝑥 ∙ cos 𝑥 + 𝑥 + 𝑐 = 𝑥 − 𝑠𝑒𝑛 (2𝑥) + 𝑐
2 2 2 4
Substituindo a relação trigonométrica 𝑠𝑒𝑛 𝑥 ∙ cos 𝑥 = 𝑠𝑒𝑛 (2𝑥), temos a confirmação da igualdade:
1 1 1 1 1
− ∙ 𝑠𝑒𝑛 (2𝑥) + 𝑥 + 𝑐 = 𝑥 − 𝑠𝑒𝑛 (2𝑥) + 𝑐
2 2 2 2 4
Na qual, 𝑐 = 𝑐 . Portanto, independente do processo utilizado para obter a integral, a resposta é única,
exceto pela constante c.
Desafio: O problema é que para potências de maior ordem, deve-se aplicar o processo de integração por
partes muitas vezes, tornando o processo lento.
71
Como você pode resolver essa integral utilizando a estratégia de integração por partes?
dv = 𝑠𝑒𝑛 𝑥 𝑑𝑥 v = − 𝑐𝑜𝑠 𝑥
𝑠𝑒𝑛 𝑥𝑑𝑥 = 𝑠𝑒𝑛 𝑥. 𝑠𝑒𝑛𝑥𝑑𝑥 = (1 − 𝑐𝑜𝑠 𝑥). 𝑠𝑒𝑛𝑥𝑑𝑥 = 𝑠𝑒𝑛𝑥𝑑𝑥 − 𝑐𝑜𝑠 𝑥 . 𝑠𝑒𝑛𝑥𝑑𝑥
Portanto:
𝑐𝑜𝑠 𝑥
𝑠𝑒𝑛 𝑥𝑑𝑥 = − 𝑐𝑜𝑠 𝑥 + +𝑐
3
A aparência é diferente, mas, fazendo substituições pode-se concluir que as duas respostas são iguais.
2 𝑐𝑜𝑠 𝑥
− 𝑠𝑒𝑛 𝑥 ∙ 𝑐𝑜𝑠 𝑥 − 𝑐𝑜𝑠 𝑥 + 𝑐 = − 𝑐𝑜𝑠 𝑥 + +𝑐
3 3
72
𝑠𝑒𝑛 𝑥 + 𝑐𝑜𝑠 𝑥 = 1
Dessa expressão pode-se obter outras duas:
𝑡𝑔²𝑥 + 1 = 𝑠𝑒𝑐²𝑥
e
1 + 𝑐𝑜𝑡𝑔²𝑥 = 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐²𝑥
Verifique que as relações 𝑠𝑒𝑛(2𝑎) = 2 𝑠𝑒𝑛 𝑎 𝑠𝑒𝑛 𝑏 e 𝑐𝑜𝑠(2𝑎) = 𝑐𝑜𝑠 𝑎 − 𝑠𝑒𝑛 𝑎 não ajudam muito
na integração, pois transformam uma expressão em um produto ou ainda em uma potência.
Mas, se utilizar o processo contrário, tem-se vantagem, como transformar o produto em uma única
expressão:
1
𝑠𝑒𝑛 𝑎 𝑐𝑜𝑠 𝑎 = 𝑠𝑒𝑛(2𝑎)
2
73
Fazendo a = b, tem-se:
1
cos² 𝑎 = (1 + cos(2𝑎))
2
Fazendo a = b, tem-se:
1
𝑠𝑒𝑛 𝑎 = (1 − cos(2𝑎))
2
Fazendo a = b, tem-se:
1
𝑠𝑒𝑛 𝑎 𝑐𝑜𝑠 𝑎 = 𝑠𝑒𝑛(2𝑎)
2
Através das relações obtidas pode-se transformar produtos em soma de funções simples ou compostas.
74
Verifique que a integral ∫ 𝑠𝑒𝑛 𝑥 𝑑𝑥 pode ser resolvida por partes, mas, gera certo trabalho. No entanto, a
integral ∫ − cos(2𝑥) + cos(4𝑥) 𝑑𝑥 é resolvida facilmente, uma parte é direta e a outra parte é resolvida
por substituição direta.
Exemplo 4: Transforme 𝑠𝑒𝑛 (3𝑥) ∙ 𝑐𝑜𝑠 (8𝑥) em soma de funções simples ou compostas
Essa é a ideia básica nas integrações de funções trigonométricas: transformar os produtos em somas.
EXERCÍCIOS:
Modelo: 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 𝑥 =
a) 𝑡𝑔 𝑥 ∙ 𝑠𝑒𝑐²𝑥
b) 𝑡𝑔 𝑥 ∙ 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 𝑥
c) 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝑥 ∙ 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 𝑥
3. A estratégia utilizada no exemplo 2* pode ser adotada nas expressões a seguir, faça as substituições
adequadas e indique a substituição na integral que poderia ser utilizada. Veja o modelo:
a) 𝑠𝑒𝑛³𝑥. 𝑐𝑜𝑠³𝑥
b) 𝑡𝑔 𝑥
c) 𝑡𝑔 𝑥 . 𝑠𝑒𝑐 𝑥
d) 𝑐𝑜𝑡𝑔³𝑥. 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 𝑥
a) cos 4 x
b) 𝑠𝑒𝑛²𝑥. 𝑐𝑜𝑠²𝑥
c) cos x cos 2 x
d) 𝑠𝑒𝑛(7𝑥). 𝑠𝑒𝑛(9𝑥)
Modelo: 1 − 𝑠𝑒𝑛²𝑥
Respostas:
1 a) ³
b) ²
³
c)
b) (𝑢 −𝑢 )𝑑𝑢
c) (𝑢 − 3𝑢 + 3𝑢 − 𝑢 )𝑑𝑢
d) (𝑢² − 1)𝑑𝑢
4 a) + 𝑐𝑜𝑠(2𝑥) + 𝑐𝑜𝑠(4𝑥)
b) − 𝑐𝑜𝑠(4𝑥)
c) 𝑐𝑜𝑠(𝑥) + 𝑐𝑜𝑠(3𝑥)
d) 𝑐𝑜𝑠(2𝑥) − 𝑐𝑜𝑠(16𝑥)
5 a) 𝑠𝑒𝑐(𝑥)
b) 𝑡𝑔(𝑥)
c) 2 𝑐𝑜𝑠(𝑥)
77
Para calcular integrais de funções trigonométricas pode-se utilizar as relações trigonométricas e fazer
substituições, tornando a integral mais simples de ser resolvida. Existem algumas estratégias dependendo da
função apresentada.
(02) 𝑡𝑔 𝑥 + 1 = 𝑠𝑒𝑐²𝑥
Uma estratégia que funciona muito bem é utilizar uma relação trigonométrica transformando a integral para
que possa ser resolvida utilizando a regra da substituição. Além disso, outra estratégia é resolver utilizando
integração por partes.
Se m é ímpar:
Reescrever a potência 𝑚 como 2𝑘 + 1;
Usar a identidade 𝑠𝑒𝑛 𝑥 = 1 − 𝑐𝑜𝑠 𝑥 para obter:
𝑠𝑒𝑛 𝑢. 𝑐𝑜𝑠 𝑢 = 𝑠𝑒𝑛 𝑢. 𝑐𝑜𝑠 𝑢 = 𝑠𝑒𝑛 𝑢. 𝑠𝑒𝑛 𝑢. 𝑐𝑜𝑠 𝑢 = (𝑠𝑒𝑛 𝑢) . 𝑠𝑒𝑛 𝑢. 𝑐𝑜𝑠 𝑢
= (1 − 𝑐𝑜𝑠²𝑢) . 𝑐𝑜𝑠 𝑢 . 𝑠𝑒𝑛 𝑢
Em seguida, integrar usando a mudança de variável 𝑡 = 𝑐𝑜𝑠 𝑢 e 𝑑𝑡 = −𝑠𝑒𝑛 𝑢 𝑑𝑢.
Se m é par e n é ímpar:
Reescrever a potência 𝑛 como 2𝑘 + 1;
Usar a identidade 𝑐𝑜𝑠²𝑥 = 1 − 𝑠𝑒𝑛 𝑥 para obter:
𝑠𝑒𝑛 𝑢. 𝑐𝑜𝑠 𝑢 = 𝑠𝑒𝑛 𝑢. 𝑐𝑜𝑠 𝑢. 𝑐𝑜𝑠 𝑢 = 𝑠𝑒𝑛 𝑢. (𝑐𝑜𝑠 𝑢) . 𝑐𝑜𝑠 𝑢
= 𝑠𝑒𝑛 𝑢. (1 − 𝑠𝑒𝑛²𝑢) . 𝑐𝑜𝑠 𝑢
Em seguida, integrar usando a mudança de variável 𝑡 = 𝑠𝑒𝑛 𝑢 e 𝑑𝑡 = 𝑐𝑜𝑠 𝑢 𝑑𝑢.
Se m e n são pares:
Reescrever as potências substituindo 𝑚 como 2𝑘 e 𝑛 como 2ℎ;
( ) ( )
Usar as identidades 𝑠𝑒𝑛 𝑥 = e 𝑐𝑜𝑠 𝑥 = para obter:
1 − cos(2𝑢) 1 + cos(2𝑢)
𝑠𝑒𝑛 𝑢. 𝑐𝑜𝑠 𝑢 = 𝑠𝑒𝑛 𝑢. 𝑐𝑜𝑠 𝑢 = (𝑠𝑒𝑛 𝑢) . (𝑐𝑜𝑠 𝑢) = .
2 2
Em seguida, integrar usando a mudança de variável 𝑡 = 2𝑢 e 𝑑𝑡 = 2 𝑑𝑢.
m = 2 (par) 𝑠𝑒𝑛 𝑥 =
1 − 𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 1 1
𝑠𝑒𝑛 𝑥𝑑𝑥 = 𝑑𝑥 = 𝑑𝑥 − 𝑐𝑜𝑠 2 𝑥𝑑𝑥
2 2 2
Na segunda integral faz-se u = 2x e du = 2.dx
1 1 𝑑𝑢 1 1 1 1 1
𝑠𝑒𝑛 𝑥𝑑𝑥 = 𝑑𝑥 − 𝑐𝑜𝑠 𝑢 = 𝑑𝑥 − . 𝑐𝑜𝑠 𝑢 𝑑𝑢 = 𝑥 − 𝑠𝑒𝑛𝑢 + 𝑐
2 2 2 2 2 2 2 4
Portanto:
1 1
𝑠𝑒𝑛 𝑥𝑑𝑥 = 𝑥 − 𝑠𝑒𝑛(2𝑥) + 𝑐
2 4
79
𝑠𝑒𝑛 𝑥𝑑𝑥 = 𝑠𝑒𝑛 𝑥. 𝑠𝑒𝑛𝑥𝑑𝑥 = (1 − 𝑐𝑜𝑠 𝑥). 𝑠𝑒𝑛𝑥𝑑𝑥 = 𝑠𝑒𝑛𝑥𝑑𝑥 − 𝑐𝑜𝑠 𝑥 . 𝑠𝑒𝑛𝑥𝑑𝑥
Portanto:
𝑐𝑜𝑠 𝑥
𝑠𝑒𝑛 𝑥𝑑𝑥 = − 𝑐𝑜𝑠 𝑥 + +𝑐
3
Exemplo 7: Considere
𝑠𝑒𝑛 𝑥 𝑑𝑥
80
Exemplo 8: Calcular ∫ 𝑠𝑒𝑛 𝑥 cos² 𝑥 𝑑𝑥 e verifique se o resultado está correto utilizando derivadas.
Se m é ímpar:
Reescrever a potência 𝑚 como 2𝑘 + 1;
Usar a identidade 𝑡𝑔 𝑥 = 𝑠𝑒𝑐 𝑥 − 1 para obter:
𝑡𝑔 𝑢. 𝑠𝑒𝑐 𝑢 = 𝑡𝑔 𝑢. 𝑠𝑒𝑐 𝑢 = 𝑡𝑔 𝑢. 𝑡𝑔 𝑢. 𝑠𝑒𝑐 𝑢 = (𝑡𝑔 𝑢) . 𝑡𝑔 𝑢. 𝑠𝑒𝑐 𝑢
= (𝑠𝑒𝑐 𝑥 − 1) . 𝑠𝑒𝑐 𝑢 . 𝑡𝑔 𝑢. sec 𝑢
Em seguida, integrar usando a mudança de variável 𝑡 = 𝑠𝑒𝑐 𝑢 e 𝑑𝑡 = 𝑡𝑔 𝑢 sec 𝑢 𝑑𝑢.
Se n é par:
Reescrever a potência 𝑛 como 2𝑘;
Usar a identidade 𝑠𝑒𝑐 𝑥 = 1 + 𝑡𝑔 𝑥 para obter:
𝑡𝑔 𝑢. 𝑠𝑒𝑐 𝑢 = 𝑡𝑔 𝑢. 𝑠𝑒𝑐 𝑢 = 𝑡𝑔 𝑢. 𝑠𝑒𝑐 𝑢 . 𝑠𝑒𝑐²𝑢 = 𝑡𝑔 𝑢. (𝑠𝑒𝑐 𝑢) . 𝑠𝑒𝑐²𝑢
= 𝑡𝑔 𝑢. (1 + 𝑡𝑔 𝑥 ) . 𝑠𝑒𝑐²𝑢
Em seguida, integrar usando a mudança de variável 𝑡 = 𝑡𝑔 𝑢 e 𝑑𝑡 = sec² 𝑢 𝑑𝑢.
Se m é par e n é ímpar:
Integrar usando o método de integração por partes
81
Exemplo 9: ∫ 𝑡𝑔 𝑥 𝑑𝑥
m é ímpar
Reescrevendo a integral, tem-se:
𝑡𝑔 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑡𝑔 𝑥. 𝑡𝑔 𝑥 𝑑𝑥 = (𝑠𝑒𝑐 𝑥 − 1) 𝑡𝑔 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑠𝑒𝑐 𝑥 𝑡𝑔 𝑥 − 𝑡𝑔 𝑥 𝑑𝑥
Usando a mudança de variável na primeira integral, de forma que 𝑢 = 𝑠𝑒𝑐 𝑥 e 𝑑𝑢 = 𝑡𝑔 𝑥 sec 𝑥 𝑑𝑥, tem-se:
𝑢² 𝑠𝑒𝑐²𝑥
sec 𝑥 . sec 𝑥 𝑡𝑔 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑢 𝑑𝑢 = =
2 2
A segunda integral ∫ 𝑡𝑔 𝑥 𝑑𝑥 = ln (sec 𝑥).
Assim:
𝑠𝑒𝑐²𝑥
𝑡𝑔 𝑥 𝑑𝑥 = + ln (sec 𝑥) + 𝑐
2
m=2en=-4
𝑢 = 𝑡𝑔 𝑥 → 𝑑𝑢 = 𝑠𝑒𝑐 𝑥 𝑑𝑥
𝑠𝑒𝑛 𝑥 𝑢 𝑡𝑔 𝑥
𝑑𝑥 = 𝑢 𝑑𝑢 = +𝑐 = +𝑐
𝑐𝑜𝑠 𝑥 3 3
Exemplo 11: ∫
n é ímpar
Essa integral foi desenvolvida na aula de integração por partes, portanto:
𝑑𝑥 1
= [𝑠𝑒𝑐 𝑥 . 𝑡𝑔𝑥 + 𝑙𝑛( 𝑠𝑒𝑐 𝑥 + 𝑡𝑔𝑥)] + 𝑐
𝑐𝑜𝑠 𝑥 2
Observação: O mesmo pode ser aplicado em ∫ 𝑐𝑜𝑡 𝑔 𝑢. 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 𝑢 𝑑𝑢, usando 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 𝑥 = 1 + 𝑐𝑜𝑡 𝑔 𝑥.
82
𝑠𝑒𝑛𝛼. 𝑐𝑜𝑠 𝛽 𝑑𝑥
𝑠𝑒𝑛𝛼. 𝑠𝑒𝑛𝛽𝑑𝑥
𝑐𝑜𝑠 𝛼 . 𝑐𝑜𝑠 𝛽 𝑑𝑥
Exemplo 15: Calcular ∫ 𝑠𝑒𝑛(5𝑥). 𝑠𝑒𝑛(2𝑥)𝑑𝑥 em seguida, verificar se a resposta está correta utilizando
derivada.
84
𝑠𝑒𝑛 𝑥
𝑑𝑥
√1 − cos 𝑥
EXERCÍCIOS:
1. Encontre a área limitada pelos eixos cartesianos e pela função 𝑦 = 𝑐𝑜𝑠 (𝑥) para 0 ≤ 𝑥 ≤ .
2. Considere a região limitada pelos eixos cartesianos e pela função 𝑦 = 2 + 2 cos(𝑥) no intervalo de
𝑥[0, ].
a) Modele analiticamente a expressão que determina o volume do sólido obtido pela área rotacionada em
torno do eixo x. Calcule o volume.
b) Modele analiticamente a expressão que determina o volume do sólido obtido pela área rotacionada em
torno do eixo y. Calcule o volume.
a) ∫ 𝑠𝑒𝑛(3𝑥) cos(4𝑥) 𝑑𝑥
b) ∫ 𝑠𝑒𝑛 (𝑥)𝑑𝑥
/
c) ∫ 𝑠𝑒𝑛 (𝑥)𝑑𝑥
/
c) ∫ 𝑡𝑔 (𝑥)𝑑𝑥
86
4. Resolva as integrais a seguir, verificando por meio da derivação, se a resposta está correta.
a) ∫ 𝑐𝑜𝑠 𝑥 𝑑𝑥 = + 𝑠𝑒𝑛2𝑥 + 𝑐
b) ∫ 𝑐𝑜𝑠 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑠𝑒𝑛𝑥 − +𝑐
c) ∫ 𝑐𝑜𝑠 𝑥 𝑑𝑥 = + + +𝑐
d) ∫ 𝑐𝑜𝑠 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑠𝑒𝑛𝑥 − 𝑠𝑒𝑛 𝑥 + +𝑐
e) ∫ 𝑡𝑔 𝑥𝑑𝑥 = 𝑡𝑔𝑥 − 𝑥 + 𝑐
f) ∫ 𝑡𝑔 𝑥𝑑𝑥 = − 𝑙𝑛𝑠𝑒𝑐 𝑥 + 𝑐
g) ∫ 𝑡𝑔 𝑥𝑑𝑥 = − 𝑡𝑔𝑥 + 𝑥 + 𝑐
h) ∫ 𝑑𝑥 = − − 2 𝑙𝑛 𝑠 𝑒𝑛𝑥 + 𝑐
i) ∫ 𝑐𝑜𝑠 𝑥 𝑐𝑜𝑠 2 𝑥𝑑𝑥 = 𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝑠𝑒𝑛3𝑥 + 𝑐
j) ∫ 𝑠𝑒𝑛 𝑥 𝑐𝑜𝑠 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑠𝑒𝑛 𝑥 − 𝑠𝑒𝑛 𝑥 + 𝑠𝑒𝑛 𝑥 + 𝑐
k) ∫ 𝑠𝑒𝑐 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑡𝑔𝑥 + +𝑐
l) ∫ 𝑡𝑔 𝑥 𝑠𝑒𝑐 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑡𝑔 𝑥 + 𝑡𝑔 𝑥 + 𝑡𝑔 𝑥 + 𝑐
Respostas:
1. A = 2 u.a.
2 a) 6 𝜋 𝑢. 𝑣. b) 2𝜋(𝜋 − 4)𝑢. 𝑣.
3. a)− b) 𝜋 c) d) ln 2 −
87
SUBSTITUIÇÃO TRIGONOMÉTRICA
6.6 INTEGRAÇÃO POR SUBSTITUIÇÃO TRIGONOMÉTRICA
E essa integral ∫ √1 − 𝑥 𝑑𝑥 , pode-se utilizar a mesma técnica utilizada na integral anterior? Justifique.
(± 𝑎 ± 𝑢 )±
Mas que não recaem, após uma mudança de variável simples, nas integrais imediatas dos tipos:
𝑢 1 𝑢
𝑢 𝑑𝑢 = +𝑐 𝑒 𝑑𝑢 = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 +𝑐
𝑛+1 √𝑎 − 𝑢 𝑎
𝑢 = 𝑎 𝑠𝑒𝑛(𝑡)
𝑢 = 𝑎. 𝑡𝑔(𝑡)
𝑢 = 𝑎. 𝑠𝑒𝑐(𝑡)
Essas integrais são transformadas em integrais de funções trigonométricas.
88
√
Exemplo 17: Calcule ∫ ²
𝑑𝑥
89
Essa relação pode ser vista no triângulo retângulo com um ângulo t e se escolhe-se: )t
𝑢 = 𝑎. 𝑡𝑔(𝑡) a
𝑑𝑢 = 𝑎 𝑠𝑒𝑐 (𝑡) 𝑑𝑡
. .
Observe que: 𝑡𝑔(𝑡) = . .
=
Essa relação pode ser vista no triângulo retângulo com um ângulo t e se escolhe-se: )t
a
𝑢 = 𝑎. 𝑠𝑒𝑐(𝑡)
𝑑𝑢 = 𝑎 𝑠𝑒𝑐(𝑡) . 𝑡𝑔(𝑡) 𝑑𝑡
.
Observe que: 𝑠𝑒𝑐 𝑡 = . .
=
𝑢 = 𝑎 𝑠𝑒𝑛(𝑡)
𝑑𝑢 = 𝑎 𝑐𝑜𝑠(𝑡) 𝑑𝑡 a
1 − 𝑠𝑒𝑛²𝑡 = 𝑐𝑜𝑠 𝑡 u
𝒂𝟐 − 𝒖𝟐
𝜋 𝜋
− ≤𝑡≤ )t
2 2
a2 u 2
𝑢 = 𝑎. 𝑡𝑔(𝑡)
𝑑𝑢 = 𝑎 𝑠𝑒𝑐 (𝑡) 𝑑𝑡
𝒂𝟐 + 𝒖𝟐 𝜋 𝜋 𝑡𝑔 𝑡 + 1 = 𝑠𝑒𝑐 𝑡
− ≤𝑡≤
2 2
𝑢 = 𝑎. 𝑠𝑒𝑐(𝑡)
𝑑𝑢 = 𝑎 𝑠𝑒𝑐(𝑡) . 𝑡𝑔(𝑡) 𝑑𝑡
u
𝒖𝟐 − 𝒂𝟐 𝑠𝑒𝑐 𝑡 − 1 = 𝑡𝑔 𝑡 u 2 a2
𝜋 3𝜋
0≤𝑡< 𝑜𝑢 𝜋 ≤ 𝑡 <
2 2
)t
a
EXERCÍCIOS:
a) ∫√ √
𝑑𝑥
b) ∫ 𝑥 𝑎 − 𝑥²𝑑𝑥
,
c) ∫ 𝑑𝑥
²
a) ∫ √
b) ∫ √
c) ∫ √
d) ∫ √
e) ∫ 𝑑𝑥
( )
√
f) ∫ 𝑑𝑥
93
a) ∫ √
b) ∫ √
c) ∫ ( ) /
√
d) ∫ 𝑑𝑥
e) ∫ √𝑥 + 5𝑑𝑥
f) ∫ √
g) ∫ ( ) /
h) ∫ √
√
i) ∫ 𝑑𝑥
94
Respostas:
√
1. a) + − b) 𝑎² c)
3.
√
a) +𝑐
√
b) 𝑙𝑛 +𝑐
√
c) 𝑙𝑛 +𝑐
√
d) +𝑐
e) √
+𝑐
√
f) − − 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑖𝑛 +𝑐
4.
a) 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 +𝑐
√
b) 6√𝑥 − 9 + +𝑐
c) √
+𝑐
√
d) − − 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 +𝑐
√
e) √𝑥 + 5 + 𝑙𝑛 +𝑐
√
√
f) 𝑙𝑛 +𝑐
g) √
+𝑐
√
h) − +𝑐
√
i) 3𝑙𝑛 + √9 − 4𝑥 + 𝑐
95
Uma força 𝐹⃗ realiza trabalho quando atua sobre um determinado, corpo que está em movimento. Pode-se
afirmar que só há trabalho sendo realizado se houver deslocamento, caso contrário o trabalho realizado será
nulo.
O trabalho simbolizado por 𝑊, é uma grandeza escalar. No sistema internacional, a unidade de medida é
newton-metro (N.m), chamado de joule (J).
Existem duas maneiras de calcular o trabalho, dependendo da força que atua sobre o objeto:
𝑊 = 𝐹⃗ . 𝑑⃗
Exemplo 1: Dadas três forças 𝐹⃗ = (3, −4,2), 𝐹⃗ = (2,3, −5) e 𝐹⃗ = (−3, −2,4) e aplicadas num mesmo
ponto, calcular o trabalho realizado pela resultante dessas forças, se o objeto considerado se desloca
seguindo uma trajetória retilínea e passa pelos pontos 𝐴(5,3, −7) e 𝐵(4, −1, −4).
96
𝑊 ≈ 𝑓( 𝑥 ∗ ). ∆𝑥
Se o número de subintervalos for grande (𝑛 → ∞) implica em um deslocamento muito pequeno (∆𝑥 → 0), o
trabalho em cada subintervalo será praticamente realizado por uma força constante. Somando todos os
trabalhos realizados no intervalo [𝑎, 𝑏], tem-se:
𝑊≈ 𝐹( 𝑥 ∗ ). ∆𝑥
𝑊 = lim∆ → 𝑓( 𝑥 ∗ ). ∆𝑥 = 𝐹(𝑥) 𝑑𝑥
Portanto, o trabalho realizado para deslocar um objeto de 𝑎 até 𝑏 aplicando a força 𝐹(𝑥) é dado por:
𝑊= 𝐹(𝑥) 𝑑𝑥
Exemplo 2: Quando uma partícula está localizada a uma distância de 𝑥 metros da origem, uma força de
𝐹(𝑥) = (𝑥 + 2𝑥) 𝑁 age sobre ela. Determine o trabalho realizado para deslocar a partícula de 𝑥 = 1 𝑚 para
𝑥 = 3 𝑚.
97
O centro de massa de um corpo é um ponto que se comporta como se toda a massa do corpo estivesse
concentrada sobre ele. O centro de gravidade de um corpo coincide com seu centro de massa quando a
aceleração da gravidade tiver o mesmo valor em toda extensão do corpo.
O centro de massa é dado em termos de quantidades denominadas momentos.
Para uma única partícula de massa 𝑚, o momento 𝑀 em relação a uma reta 𝐿 é definido como a massa 𝑚
vezes a distância 𝑑 da partícula à reta 𝐿:
𝑀𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑒𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 à 𝑟𝑒𝑡𝑎 𝐿 = 𝑀 = 𝑚 . 𝑑
𝑚 𝑑 =𝑚 𝑑
𝑚 𝑥 +𝑚 𝑥
𝑥̅ =
𝑚 +𝑚
Se existirem n partículas de massas 𝑚 , 𝑚 , ..., 𝑚 localizadas em 𝑥 , 𝑥 , ..., 𝑥 , sobre o eixo 0x, então:
∑ 𝑚𝑥 ∑ 𝑚𝑥
𝑥̅ = =
∑ 𝑚 𝑀
Onde:
(𝑥̅ − 𝑥 )𝑚 = (𝑥 − 𝑥̅ )𝑚 + (𝑥 − 𝑥̅ )𝑚
(𝑦 − 𝑦 )𝑚 = (𝑦 − 𝑦)𝑚 + (𝑦 − 𝑦)𝑚
98
Reescrevendo, tem-se:
𝑚 𝑥 +𝑚 𝑥 +𝑚 𝑥
𝑥̅ =
𝑚 +𝑚 +𝑚
𝑚 𝑦 +𝑚 𝑦 +𝑚 𝑦
𝑦=
𝑚 +𝑚 +𝑚
∑ 𝑚𝑥 𝑀
𝑥̅ = =
∑ 𝑚 𝑀
∑ 𝑚𝑦 𝑀
𝑦= =
∑ 𝑚 𝑀
Onde:
∑ .∆
𝑥̅ = lim 𝑥̅ = ∫ 𝑥 𝑑𝑚
∆ →
𝑦= ∫ 𝑦 𝑑𝑚
𝑧̅ = ∫ 𝑧 𝑑𝑚
Observação: O centro de massa de uma figura plana homogênea localiza-se sobre o seu eixo de simetria. Se
o corpo possuir dois eixos de simetria, o centro de massa estará na intersecção entre os eixos.
Se uma figura plana homogênea com simetria em relação ao eixo y, então 𝑥̅ = 0.
Analogamente, se uma figura plana homogênea com simetria em relação ao eixo x, então 𝑦 = 0.
99
Define-se o momento estático de uma área A com relação ao aos eixos x e y, respectivamente, como:
y
x x
Considere uma função 𝑦 = 𝑓(𝑥) definida num intervalo [a,b], vamos definir momento estático de uma
superfície definida no intervalo [a,b]; é a soma dos momentos estáticos em relação a um mesmo eixo dos
elementos que a constituem.
y
Momento de área em relação ao eixo y:
𝑀 = 𝐴 . 𝑥 = (𝑥 . 𝑦 ). 𝑥
ou
𝑀 = 𝑥 . 𝑦 . 𝑥
𝑀 = lim ∑ 𝑥 . 𝑦 . ∆𝑥
∆ →
a b x 𝑀 = ∫ 𝑥. 𝑦 𝑑𝑥
𝑀 = lim ∑ . 𝑦 . ∆𝑥 𝑀 = ∫ 𝑦 𝑑𝑥
∆ →
∫ . ∫
𝑥̅ = e 𝑦=
∫ ( ) ∫ ( )
100
x x
101
Exemplo 4: Determine o centroide (centro de área) da área da função y = sen x no intervalo 0, . Em seguida,
verifique se o resultado é coerente.
102
INÉRCIA DE TRANSLAÇÃO: É a tendência de um corpo manter seu estado de movimento, esteja ele em
repouso ou movendo-se com velocidade linear constante. A inércia é diretamente proporcional à sua massa.
A inércia é diretamente proporcional à sua massa, da segunda Lei de Newton, tem-se que 𝐹 = 𝑚. 𝑎, assim
𝑎 = 𝐹 . A massa pode ser interpretada como uma medida da capacidade do corpo resistir à aceleração. Se
a força for constante, quanto maior a massa, menor será a aceleração.
O momento de inércia tem a importância no movimento de rotação semelhante a importância que a massa
tem em um movimento linear.
O momento de inércia depende não apenas da massa do corpo, mas também da sua distribuição.
Para um sistema girando composto por mais de um corpo, o momento de inércia do sistema é dado pela
soma dos momentos de inércia de cada corpo.
Quando o corpo é constituído por partículas (partes) discretas, o momento de inércia pode ser calculado
através da expressão obtida acima. No entanto, quando o corpo é contínuo, precisamos calcular o limite da
soma por uma integral:
𝐼 = lim 𝑅 . ∆𝑚
∆ →
𝐼= 𝑅 𝑑𝑚
Momento de 2ª. ordem ou momento de inércia da seção de uma viga em relação a um dado eixo é a integral
no domínio da viga, de cada elemento de área 𝑑𝐴 pelo quadrado da distância ao eixo considerado.
y
I x y 2 dA e I y x dA
2
dx
dy h
b x
104
Exemplo 5: Determine o momento de inércia de uma área retangular em relação aos eixos 0x e 0y.
Quanto maior for o momento de inércia da seção transversal de uma peça, maior será a resistência da peça.
Se conhecemos o Momento de Inércia de um corpo em relação a um eixo que passe pelo seu centro de massa,
podemos determinar o momento de inércia desse corpo em relação a qualquer outro eixo paralelo ao
primeiro.
I I CM Mh 2
Eqquer ECM
106
EXERCÍCIOS:
1. Uma mola tem um comprimento original de 1 m. Uma força de 24 N a estica até o comprimento total de
1,8 m.
3. A única força atuante em um corpo de 2,0 kg enquanto ele se move ao longo do sentido positivo do eixo
Ox é dada por F(x) = (3x2 + 2x) N, onde x está em metros e F(x) em newtons, a velocidade do corpo em x
= 2 m é de 6 m/s.
4. Determine os momentos de área em relação aos eixos coordenados da área plana limitada pela curva y =
4x – x2, no primeiro quadrante.
5. A placa triangular da figura a seguir tem uma densidade superficial constante de = 3 g/cm2. Determine:
a) O momento My da placa em torno do eixo Oy.
b) A massa M da placa.
c) A abscissa do centro de massa da placa.
107
6. Determine o centro de massa de uma placa fina que abrange a região limitada acima pela parábola y = 4
– x2 e abaixo pelo eixo Ox. Considere que a densidade da placa no ponto (x,y) é = 2x2, que é duas vezes
o quadrado da distância do ponto ao eixo Oy.
7. Determine a abscissa do centro de massa de uma placa fina suposta homogênea, que abrange a região
limitada acima pela parábola y2 = 2x no intervalo [0,3].
R y
dx
10. Determine a abscissa do centro de massa do triângulo retângulo:
b
y
x
a
108
11. Determine o momento de inércia de uma haste delgada (fina) de comprimento L e massa M em relação
a um eixo perpendicular ao seu comprimento e que passa pelo seu centro de massa. Dado que a densidade
linear: 𝛿 =
12. Determine o momento de inércia de uma haste delgada (fina) de comprimento L e massa M em relação
a um eixo perpendicular ao seu comprimento e que passa a uma distância h de seu centro de massa.
13. Determine o momento de inércia de um cilindro anular de raio interno R1 e raio externo R2 e altura h,
em torno do eixo central.
109
14. Determine o momento de inércia de um anel de raio R e massa M, em relação a um eixo que passa pelo
centro, perpendicular ao plano do anel e em relação a um eixo que passa por um diâmetro qualquer.
a)
b)
15. Determine o momento de inércia de um cilindro anular de raio interno R1 e raio externo R2 e altura h,
em torno do ponto de apoio.
110
Respostas:
1. a) 30 N/m
b) 60 J
c) 1,5 m
2. 9 J
3. a) 68 J
b) 10,2 m/s
4. 𝑀 = e𝑀 =
5. a) 2
b) 3 g
c) 𝑐𝑚
6. 0,
7. 1,8
8. 0,
9. 𝐼 =
111
6 3x 2
5 x dx dx x3 3x
∫ 𝑑𝑥 x 2 4 x 5 dx ( x 1)( x 1)2 x( x 2 1) ( x 2 1)2 dx
Lembre-se que não existe regra para integrar uma divisão, precisa-se basear estratégias nas integrais
conhecidas, a seguir:
Existem algumas técnicas para transformar esse quociente em uma expressão mais simples:
Como o grau do numerador é maior que o grau do denominador, primeiro devemos fazer a divisão.
𝑥 +𝑥 2
=𝑥 +𝑥+2+
𝑥−1 𝑥−1
𝑥 = (𝑥 + 1). 1 − 1 =1+
x2 x2 + 1
- x2 -1
-1 1
112
Nesse caso, é possível expressar f como uma soma de frações mais simples, desde que o grau de P seja menor
que o grau de Q.
Qualquer polinômio Q pode ser fatorado como um produto de fatores lineares (da forma ax + b) e fatores
quadráticos irredutíveis (da forma ax2 + bx + c, onde b2 – 4ac < 0).
( )
2º passo: Expressar a função racional própria ( )
como uma soma de frações parciais conforme o caso:
𝑥 = −1
Fatorando o denominador x2 – 4x – 5 raízes
𝑥 =5
Assim: x2 – 4x – 5 = (x + 1).(x – 5)
Verifique que os fatores de Q(x) são do 1º grau, distintos, portanto:
Logo,
6 6 𝐴 𝐵
= = +
𝑥 − 4𝑥 − 5 (𝑥 + 1)(𝑥 − 5) (𝑥 + 1) (𝑥 − 5)
113
a) ( )( )
= +( )
+( )
, verifique que tem fatores de Q(x) de 1º grau, repetidos.
b) ( )
= + , verifique que um fator de Q(x) é do 2º grau.
c) ( )
=( )
+ , verifique que os fatores de Q(x) são do 2º grau, irredutíveis repetidos.
EXERCÍCIOS
1. Escreva na forma de decomposição em frações parciais das seguintes funções e determine o valor dos
coeficientes:
3 5
𝑎) 𝑏)
(2𝑥 + 3)(𝑥 − 1) 2𝑥 − 3𝑥 − 2
2. Escreva na forma de decomposição em frações parciais das seguintes funções, não é necessário determinar
os valores numéricos dos coeficientes.
𝑥 + 9𝑥 − 12
𝑎)
(3𝑥 − 1)(𝑥 + 6)²
𝑧 − 4𝑧
𝑏)
(3𝑧 + 5)³(𝑧 + 2)
1
𝑐)
𝑥 − 𝑥³
𝑥 +𝑥 −𝑥 −𝑥+1
𝑑)
𝑥 −𝑥
𝑥 +1
𝑒)
𝑥 −1
𝑥 − 4𝑥 + 2
𝑓)
(𝑥² + 1)(𝑥² + 2)
Respostas:
3 3
1𝑎) −
2𝑥 + 3 𝑥 − 1
−2 1
1𝑏) +
2𝑥 + 1 𝑥 − 2
𝐴 𝐵 𝐶
2𝑎) + +
3𝑥 − 1 𝑥 + 6 (𝑥 + 6)
𝐴 𝐵 𝐶 𝐷
2𝑏) + + +
3𝑧 + 5 (3𝑧 + 5) (3𝑧 + 5) 𝑧+2
𝐴 𝐵 𝐶 𝐷
2𝑐) + + +
𝑥 𝑥 𝑥 𝑥−1
𝐴 𝐵 𝐶
2𝑑) 𝑥 + 1 + + +
𝑥 𝑥+1 𝑥−1
𝐴 𝐵
2𝑒) 1 + +
𝑥−1 𝑥+1
𝐴𝑥 + 𝐵 𝐶𝑥 + 𝐷
2𝑓) +
𝑥 +1 𝑥 +2
115
Nesse caso, dividi-se P por Q para obter o resto R(x) ser obtido, com 𝑔𝑟𝑎𝑢(𝑅) < 𝑔𝑟𝑎𝑢(𝑄).
( ) ( )
O resultado da divisão é 𝑓(𝑥) = ( )
= 𝑆(𝑥) + ( )
onde S e R são polinômios também.
Exemplo 7: Calcular ∫ 𝑑𝑥
𝑥 +𝑥 2 𝑥³ 𝑥²
𝑑𝑥 = 𝑥 +𝑥+2+ 𝑑𝑥 = + + 2𝑥 + 2 𝑙𝑛(𝑥 − 1) + 𝑐
𝑥−1 𝑥−1 3 2
Exemplo 8: Calcular ∫ 𝑑𝑥
²
116
Nesse caso, é possível expressar f como uma soma de frações mais simples, desde que o grau de P seja menor
que o grau de Q.
Qualquer polinômio Q pode ser fatorado como um produto de fatores lineares (da forma ax + b) e fatores
quadráticos irredutíveis (da forma ax2 + bx + c, onde b2 – 4ac < 0).
( )
2º passo: Expressar a função racional própria ( )
como uma soma de frações parciais, dividido em quatro
casos:
a) Os fatores de Q(x) são do 1º grau, distintos:
𝑃(𝑥) 𝐴 𝐴 𝐴
= + + ⋯+
𝑄(𝑥) 𝑥 − 𝑎 𝑥−𝑎 𝑥−𝑎
5𝑥 + 13
𝑎) =
(𝑥 − 3)(𝑥 − 2)
𝑥+1
𝑏) =
𝑥²(𝑥 − 1)
1−𝑥
𝑐) =
(𝑥 + 1)(𝑥 − 2)
3
𝑑) =
(𝑥 + 1)(𝑥 + 4)
117
Resolvendo o sistema A = 2 B = 1 C = 1
Voltando a integral, percebe-se que a expressão é mais simples, e a integral pode ser resolvida utilizando
substituição imediata:
(3𝑥 + 5𝑥)𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥
=2 + (𝑥 + 1) 𝑑𝑥 +
(𝑥 − 1)(𝑥 + 1) 𝑥−1 𝑥+1
Portanto:
(3𝑥 + 5𝑥)𝑑𝑥 1
= 2 𝑙𝑛( 𝑥 − 1) − + 𝑙𝑛( 𝑥 + 1) + 𝑐
(𝑥 − 1)(𝑥 + 1) 𝑥+1
118
1 𝐴(𝑥 + 1) + 𝐵𝑥 + 𝐶𝑥
=
𝑥(𝑥 + 1) 𝑥(𝑥 + 1)
1 = 𝐴(𝑥 + 1) + 𝐵𝑥 + 𝐶𝑥
Resolvendo o sistema A = 1 B = -1 C = 0.
𝑑𝑥 𝑑𝑥 −𝑥
= + 𝑑𝑥
𝑥(𝑥 + 1) 𝑥 𝑥 +1
Voltando a integral, percebe-se que a expressão é mais simples, e a integral pode ser resolvida utilizando
substituição imediata:
𝑑𝑥 1
= 𝑙𝑛 𝑥 − 𝑙𝑛( 𝑥 + 1) + 𝑐
𝑥(𝑥 + 1) 2
𝑥 + 3𝑥 𝐴𝑥 + 𝐵 𝐶𝑥 + 𝐷
= +
(𝑥 + 1) (𝑥 + 1) 𝑥 +1
𝑥 + 3𝑥 𝐴𝑥 + 𝐵 + (𝐶𝑥 + 𝐷)(𝑥 + 1)
=
(𝑥 + 1) (𝑥 + 1)
𝑥 + 3𝑥 = 𝐴𝑥 + 𝐵 + (𝐶𝑥 + 𝐷)(𝑥 + 1)
Resolvendo o sistema A = 2 B = 0 C = 1 D = 0
𝑥 + 3𝑥 2𝑥 𝑥
𝑑𝑥 = 𝑑𝑥 + 𝑑𝑥
(𝑥 + 1) (𝑥 + 1) 𝑥 +1
Voltando a integral, percebe-se que a expressão é mais simples, e a integral pode ser resolvida utilizando
substituição imediata:
𝑥 + 3𝑥 −1 1
𝑑𝑥 = + 𝑙𝑛( 𝑥 + 1) + 𝑐
(𝑥 + 1) (𝑥 + 1) 2
119
5𝑥 + 4
𝑎. 𝑑𝑥
𝑥 + 3𝑥 − 10
𝑥𝑑𝑥
𝑏.
(𝑥 − 1) . (𝑥 + 2)
120
8𝑥 + 3𝑥 + 20
𝑐. 𝑑𝑥
(𝑥 + 1) (𝑥² + 4)
𝑥 + 2𝑥 + 4𝑥 + 2
𝑑. 𝑑𝑥
(𝑥 + 1)
121
Nem sempre a decomposição em frações parciais é dada de forma explícita, nesse caso, primeiramente, é
necessário fazer uma substituição para em seguida utilizar o processo de decomposição em frações parciais.
𝑒
𝑒. 𝑑𝑥
𝑒 + 3𝑒 + 2
Respostas:
𝑦= , eixo 𝑥, 𝑥 = 0 e 𝑥 = 1.
EXERCÍCIOS
1. Calcule as integrais, em seguida, verifique se os resultados obtidos estão corretos.
a) ∫ ( )( )( )
𝑑𝑥
b) ∫ ( )
𝑑𝑥
c) ∫ ( )
𝑑𝑥
d) ∫ 𝑑𝑥
e) ∫ 𝑑𝑥
f) ∫ 𝑑𝑥
𝑥
𝑎) 𝑑𝑥
𝑥 − 2𝑥 − 3
𝑥³
𝑏) 𝑑𝑥
𝑥 + 2𝑥 + 1
1
𝑐) 𝑑𝑥
(𝑥 + 1)(𝑥 + 1)
3. Mostre que:
𝑑𝑢 1 𝑢−𝑎
= 𝑙𝑛
𝑢 −𝑎 2𝑎 𝑢+𝑎
125
a) ∫ ( ) ( )
𝑑𝑥
b) ∫ ( )
c) ∫ ( )( )
d) ∫ ( )( )
𝑑𝑥
e) ∫ ( ) ( )
𝑑𝑥
f) ∫ ( )( )
𝑑𝑥
g) ∫ ( )( )
𝑑𝑥
h) ∫ ( )( )
𝑑𝑥
a) ∫ 𝑑𝑥
b) ∫ 𝑑𝑥
c) ∫ 𝑑𝑥
d) ∫ 𝑑𝑥
e) ∫ 𝑑𝑥
f) ∫ 𝑑𝑥
g) ∫ 𝑑𝑥
h) ∫ ( )( )
𝑑𝑥
a) ∫ 𝑑𝑥
b) ∫ 𝑑𝑥
c) ∫ 𝑑𝑥
d) ∫ 𝑑𝑥
126
cos 𝑥
𝑏) 𝑑𝑥
𝑠𝑒𝑛 𝑥 + 𝑠𝑒𝑛 𝑥 − 6
1
𝑐) /
𝑑𝑥
𝑥 − √𝑥
√𝑥 + 1
𝑑) 𝑑𝑥
𝑥
127
Respostas:
1.
d) + 2𝑥 + 𝑐
( )
e) 𝑙𝑛 ( )
+𝑐
( )
f) 𝑙𝑛 +𝑐
√ √
2.
a)
b) 3 ln 2 − 2
c)
4.
a) ( )
+ 𝑙𝑛|𝑥 − 1| + 𝑙𝑛|𝑥 + 2| + 𝑐
b) +𝑙𝑛 √
+𝑐
c) 𝑙𝑛|𝑥 − 1| − 𝑙𝑛|𝑥 + 4| − 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 + 𝑐
d) 𝑙𝑛|𝑥| − 𝑙𝑛|𝑥 + 1| + 𝑙𝑛|2𝑥 + 3| + 𝑐
e) 3𝑙𝑛|𝑥 − 2| − − 3𝑙𝑛|𝑥 − 3| − +𝑐
f) 2𝑙𝑛|𝑥 − 1| + 𝑙𝑛(𝑥 + 1) − 3𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔𝑥 + 𝑐
g) 𝑙𝑛(𝑥 + 1) − 3𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔𝑥 + √2𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 +𝑐
√
5.
a) + 𝑙𝑛|𝑥 + 5| + 𝑐
√
b) 𝑙𝑛|𝑥 − 1| − 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 +𝑐
√
c) − 𝑙𝑛|𝑥| + 𝑙𝑛|𝑥 + 2| + 𝑙𝑛|𝑥 − 1| + 𝑐
d) 𝑙𝑛|𝑥 + 2| + +𝑐
e) − 𝑙𝑛|𝑥| + + 𝑙𝑛|𝑥 − 4| + 𝑐
128
f) 𝑙𝑛|𝑥| − 𝑙𝑛(𝑥 + 2) + 𝑐
g) 𝑙𝑛|𝑥| − 𝑙𝑛(𝑥 + 9) + 𝑐
h) 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔𝑥 − 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 + 𝑐
6.
a) − 2𝑥 + + 2𝑙𝑛|𝑥 + 2𝑥| + 𝑐
b) 𝑥 − 𝑙𝑛|𝑥| + 2𝑙𝑛|𝑥 − 1| + 𝑐
c) 𝑥 + 𝑙𝑛 +𝑐
d) 𝑥 + 𝑙𝑛|𝑥 − 1| − 𝑙𝑛(𝑥 + 𝑥 + 1) + 𝑐
7.
a) 𝑙𝑛 +𝑐
b) 𝑙𝑛 +𝑐
√
c) 𝑙𝑛 +𝑐
√
√
d) 2√1 + 𝑥 + 𝑙𝑛 +𝑐
√
129
Na definição de integral definida, considera-se a função integranda contínua num intervalo fechado e
limitado. Mas, pode-se ampliar esta definição para os seguintes casos:
CASO 01: Funções definidas em intervalos do tipo [𝒂, ∞), (−∞, 𝒃] 𝒐𝒖 (−∞, ∞), ou seja, para todo x ≥ a ou
x ≤ b ou para todo x R, respectivamente.
CASO 02: Função integranda é descontínua em um ponto c tal que c [a, b].
As integrais destas funções são chamadas integrais impróprias. As integrais impróprias são de grande
utilidade em diversos ramos da Matemática como, por exemplo, na solução de equações diferenciais
ordinárias via transformadas de Laplace e no estudo das probabilidades, em Estatística.
Primeiramente note que a região R é ilimitada e não é claro o significado de "área" de tal região.
1
Seja Rb a região determinada pelo gráfico de y e 1 x b.
x2
A área de Rb é: 𝐴 = ∫ 𝑑𝑥
−1 1
𝐴= =1−
𝑥 𝑏
É intuitivo que para valores de b muito grandes a região limitada Rb é uma boa aproximação da região
ilimitada R. Isto induz a escrever:
1
𝐴 = lim 1 − = 1 𝑢. 𝑎.
→ 𝑏
É comum representar:
∞
1
𝐴= 𝑑𝑥
𝑥
130
Esta integral é um exemplo de integral imprópria com limite de integração infinito. Motivado pelo raciocínio
anterior tem-se as seguintes definições:
Se os limites existirem e forem finitos, as integrais impróprias são ditas convergentes. Caso contrário são ditas
divergentes.
1
2. 𝑑𝑥
𝑥
131
𝑑𝑥
3.
𝑥 +1
1 se x 1
4. ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 tal que f ( x)
0 se x 1
132
A transformada de Laplace permitirá que obtenhamos a solução de uma equação diferencial ordinária de
coeficientes constantes através da resolução de uma equação algébrica.
Se f é descontínua em b, então:
Se f é descontínua em a, então:
Se nas definições anteriores os limites existirem, as integrais impróprias são ditas convergentes. Caso
contrário são ditas divergentes.
𝑑𝑥
6.
√𝑥 − 2
134
7. 𝑙𝑛 𝑥𝑑𝑥
1
8. 𝑑𝑥
𝑥−1
135
EXERCÍCIOS:
a. ∫
√
b. ∫
c. ∫
d. ∫ 4𝑒 𝑑𝑥
e. ∫
f. ∫
g. ∫
h. ∫ 𝑥𝑒 𝑑𝑥
i. ∫
√
136
a. ∫ 𝑑𝑥
√
b. ∫ 𝑑𝑥
c. ∫ 𝑑𝑥
d. ∫ ( )
𝑑𝑥
e. ∫ √
𝑑𝑥
f. ∫ 𝑑𝑥
√
g. ∫ 𝑙𝑛 𝑥 𝑑𝑥
h. ∫ √
𝑑𝑥
1
𝑎) 𝑑𝑥
𝑥(𝑙𝑛𝑥)
1
𝑏) 𝑑𝑥
𝑥(𝑙𝑛𝑥)
Respostas:
1. a) 1 u.a. b) 2𝜋 𝑢. 𝑣.
2. ln 2 𝑢. 𝑎.
g) 𝜋 h) −1 i) 2
e) f) 2 g) -1 h) -1
É comum nos depararmos com conjuntos de números que são operados essencialmente da mesma maneira. Então,
podemos tratá-los em bloco, de forma única, através do uso de matrizes.
Em meados do século XIX, as matrizes tiveram sua importância detectada e saíram da sombra dos determinantes. O
primeiro a lhes dar um nome parece ter sido Cauchy, por volta de 1826. Ele as chamou de tableau (= tabela).
O nome matriz só veio com James Joseph Sylvester, 1850. Seu amigo Cayley, com sua famosa Memoir on the Theory of
Matrices, 1858, divulgou esse nome e mostrou sua utilidade. O significado coloquial da palavra matriz é: local onde algo
se gera ou cria. Sylvester as vias como "...um bloco retangular de termos... o que não representa um determinante, mas
é como se fosse uma MATRIZ a partir da qual podemos formar vários sistemas de determinantes, ao fixar um número
p e escolher à vontade p linhas e p colunas...". Observe que Sylvester ainda via as matrizes como mero ingrediente dos
determinantes. É só com Cayley que elas passam a ter vida própria e gradativamente começam a suplantar os
determinantes em importância. A referência mais antiga a matrizes, entretanto, data de aproximadamente do ano
2500 a.C., no livro chinês Chui-Chang Suan-Shu (Nove capítulos sobre a arte matemática). Este livro apresenta
problemas sobre a mensuração de terras, agricultura, impostos, equações, etc. Um destes problemas é resolvido com
cálculos efetuados sobre uma tabela, tais como efetuamos hoje com as matrizes. Atualmente, as matrizes são muito
utilizadas em várias áreas de conhecimento. Suas aplicações se dão na Matemática, Física, Engenharia, Estatística e
Computação.
Uma matriz real (ou complexa) m x n, sendo m e n ≥ 1 é uma tabela formada por m linhas e n colunas.
Representação: A = (aij)
O elemento genérico da matriz A, é representado por aij indicando a posição desse elemento na matriz A.
a11 a12 ... ... a1n a11 a12 ... ... a1n
a
21 a 22 ... ... a 2 n a 21 a 22 ... ... a 2 n
A = ... ... ... ... ... A = ... ... ... ... ...
... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
a m1 ... a mn a ... a mn
am2 ... m1 am2 ...
Exemplo 1:
1 2 1 9 −7 8
5 0
A = (−1 5) B=( ) C = (5 2 −1 3)
1 −3
0 7 0 7 6 7
138
Conceitos básicos
Ordem: Se a matriz A tem m linhas e n colunas, dizemos que a ordem da matriz é m×n.
Posição de um elemento: A posição de cada elemento aij=a(i,j) é indicada pelo par ordenado (i,j).
Notação para a matriz: Indicamos uma matriz A pelos seus elementos, na forma: A=[a(i,j)].
Tipos de matrizes
i. Matriz retangular: é a matriz que tem o número de linhas é diferente do número de colunas, ou seja,
m≠n.
ii. Matriz linha: é toda matriz do tipo 1 x n.
iii. Matriz coluna: é toda matriz do tipo m x 1.
iv. Matriz nula: é aquela que possui todos os elementos iguais a zero.
v. Matriz quadrada: é a matriz que tem o número de linhas igual ao número de colunas, ou seja, m = n.
1. Diagonal principal: A diagonal principal da matriz quadrada é indicada pelos elementos da
forma a(i,j) onde i = j.
2. Traço T(A): é a soma dos elementos da diagonal principal da matriz A.
6 −1 8
Exemplo 3: 𝐴 = (−1 5 2)
7 2 −3
Traço T(A) = 6 + 5 – 3 = 8
3. Diagonal secundária: A diagonal secundária de uma matriz quadrada A de ordem (m x m) é
o conjunto dos elementos que possuem a soma dos índices igual a m + 1, ou seja:
A ={𝑎𝑖𝑗 |𝑖 + 𝑗 = 𝑚 + 1} = {𝑎1𝑚 , 𝑎2,𝑚−1 , . . . , 𝑎𝑚1 }
Lembrando que só existe diagonal principal e secundária em matrizes quadradas.
vi. Matriz diagonal: é uma matriz quadrada que tem todos os elementos nulos fora da diagonal principal.
Alguns elementos da diagonal principal podem ser nulos.
4 0 0
Exemplo 4: 𝐴 = (0 1 0 )
0 0 −3
vii. Matriz identidade: é denotada por In, tem os elementos da diagonal principal iguais a 1 e zero fora da
diagonal principal.
1 0 0
1 0
Exemplo 5: I 2 = e I3 = 0 1 0
0 1 0 0 1
139
viii. Matriz triangular superior: possui todos os elementos abaixo da diagonal principal iguais a zero.
3 5 1
Exemplo 6: 𝐴 = (0 −2 0)
0 0 7
ix. Matriz triangular inferior: possui todos os elementos acima da diagonal principal iguais a zero.
8 0 0
Exemplo 7: 𝐴 = (1 7 0)
4 −1 0
x. Matriz escalar: é uma matriz diagonal onde a11 = a22 = a33 = ... = ann
7 0 0
Exemplo 8: 𝐴 = (0 7 0)
0 0 7
Matrizes iguais
Duas matrizes 𝐴 = [𝑎(𝑖, 𝑗)] e 𝐵 = [𝑏(𝑖, 𝑗)], de mesma ordem m×n, são iguais se todos os seus
correspondentes elementos são iguais, isto é, 𝑎(𝑖, 𝑗) = 𝑏(𝑖, 𝑗).
Exemplo 12: As matrizes A e B definidas a seguir tem ordem 2, somente serão iguais se c = 0 e b = 3.
2 0 2 𝑐
𝐴=[ ] 𝐵=[ ]
−1 𝑏 −1 3
Adição de matrizes
A soma (adição) de duas matrizes 𝐴 = [𝑎(𝑖, 𝑗)] e 𝐵 = [𝑏(𝑖, 𝑗)] de mesma ordem m×n, denotada por 𝐴 + 𝐵,
é uma outra matriz 𝐶 = [𝑐 (𝑖, 𝑗)], definida por: 𝑐(𝑖, 𝑗) = 𝑎(𝑖, 𝑗) + 𝑏(𝑖, 𝑗).
Multiplicação de matrizes
Seja a matriz A=[a(i,j)] de ordem m×n é a matriz B=[b(k,j)] de ordem nxp. Definimos o produto das matrizes
A e B como uma outra matriz de ordem mxp C=A.B, definida por:
n
cij = aik .bkj
k =1
Podemos visualizar esta operação através das matrizes seguintes. Basta observar a linha em destaque na
primeira matriz, a coluna em destaque na segunda matriz e o elemento em destaque na terceira matriz.
Observação: Somente podemos multiplicar duas matrizes se o número de colunas da primeira for igual ao
número de linhas da segunda.
142
Exemplo 15:
A3x2 x B2x5 = (AB)3x5
A4x1 x B2x3 = Não existe
A2x7 x B7x1 = (AB)2x1
Atenção:
Nulidade do produto: Pode acontecer que o produto de duas matrizes seja a matriz nula, isto é: A.B = 0,
embora nem A nem B sejam matrizes nulas.
Exemplo 16:
𝟎 𝟏 𝟎 𝟐 𝟎 𝟎
( ).( )=( )
𝟎 𝟎 𝟎 𝟎 𝟎 𝟎
Nem sempre vale o cancelamento: Se ocorrer a igualdade A.C = B.C, nem sempre é verdadeiro que A = B.
Existem exemplos de multiplicação entre matrizes que são iguais, mas as matrizes A e B são diferentes.
Exemplo 17:
𝟎 𝟏 𝟎 𝟓 𝟎 𝟐 𝟎 𝟓
( ).( )=( ).( )
𝟎 𝟎 𝟎 𝟎 𝟎 𝟎 𝟎 𝟎
Exemplo 18:
2 0 2 0 4 6 8
2 3 4 13 −2 2 3 4
A.B = ( ) . −1 2 ) = (
( ) B.A =(−1 2 ) . ( (
)= 0 −3 −6)
1 0 −1 −1 2 1 0 −1
3 −2 3 −2 4 9 14
143
10.3 DETERMINANTES
Para entender a definição de determinante é necessário entender o que são permutações e inversões.
Permutação: Seja S = {1,2,...,n}, com n IN* , ordenados em ordem crescente. Uma outra ordem { j1,j2,...,jn }
dos elementos de S é chamada de permutação de S.
Exemplo 19:
S = {1,2,3,4}. Então 3214 é uma permutação de S, assim se formarmos todas as permutações possíveis com
os elementos de S teremos 24 permutações, ou seja, 4! = 24. Generalizando n!
S = {1,4,9}. Então S3 tem 3! = 6 permutações: 149, 419, 941, 194, 491, 914.
Inversão: Uma permutação j1,j2,...,jn do conjunto S = {1,2,...,n} tem uma inversão se um inteiro jr precede um
inteiro menor js. Uma permutação é dita par se o número total de inversões é par. De forma análoga, uma
permutação é dita ímpar se o número total de inversões é ímpar.
𝑛! 𝑛!
Note que se n 2, Sn tem permutações pares e ímpares.
2 2
Exemplo 20:
Seja S = {1,4,9}. Então a permutação 194 é ímpar, pois o 9 está antes do 4 (uma inversão).
Seja A =[aij ] uma matriz de quadrada. O determinante de A, cuja notação pode ser dada por det(A) ou por
|A|, é determinado por:
pn
det( A) = (−1) ni . a1 j1 . a2 j2 . (...) . anjn
p1
a a12
Se A é uma matriz de ordem 2 tem-se: A = 11 , então det A = a11.a22 – a12.a21
a 21 a 22
Se a matriz A for de ordem três, usando o processo anterior tem-se a regra de Sarrus. Dada uma matriz A
quadrada de ordem três, repete-se à direita, a 1a e a 2a colunas, multiplicando os elementos seguindo cada
diagonal, observando sempre o sinal, como no esquema:
Temos então: det (A) = a11a22a33 + a12a23a31 + a13a21a31 – a13a22a31 – a11a23a32 – a12a21a33
Se a matriz tiver ordem maior que três, podem ser utilizadas as propriedades descritas a seguir, ou o teorema
de Laplace que reduz a ordem da matriz.
145
D1: O determinante de uma matriz e o de sua transposta são iguais, ou seja, det(A) = det(AT).
Exemplo 21:
1 2 1 3
| | = 4 – 6 = -2 | |=4–6=-2
3 4 2 4
D2: Se uma matriz B é obtida de uma matriz A trocando-se duas linhas ou colunas de A, então:
det(B) = – det(A)
Exemplo 22:
1 2 2 1
| |= - 2 | |=6–4=2
3 4 4 3
D3: Se a matriz A tem uma linha ou uma coluna nula, então det(A) = 0.
Exemplo 23:
1 0 1 2
| |=0 | |=0
3 0 0 0
D4: Se duas linhas ou colunas da matriz A são iguais ou proporcionais então det(A) = 0.
Exemplo 24:
1 2 1 2
| |=2–2=0 | |=4–4=0
1 2 2 4
D5: Seja A uma matriz quadrada de ordem n. Se na matriz A uma linha (ou coluna) é uma combinação linear
das demais linhas (ou colunas), então det(A) = 0.
Exemplo 25:
1 2 1
𝐴 = [2 1 −1], então det(A)=0, pois L3 = 2L1 + L2
4 5 1
D6: Se B é obtida multiplicando-se uma linha ou coluna de A por um número real “c”, então
det(B) = c . det(A)
Exemplo 26:
1 2 1.2 2 2 2
| |=-2 | |=| | = 8 – 12 = -4
3 4 3.2 4 6 4
D9: Se a matriz A é uma matriz triangular superior (ou inferior), então o determinante da matriz A é igual o
produto dos elementos da diagonal principal, ou seja,
det(A) = a11 . a22 . a33 . . . ann
Exemplo 28:
−1 0 0
𝐴 = [ 2 1 0] é triangular, então det(A) = (- 1).1.4 = - 4.
−3 1 4
D10: Se todos os elementos de uma linha ou coluna de uma matriz quadrada se descompõem em duas somas,
então seu determinante é igual a soma dos determinantes que têm nessa linha ou coluna o primeiro e a
segunda soma respectivamente, sendo os elementos restantes iguais aos determinantes iniciais.
Exemplo 29:
𝑎 𝑏 𝑐 𝑎 𝑏 𝑐 𝑎 𝑏 𝑐
| 𝑑 𝑒 𝑓 | = |𝑑 𝑒 𝑓| + |𝑑 𝑒 𝑓|
𝑔+𝑗 ℎ+𝑘 𝑖+𝑙 𝑔 ℎ 𝑖 𝑗 𝑘 𝑙
D11: Um determinante não se altera quando somamos, a uma fila, outra fila paralela previamente multiplicada
por um número real diferente de zero.
Exemplo 30:
1 2
| |=-2
3 4
Se for feita a seguinte combinação linear L2 = - 3L1 + L2 tem-se o seguinte determinante
1 2
| | = - 2.
0 −2
Cofator: Dada uma matriz A de ordem n, chama-se cofator de aij e indica-se Aij o número real obtido
multiplicando-se (-1)i+j pelo determinante da matriz que se obtém da matriz A, excluindo-se a linha i e a coluna
j do elemento aij.
1 3 0
Exemplo 31: Dada da matriz 𝐴 = [ 0 5 0 ], calcule:
−1 2 −2
Os cofatores A13, A23 e A33
0 5
𝐴13 = (−1)1+3 . | | = +5;
−1 2
1 3
𝐴23 = (−1)2+3 . | | = −(2 + 3) = −5;
−1 2
1 3
𝐴33 = (−1)3+3 . | | = +5
0 5
Teorema de Laplace
O determinante de uma matriz quadrada A é o número real obtido através da soma dos produtos dos
elementos de uma linha (ou uma coluna), pelos seus respectivos cofatores.
Exemplo 32: tomando os resultados do exemplo anterior: a13.A13 + a23.A23 + a33.A33 .
Regra de Chió
• Escolhe-se o pivô (que precisa ser um número 1) e a partir dele se exclui sua linha e coluna.
• Subtraia de cada elemento da nova matriz o produto dos elementos que pertenciam a sua linha e
coluna e que foram retirados.
• Multiplique o determinante da nova matriz por (-1)i+j, sendo i e j a posição do elemento pivô.
• O determinante a ser calculado possui o mesmo valor da matriz inicial e possui uma ordem a menos.
Observação: Caso não haja nenhum elemento 1 (um) na matriz divida uma fila por algum elemento de modo
que apareça o elemento 1 e não se esqueça de multiplicar esse elemento ao resultado final do determinante
Exemplos:
1 𝑎 𝑏
2 − 𝑎. 𝑐 3 − 𝑏. 𝑐
33. | 𝑐 2 3| → | |
4 − 𝑎. 𝑑 5 − 𝑏. 𝑑
𝑑 4 5
1 3 0 5 − 3.0 0 − 0.0 5 0
34. | 0 5 0 | → | |=| | = - 10
2 − 3. (−1) −2 − 1.0 5 −2
−1 2 −2
A matriz de Vandermonde é uma matriz em que os termos de cada linha estão em progressão geométrica.
Uma matriz de Vandermonde de ordem m × n tem a forma geral:
Exemplo 35:
1 1 1 1 𝑎 𝑎2
|𝑎 𝑏 𝑐 | = |1 𝑏 𝑏 2 | = (𝑏 − 𝑎)(𝑐 − 𝑎)(𝑐 − 𝑏)
𝑎2 𝑏2 𝑐2 1 𝑐 𝑐2
Rubrica de correção:
EXERCÍCIOS:
1 2
1 1 1
1. Dadas as matrizes 𝐴 = ( ) e 𝐵 = (2 1), calcule se existir:
2 3 4
3 3
a) A + B b) At + B c) A + Bt
1 1
3 2
2. Dadas as matrizes 𝐴 = (2 −1 3), 𝐵 = (−1 1) e 𝐶 = ( ), calcule, se existir:
1 5
2 0
2 3 8 5 −7 −9 0 9 8
3. Dadas as matrizes 𝐴 = ( ),𝐵 =( )e 𝐶 =( ), calcule, se existir:
4 −1 −6 0 4 1 1 4 6
a) X = 4A - 3B + 5C b) At c) A.Bt d) B.C
4. Calcular os produtos:
3 2 2
2 1 5
a) ( ) . (−1) b) (1) . (1 −5 2) c) (1 2 −1). (−1)
4 −1 3
2 4 −1
1 −2 0
5. Sendo 𝐴 = [ 2 1 −1], calcular A2.
−1 0 1
7 𝑎2 3 + 𝑚
6. Sabendo-se que a matriz [ 9 8 2𝑎 ] é simétrica, calcule os valores de “a” e “m”.
−1 −6 0
1 2 3
7. Seja a matriz 𝐴 = [4 5 6 ] , calcule o det(A) utilizando:
0 2 −1
a) Regra de Sarrus b) Teorema de Laplace c) Regra de Chió
149
1 2 0 3
3 8 1 5
8. Calcule o determinante a seguir: | |
−1 2 1 −3
0 4 2 2
2 0 1
1 2
9. Determine o traço de cada uma das matrizes A = e B = 2 3 − 5 .
4 3 − 1 0 − 1
m+n 3
10. Seja A= (a ij )2 x 3 , onde a ij =i + j. Determine m, n e p em B=
4
para que A=B.
n − 1 m − 2 p 5
2i + j , se i j
11. Escreva a matriz A= (a ij )2 x 3 , onde aij =
i − j , se i j
12. Sendo A= (a ij )3x 2 , onde a ij =2i-j, e B= (bij )3x 2 , com bij = i 2 + j , calcule:
c) ( A + B )
t
a) A – B b) B – A d) A Bt
2 3 c
13. Sendo a matriz A= 3 4 y simétrica, determine c e y.
0 2 3
2 2
14. Sendo A= , calcule A2 + 4 A − 5I 2 .
1 2
19. Utilize a condição dada e se baseie nas propriedades para obter os determinantes a seguir:
a b 4c 4d
a) Sendo = k calcule
c d −a −b
m n 2m 2p
b) Sendo = k , calcule
p q − 3n − 3q
x y 1 x y 1
c) Sendo a b 1 = d , calcular c d 1.
c d 1 a b 1
x y 1 x 1 y
d) Sendo a b 1 = d , calcular: c 1 d .
c d 1 a 1 b
1 0 1 / 2 − 1 1 3 − 1/ 2 1
− 2 5 2 − 3 1 −2 −2 3
20. Sejam as matrizes A = e B= .
1 −1 2 1 − 1 1 1 1
− 5 1 3 / 2 0 5 − 1 1/ 2 5
a) Determine o elemento c34 da matriz C = ( A + B) .
b) Determine o elemento c23 da matriz D = AB.
2 −1 2y
21. Se a matriz A = x 0 z − 1 é simétrica, calcule x + y + z.
4 3 2
151
Respostas:
2 4
2 3 4
1a) Incompatível b) [3 4] c) [ ]
4 4 7
4 7
4 7 2 0 2
5 −1 6 11 16
2a) [9 1] b) Incompatível c) [−2 3] d) [ ] e) [ ] f) [0 2 −2]
6 4 2 8 27
6 4 2 −2 4
2 4
−7 78 99 −83 20
3a) [ ] b) [3 −1] c) [ ] d) Incompatível
21 4 3 81 −10
8 −6
2 −10 4
15
4a) [ ] b) [1 −5 2] c) (1)
9
4 −20 8
−3 −4 2
5) [ 5 −3 −2]
−2 2 1
6) 𝑎 = −3 e 𝑚 = −4
7) 15
8) -20
9) 𝑡𝑟(𝐴) = 4 e 𝑡𝑟(𝐵) = 4
10) 𝑝 = −3, 𝑛 = 4 e 𝑚 = −2
3 −1 −2
11) [ ]
5 6 −1
−1 −3 1 3 2 5 10
3 8 15
12a) [−2 −4] b) [2 4] c) [ ] d) [12 27 52]
3 8 15
−5 −7 5 7 22 45 94
13) 𝑐 = 0 e 𝑦 = 2
9 16
14) [ ]
8 9
15) Não, pois o produto de duas matrizes não nulas podem ser uma matriz nula.
16) Falso, pois o produto de matrizes não satisfaz a propriedade comutativa 𝐴𝐵 ≠ 𝐵𝐴.
17a) Linha 3 = 2 Linha 1 b) Coluna de zeros c) Coluna 1 = - 2 Linha 3
18a) -18 b) x²-y² c)81 d) 29 e) 6 f) 78 g) 12
19a) 4k b) -6k c) -d d) d
20a) 2 b) -17/2
21) 5
152
153
Uma matriz m x n é dita na forma escada reduzida por linhas se satisfaz as seguintes propriedades:
a) Todas as linhas nulas, se existirem, devem estar abaixo de todas as linhas não nulas.
b) O primeiro elemento não nulo (da esquerda para a direita) de cada linha não nula é 1 (chamado de pivô).
c) Se as linhas “i” e “i+1” são duas linhas sucessivas não nulas, então o primeiro elemento não nulo da linha
“i+1” está à direita do primeiro elemento não nulo da linha “i”.
d) Se uma coluna contém o primeiro elemento não nulo de alguma linha, então todos os outros elementos
desta coluna são iguais a zero.
1 0 0 3 0
1 0 0 4 1 2 0 0 2 0 0 1 0 0
𝐴 = [0 1 0 5] B = [0 0 1 0 1] C= 0 0 0 0 1
0 0 1 2 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0
[0 0 0 0 0]
1 0 3 4 1 2 3 4
1 2 0 4 1 0 3 4
0 1 −2 5 0 1 −2 5
𝐷 = [0 0 0 0] E = [0 2 −2 5] F=[ ] G=[ ]
0 1 2 2 0 0 1 2
0 0 1 −3 0 0 1 2
0 0 0 0 0 0 0 0
Para colocar uma matriz na forma escada reduzida por linhas, realizam-se as operações elementares entre
linhas, do tipo:
1
Exemplo 3: Multiplicar todos os elementos da 2ª linha por 4.
1 3 5 1 3 5
1
[0 4 12] → 𝐿 (
2 4 ) ~ [ 0 1 3]
0 0 2 0 0 2
Exemplo 4: Substituir os elementos da 1ª linha pela soma deles com os elementos correspondentes da 2ª
linha previamente multiplicados por -3.
1 3 5 → 𝐿1 = 𝐿1 + 𝐿2 (−3) 1 0 −4
0 1 3 ~ [0 1 3 ]
0 0 2 0 0 2
1 2
Exemplo 5: Coloque a matriz 𝐵 = [ ] na forma escada reduzida por linhas.
3 −5
155
Uma matriz quadrada de ordem n A = (aij) é inversível ou não singular, se existe uma matriz quadrada B de
ordem n tal que A.B = B.A = In, onde In é a matriz identidade e B será representada por A-1.
1 3
1 3
Exemplo 6: Sejam 𝐴 = [ ] e 𝐵 = [41 8 1].
2 −2 −8
4
1 0
Fazendo 𝐴. 𝐵 = [ ], ou seja, a matriz identidade.
0 1
Portanto, conclui-se que B é a matriz inversa de A e A é invertível.
Se uma matriz A admite inversa, sua matriz escalonada reduzida por linhas é a matriz identidade. A mesma
sucessão de operações elementares que transforma a matriz A na matriz identidade, transforma a matriz
identidade na inversa da matriz A.
1 0 2
𝑎) 𝐴 = [2 −1 3]
4 1 8
Resolução:
1 0 2 1 0 0
[2 −1 3 0 1 0] → 𝐿2 = 𝐿2 + 𝐿1 (−2)
4 1 8 0 0 1 → 𝐿3 = 𝐿3 + 𝐿1 (−4)
1 0 2 1 0 0
[0 −1 −1 −2 1 0]
0 1 0 −4 0 1 → 𝐿3 = 𝐿3 + 𝐿2
1 0 2 1 0 0
[0 −1 −1 −2 1 0] → 𝐿2 (−1)
0 0 −1 −6 1 1 → 𝐿3 (−1)
1 0 2 1 0 0 → 𝐿1 = 𝐿1 + 𝐿3 (−2)
[0 1 1 2 −1 0 ] → 𝐿2 = 𝐿2 + 𝐿3 (−1)
0 0 1 6 −1 −1
1 0 0 −11 2 2
[0 1 0 −4 0 1]
0 0 1 6 −1 −1
−11 2 2
−1
A inversa da matriz A é a matriz 𝐴 = [ −4 0 1 ].
6 −1 −1
−11 2 2 1 0 2
b) Verifique se a matriz 𝐵 = [ −4 0 1 ] é inversa de 𝐴 = [2 −1 3]
6 −1 −1 4 1 8
Resolução:
1 0 2 −11 2 2 1 0 0
[2 −1 3] . [ −4 0 1 ] = [0 1 0]
4 1 8 6 −1 −1 0 0 1
Portanto, B é a matriz inversa de A
1 2 1
𝑐) 𝐶 = [2 1 1]
5 7 4
Resolução: C é uma matriz singular e seu determinante é zero. Portanto, C não possui inversa.
157
1 3
𝑎) 𝐴 = [ ]
2 5
𝑎 𝑏
𝑏) 𝐵 = [ ]
𝑐 𝑑
Considere que B é não singular, ou seja, det 𝐵 ≠ 0.
158
2 0 −1
Exemplo 9: Considere a matriz 𝐴 = [ 1 2 1 ]:
−2 1 2
a) Obtenha a matriz inversa.
Exemplo 10: Uma maneira de codificar uma mensagem é através de multiplicação por matrizes. Vamos
associar as letras do alfabeto aos números, segundo a correspondência abaixo:
A B C D E F G H I J L M N O P Q R S T U V W X Y Z
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
Suponhamos que a nossa mensagem seja “PUXA VIDA”. Podemos formar uma matriz 3 x 3 assim:
𝑃 𝑈 𝑋 15 20 23
[𝐴 − 𝑉 ], que usando a correspondência numérica fica: 𝑀 = [ 1 0 21]
𝐼 𝐷 𝐴 9 4 1
1 0 1
Seja C uma matriz qualquer 3 x 3 invertível, por exemplo: 𝐶 = [−1 3 1] .
0 1 1
−5 83 58
Multiplica-se a matriz da mensagem por C, obtendo 𝑀. 𝐶 = [ 1 21 22].
5 13 14
Transmite-se esta nova matriz (na prática, envia-se a cadeia de números – 5 83 58 1 21 22 5 13 14 ).
Quem recebe decodifica-a.
Pergunta-se:
Rubrica de correção:
EXERCÍCIOS:
2 7 0 − 3 7 − 28
1. Verificar se a matriz A = 1 3 4 é a matriz inversa da matriz B = 1 −2 8 .
0 0 1 0 0 1
1 0 1 0
1 1 0 1
𝐴=( )
0 0 1 1
1 1 1 1
1 1 −1 1
2 −1 1 0
𝐵=( )
1 −3 −2 0
1 1 1 1
1 0 0 0
2 1 0 0
𝐶=( )
3 2 1 0
4 3 2 1
−1 2 0 −8
0 −1 2 1
𝐷=( )
0 0 −1 1
0 0 0 −1
4 −1 2 −2
3 −1 0 0
𝐸=( )
2 3 1 0
0 7 1 1
161
1 0 0
𝐹 = (2 1 0)
0 0 1
1 3 1
𝐺 = (0 2 1)
3 11 4
1 2 1
𝐻 = (2 1 1)
1 2 2
−1 2 −3
𝐼=[ 2 1 0]
4 −2 5
2 2 1
(
𝐽= 2 1 −1)
3 2 1
1 2 3
𝐿 = (0 −3 −6)
7 8 9
−1 −2 −3
𝑀 = (−2 −4 −5)
−3 −5 −6
−3 −1 −3
𝑁 = ( 2 −4 −1)
−1 −2 −2
1 −2 −4
𝑂 = (−2 −1 2 )
3 0 −5
0 2 −1
𝑃=( 1 4 −2)
−1 −7 3
162
3. Uma maneira de codificar uma mensagem é através da multiplicação matricial. Associe as letras do alfabeto
aos números, segundo a correspondência abaixo:
A B C D E F G H I J K L M
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
N O P Q R S T U V W X Y Z
14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26
P U X
Suponhamos que a mensagem seja “PUXA VIDA”. Podemos formar uma matriz 33 assim: A − V , que
I D A
16 21 24
usando a correspondência numérica fica: M = 1 0 22
9 4 1
−1 1 0
Agora seja C uma matriz qualquer 33 invertível, por exemplo: C = 2 1 − 2
− 2 0 1
− 22 37 − 18
Multiplicando nossa matriz da mensagem M por C, obtemos M C = − 45 1 22 .
− 3 13 − 7
Transmitimos esta nova matriz M C . Quem recebe a mensagem, decodifica-a através da multiplicação pela
( )
inversa de C, isto é, fazendo (M C ) C −1 e posterior transcrição dos números para letras. C é chamada de
matriz chave para o código.
11 34 − 33
Questão: Com base nessas informações, supondo que você tenha recebido a matriz M C = 10 35 − 30
2 17 − 17
traduza a mensagem.
163
Respostas:
2.
1⁄ 3⁄ −1⁄ −1⁄
2 5 5 2
1 1 0 −1
1⁄ 1⁄ −2⁄ −1⁄
−1 −1 −1 2 2 5 5 2
𝐴−1 =( ) 𝐵 −1 =
0 −1 0 1 −1⁄ 0 0 1⁄
2 2
0 1 1 −1 −1⁄ −4⁄ 3⁄ 3⁄
( 2 5 5 2)
1 0 0 0 −1 −2 −4 2
−2 1 0 0 0 −1 −2 −3
𝐶 −1 =( ) 𝐷−1 =( )
1 −2 1 0 0 0 −1 −1
0 1 −2 1 0 0 0 −1
−1 −1 4 −2
1 0 0
−1 −3 −4 12 −6 −1
𝐸 =( ) 𝐹 = (−2 1 0)
11 14 −43 22
0 0 1
10 14 −41 21
0 2⁄ −1⁄ −1 0 1
3 3 −5 4 −3 5⁄ 1⁄ −4⁄
𝐻 −1 = ( 1 −1⁄ −1⁄ ) 𝐼 −1 = ( 10 −7 6 ) 𝐽−1 =( 3 3 3)
3 3 8 −6 5 −1⁄ −2⁄ 2⁄
−1 0 1 3 3 3
−1 3 −2 6 4 −11 5 −10 −8
𝑀−1 = ( 3 −3 1) 𝑁 −1 = ( 5 3 −9 ) 𝑂−1 = (−4 7 6)
−2 1 0 −8 −5 14 3 −6 −5
−2 1 0
𝑃−1 = (−1 −1 −1)
−3 −2 −2
As matrizes G e L não possuem inversa
164
165
Exemplo 2: Observe alguns casos de equações que não são classificadas como lineares:
a) 𝑥 3 + 4𝑥 2 + 3𝑥 − 1 = 0
b) 3𝑥 2 − 𝑦 3 = 2 = 0
c) 𝑥 − 2𝑦 + 3𝑧 4 = 2
1 1
d) 𝑥 + + 2𝑧 = −1
𝑦
e) sen x + cos y – ex = 0
Uma solução de equação linear 𝒂𝟏 𝒙𝟏 + 𝒂𝟐 𝒙𝟐 + ⋯ + 𝒂𝒏 𝒙𝒏 = 𝒃 é uma sequência de n números s1, s2, ...,sn
para quais a substituição nas incógnitas x1, x2, ...,xn tornam a equação uma afirmação verdadeira.
A solução, se existir, é expressa como um n-upla: (𝒔𝟏 , 𝒔𝟐 , … , 𝒔𝒏 ).
Para os valores x = - 1 e y = 3, ao serem substituídos na equação, não vão satisfazê-la, pois produz uma
sentença falsa. Portanto x = - 1 e y = 3 não é solução da equação.
166
2𝑥 + 𝑦 = 5
Exemplo 4: O sistema linear nas incógnitas “x” e “y” ou 2 x 2: {
𝑥 − 3𝑦 = 1
𝑥 + 2𝑦 − 𝑧 = 7
Exemplo 5: O sistema linear nas incógnitas “x”, “y” e “z” ou 3 x 3: { 3𝑥 + 𝑦 − 4𝑧 = 0
2𝑥 − 𝑦 + 7𝑧 = −1
Exemplo 6: Sistema linear arbitrário de m 1 equações e n 1 variáveis (x1, x2, x3,..., xn) ou m x n:
…
𝑎𝑚1 𝑥1 + 𝑎𝑚2 𝑥2 +. . . +𝑎𝑚𝑛 𝑥𝑛 = 𝑏𝑚
{
𝑥 + 2𝑦 − 𝑧 + 𝑤 = 0
Exemplo 7: Sistema homogêneo nas incógnitas “x”, “y”, “z” e “w” ou 3 x 4: { 3𝑥 + 𝑦 − 4𝑧 − 𝑤 = 0
2𝑥 − 𝑦 + 7𝑧 + 3𝑤 = 0
▪ Possível ou compatível:
o Possível e determinado (SPD): Quando o sistema admite uma única solução para as
incógnitas.
o Possível e indeterminado (SPI): Quando o sistema admite infinitas soluções para as
incógnitas.
▪ Impossível ou incompatível (SI): Quando o sistema não admite solução.
167
Retomando algumas operações com vetores (estudados em MSMF) pode-se definir as equações para retas e
para planos. Assim, pode-se compreender a representação geométrica das soluções dos sistemas lineares.
Equação da reta: Uma reta fica determinada ou definida por meio da posição e da direção, e é representada
por letras latinas minúsculas. A posição é assegurada por um ponto conhecido 𝑨(𝒙𝟏 , 𝒚𝟏 , 𝒛𝟏 ) e a direção
⃗ = (𝒂, 𝒃, 𝒄), não nulo, também conhecido como vetor diretor.
através de um vetor 𝒗
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑨𝑷 = 𝒕𝒗⃗ , para 𝒕 ∈ ℝ.
⃗
Reescrevendo o vetor como diferença de pontos, tem-se: 𝑷 − 𝑨 = 𝒕𝒗
⃗
Isolando o ponto P, tem-se: 𝑷 = 𝑨 + 𝒕𝒗
𝒙 = 𝒙𝟏 + 𝒂𝒕
Equações paramétricas da reta: 𝒓: {𝒚 = 𝒚𝟏 + 𝒃𝒕.
𝒛 = 𝒛𝟏 + 𝒄𝒕
Isolando t nas três equações, para a, b e c não nulos, e igualando tem-se as equações simétricas da reta:
𝑥−𝑥1 𝑦−𝑦1 𝑧−𝑧1
Equações simétricas da reta: 𝑟: = =
𝑎 𝑏 𝑐
𝑦 = 𝑚𝑥 + 𝑛
Equações reduzidas da reta em função da variável x: 𝑟: { 𝑧 = 𝑝𝑥 + 𝑞 , para 𝑃(0, 𝑛, 𝑞) e 𝑣 = (1, 𝑚, 𝑝).
𝑥 = 𝑚𝑦 + 𝑛
Equações reduzidas da reta em função da variável y: 𝑟: { 𝑧 = 𝑝𝑦 + 𝑞 , para 𝑃(𝑛, 0, 𝑞) e 𝑣 = (𝑚, 1, 𝑝).
𝑥 = 𝑚𝑧 + 𝑛
Equações reduzidas da reta em função da variável z: 𝑟: { 𝑦 = 𝑝𝑧 + 𝑞 para 𝑃(𝑛, 𝑞, 0) e 𝑣 = (𝑚, 𝑝, 1)
Exemplo 8: Determinar as equações paramétricas e reduzidas em função de y da reta r que passa pelo ponto
A(1,3,0) e tem a direção do vetor 𝑣 = (3,4, −1).
⃗ em 𝑷 = 𝑨 + 𝒕𝒗
Substituindo P, A e 𝒗 ⃗ , tem-se:
𝒙 = 𝟏 + 𝟑𝒕
Assim, tem-se as equações paramétricas da reta: {𝒚 = 𝟑 + 𝟒𝒕.
𝒛=𝟎−𝒕
𝒙−𝟏
𝒕= 𝟑
Isolando t nas três equações, tem-se: {𝒕 = 𝒚−𝟑.
𝟒
𝒕 = −𝒛
𝒙−𝟏 𝒚−𝟑
Igualando a primeira equação com a segunda equação, tem-se: = .
𝟑 𝟒
𝒚−𝟑
E a terceira equação com a segunda, tem-se:−𝒛 = .
𝟒
𝟑𝒚−𝟓
𝒙= 𝟒
Isolando as variáveis x e z, para que as equações fiquem em função de y, tem-se: { −𝒚+𝟑
𝒛= 𝟒
𝟑𝒚−𝟓
𝒙 = 𝟏 + 𝟑𝒕 𝒙= 𝟒
Portanto, as equações paramétricas da reta são: 𝒓: {𝒚 = 𝟑 + 𝟒𝒕 e as equações reduzidas são 𝒓: { −𝒚+𝟑
𝒛=𝟎−𝒕 𝒛= 𝟒
EXERCÍCIOS:
𝑥 = 2𝑡
2. Determine o ponto da reta 𝑟: {𝑦 = −1 + 2𝑡 que tem abscissa 2.
𝑧 = 2−𝑡
3. Determinar as equações reduzidas em função de x, da reta que passa pelo ponto A(4,0,-3) e tem a direção
⃗.
do vetor 𝑣 = 2𝑖 + 4𝑗 + 5𝑘
4. Determinar as equações reduzidas em função da variável independente z, da reta que passa pelos pontos
A(-1,0,3) e B(1,2,7).
Respostas:
1 5
𝑦 = 2𝑥 − 8 𝑥 = 2𝑧 − 2
1. 𝐴 ∈ 𝑟 𝑒 𝐵 ∉ 𝑟 2. P(2,1,1) 3. { 5 4. { 1 3
𝑧 = 2 𝑥 − 13 𝑦= 𝑧−
2 2
169
Equação do plano: Em plano fica determinado ou definida por meio da posição e de duas direções, e é
representada por letras gregas minúsculas. A posição é assegurada por um ponto conhecido 𝑨(𝒙𝟏 , 𝒚𝟏 , 𝒛𝟏 ) e
⃗ = (𝒂𝟏 , 𝒃𝟏 , 𝒄𝟏 ) e 𝒗
a direção através de dois vetores 𝒖 ⃗ = (𝒂𝟐 , 𝒃𝟐 , 𝒄𝟐 ) não paralelos, ou pelo vetor normal
⃗⃗ = (𝒂, 𝒃, 𝒄).
𝒏
⃗⃗⃗⃗⃗ = ℎ𝑢
𝐴𝑃 ⃗ + 𝑡𝑣
𝑃 − 𝐴 = ℎ𝑢
⃗ + 𝑡𝑣
𝑃 = 𝐴 + ℎ𝑢
⃗ + 𝑡𝑣
Assim:
𝑥 = 𝑥1 + 𝑎1 ℎ + 𝑎2 𝑡
{ 𝑦 = 𝑦1 + 𝑏1 ℎ + 𝑏2 𝑡
𝑧 = 𝑧1 + 𝑐1 ℎ + 𝑐2 𝑡
𝑛⃗ ⊥ ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝑃
⃗⃗⃗⃗⃗ = 0
𝑛⃗ . 𝐴𝑃
(𝑎, 𝑏, 𝑐). (𝑥 − 𝑥1 , 𝑦 − 𝑦1 , 𝑧 − 𝑧1 ) = 0
𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 + 𝑐𝑧 + 𝑑 = 0
170
EXERCÍCIOS:
2. Determinar a equação geral do plano determinado pelos pontos A(2,1,0), B(-4,-2,1) e C(0,0,1).
3. Determinar a equação geral do plano determinado pelos pontos A(2,1,3), B(-3,-1,3) e C(4,2,3).
4. Determinar a equação geral do plano que passa pelos pontos A(-3,-1,-2) e B(-1,2,1) e é paralelo ao vetor
⃗.
𝑣 = 2𝑖 − 3𝑘
Respostas:
1.a) (4,3,-2)
b) (1,9,2)
c) (0,-2,-1)
2. x – 2 y =0
3. z =3
4. 3x-4y+2z+9=0
171
Analisando um sistema linear de duas incógnitas x e y, pode-se avaliar a posição entre retas:
𝑥+𝑦 = 1
Exemplo 9: Sistema possível e determinado (SPD) {
2 𝑥 + 3𝑦 = 7
→ Solução x = - 4 e y = 5
Interpretando geometricamente, cada equação do sistema representa uma reta, essas retas são concorrentes
no ponto (- 4, 5) conforme gráfico a seguir.
𝑥 −2 𝑦 = − 2
Exemplo 10: Sistema possível indeterminado (SPI) {
2𝑥−4𝑦 =−4
→ Solução x = 2y – 2
Essa solução significa que se têm duas retas coincidentes. Observe o gráfico.
172
𝑥+𝑦 =2
Exemplo 11: Sistema impossível (SI) {
𝑥+𝑦 =−3
→ O sistema impossível caracteriza duas retas paralelas (conforme gráfico seguinte).
Analisando um sistema linear de três incógnitas x, y e z, pode-se avaliar a posição entre planos:
𝑥+𝑦+𝑧 =3
Exemplo 12: Sistema possível determinado (SPD) {0𝑥 + 2𝑦 + 𝑧 = 2
0𝑥 + 𝑦 + 2𝑧 = 2
5 2 2
→ Solução ( , , )
3 3 3
Interpretando geometricamente, cada equação do sistema representa um plano, esses planos são
5 2 2
concorrentes no ponto (3 , , ) conforme gráfico a seguir. Os três planos se interceptam segundo um único
3 3
ponto.
173
𝑥+𝑦+𝑧 =3
Exemplo 13: Sistema possível indeterminado (SPI) {0𝑥 + 𝑦 + 2𝑧 = 2
𝑥 + 0𝑦 − 𝑧 = 1
→ Solução (1 + z, 2 – 2z, z) z IR.
Representa três planos distintos que se interceptam segundo uma reta.
𝑥 + 2𝑦 + 𝑧 = 3
Exemplo 14: Sistema possível indeterminado (SPI) { 𝑥 − 2𝑦 − 𝑧 = −3
2𝑥 + 4𝑦 + 2𝑧 = 6
→ Solução: x + 2y + z = 3.
Representa três planos coincidentes.
174
𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 10
Exemplo 15: Sistema impossível (SI) {𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 20
𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 30
→ Não tem solução
A interpretação geométrica são três planos paralelos, distintos que não se interceptam.
175
Conforme visto anteriormente, um sistema linear é um conjunto de equações m equações lineares por n
variáveis.
𝑎11 𝑥1 + 𝑎12 𝑥2 +. . . +𝑎1𝑛 𝑥𝑛 = 𝑏1
.............
𝑎𝑚1 𝑥1 + 𝑎𝑚2 𝑥2 +. . . +𝑎𝑚𝑛 𝑥𝑛 = 𝑏𝑚
{
Podem ser efetuadas em sistemas de equações lineares, as mesmas operações elementares com linhas que
são efetuadas nas matrizes, permutação de linhas, multiplicação de uma linha por uma constante c ≠ 0 e
multiplicação de uma linha “r” por uma constante c ≠ 0 e soma deste resultado com outra linha “s”,
atualizando a linha “s” (combinação linear de linhas).
Quaisquer das operações elementares realizadas em equações de um sistema linear não alteram a solução
do sistema de equações. As operações elementares deixam o sistema de equações equivalente ao sistema
originalmente dado.
Exemplo 16: Observe o sistema de equações lineares e as operações elementares efetuadas no sistema:
2𝑥 + 𝑦 = 5
{
𝑥 − 3𝑦 = −1
2𝑥 + 𝑦 = 5 𝑥 − 3𝑦 = −1
{ ⇒{
𝑥 − 3𝑦 = −1 2𝑥 + 𝑦 = 5
2𝑥 + 𝑦 = 5 2𝑥 + 𝑦 = 5
{ ⇒{
𝑥 − 3𝑦 = −1 4𝑥 − 12𝑦 = −4
III) Substituição de uma equação pela sua soma com o produto de outra por um número não nulo:
2𝑥 + 𝑦 = 5 2𝑥 + 𝑦 = 5
{ ⇒{
𝑥 − 3𝑦 = −1 5𝑥 − 𝑦 = 9
Nos três casos as operações realizadas não alteram a solução do sistema inicial, ou seja, os sistemas são
equivalentes.
176
Todo sistema de equações lineares pode ter sua representação matricial, indicando em cada linha da matriz,
os coeficientes das incógnitas e o termo independente de cada equação que constitui o sistema.
A X B
Matriz A → matriz dos coeficientes
Matriz X → matriz das variáveis
Matriz B → matriz dos termos independentes
Assim, um sistema linear com m equações e n incógnitas fica representado pela equação matricial A.X = B.
Outra matriz que se pode destacar do sistema linear é a matriz ampliada ou completa do sistema:
𝑎11 𝑎12 . . . 𝑎1𝑛 𝑏1
𝑎21 𝑎22 . . . 𝑎2𝑛 𝑏2
𝐶=( )
... ... ... ... ...
𝑎𝑚1 𝑎𝑚2 . . . 𝑎𝑚𝑛 𝑏𝑚
Denomina-se posto da matriz dos coeficientes A ao número de linhas não nulas, após realizar as operações
elementares para obter a matriz escada.
Denomina-se posto da matriz ampliada ao número de linhas não nulas, após realizar as operações
elementares para obter a matriz escada.
Considere o sistema de “m” equações lineares e “n” incógnitas. p processo da redução a forma escalonada
ou processo de eliminação de Gauss consiste em reduzir à forma escalonada, encontra-se outro sistema de
equações equivalente ao sistema original, pois as operações elementares não modificam a solução do sistema
em questão.
Após o escalonamento, seja “r” o número de equações não nulas e com os coeficientes das incógnitas não
nulos e iguais a: 𝑎11 , 𝑎2𝑗 , … , 𝑎𝑟𝑘 . Esses coeficientes são os chamados pivôs de cada equação na forma
escalonada.
𝑎11 𝑥1 + 𝑎12 𝑥2 +. . . . . . . . . . . . . . . . +𝑎1𝑛 𝑥𝑛 = 𝑏1
𝑎2𝑗 𝑥𝑗 +. . . . . . . . . . . . . … + 𝑎2𝑛 𝑥𝑛 = 𝑏2
Considere, depois de escalonado: {
................................................
𝑎𝑟𝑘 𝑥𝑘 +. . +𝑎𝑟𝑛 𝑥𝑛 = 𝑏𝑟
Com as condições: 2 ≤ 𝑗 ≤ 𝑛, 𝑟 ≤ 𝑘 ≤ 𝑛
A discussão do sistema é:
i. Possível e determinado: r = n, apresentando solução única
ii. Possível e indeterminado: r < n, com grau de liberdade n - r, apresentando infinitas soluções.
iii. Impossível: 0x1 + 0x2 + ... + 0xn = b, com b 0, ou seja, não tem solução.
177
Importante: Nessa disciplina, utiliza-se especialmente o número 1 como pivô, para simplificar os cálculos no
escalonamento, porém, deve-se salientar que o pivô pode ser qualquer valor não nulo.
Teorema do posto: Considere o sistema linear 𝐴𝑋 = 𝐵 com n incógnitas, sendo r o posto da matriz dos
coeficientes A, e s o posto da matriz ampliada [𝐴 ⋮ 𝐵], pode-se discutir que o sistema tem solução sempre
que r = s e:
Exemplos:
𝑥 + 𝑦 − 𝑧 = −2
17. Discutir e resolver o sistema linear: { 2𝑥 + 3𝑦 + 𝑧 = 4
−3𝑥 + 5𝑦 + 2𝑧 = −5
178
2𝑥 + 𝑦 − 𝑧 = 1
19. Considere o sistema linear: { −𝑥 + 2𝑦 + 𝑧 = 0
3𝑥 − 𝑦 − 2𝑧 = 1
𝑥+𝑦−𝑧 =1
{2𝑥 + 3𝑦 + 𝑎𝑧 = 3
𝑥 + 𝑎𝑦 + 3𝑧 = 2
Sistema de equações lineares homogêneos é qualquer conjunto de equações lineares, em que os termos
independentes são todos iguais a zero.
...
𝑎𝑚1 𝑥1 + 𝑎𝑚2 𝑥2 +. . . +𝑎𝑚𝑛 𝑥𝑛 = 0
{
Todo sistema de equações lineares homogêneo sempre é possível, pois pelo menos a solução nula, zero,
trivial ou imprópria satisfaz o sistema de equações.
Exemplos:
21. Discuta e resolva o sistema homogêneo pelo método de Gauss:
𝑥 + 2𝑦 − 𝑧 = 0
{ 3𝑥 + 𝑦 + 4𝑧 = 0
−2𝑥 + 𝑦 − 2𝑧 = 0
Um sistema de equações possível determinado com m equações e n variáveis, com m = n pode ser
representado pela equação matricial AX = B, sendo A uma matriz quadrada de ordem n. Se a matriz A for
invertível, isto é, existir a matriz inversa A-1, significa que o sistema de fato é possível determinado.
(A-1.A).X = A-1.B
In . X = A-1.B → X = A-1.B
𝑥+𝑦 = 1
Exemplo 23: Resolva o sistema { utilizando matriz inversa.
2 𝑥 + 3𝑦 = 7
182
Rubrica de correção:
EXERCÍCIOS:
2𝑥 − 3𝑦 = 4
𝑎) {
6𝑥 − 9𝑦 = 15
3𝑥 + 2𝑦 − 5𝑧 = 8
𝑏) {2𝑥 − 4𝑦 − 2𝑧 = −4
𝑥 − 2𝑦 − 3𝑧 = −4
2𝑥 + 4𝑦 + 6𝑧 = −6
𝑐) {3𝑥 − 2𝑦 − 4𝑧 = −38
𝑥 + 2𝑦 + 3𝑧 = −3
2𝑥1 + 4𝑥2 = 0
𝑑) {16𝑥1 − 8𝑥2 = 0
12𝑥1 − 2𝑥2 = 0
𝑥 + 0𝑦 + 3𝑧 = −8
𝑒) {2𝑥 − 4𝑦 + 0𝑧 = −4
3𝑥 − 2𝑦 − 5𝑧 = 26
6𝑥 + 2𝑦 + 4𝑧 = 0
𝑓) {
−9𝑥 − 3𝑦 − 6𝑧 = 0
0𝑎 − 2𝑏 + 3𝑐 = 1
𝑔) {3𝑎 + 6𝑏 − 3𝑐 = −2
6𝑎 + 6𝑏 + 3𝑐 = 5
2𝑥 − 5𝑦 − 𝑧 = −8
ℎ) {3𝑥 − 2𝑦 − 4𝑧 = −11
−5𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = −9
183
𝑥 + 2𝑦 = −4
𝑖) {−3𝑥 + 4𝑦 = −18
2𝑥 − 𝑦 = 7
3𝑥 − 𝑦 = 1
𝑗) {−𝑥 + 2𝑦 = −2
2𝑥 + 4𝑦 = 0
3𝑥 + 𝑎𝑦 + 4𝑧 = 0
2. O sistema {𝑥 + 𝑦 + 3𝑧 = −5 não admite solução para que valores de a e b.
2𝑥 − 3𝑦 + 𝑧 = 𝑏
𝑎2 𝑥 + 𝑎𝑦 + 𝑧 = 1
3. O sistema {𝑎𝑥 + 𝑦 + 𝑏𝑧 = 1 é impossível para qual relação entre a e b.
𝑥 + 𝑏𝑦 + 𝑏 2 𝑧 = 1
𝑥 + 𝑦 − 2𝑧 = 0
4. Discutir o sistema: { −2𝑥 + 𝑦 + 4𝑧 = 1 .
3𝑥 + 2𝑦 − 6𝑧 = −1
𝑥+𝑦+𝑧+𝑡 +𝑤 =1
𝑥+𝑧+𝑡+𝑤 =2
5. Resolva o sistema: 𝑥+𝑦+𝑡+𝑤 =3 .
𝑥+𝑦+𝑧+𝑤 =4
{ 𝑥+𝑦+𝑧+𝑡 =5
𝑥 + 2𝑦 − 3𝑧 = 𝑎
{2𝑥 + 6𝑦 − 11𝑧 = 𝑏
𝑥 − 2𝑦 + 7𝑧 = 𝑐
1 2 1
+𝑦−𝑧 =9
𝑥
1 1 1
7. Resolva o sistema: − 𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 0.
2 1 2
{ 𝑥 − 𝑦 + 𝑧 = −1
8. Para que valor de “m” o sistema é possível e determinado, ou seja, admite uma única solução:
𝑥 + 𝑦 + 2𝑧 = 3
{−2𝑥 + 𝑦 − 3𝑧 = 4.
𝑚𝑥 + 2𝑦 + 𝑧 = 0
184
𝑥+𝑦+𝑧=1
9. Resolva o sistema { 2𝑥 − 𝑦 + 3𝑧 = 0 , utilizando matriz inversa.
−𝑥 + 𝑦 − 5𝑧 = 2
𝑥+𝑦−𝑧 =0
10. Resolva e classifique o sistema homogêneo { 2𝑥 + 3𝑦 + 𝑧 = 0 .
−3𝑥 + 5𝑦 + 2𝑧 = 0
11. Para que valores de “m” o sistema de equações lineares homogêneo é indeterminado?
𝑥 + 𝑚𝑦 + 3𝑧 = 0
{ 𝑥+𝑦−𝑧 =0
−2𝑥 − 3𝑦 − 𝑚𝑧 = 0
Respostas:
−2𝑦−126 29−8𝑦
1a) Impossível b) (3,2,1) c) ( , 𝑦, ) 𝑦 ∈ 𝐼𝑅 d) (0,0) e) (4,3, - 4)
13 13
−𝑦−2𝑧
f) ( , 𝑦, 𝑧) g) Impossível h) (3,2,4) i) (2,-3) j) Impossível
3
2. a = - 2 b 5
1
3. 𝑏 = 𝑎 ; 𝑎 ≠ 1
4. Impossível
Exemplo 1: Deseja-se planejar uma refeição de forma que a quantidade de cada alimento a ser ingerido
corresponda as necessidades de vitamina C, cálcio e magnésio. Três diferentes tipos de ingredientes serão
empregados na refeição, sendo que cada ingrediente possui uma determinada quantidade de nutriente
(expressa em miligrama) por unidade de ingrediente, conforme apresentado na tabela abaixo:
Vitamina C 10 20 10 100
Cálcio 50 40 20 300
Magnésio 20 10 30 200
a) Modele o problema que determina a quantidade de unidades de cada ingrediente necessárias para
satisfazer plenamente a quantidade de nutrientes estipulada na dieta.
Redes:
Redes aparecem em várias situações práticas: redes de transportes, redes de comunicação, redes
econômicas, entre outras. São particularmente interessantes os possíveis fluxos através de redes. Por
exemplo, veículos fluem através de redes de estradas, informação flui através de redes de dados, bens e
serviços fluem através de uma rede econômica.
Algebricamente, uma rede consiste em um número finito de nós (também chamados de vértices) conectados
por uma série de segmentos dirigidos, conhecidos como ramos ou arcos. Cada ramo é rotulado com um fluxo
que representa a quantidade de alguma mercadoria que pode fluir ao longo ou através daquele ramo na
direção indicada, por exemplo, carros viajando ao longo de uma rede de ruas de mão única.
A regra fundamental que governa o fluxo através de uma rede é a conservação de fluxo:
Lei dos Nós: A soma das correntes que chegam a um nó é igual a soma das correntes que saem do nó.
∑ 𝑖𝑐ℎ𝑒𝑔𝑎𝑚 = ∑ 𝑖𝑠𝑎𝑒𝑚
Lei das Malhas: A soma das forças eletromotrizes e as contraeletromotrizes é igual à soma dos produtos
resistência R vezes corrente elétrica i.
∑ 𝐸 = ∑ 𝑅. 𝑖
Regra de Sinais:
Unidades de medida:
Corrente elétrica i em ampère (A)
Resistência R em ohm (Ω)
Força eletromotriz e diferença de potencial elétrico E em volt (V)
Capacitância ou capacidade elétrica C em farad (F)
Indutância I em henry (H)
O coulomb (C) é uma quantidade de eletricidade que flui em uma seção. Se a corrente transposta é um
Coulomb por segundo, então, é uma corrente de 1 ampère.
188
Exemplo 3: Com base nas informações anteriores determine as intensidades de correntes elétricas em cada
ramo do circuito.
Exemplo 4: Para dar R$ 1,80 de troco a um cliente, o caixa de um supermercado pretende usar exatamente
20 moedas. Se ele dispõe apenas de moedas de 5 centavos, 10 centavos e 25 centavos, de quantos modos
distintos ele pode compor tal quantia?
190
Rubrica de correção:
1. Um laboratório quer produzir um composto que tenha, em cada 100 gramas, 14 unidades de vitamina A,
47 unidades de vitamina B12 , 25 unidades de vitamina C e 37 unidades de vitamina E. Na análise de
quatro substâncias para fazer o composto, considerando para todas a mesma quantidade, constatou-se
que:
4. Recentemente, um órgão governamental de pesquisa divulgou que, entre 2006 e 2009, cerca de 5,2
milhões de brasileiros saíram da condição de indigência. Nesse mesmo período, 8,2 milhões de brasileiros
deixaram a condição de pobreza. Observe que a faixa de pobreza inclui os indigentes. O gráfico a seguir
mostra os percentuais da população brasileira enquadrados nessas duas categorias, em 2006 e 2009.
Após determinar a população brasileira em 2006 e em 2009, resolvendo um sistema linear, determinar o
número de indigentes em 2006.
5. Uma empresa deve enlatar uma mistura de amendoim, castanha de caju e castanha-do-pará. Sabe-se que
o quilo de amendoim custa R$5,00, o quilo de castanha de caju, R$20,00 e o quilo de castanha-do-pará,
R$16,00. Cada lata deve conter meio quilo da mistura e o custo total dos ingredientes de cada lata deve
ser de R$5,75. Além disso, a quantidade de castanha de caju em cada lata deve ser igual a um terço da
soma das outras duas.
Nesse caso, determinar as quantidades de cada ingrediente por lata.
192
Determine o menor número inteiro de átomos de cálcio, hidrogênio, fósforo e oxigênio, com o qual ocorre
o balanceamento.
7. No centro de uma cidade, dois conjuntos de ruas de mão única se cruzam, como mostra a figura.
Tendo em vista que, em cada cruzamento, o número de veículos que entra é igual ao de veículos que sai,
e levando-se em consideração as setas indicadas pela figura, pode-se afirmar que a modelagem
matemática para determinar a quantidade de veículos entre cada um dos quatro cruzamentos, envolve
um sistema de equações. Classifique este sistema de equações.
360
248
A x D 512
488
y
t
B z C
416 480
384
312
8. João entrou numa lanchonete e pediu 3 hambúrgueres, 1 suco de laranja e 2 cocadas, gastando R$ 21,50.
Na mesa ao lado, algumas pessoas pediram 8 hambúrgueres, 3 sucos de laranja e 5 cocadas, gastando R$
57,00. Sabendo-se que o preço de um hambúrguer, mais o de um suco de laranja, mais o de uma cocada
totaliza R$ 10,00, calcule o preço de cada um desses itens.
193
Dispõe-se de uma tabela de preços de vários tipos de resistores; assim como as correntes máximas que
elas suportam sem queimar.
Que tipo devemos escolher de resistores para que o circuito funcione com segurança e a sua fabricação
seja a de menor custo possível? Qual é esse custo mínimo?
10. Análise de redes. Uma rede é constituída por um número finito de nós, em que fluem os fluxos, entrando
e/ou saindo. E em cada nó, o fluxo de entrada é igual ao de saída. Exemplo:
Com estas considerações, determine os possíveis fluxos da rede de encanamento de água mostrado na
figura a seguir, onde o fluxo é medido em litros por minuto.
194
Respostas:
1. x = 4 y = 3 z = 5 w = 2
2. x = 5,5 y = 3 z = 4
−𝑇1 + 4𝑇2 − 𝑇3 + 0𝑇4 − 𝑇5 + 0𝑇6 = 20
0𝑇1 − 𝑇2 + 4𝑇3 + 0𝑇4 + 0𝑇5 − 𝑇6 = 60
0𝑇1 + 0𝑇2 − 𝑇3 + 0𝑇4 − 𝑇5 + 4𝑇6 = 60
3.
0𝑇1 − 𝑇2 + 0𝑇3 − 𝑇4 + 4𝑇5 − 𝑇6 = 20
4𝑇1 − 𝑇2 + 0𝑇3 − 𝑇4 + 0𝑇5 + 0𝑇6 = 30
{−𝑇1 + 0𝑇2 + 0𝑇3 + 4𝑇4 − 𝑇5 + 0𝑇6 = 30
4. 18,5 milhões de brasileiros eram indigentes em 2006.
5. 250 g de amendoim, 125 g de castanha de caju e 125 g de castanha-do-pará.
6. Cálcio 3, Hidrogênio 6, Fósforo 2, Oxigênio 8.
7. Possível indeterminado com uma variável livre.
8. O preço de um hambúrguer é R$ 4,00, o de um suco de laranja é R$ 2,50 e o de uma cocada é R$ 3,50.
9. I1 = 3,68 A, i2 = 1,61 A, i3 = 0,16 A, i4 = 1,45 A e i5 = 2,07 A. O custo mínimo é R$ 115,00.
10. (15 – f4, 5 – f4, 20 + f4, f4), onde 0 f4 5.
195
Espaço vetorial sobre ℝ é um sistema algébrico constituído por um conjunto V (cujos elementos são
chamados de vetores) e as operações de adição e multiplicação por escalar (número real) nele definidas.
Sendo assim, considere dois vetores quaisquer 𝑢, 𝑣 ∈ 𝑉, segue que:
• 𝒖+𝒗 ∈ 𝑽
• 𝒖 ∈ 𝑽, ∀ 𝜶 ∈ ℝ
• A1 : u, v , w V , (u + v) + w = u + (v + w) (ASSOCIATIVA DA ADIÇÃO)
• A2 : u, v V , u + v = v + u (COMUTATIVA DA ADIÇÃO)
• A3 : 0 V / u V , u + 0 = u (ELEMENTO NEUTRO DA ADIÇÃO)
• A4 : u V , ( - u) V / u + (- u) = 0 (ELEMENTO OPOSTO)
• M1 : ()u = (u) (ASSOCIATIVA DA MULTIPLICAÇÃO)
• M2 : ( + )u = u + u (DISTRIBUTIVA DA ADIÇÃO)
• M3 : (u + v) = u + v (DISTRIBUTIVA DA MULTIPLICAÇÃO)
• M4 : 1.u = u (ELEMENTO NEUTRO DA MULTIPLICAÇÃO)
Observações:
• = para todo
• = existe
Exemplos:
2
• (ℝ 2,+, .) → Espaço vetorial ℝ2, por exemplo, o vetor (2,1) ou são elementos desse espaço
1
vetorial.
1
• (ℝ3,+, .) → Espaço vetorial ℝ3, por exemplo, o vetor (1,2,3) ou 2 são elementos desse espaço
3
vetorial.
196
− 1 0 2
2 x 3, por exemplo, a matriz é um elemento desse espaço vetorial.
0 3 − 4
• (P3, +, .) → Espaço vetorial dos polinômios de grau menor ou igual a três. Os polinômios a seguir
pertencem a esse espaço vetorial: x3 +2x2 – x +9, x2 – 5x + 6, x2 -1, 2x – 5, 3.
Isto é,
(i) 0 ∈ 𝑊
(ii) 𝑢 + 𝑣 ∈ 𝑊
Exemplos:
5. O conjunto S de vetores de V = ℝ3, tal que S = {(x, y, z) ℝ3 / (x, y, x + y)} , verifique se S é subespaço de V.
197
a b a b
8. Sejam V = M2x2 = ; a, b, c, d IR e W = ; a, b, IR ,verifique se W é subespaço de V.
c d 0 0
Rubrica de correção:
EXERCÍCIOS:
Respostas:
1. a. Sim
b. Não
c. Sim
d. Não
2. a. Não
b. Sim
c. Sim
d. Não
3. a. Sim
b. Sim
c. Não
d. Sim
4. a. Sim
b. Sim
c. Sim
d. Não
201
𝒗 = 𝒂𝟏 𝒗𝟏 + 𝒂𝟐 𝒗𝟐 + … + 𝒂𝒏 𝒗𝒏
Exemplos:
10. Verifique se o vetor 𝑣 = (2, 1, 5) é uma combinação linear dos vetores dados:
𝑣1 = (1, 2, 1) 𝑣2 = (1, 0, 2) 𝑒 𝑣3 = (1, 1, 0)
Se 𝒗 puder ser escrito como uma combinação linear dos vetores dados, então devem existir os coeficientes
𝒂𝟏 , 𝒂𝟐 𝒆 𝒂𝟑 de modo que possamos escrever:
𝒗 = 𝒂𝟏 𝒗𝟏 + 𝒂𝟐 𝒗𝟐 + 𝒂𝟑 𝒗𝟑
1 𝑎1 +1𝑎2 + 𝑎3 =2
{2 𝑎1 +0𝑎2 + 𝑎3 =1
1 𝑎1 +2𝑎2 +0𝑎3 =5
202
3 1
13. Escrever a matriz 𝛽 = ( ) como combinação linear das matrizes:
1 −1
1 1 0 0 0 2
𝛼1 = ( ), 𝛼2 = ( ) e 𝛼3 = ( ).
1 0 1 1 0 −1
Observações:
• Sejam os vetores 𝒗𝟏 , 𝒗𝟐 , … , 𝒗𝒏 de um espaço vetorial 𝑉, o conjunto 𝑊 de todas as combinações
lineares destes vetores, formam um subespaço vetorial.
• Um vetor de um subespaço vetorial 𝑊, pertence a este subespaço se for combinação linear dos
geradores de 𝑊.
204
EXERCÍCIOS
1. Dado o conjunto de vetores 𝛽 = {(2,1,4), (1, −1,3), (3,2,5)} . Escreva o vetor 𝑣 = (6,11,6) como
combinação linear desse conjunto, se possível.
1 0 −1 2 0 −1
4. Seja o espaço vetorial 𝑀2𝑥2 e as matrizes 𝐴1 = [ ], 𝐴2 = [ ] e 𝐴3 = [ ].
1 1 0 1 2 1
1 8
Escreva 𝐵 = [ ] como combinação linear de 𝐴1 , 𝐴2 e 𝐴3 , se possível.
0 5
Respostas:
1. 𝑣 = 4𝑣1 − 5𝑣2 + 𝑣3
2. a) 𝑤
⃗⃗⃗ = 3𝑢
⃗⃗ − 𝑣⃗ b) 𝑚 = 12 c) 16𝑎 + 10𝑏 − 𝑐 = 0
4. 𝐵 = 4𝐴1 + 3𝐴2 − 𝐴3
5. a) 𝑣⃗ = −2𝑘𝑣
⃗⃗⃗⃗⃗1 + 𝑘𝑣
⃗⃗⃗⃗⃗,
2 𝑘 ∈ℝ b) 𝑣⃗ = 0𝑣
⃗⃗⃗⃗⃗1 + 0𝑣
⃗⃗⃗⃗⃗2
205
Na prática, para determinar o espaço gerado é necessário montar a combinação linear dos vetores do
conjunto S para um vetor qualquer do espaço vetorial V, ou seja:
𝑣 = 𝑎1 𝑣1 + 𝑎2 𝑣2 + ⋯ + 𝑎𝑘 𝑣𝑘
Se o sistema linear associado tiver solução (possível determinado ou indeterminado), o conjunto S gera todo
o espaço vetorial V.
Se o sistema linear é impossível, então S gera um subespaço vetorial de V, cuja condição de existência é
definida pelas mesmas condições que tornariam o sistema linear possível.
EXERCÍCIOS
a) 𝑣⃗ = (−1,2,3,0)
b) 𝑣⃗ = (3,1,4,0)
c) 𝑣⃗ = (−1,1,1,1)
𝑎−𝑏 2𝑎
2. Seja 𝑆 ∈ 𝑀2𝑥2 tal que 𝑆 = {( ) ; 𝑎, 𝑏 ∈ ℝ }, verifique:
𝑎+𝑏 −𝑏
5 6
a) ( ) ∈ 𝑆?
1 2
−4 𝑘
b) Qual deve ser o valor de 𝑘 para que ( ) pertença a 𝑆?
2 −3
a) 𝐴 = {(2, −1,3)}
4. Determine o subespaço vetorial do ℝ4 gerado pelos vetores {(1,1, −2,1), (−1,3,0,4), (2, −1,5,2)}.
−1 2 2 1
5. Determine o subespaço vetorial do 𝑀2𝑥2 gerado pelos vetores {( ),( )}.
1 0 −1 −1
208
Respostas:
1.
2.
a) Pertence
b) 𝑘 = −2
3.
b) 𝑆 = {(𝑎, 𝑏, 𝑐) ∈ ℝ3 ; 7𝑎 + 5𝑏 − 4𝑐 = 0}
c) 𝑆 = {(𝑎, 𝑏, 𝑐) ∈ ℝ3 ; 𝑎 + 𝑏 − 𝑐 = 0}
d) 𝑆 = ℝ3
e) 𝑆 = ℝ3
f) 𝑆 = {(𝑎, 𝑏, 𝑐) ∈ ℝ3 ; 𝑎 + 𝑏 − 3𝑐 = 0}
4. 𝑆 = {(𝑎, 𝑏, 𝑐, 𝑑) ∈ ℝ4 ; 𝑎 + 3𝑏 − 𝑐 − 2𝑑 = 0}
𝑎 𝑏
5. 𝑆 = {( ) ∈ 𝑀2𝑥2 ; 𝑎 + 𝑐 + 𝑑 = 0 𝑒 𝑏 − 2𝑐 + 3𝑑 = 0 }
𝑐 𝑑
209
O nosso interesse é que o conjunto gerador seja o menor possível, para isto precisamos da noção de
dependência e independência linear.
Definição de conjunto linearmente dependente: Os vetores 𝑣1 , 𝑣2 , … , 𝑣𝑘 de um espaço vetorial 𝑉 são
linearmente dependentes se existem constantes 𝑐1 , 𝑐2 , … , 𝑐𝑘 (nem todas nulas) tais que
𝑐1 𝑣1 + 𝑐2 𝑣2 + ⋯ + 𝑐𝑘 𝑣𝑘 = 0 .
Se esta igualdade ocorrer somente se 𝑐1 = 𝑐2= … = 𝑐𝑘 = 0, os vetores são linearmente independentes.
Exemplo 16: Sejam os vetores v1 = (1,3), v2 = (- 1,- 2) e v3 = (- 1, 0), verifique se esses vetores são L.I. ou L.D.
Observações:
1 1 1 0 1 1
b. {( ),( ),( )}
1 1 0 1 0 1
c. {𝑡 3 − 3𝑡 2 + 4𝑡 − 2, 2𝑡 2 − 6𝑡 + 4, 𝑡 3 − 2𝑡 2 + 𝑡}
211
EXERCÍCIOS
b) {𝑥 2 + 𝑥 + 1 , 2𝑥 2 − 𝑥 + 3 , 3𝑥 2 + 6𝑥 + 2} em 𝑃3
3 6 0 −1 0 −8 1 0
c) {[ ],[ ],[ ],[ ]} em 𝑀2𝑥2
3 −6 −1 0 −12 4 −1 2
−1 2 1 0 −1 2 −1 0 5
d) {[ ],[ ],[ ]} em 𝑀2𝑥3
3 −2 4 −2 1 0 −1 0 3
a) 𝐴 = {(2, −1,3)}
3. Determine a condição de 𝑚 para que os vetores {(−1,1,0), (0, −1, 𝑚), (−2,3,1)} seja LI.
212
Respostas:
1.
a) LD
b) LD
c) LI
d) LI
2.
a) LI
b) LI
c) LD
d) LI
e) LD
3. 𝑚 ≠ −1
213
Dado um conjunto 𝛼 = {𝑣1 , 𝑣2 , … , 𝑣𝑛 } de geradores de um espaço vetorial V, sempre é possível obter a partir
deste, um conjunto , que contenha um número mínimo de geradores de V. Tal conjunto será formado
pelos vetores de que são L.I. Ao encontrarmos tais vetores teremos os alicerces de nosso espaço, ou seja,
o espaço será formado a partir deles. Naturalmente, muitos são os conjuntos de vetores desse tipo e a tais
conjuntos damos o nome de base.
Definição de base: Os vetores 𝒗𝟏 , 𝒗𝟐 , … , 𝒗𝒏 em um espaço vetorial V formam uma base para V se atendem
as seguintes condições:
b) 𝒗𝟏 , 𝒗𝟐 , … , 𝒗𝒏 geram V.
Se 𝒗𝟏 , 𝒗𝟐 , … , 𝒗𝒏 formam uma base para V então eles são distintos e não nulos.
Exemplos:
19. Os vetores 𝑖 = (1,0,0), 𝑗 = (0,1,0) e 𝑘 = (0,0,1) formam uma base para ℝ3.
1 0 0 1 0 0 0 0
20. Os vetores {( ),( ),( ),( )} formam uma base para o espaço vetorial V = M2x2.
0 0 0 0 1 0 0 1
21. Os vetores {𝑡 3 , 𝑡 2 , 𝑡, 1} formam uma base para o espaço vetorial P3 (polinômios de grau menor ou igual
a 3).
TEOREMA: Fixada uma base 𝛽 = {𝒗𝟏 , 𝒗𝟐 , … , 𝒗𝒏 } de um espaço vetorial V, cada vetor 𝑣 ∈ 𝑉 se escreve de
forma única como combinação linear dos vetores da base , isto é, existem e são únicos os escalares c1, c2,
..., cn, tal que
𝒗 = 𝒄𝟏 𝒗𝟏 + 𝒄𝟐 𝒗𝟐 + … + 𝒄𝒏 𝒗𝒏
TEOREMA: Seja 𝑆 = {𝒗𝟏 , 𝒗𝟐 , … , 𝒗𝒏 } um conjunto de vetores não nulos em um espaço vetorial V e seja
𝑊 = [𝑆], então algum subconjunto de S é uma base para W.
a) Se S for linearmente independente, como S gera W, pode-se concluir que S é uma base para W.
b) Se S for linearmente dependente então se constrói a matriz dos vetores colocando-a na forma
escalonada. As linhas com os primeiros elementos não nulos de cada linha serão as linhas relativas
aos vetores LI que vão formar uma base para W.
214
Exemplo 22: Sejam 𝛼 = {(1, 0), (0, 1)} e 𝛽 = {(1, 1), (0, 1)} as bases do ℝ2.
Para v = (x, y) ℝ2, temos: (x, y) = x (1, 0) + y (0, 1) e (x, y) = x (1, 1) + (y – x) (0, 1)
No caso de considerarmos a base = { (1, 0), (0, 1)} do ℝ2, temos que o vetor
v é o resultante da soma:
3i + 4j
Agora, se considerarmos a base: = {(1, 1), (0, 1)} do ℝ2, temos o vetor v
como resultante da soma:
3v1 + 1v2
Observemos que a posição geométrica do vetor v independe da base que o "criou". No entanto, as suas
coordenadas dependem do referencial adotado.
Coordenadas de um vetor: Os escalares a1, a2, ..., an, que comparecem no teorema anterior, são chamados
de coordenadas de v em relação à base 𝛽 . Usamos, como expressão dessa ideia, a notação:
𝑎1
𝑎2
[𝑣]𝛽 = [ ⋮ ] ou 𝑣𝛽 = (𝑎1 , 𝑎2 , … , 𝑎𝑛 ),
𝑎𝑛
que é lida do seguinte modo: as coordenadas do vetor v, em relação a base 𝛽, são a1, a2, ... e an.
3 3
Exemplo 23: No caso tratado anteriormente temos: [𝑣]𝛼 = [ ] e [𝑣]𝛽 = [ ]
4 1
215
Definição de dimensão: A dimensão de um espaço vetorial V não-nulo é o número de vetores em uma base
para V.
NOTAÇÃO: dim V
Importante:
Exemplos:
24. Verifique se os seguintes vetores formam uma base para o espaço vetorial ℝ3.
25. Determine uma base e a dimensão do espaço vetorial gerado pelos vetores:
{(2,1,0, −1), (1,2, −1,0), (1,1,2,2), (2,0,3,1)}
217
𝑥 + 2𝑦 + 2𝑧 − 𝑠 + 3𝑡 = 0
{𝑥 + 2𝑦 + 3𝑧 + 𝑠 + 𝑡 = 0
3𝑥 + 6𝑦 + 8𝑧 + 𝑠 + 5𝑡 = 0
218
Dizemos que duas funções f e g são linearmente dependentes (L.D.) em um intervalo I = (α, β) se existem
duas constantes k1 e k2, uma delas diferente de zero, tais que k1f(x) + k2g(x) = 0, para todo x ∈ I.
Duas funções são linearmente independentes (L.I.) em I elas não forem linearmente dependentes, isto é, se
valer a igualdade k1f(x) + k2g(x) = 0, para todo x ∈ I, então k1 = k2 = 0.
No entanto, essa definição depende de simplificações e relações equivalentes, então, usamos o resultado
proposto por Wronski:
Determinante Wronskiano: Dado um conjunto de funções f1, f2 ... fn define-se o Wronskiano como
o determinante:
Este determinante é construído alocando as funções na primeira linha, as primeiras derivadas de cada função
na segunda linha, assim procedendo até a derivada de ordem (n-1), formando assim um arranjo quadrado.
Caso o Wronskiano seja diferente de zero em algum ponto do intervalo, as funções são linearmente
independentes.
Observação: Este conceito é muito útil em diversas situações, por exemplo na verificação se duas funções
que são soluções de uma equação diferencial de segunda ordem são linearmente dependentes ou
independentes.
a) {1, 𝑥, 𝑥²}
𝜋
b) {𝑠𝑒𝑛 𝑥, cos (𝑥 − 2 )}
219
Rubrica de correção:
EXERCÍCIOS:
1. Qual dos conjuntos abaixo é uma base do ℝ2? Explique por quê.
2. Seja 𝑆 = {𝑣1 , 𝑣2 , 𝑣3 , 𝑣4 }, onde 𝑣1 = (1,2,2), 𝑣2 = (3,2,1), 𝑣3 =(11,10,7), 𝑣3 = (7,6,4). Encontre uma base
e dimensão para o subespaço 𝑊 = 𝑆.
3. Verifique se o conjunto de polinômios {1, (1 − 𝑡), (1 − 𝑡)2 , (1 − 𝑡)3 } gera uma base de 𝑃3
4. Quais dos conjuntos de vetores a seguir são bases para o ℝ3 ? Dê uma "boa olhada" antes de escrever, veja
quais conjuntos têm chance de ser base quais não têm. Justifique suas respostas.
5. Verifique se o conjunto {(– 2, – 1,0,4), 0, 1, 2, 0), (– 1,2,3,2), (– 2,4,6,4)} é ou não uma base para o ℝ4.
6. Sobre o espaço 𝑃2 :
a) O conjunto 𝐴 = {𝑡 2 + 2𝑡 − 1,2𝑡 2 + 3𝑡 − 2}, com certeza, não é uma base para 𝑃2 . Você concorda com
essa afirmação? Com qual argumento?
1 1 0 0 1 0 0 1
7. Mostre que as matrizes {[ ],[ ],[ ],[ ]} formam uma base para o espaço 𝑀2𝑥2 .
0 0 1 1 0 1 1 1
8. Encontre uma base para o subespaço vetorial de ℝ 3 dado por 𝑈 = [(1,0,1), (1,2,0), (0,2,1)]
9. Estenda para o conjunto {(1,2,1), (2,0, −1)} de modo a obter uma base para o espaço vetorial 𝑉 = ℝ3.
10. Encontre uma base em ℝ4 para o conjunto 𝑆 = {(𝑥, 𝑦, 𝑧, 𝑡) 𝑅 4 ; 𝑥 = 3𝑡, 𝑦 =– 2𝑡, 𝑧 = 𝑡} e determine a
dimensão de 𝑆.
11. Encontre uma base para o subespaço 𝑆 de ℝ4 formado por todos os vetores da forma:
12. Obter uma base e a dimensão do subespaço 𝑊 das soluções do sistema a seguir:
𝑥 + 2𝑦 + 2𝑧 − 𝑡 + 3𝑤 = 0
{𝑥 + 2𝑦 + 2𝑧 + 𝑡 + 𝑤 = 0
3𝑥 + 6𝑦 + 8𝑧 + 𝑡 + 5𝑤 = 0
13. Para que valores de 𝑘, o conjunto 𝐵 = {(1, 𝑘), (𝑘, 4)} é base de ℝ2 ?
14.O conjunto 𝐵 = {(2, −1), (−3,2)} é base de ℝ2 . Escreva o vetor 𝑣⃗ = (𝑥, 𝑦) como combinação linear da
base 𝐵.
221
𝑎 𝑏
15. Seja 𝑆 ∈ 𝑀2𝑥2 tal que 𝑆 = {( ) ; 𝑐 = 𝑎 + 𝑏 𝑒 𝑑 = 𝑎 }, determine:
𝑐 𝑑
a) Qual é a dimensão de S?
1 −1 2 1
b) O conjunto {( ),( )} é base de 𝑆? Justifique.
0 1 3 4
16. Determine a dimensão e uma base para cada um dos espaços vetoriais a seguir:
a) 𝐴 = {(𝑥, 𝑦, 𝑧) ∈ ℝ3 ; 𝑦 = 3𝑥}
b) 𝐴 = {(𝑥, 𝑦, 𝑧) ∈ ℝ3 ; 𝑦 = 5𝑥 𝑒 𝑧 = 0}
c) 𝐴 = {(𝑥, 𝑦, 𝑧) ∈ ℝ3 ; 𝑥 + 𝑦 = 0}
d) 𝐴 = {(𝑥, 𝑦, 𝑧) ∈ ℝ3 ; 2𝑥 − 𝑦 + 3𝑧 = 0}
17. Determine a dimensão e uma base para cada um dos espaços vetoriais a seguir:
𝑎 𝑏
a) 𝐴 = {( ) ∈ 𝑀2𝑥2 ; 𝑏 = 𝑎 + 𝑐 𝑒 𝑑 = 𝑐}
𝑐 𝑑
𝑎 𝑏
b) 𝐴 = {( ) ∈ 𝑀2𝑥2 ; 𝑐 = 𝑎 − 3𝑏 𝑒 𝑑 = 0}
𝑐 𝑑
𝑎 𝑏
c) 𝐴 = {( ) ∈ 𝑀2𝑥2 ; 𝑎 + 𝑑 = 𝑏 + 𝑐}
𝑐 𝑑
𝑥−𝑦 +𝑧−𝑡 = 0
𝑆: { 2𝑥 + 𝑦 − 𝑧 − 𝑡 = 0
3𝑥 + 𝑦 + 2𝑧 = 0
Determine:
19. Seja 𝑊{(𝑥, 𝑦, 𝑧) ∈ 𝑅 3 ; (𝑥, 𝑦, 𝑧) é solução de 𝑆} onde 𝑆 é o sistema de equações lineares dado por:
2𝑥 + 2𝑦 − 6𝑧 = 𝑎
𝑆: { 𝑥 − 𝑦 + 𝑧 = 𝑏
𝑦 − 2𝑧 = 𝑐
Determine:
a) Que condições deve-se impor para 𝑎, 𝑏 𝑒 𝑐 para que 𝑊 seja um subespaço vetorial de ℝ3 ?
Respostas:
1.
a. Sim, L.I.
b. Não, L.D.
c. Não, L.D.
3. Forma base
4. a. Não L.D. b. Não L.D. c. Sim L.I. d. Não L.D. e. Não L.D.
5. Não L.D.
6. a. Sim, são apenas 2 vetores b. Não formam base, pois são L.D. c. Sim, são L.I.
13. 𝑘 ≠ ±2
18.
a) 𝐵 = {(6, −8, −5,9)}
b) A dimensão é igual ao grau de liberdade do sistema de equações.
19.
a) 𝑎 − 2𝑏 − 4𝑐 = 0
b) 𝐵 = {(1,2,1)}
223
Uma função é uma relação que associa a cada elemento de um conjunto domínio, um único elemento de um
conjunto contradomínio.
Exemplo 1: 𝑓: ℝ → ℝ
𝑓(𝑥) = 3𝑥
Notação: Se a função associa x a y, então y chama-se imagem de x e x é o domínio de y, denota-se 𝑓(𝑥) = 𝑦.
As raízes da função são todos os valores de x tais que 𝑓(𝑥) = 0.
O conjunto de todos os y, tais que 𝑓(𝑥) = 𝑦 é chamado conjunto imagem, denotado por 𝐼𝑚(𝑓).
Nesta etapa, estuda-se um tipo especial de função (ou aplicação), onde o domínio e o contradomínio são
espaços vetoriais reais. Assim, a variável dependente e a independente são vetores, por isso são chamadas
funções vetoriais. O estudo será limitado ao estudo das funções vetoriais lineares, que são denominadas de
transformações lineares.
T Imagem = Im(T)
v1
T (v1 )
v2
T (v 2 )
v3
T (v 3 )
v4
T (v n )
vn
Domínio (V) Contra Domínio (W)
224
𝑇 é uma função, ou seja, a cada vetor 𝑣 ∈ 𝑉 tem apenas um vetor imagem 𝑤 ∈ 𝑊, que será indicado por
𝑤 = 𝑇(𝑣). Porém, essa imagem não é exclusiva do vetor 𝑣.
Note que se os elementos x e y estão em 𝑉, a soma também deve estar, bem como a multiplicação por
escalar. Isso acontece porque 𝑉 é um espaço vetorial (ou subespaço vetorial). De forma análoga, pode-se
analisar os elementos de 𝑊.
Analisando os vetores 𝑢 = (1,2) e 𝑣 = (3,1), tem-se 𝑇(𝑢) = (3,2), 𝑇(𝑣) = (4,1) e 𝑇(𝑢 + 𝑣) = 𝑇(4,3) =
(7,3).
Graficamente, tem-se:
Exemplo 3: Verifique se a transformação 𝑇: ℝ² → ℝ³, definida por 𝑇(𝑥, 𝑦) = (3𝑥, −2𝑦, 𝑥 − 𝑦) é linear.
1º Passo: Determine dois vetores de forma genérica, 𝑢 = (𝑥1 , 𝑦1 ) e 𝑣 = (𝑥2 , 𝑦2 ), do domínio, nesse caso
ℝ². Em seguida, determine suas transformações dadas pela regra proposta.
𝑇(𝑢 + 𝑣) = 𝑇(𝑥1 + 𝑥2 , 𝑦1 + 𝑦2 ) =
= 𝑇(𝑢) + 𝑇(𝑣)
3º Passo: Substitua na segunda condição 𝑇(𝛼𝑢) = 𝛼𝑇(𝑢) e verifique se é verdadeira.
𝑇(𝛼𝑢) = 𝑇(𝛼𝑥1 , 𝛼𝑦2 ) = (3𝛼𝑥1 , −2𝛼𝑦1 , 𝛼𝑥1 − 𝛼𝑦1 ) = 𝛼(3𝑥1 , −2𝑦1 , 𝑥1 − 𝑦1 ) = 𝛼𝑇(𝑢)
Como as duas condições são verdadeiras, pode-se concluir que 𝑇 é uma transformação linear.
Exemplo 5: Seja 𝑇: ℝ² → ℝ² definida por 𝑇(𝑥, 𝑦) = (𝑥², 3𝑦), verifique se é uma transformação linear.
Exemplo 6: Seja 𝑇: ℝ³ → ℝ³ definida por 𝑇(𝑥, 𝑦, 𝑧) = (𝑥, 𝑦, 0) projeção ortogonal de um vetor sobre o plano
xOy, verifique se é uma transformação linear.
v = (x, y, z)
T(v) = (x, y,0)
227
14.2 PROPRIEDADES
Pode-se resumir esta propriedade desta maneira: "toda transformação linear leva o vetor nulo no vetor nulo".
Pode-se resumir esta propriedade desta maneira: "a transformação de uma combinação linear de vetores é
igual à combinação linear dos vetores transformados".
Assim, as duas condições que definem uma transformação podem ser resumidas em apenas uma:
𝑇(𝛼𝑢 + 𝛽𝑣) = 𝛼𝑇(𝑢) + 𝛽𝑇(𝑣).
Exemplo 7: Seja o operador derivada de uma função real f, D: C1[a,b] → C [a,b] , definida por D(f) = f ’
Onde C1[a,b] e C [a,b] são os espaços das funções com primeira derivada contínua e das funções contínuas
no intervalo [a,b], respectivamente. D é uma transformação linear, uma vez que:
𝑏
Exemplo 8: Seja 𝑇: 𝐶[𝑎, 𝑏] → ℝ uma aplicação definida por 𝑇(𝑓) = ∫𝑎 𝑓(𝑥) 𝑑𝑥.
Se f e g são dois vetores em C [a,b] . Então, T é uma transformação linear, uma vez que:
𝑏
𝑇(𝜆𝑓 + 𝜇𝑔) = ∫ (𝜆𝑓 + 𝜇𝑔) (𝑥) 𝑑𝑥
𝑎
𝑏 𝑏
= 𝜆 ∫ 𝑓 (𝑥) 𝑑𝑥 + 𝜇 ∫ 𝑔 (𝑥) 𝑑𝑥
𝑎 𝑎
= 𝜆 𝑇(𝑓) + 𝜇 𝑇(𝑔)
228
1 2
Exemplo 10: Seja a matriz 𝐴 = [−2 3].
0 4
Essa matriz determina a transformação 𝑇: ℝ² → ℝ³ definida por 𝑇(𝑣) = 𝐴. 𝑣. Verifique que é linear:
Resolução:
Para isso suponha um vetor 𝑣 = (𝑥, 𝑦) ∈ ℝ² é um vetor coluna de ordem 2 x 1, usando a transformação linear
𝐴. 𝑣, resulta:
1 2 𝑥 𝑥 + 2𝑦
[−2 3] . [𝑦] = [−2𝑥 + 3𝑦] , ou seja, 𝑇(𝑥, 𝑦) = (𝑥 + 2𝑦, −2𝑥 + 3𝑦, 4𝑦).
0 4 4𝑦
229
EXERCÍCIOS:
3. Sabendo-se que 𝑇: ℝ2 → ℝ3 é uma transformação linear e que 𝑇(1, −1) = (3, 2, −2) e 𝑇(−1, 2) =
(1, −1, 3). Determinar T(x, y).
4. Seja 𝑇: ℝ3 → ℝ2 uma transformação linear e 𝐵 = {𝑣⃗1 , 𝑣⃗2 , 𝑣⃗3 } uma base do ℝ3 , sendo 𝑣̄1 = (0, 1, 0),
𝑣̄ 2 = (1, 0, 1) e 𝑣̄ 3 = (1, 1, 0). Determinar 𝑇(5, 3, −2), sabendo-se que 𝑇(𝑣⃗1 ) = (1, −2), 𝑇(𝑣⃗2 ) =
(3, 1) e 𝑇(𝑣⃗3 ) = (0, 2).
a) T(x,y) = (x + 1, y – 2) T: ℝ 2 → ℝ 2
b) T(x,y) = (sen x, x + y) T: ℝ 2 → ℝ 2
c) T(x,y) = (x + y, 2y) T: ℝ 2 → ℝ 2
d) T(x,y,z) = ( x , y – z) T: ℝ 3 → ℝ 2
6. Encontre o operador linear T sobre ℝ 3, tal que T(1,1,1) = (-1,2,3); T(0,2,1) = (-2,2,4); T(1,-1,3) = (-5,0,5)
7. Encontre a transformação linear T sobre ℝ 2, tal que T(0,1,-1) = (0,-3); T(1,2,0) = (3,-3); T(1,4,2) = (7,-5).
230
RESPOSTAS:
2. (a) 𝑢
⃗⃗ = (1, 2, −3); (b) 𝑣⃗ = 𝑧(2, −1, 1), 𝑧 ∈ 𝑅.
7. T(x,y,z) = (x + y + z, x - 2y + z)
231
As transformações lineares são utilizadas em computação gráfica, pois o designer pode visualizar o objeto
antes de ser fisicamente criado.
a. Reflexões em ℝ𝟐
As reflexões são transformações lineares que tem o efeito de levar um ponto no plano xy em sua imagem
espelhada relativa aos eixos coordenados ou a reta y = x.
𝑇(𝑥, 𝑦) = (−𝑥, 𝑦)
𝑥 −1 0 𝑥 −𝑥
𝑇 (𝑦) = ( ) (𝑦) = ( 𝑦 )
0 1
𝑇(𝑥, 𝑦) = (𝑦, 𝑥)
𝑥 0 1 𝑥 𝑦
𝑇 (𝑦 ) = ( ) (𝑦) = ( )
1 0 𝑥
Exemplo 11: Considere a letra R, no plano xy. A seguir, está ilustrada a reflexão em torno do eixo y.
b. Expansões e contrações em ℝ𝟐
Exemplo 12: Considere a letra R, no plano xy. A seguir, está ilustrada a expansão na direção do vetor.
c. Cisalhamento em ℝ𝟐
Exemplo 13: Considere a letra R, no plano xy. A seguir, está ilustrada o cisalhamento na direção do eixo x.
Figura: Imagem do R, original, e ao lado o cisalhamento na direção do eixo x com fator 0.5.
Exemplo 14: Considere a letra R, no plano xy. A seguir, está ilustrada a rotação com ângulo 𝜃 = 30°.
e. Translação em ℝ𝟐
A translação é o deslocamento dos vetores, e desloca o vetor nulo em um não nulo, portanto, não é uma
transformação linear. A translação é definida por:0
𝑇(𝑥, 𝑦) = (𝑥 + 𝛼, 𝑦 + 𝛽)
Exemplo 15: Considere a letra R, no plano xy. A seguir, está ilustrada a translação
𝑇(𝑥, 𝑦) = (𝑥 + 2, 𝑦 + 1)
Mostre que essa transformação não é linear, utilizando as três propriedades de transformação linear.
238
f. Reflexões em ℝ𝟑
EXERCÍCIOS:
8. Esboce cada uma das imagens pelas transformações a seguir:
1
c) Expansão e contração dada por 𝑇(𝑥, 𝑦) = (2𝑥, 2 𝑦).
241
Respostas:
Denota-se esse conjunto por 𝑁(𝑇) ou 𝑘𝑒𝑟(𝑇): 𝑁(𝑇) = {𝑣 ∈ 𝑉; 𝑇(𝑣) = ⃗0⃗ ∈ 𝑊}.
Nota-se pela ilustração que 𝑁(𝑇) ⊂ 𝑉 e o núcleo tem pelo menos o vetor nulo, que é transformado no
Curiosidade: A palavra kernel é derivada do termo cyrnel, do inglês antigo, uma forma da palavra corn, que
significa grão. Tal como um grão, o kernel de uma transformação linear é o seu núcleo, no sentido que é ele
que carrega informações sobre muitas propriedades importantes da transformação.
Demonstração:
Sejam 𝑢 e 𝑣 são vetores pertencentes ao núcleo 𝑁(𝑇) e um número real qualquer. Então, 𝑇(𝑢) = ⃗0⃗ e
⃗⃗}.
Propriedade 2: Uma transformação linear 𝑇: 𝑉 → 𝑊 é injetora se, e somente se, 𝑁(𝑇) = {0
245
𝐼𝑚(𝑇) = {𝑤 ∈ 𝑊; 𝑇(𝑣) = 𝑤}
Observe, pela ilustração, que 𝐼𝑚(𝑇) ⊂ 𝑊 e 𝐼𝑚(𝑇) ≠ ∅, pois pelo menos tem-se que ⃗0⃗ = 𝑇(0
⃗⃗) ∈ 𝐼𝑚(𝑇).
Característica: Se 𝐼𝑚(𝑇) = 𝑊, então 𝑇 é sobrejetora, isto é, para todo 𝑤 ∈ 𝑊 existe pelo menos um 𝑣 ∈ 𝑉
tal que 𝑇(𝑣) = 𝑤.
Exemplo 18: Seja 𝑇: ℝ³ → ℝ³, 𝑇(𝑥, 𝑦, 𝑧) = (𝑥, 𝑦, 0) a projeção ortogonal do ℝ³ sobre o plano xy.
Determine a imagem e o núcleo da transformação 𝑇.
Para obter a imagem é preciso obter os vetores que geram a imagem 𝑇(𝑥, 𝑦, 𝑧) = (𝑥, 𝑦, 0). Reescrevendo
como combinação linear, 𝑇(𝑥, 𝑦, 𝑧) = (𝑥, 0,0) + (0, 𝑦, 0) = 𝑥(1,0,0) + 𝑦(0,1,0). Assim, a imagem de 𝑇 é o
próprio plano xy: 𝐼𝑚(𝑇) = {(𝑥, 𝑦, 𝑧) ∈ ℝ³; 𝑧 = 0} = [(1,0,0), (0,1,0)] . E o núcleo de 𝑇 é o eixo-z:
𝑁(𝑇) = {(0,0, 𝑧) ∈ ℝ³}.
246
Exemplo 19: A transformação linear identidade 𝐼: 𝑉 → 𝑉 definida por 𝐼(𝑣) = 𝑣, para todo 𝑣 ∈ 𝑉.
Determine a imagem e o núcleo da transformação identidade.
Exemplo 20: A transformação linear nula 𝑇: 𝑉 → 𝑊 definida por 𝑇(𝑣) = ⃗0⃗, para todo 𝑣 ∈ 𝑉. Determine a
imagem e o núcleo da transformação identidade.
Exemplo 21: Determine o núcleo e uma base para a imagem da transformação linear definida por
𝑇(𝑥, 𝑦) = (𝑥 + 𝑦, 2𝑥 − 𝑦).
247
▪ Transformação Injetora: Se o núcleo de uma transformação linear for apenas o vetor nulo a
transformação linear é injetora.
▪ Se a transformação linear for injetora e sobrejetora ao mesmo tempo ela é dita bijetora.
Exemplo 22: Seja a transformação linear 𝑇: ℝ² → ℝ3 definida por 𝑇(𝑥, 𝑦) = (2𝑥 + 𝑦, 𝑥 − 𝑦, 𝑥 + 4𝑦).
Determine:
ISOMORFISMO:
Chama-se isomorfismo do espaço vetorial 𝑉 no espaço vetorial 𝑊 a uma transformação linear 𝑇: 𝑉 → 𝑊, que
é bijetora. Todo isomorfismo 𝑇: 𝑉 → 𝑊 corresponde a um isomorfismo inverso 𝑇 −1 : 𝑊 → 𝑉.
Exemplo 23: Verifique se operador linear 𝑇: ℝ2 → ℝ2 , dado pela regra 𝑇(𝑥, 𝑦) = (2𝑥 + 𝑦, 3𝑥 + 2𝑦) é um
isomorfismo em ℝ2 .
249
Como 𝑇(α1 ), 𝑇(α2 ), . . . , 𝑇(α𝑛 ) são elementos de 𝑊 podem ser escritos como combinação linear dos
elementos da base 𝒃 de 𝑊.
Então a matriz transposta da matriz dos coeficientes da expressão acima é denominada representação
matricial de T em relação às bases a e b e é representada por:
Matriz canônica: Se V e W forem espaços vetoriais em ℝ𝑛 , e seja 𝑇: ℝ𝑛 → ℝ𝑚 uma transformação linear tal
que, para os vetores 𝑒𝑖 da base canônica de ℝ𝑛 ,
Nota: Limitamos os exemplos apenas para as transformações lineares que usam bases canônicas. Você pode
aprofundar ser conhecimentos sobre as bases não canônicas nos livros de Álgebra Linear.
Exemplo 24: Determine a matriz da transformação Linear 𝑇: ℝ² → ℝ³ definida por 𝑇(𝑥, 𝑦) = (𝑥, 𝑦, 𝑥 + 𝑦),
na base canônica.
Note que:
1 0
Portanto, a matriz de transformação linear na base canônica é dada por: [𝑇] = [0 1].
1 1
Exemplo 25: Considere a transformação linear 𝑇: ℝ3 → ℝ2 definida por 𝑇(𝑥, 𝑦, 𝑧) = (𝑥 − 2𝑦, 2𝑥 + 𝑦):
b) Determine uma base para a imagem dessa transformação. Obs.: Compare os vetores com a matriz A.
Exemplo 26: Determine a matriz canônica de 𝑇: ℝ² → ℝ4 tal que 𝑇(𝑥, 𝑦) = (2𝑥 + 𝑦, 𝑥 − 𝑦, 𝑥 + 4𝑦, 0).
251
EXERCÍCIOS
12. Encontre uma base para a imagem e outra para o núcleo da transformação linear T, dada por:
𝑇(𝑥, 𝑦, 𝑧, 𝑡) = (𝑥 + 𝑦, 𝑥 + 2𝑦 – 𝑧, 𝑥 + 𝑦 + 𝑡)
14. Ache uma base para o núcleo, da transformação linear T, definida por:
𝑇(𝑥, 𝑦, 𝑧) = (𝑥 + 2𝑦 – 2𝑧, 𝑥 – 𝑦 + 𝑧)
15. Considere a base 𝑆 = {𝑣⃗1 , 𝑣⃗2 , 𝑣⃗3 } de ℝ 3, onde 𝒗𝟏 = (1,1,1), 𝒗𝟐 = (1,1,0), 𝒗𝟑 = (1,0,0) e seja o
operador linear T: ℝ 3 → ℝ 3 tal que 𝑇(𝒗𝟏 ) = (2, −1,4), 𝑇(𝒗𝟐 ) = (3,0,1), 𝑇(𝒗𝟑 ) = (−1,5,1). Encontre
uma fórmula para 𝑇(𝑥1 , 𝑥2 , 𝑥3 ) e use esta fórmula para obter 𝑇(2,4, −1).
Respostas
15. 𝑇(𝑥1 , 𝑥2 , 𝑥3 ) = (−𝑥1 + 4𝑥2 – 𝑥3 , 5𝑥1 – 5𝑥2 – 𝑥3 , 𝑥1 + 3𝑥3 ) e 𝑇(2,4, −1) = (15, −9, −1)
252
Observação: A multiplicação de matrizes não é comutativa, de modo que a ordem é importante ao formar a
composta de transformações lineares.
A representação de uma transformação linear através de uma matriz é melhor por ser mais simples, mais fácil
de ler, mais prática para montar a composição de transformações, ou seja, uma sequência de transformações.
𝑇(𝑆(𝒗)) = 𝑆(𝑇(𝒗)) = 𝒗
Observação: Nem toda a transformação linear possui inversa. Se T é invertível, contudo, a inversa é única e
é denotada por 𝑇 −1
Seja 𝑇: ℝ𝑛 → ℝ𝑛 uma transformação linear com matriz canônica A, então as seguintes afirmações são
equivalentes:
i. T é inversível
ii. T é um isomorfismo
iii. A é inversível
Propriedades
Definição de matrizes semelhantes: Uma matriz B é semelhante a uma matriz A se existe uma matriz
inversível P tal que 𝐵 = 𝑃−1 𝐴𝑃
Exemplo 29:
2 −2 3 −2 1 1
As matrizes 𝐴 = [ ]e 𝐵 =[ ] são semelhantes onde 𝑃 = [ ].
−1 3 −1 2 0 1
▪ det(A) = det(B).
▪ Se A é inversível se, e só se, B é inversível.
255
Rubrica de correção:
EXERCÍCIOS:
16. Dado operador linear T(x,y,z) = (x + y, -x + z, x + y - z), encontrar a matriz representativa do operador T, na
base canônica do ℝ 3.
a) 𝑇: ℝ3 → ℝ2 onde 𝑇(𝑥, 𝑦, 𝑧) = (𝑥 + 𝑦, 𝑦 − 𝑧)
1 14
a) 𝐴 = [ ]
0 1
1 1 1
b) 𝐴 = [ ]
0 1 1
4 0 7
c) 𝐴 = [5 5 1]
0 0 2
256
b) Represente geometricamente.
2 −1 6 −3 1 −9
a) 𝑃 = [ ] , 𝐴=[ ] e 𝐴′ = [ ]
3 5 2 −2 −1 3
1 2 0 1 0 1 2 0 0
b) 𝑃 = [0 1 −1] , 𝐴 = [−1 3 1] e 𝐴′ = [0 1 0]
1 0 0 0 0 2 0 0 3
23. Encontre a matriz canônica de transformação, uma base para o núcleo e uma base para a imagem, analise
se a transformação é inversível.
𝑥 2 −12 𝑥 𝑥
24. Determine o vetor (𝑥, 𝑦) que satisfaz 𝑇 (𝑦) = ( ) (𝑦) = 𝜆 (𝑦)
1 −5
a) Para 𝜆 = −1 b) Para 𝜆 = −2
25. Encontre uma única matriz 2x2 que efetue a sucessão de operações indicadas:
c) A reflexão no eixo y, seguida da expansão de fator 7 na direção y, seguida pela reflexão na reta y = x;
d) Rotação pelo ângulo de 30° em torno da origem no sentido anti-horário, seguida pelo cisalhamento de
fator -2 na direção y, seguido pela expansão de fator 3 na direção y.
257
Respostas:
1 1 0
16. 𝑇 = (−1 0 1)
1 1 −1
0 0 0
0 0 3 1
17a) 𝑇 = (0 1 0) e 𝑇′ = ( ) b) 𝑇 = ( ) e 𝑇′ = (7)
1 1 7 4
0 1 0
1 0
18a) Não tem inversa. b) 𝑇 −1 = ( ) c) Não tem inversa.
0 −1
19a) Injetora, sobrejetora e inversível. b) Não é injetora, não é sobrejetora e nem inversível.
2 0 0
20𝑎) 𝑇 = (0 1 0) b) 𝐼𝑚(𝑇) = {(2,1,0,1), (0,1,1,1), (0,0,1,0)}
0 1 1
1 1 0
21a) 𝑇(𝑥, 𝑦) = (𝑥, 𝑥 + 𝑦) b) Cizalhamento na direção do eixo y
0 0 2
1 5 1 1
22a) São semelhantes e 𝑃 −1 = 13 [ ] b) São semelhantes e 𝑃 −1 = 2 [1 0 −1]
−3 2
1 −2 −1
2 4 6 5
23a) 𝑇 = (−1 −2 2 0), 𝑁(𝑇) = {(−2,1,0,0), (0,0,1, −2)}, 𝐼𝑚(𝑇) = {(2, −1,0), (5,0,4)}, não é
0 0 8 4
invertível
1 2 0
b) 𝑇 = (0 1 2), 𝑁(𝑇) = {(0,0,0)}, 𝐼𝑚(𝑇) = {(1,0,2), (2,1,0), (0,2,1)}, é invertível
2 0 1
1 0 0
c) 𝑇 = (0 1 0), 𝑁(𝑇) = {(0,0,0)}, 𝐼𝑚(𝑇) = {(1,0,0), (0,1,3), (0,0,1)}, é invertível
0 3 1
24a) 𝑣⃗ = (4,1) e todos os vetores paralelos a esse. a) 𝑣⃗ = (3,1) e todos os vetores paralelos a esse
1/2 0 1 0 0 1 −1
d) 𝑇 = 2 ( √3
1
25a) 𝑇 = ( ) b) 𝑇 = ( ) c) 𝑇 = ( ) )
0 5 2 5 −7 0 3 − 6√3 3√3 − 6
258
259
Para um sistema estrutural qualquer sob vibração livre não amortecida, com vários graus de liberdade,
pode ser escrita uma equação matricial de movimento tal que,
𝑀𝑢′′ + 𝐾𝑢 = 0 (1)
onde M é a matriz de massa, K é a matriz de rigidez, u é o vetor dos deslocamentos e consequentemente u’’
é o vetor das acelerações. Essa equação é um sistema de equações diferenciais ordinárias, que você irá
estudar na disciplina de Modelagem Avançada de Sistemas. A solução dessa equação é
𝑢(𝑡) = 𝛼𝑒 𝑠𝑡 (2)
𝐷𝛼 = 𝜆𝛼 (3)
onde 𝜆 = −𝑠 2 e 𝐷 = 𝑀−1 𝐾. Dessa forma, para encontrar o vetor deslocamento é necessário encontrar 𝛼 e
𝜆 da equação (3).
Para resolver esse problema considere um operador linear 𝑇: ℝ𝑛 → ℝ𝑛 , assim, [𝑇] = 𝐷, queremos saber
quais vetores são levados em um múltiplo de si mesmo, isto é, procuraremos um vetor v V e um escalar
𝜆 ∈ ℝ tais que:
𝑇(𝑣) = 𝜆𝑣 (I)
Neste caso 𝑇(𝑣) será um vetor de mesma "direção" que 𝑣, ou melhor, T(v) e 𝑣 estão sobre a mesma reta
suporte. Como 𝑣 = 0 satisfaz a equação ( I ) para todo , estaremos interessados em determinar v 0 que
satisfaça a condição acima.
Vamos entender um pouco melhor essas aplicações de autovalor e autovetor. Leia com atenção os
exemplos a seguir.
260
Considere o movimento horizontal do conjunto massa mola não amortecido mostrado na figura abaixo:
As deflexões horizontais x1 e x2 são medidas relativamente à posição de equilíbrio estático. As molas possuem
rigidez k1, k2 e k3, que são as forças requeridas para estender ou comprimir cada mola de uma unidade de
comprimento.
d 2 x1
m1 = −k1 x1 + k 2 ( x 2 − x1 ) (II)
dt 2
d 2 x2
m2 = k 2 ( x1 − x2 ) + k 3 x2 (III)
dt 2
x1
Se é o vetor deflexão, então as equações (II) e (III) podem ser reescritas assim:
x2
d 2x
= A.x
dt 2
Uma solução desta equação diferencial é: x = veit , na qual v é um vetor e pela fórmula de Euler temos:
Estrutura:
Estrutura é o conjunto de elementos que sustentam e dão estabilidade a uma construção. Este conjunto deve
formar um todo perfeitamente combinado, de modo que resista a todos os esforços produzidos pelo peso
próprio, peso de seus ocupantes, ventos e sobrecargas, pois a ruína de uma só dessas partes pode causar o
colapso dessa estrutura.
É possível modelar uma estrutura de dois pavimentos através de dois osciladores acoplados. O sistema
oscilante escolhido é constituído de duas massas acopladas por três molas de constantes k1, k2 e k3, dispostas
como na figura. A oscilação é unidimensional, horizontal e com dois graus de liberdade.
Deve-se ressaltar, que o problema clássico de autovalores é absolutamente essencial para a compreensão e
análise de estruturas simples, tais como treliças, vigas, pórticos, placas, etc, como também de sistemas
estruturais mais complexos, dentre os quais podem ser citados os seguintes: edificações residenciais, pontes
rodoviárias e ferroviárias, torres de aço de telecomunicações e de transmissão de energia, estádios de
futebol, passarelas de pedestres, edifícios altos etc.
262
𝑻(𝒗) = 𝝀. 𝒗
Exercícios:
1. Seja 𝑇: ℝ² → ℝ² tal que 𝑇(𝑥, 𝑦) = (4𝑥 + 5𝑦, 2𝑥 + 𝑦). Verifique se os vetores 𝑣1 = (5,2) e 𝑣2 = (1,1)
são autovetores de T.
2. Seja 𝑇: ℝ³ → ℝ³ tal que 𝑇(𝑥, 𝑦, 𝑧) = (−𝑥, −𝑦, −𝑧), qual é o autovalor associado ao autovetor?
263
Exemplos:
• 2x - 4 = 0 → completa do 10 grau
• x2 - 5x + 6 = 0 → completa do 20 grau
• x3 + 3x2 + 3x + 1 = 0 → completa do 30 grau
• x4 – 1 = 0 → incompleta do 40 grau
Uma solução ou raiz de uma equação algébrica é um número que torna verdadeira a equação, ou seja,
transforma a equação numa identidade.
➢ Toda equação algébrica polinomial de grau n admite exatamente n raízes (reais ou imaginárias).
Exemplos:
Inteiro
𝑎0
Assim, também é inteiro e, portanto 𝛂 é divisor de 𝑎0 .
𝛼
264
Se uma equação de coeficientes reais admite a raiz a + bi, admitirá também a raiz a – bi, conjugada da
primeira.
Δ = (−4)2 − 4.1.5 = −4
Se uma equação de coeficientes racionais admite a raiz irracional 𝑎 + √𝑏 admitirá também a conjugada
irracional 𝑎 − √𝑏.
Δ = 22 − 4.1. (−6) = 28
−2 ± √28 −2 ± 2√7 𝑥 = −1 + √7
𝑥= = → { 2
2.1 2 𝑥2 = −1 − √7
Toda equação algébrica racional e inteira admite pelo menos uma raiz, real ou complexa.
A equação 𝑎𝑛 𝑥 𝑛 + 𝑎𝑛−1 𝑥 𝑛−1 + ⋯ + 𝑎1 𝑥 + 𝑎0 = 0, pode ser decomposta em fatores:
𝑎𝑛 (𝑥 − 𝑥1 )(𝑥 − 𝑥2 ) … (𝑥 − 𝑥𝑛 ) = 0
Suponha uma equação algébrica, essas equações podem apresentar raízes repetidas. Quando uma raiz se
repete duas vezes (grau de multiplicidade 2) é dita raiz dupla; se três vezes raiz tripla, se n vezes grau de
multiplicidade n e pode-se decompor a equação da seguinte forma:
𝑁
As raízes racionais fracionárias obedecem ao teorema: Se o número racional e irredutível 𝐷 for raiz de uma
equação de coeficientes inteiros, 𝑎𝑛 𝑥 𝑛 + 𝑎𝑛−1 𝑥 𝑛−1 + ⋯ + 𝑎1 𝑥 + 𝑎0 = 0. Então N é divisor de a0 e D é divisor
de an.
1 1 3 3 7 7 21 21
{± , ± , ± , ± , ± , ± , ± , ± }
2 4 2 4 2 4 2 4
Pesquisa de raízes:
Quando descobrimos uma raiz 𝛂 da equação P(x) = 𝑎𝑛 𝑥 𝑛 + 𝑎𝑛−1 𝑥 𝑛−1 + ⋯ + 𝑎1 𝑥 + 𝑎0 = 0, dividimos P(x)
por x – 𝛼, recaindo numa equação de grau menor.
É fácil descobrir, por exemplo, se o número 1 é raiz de uma equação algébrica: ele será raiz se a soma dos
coeficientes for igual a zero.
266
Exemplos:
9) Resolva a equação 𝑥 3 − 3𝑥 2 + 3𝑥 − 1 = 0
1 1 -3 3 -1
1 -2 1 0
𝑥 2 − 2𝑥 + 1 = 0
Raízes: {1, 1, 1}, x = 1 tem grau de multiplicidade 3.
10) Resolva: 𝑥 4 − 5𝑥 3 + 6𝑥 2 = 0
Como essa equação não tem termo independente não é necessário pesquisar os divisores. Nesse caso
devemos colocar x2 em evidência.
𝑥1 = 0
𝑥 2 (𝑥 2 − 5𝑥 + 6) = 0 → 𝑥 2 = 0 → {
𝑥2 = 0
𝑥3 = 2
𝑥 2 − 5𝑥 + 6 = 0 → {
𝑥4 = 3
Raízes {0,0,2,3}
11) Resolva 𝑥 4 − 𝑥 3 − 7𝑥 2 + 𝑥 + 6 = 0
Como o coeficiente de 𝑥 4 é 1 só temos raízes inteiras. Prováveis raízes inteiras: {±1, ±2, ±3, ±6}
1 1 -1 -7 1 6
1 0 -7 -6 0
𝑥 3 + 0𝑥 2 − 7𝑥 − 6 = 0
-1 1 0 -7 -6
1 -1 -6 0
𝑥3 = −2
𝑥2 − 𝑥 − 6 = 0 → {
𝑥4 = 3
Raízes {-2, -1, 2, 3}
267
EXERCÍCIOS
a) 2x4 – x3 – 14 x2 + 19x – 6 = 0
c) x3 – 4x2 + x + 26 = 0
d) x3 + x2 + x – 3 = 0
e) x3 - 2x2 - x + 2 = 0
f) x4 – 1 = 0
g) 2x3 - x2 - 7x + 6 = 0
h) x3 - 7x2 + 14x – 8 = 0
i) x4 + x3 - x - 1 = 0
Respostas
1) x3 – x = 0
3) x3 – 6x2 + 11x – 6 = 0
4)
1
a) {1,2, 2 , −3}
b) {1, 2, 3, 4}
d) {1, −1 ± √2𝑖}
e) {1, - 1, 2}
f) { 1, - 1, i, - i}
3
g) {1, −2, 2}
h) {1, 2, 4}
1 √3
i) {1, −1, − 2 ± 𝑖}
2
5) {1, 1, 1, i, - i}
6) {0, 2, - 2}
7) {1, 1, 1}
8) {0,0,2√2, −2√2}
1
9) {0,1, 3 , 𝑖, −𝑖} , 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 0 𝑟𝑎𝑖𝑧 𝑑𝑢𝑝𝑙𝑎
1
c) 𝑃(𝑥) = (𝑥 + 2). (𝑥 − 2) . (𝑥 − 3)
269
𝑻(𝒗) = 𝝀. 𝒗
De agora em diante vamos considerar apenas espaços vetoriais V = ℝn e a transformação definida por
𝑇: ℝn → ℝn tal que 𝑇(𝑣) = 𝐴. 𝑣, onde 𝑨 é uma matriz quadrada de ordem n.
𝑇(𝑣) = 𝐴. 𝑣 = 𝜆. 𝑣
𝐴. 𝑣 − 𝜆. 𝑣 = 0
(𝐴 − 𝜆𝐼)𝑣 = 0
Note que isto é um sistema linear homogêneo. Como queremos as soluções não nulas desse sistema, isto é,
quando o sistema é possível e indeterminado, coloca-se a condição:
𝒅𝒆𝒕(𝑨 − 𝝀𝑰) = 𝟎,
pois 𝑣 ≠ 0.
Determinando as raízes do polinômio característico, os autovetores podem ser determinados pela equação
𝐴𝑣 = 𝜆𝑣.
Observação: Ver a seção 15.3 para revisar como encontrar as raízes de polinômios.
270
Exemplos:
1 1 1
b. 𝑣 = (1,1,2), 𝐴 = [0 2 1].
0 2 3
1 −1 0
c. 𝑣 = (−2,1,3), 𝐴 = [2 3 2].
1 2 1
271
1 4
2. Seja 𝐴 = [ ] a matriz de uma transformação linear, determine os autovalores e os autovetores de A.
2 3
−16 10
3. Seja 𝐴 = [ ] uma matriz de transformação linear, determine os autovalores de 𝐴.
−16 8
272
Nosso objetivo é encontrar uma base de 𝑽 na qual a representação matricial de 𝑇 seja a mais simples possível,
isto é, uma matriz diagonal.
Desse teorema segue que se 𝑽 é um espaço vetorial de dimensão n e 𝑇: 𝑉 → 𝑉 é um operador linear que
possui n autovalores distintos, então 𝑽 possui uma base formada por todos os autovetores de 𝑇.
Definição (operador diagonalizável): Um operador linear é diagonalizável se pudermos formar uma base em
𝑉 com os autovetores de 𝑇.
Observações:
onde 𝑃 é a matriz em que suas colunas são seus autovetores (mantendo a ordem dos autovalores
descritos na matriz 𝐷).
• Dizemos que a matriz 𝐴 é diagonalizável se ela for semelhante a uma matriz diagonal, 𝐷.
Exemplos:
5. Verifique se 𝑇 é diagonalizável. Em caso afirmativo, determine a matriz diagonal que representa o operador
𝑇 e a matriz P.
1 1
6. Considere a matriz 𝐴 = [ ], calcule 𝐴², utilizando a matriz diagonal que representa o operador
0 2
determinado pela matriz 𝐴.
277
Exemplo 7: Uma membrana elástica, limitada pela circunferência 𝑥² + 𝑦² = 1 é deformada de forma que o
5 3
ponto 𝑃(𝑥, 𝑦) é levado ao ponto 𝑄(𝑥, 𝑦), de acordo com a transformação dada pela matriz [ ]. Calcule
3 5
os autovalores e os autovetores da transformação e esboce a forma final da membrana.
278
Exemplo 8: Considere um sistema simétrico com dois graus de liberdade conforme figura. Calcule as
frequências naturais de vibração do sistema.
Resolução:
𝑑2 𝑥
𝐹𝑅 = 𝐹𝐸 → 𝑚 𝑑𝑡 2 = 𝑘𝑥
𝑚𝑥̈ 1 = −𝑘𝑥1 + 𝑘(𝑥2 − 𝑥1 ) → corpo 1
Reescrevendo:
Em notação matricial:
𝑚 0 𝑥̈ 1 2𝑘 −𝑘 𝑥1
( )( ) + ( ) ( ) = 0 → 𝑀𝑋̈ + 𝐾𝑋 = 0 (1)
0 𝑚 𝑥̈ 2 −𝑘 2𝑘 𝑥2
Cálculo de M-1
279
1
0
𝑀 −1
= (𝑚 )
1
0
𝑚
Multiplicando a equação (1) pela matriz inversa.
2𝑘 −𝑘
𝐴= (𝑚 𝑚)
−𝑘 2𝑘
𝑚 𝑚
2𝑘 −𝑘
−
( 𝑚 𝑚 ) (𝑥1 ) = 0
−𝑘 2𝑘 𝑥2
−
𝑚 𝑚
2𝑘 −𝑘
−
det(A - I) = 0 → | 𝑚
−𝑘 2𝑘
𝑚
|=0
−
𝑚 𝑚
4𝑘 3𝑘 2
Equação característica: 2 − + =0
𝑚 𝑚2
𝑘 3𝑘
1 = 𝑚 e 2 = 𝑚
mas = 2 , assim:
𝑘 3𝑘
𝜔1 = √𝑚 e 𝜔2 = √ 𝑚
280
Definição de matriz ortogonal: Uma matriz quadrada é dita ortogonal se sua matriz inversa coincide com
sua matriz transposta, ou seja, 𝐴𝑡 = 𝐴−1
Teorema: Se a matriz A é uma matriz simétrica, então dois autovetores quaisquer, correspondentes a
autovalores distintos de A, são ortogonais.
Para montar a matriz P que seja ortogonal com os autovetores, é necessário utilizar os versores dos
autovetores.
Exemplo 9: Considere a matriz simétrica A, encontrar uma matriz ortogonal P, e monte 𝑃−1 𝐴𝑃:
3 −1
𝐴=( )
−1 3
281
Rubrica de correção:
EXERCÍCIOS:
1. Seja o operador linear T: ℝ 2 → ℝ 2 definido por T(x,y) = (2x + 9y, x + 2y). Determine [T] matriz canônica de
T, e a seguir use a relação [T]B = P-1[T]P para transformá-la na matriz de T na base B = {(3,1), (- 3,1)}.
2. Considere o ℝ 2 com produto interno usual. Verifique que a rotação do plano de um ângulo dada por
T(x,y) = (x.cos - y.sen , x.sen + y.cos ) é ortogonal.
Uma matriz A é ortogonal se A é inversível e sua inversa é igual à sua transposta, isto é:
A-1 = At
2 1 0 3 −2 4
3 4
𝑎) [0 −2 3] 𝑏) [−2 1 5] 𝑐) [ ]
−1 4
2 3 4 4 1 6
7 3
5. Verifique se = - 2 é autovalor da matriz [ ]
3 −1
1 −3 1
6. Verifique se é verdadeiro que [ ] é um autovetor para [ ]?
4 −3 8
282
1 3 6 7
7. É verdadeiro que [−2] é autovetor de [3 3 7]? Caso seja, determine o autovalor.
1 5 6 5
3 7 6
8. Achar os valores e vetores próprios da matriz 𝐴 = (−1 −5 −6) e dizer se ela é diagonalizável.
1 1 2
Respostas:
5 0
1. [𝑇]𝐵 = ( )
0 −1
2. 𝑣1 . 𝑣2 = 0
4. a) 1 = 2 e 2 = 3 v1 = x(1,-1) x 0 e v2 = x(1,-2) x 0
b) 1 = 2 = 3 = 0 v1 = (1,0,0)
5. = - 2 , sim
6. não
7. = - 2 , sim
REFERÊNCIAS
ANTON, H.; RORRES, C. Álgebra Linear com aplicações. 8ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.
GUIDORIZZI, H. L. Um curso de cálculo. Vol. 1. Rio de Janeiro: LTC, 2001.
HOFFMANN, L. D.; BRADLEY, G. L. Cálculo: um curso moderno e suas aplicações. RJ: LTC, 2010.
ANTON, H.; BIVENS, I.; DAVIS, S.; Cálculo. Vol. 1. Bookman, 2007.
SWOKOWSKI, E. W. Cálculo com Geometria Analítica. Vol. 1. São Paulo: Makron Books, 1994.
FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006
AYRES, F.; MENDELSON, E. Cálculo diferencial e integral. 3.ª ed. São Paulo: Makron Books, 1994.
BOLDRINI, J. L. et. al. Álgebra linear. São Paulo: Harper and Row do Brasil,1980
CALLIOLI, C. A et. al. Álgebra linear e aplicações. São Paulo: Atual, 1993.
LIPSCHUTZ, S.; LIPSON M. Álgebra linear. Porto Alegre. Bookman - Coleção Schaum.2004.
STEINBRUCH, A. Álgebra linear. São Paulo: McGraw-Hill, 1987.
KOLMAN, B. Introdução à Álgebra linear com aplicações. Rio de Janeiro: Prentice Hall de Brasil, 1998.
POOLE, D. Álgebra Linear. São Paulo: Thomson,2004