Ebook Horta Caseirapor Fernando Pereira 02

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HORTA CASEIRA
POR FERNANDO PEREIRA

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HORTA CASEIRA
POR FERNANDO PEREIRA

Este livro digital é dedicado para


você que quer aprender mais sobre
hortas caseiras e jardinagem.
Existem muitos conteúdos soltos
pela internet, porém, na maioria das
vezes, são vagos e com pouca
clareza de detalhes.
Por este motivo reuni grande parte
de meus conhecimentos e sintetizá-
los neste livro digital.
Aqui você vai aprender sobre plantar
e colher, e ainda conhecer um pouco
de minha história.

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SUMÁRIO
Intro Foi amor à primeira vista 05

01 Por que fazer uma horta? 18

02 Escolha do local para cultivar 21

03 Ferramentas e utensílios 28

04 Necessidades das plantas 40

05 Como plantar? 46

06 Adubos e Fertilizantes 55

07 O que cultivar? 68

08 Técnicas de plantio 74

09 Plantando conforme a lua 80

10 Principais pragas e doenças 85

11 Conclusão 101

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INTRODUÇÃO

FOI AMOR À
PRIMEIRA VISTA

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Nas minhas primeiras memórias da infância,
lembro-me das visitas à casa de meu avô, um
português carrancudo, muito marcado pela vida,
homem de pouca conversa e raros sorrisos.

Todos os dias meu avô deixava sua casa e


dirigia-se para os fundos do terreno, no qual
cultivava uma linda horta. No local, plantava desde
couves, com folhas gigantes, até um lindo parreiral
de uvas.

O velho inspecionava folha por folha. Tudo


era feito manualmente. A terra era tratada apenas
com aragem, rotação de culturas, adubação
orgânica e água nos períodos mais apropriados.

Nasci e fui criado na cidade de São Paulo,


principal veia do capitalismo e consumismo do
Brasil, o que me afastou deste negócio de “plantas e
agricultura”.

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Na escola, lembro-
me de ter assistido a
algumas aulas sobre
sustentabilidade. Na época,
a maioria dos professores
não entendiam o sentido da
palavra "sustentabilidade“.
Mas eu estava lá, ouvindo
sobre reciclagem, cuidados
com o meio ambiente,
preservação ambiental, etc.

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Muitos anos se passaram e fui nadando
conforme a corrente. Em determinado momento da
vida pensei em cursar faculdade de Direito, depois
Veterinária e no final das contas acabei cursando
Administração de Empresas.

Porém, ao final do curso, me senti mais


perdido que um “cego em tiroteio”. Sabia que a
busca pela minha vocação continuaria e que seria
difícil encontrar aquilo que eu realmente amava.

Alguns anos depois fui convidado para visitar


um sítio agroflorestal em Ilhabela, no qual todas as
casas eram construídas com materiais reutilizados,
barro e madeira.

Ali, o que era sucata para alguns, se


transformava em lindos acessórios, móveis, janelas
e portas para as charmosas cabanas. Tudo era feito
com reaproveitamento, carinho e detalhes. As
cabanas, com toque rústico e aconchegante, eram
um convite para desfrutar a natureza, ouvir o
barulho do mar e ver tucanos e outros pássaros
coloridos bem de perto.
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Mestre Galeno, no Sítio Santa Seiva, nos ensinava sobre algumas plantas.

Quando me deparei com aquele local


maravilhoso, com uma floresta paisagisticamente
planejada, que ainda possibilitava a extração de
diversos tipos de frutos e hortaliças, foi amor à
primeira vista.

Ao final desta viagem estava maravilhado com


tudo o que vi, e sabia que dali em diante, de alguma
forma, aquilo faria parte de minha vida.

Realmente foi o que aconteceu. Na semana


seguinte já havia me matriculado em um curso de
paisagismo.
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Estava empolgado com o início das aulas já
que a partir dali, estaria mergulhando em um mundo
totalmente novo. Porém, no primeiro dia do curso
tive minha primeira decepção: eu era o que menos
conhecia sobre plantas na sala de aula. Alguns
alunos já trabalhavam na área, haviam cursado
biologia, arquitetura, ou tinham algum parente que
trabalhava com paisagismo.

E eu? Não sabia quase nada. Era um


verdadeiro leigo no assunto.

Muito determinado, comecei a pesquisar na


internet o maior número de espécies e decorá-las.
Enquanto caminhava pela rua, tirava fotos de
algumas árvores para tentar descobrir qual sua
espécie, sua origem, se era nativa ou não. Parecia
um maluco olhando para todas aquelas plantas. Na
realidade, faço isso até hoje!

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No segundo semestre do curso, decidi que
precisava trabalhar no ramo para aprender sobre as
plantas na prática. Mandei currículo para algumas
lojas especializadas no comércio de plantas. Para a
minha surpresa, fui chamado para uma entrevista no
maior garden center da cidade.

Fiquei com receio de ser reprovado na


entrevista, pois eu conhecia pouco sobre o assunto.
Mas entrei determinado a aprender e consegui uma
vaga para trabalhar na estufa da empresa.

No primeiro dia de trabalho me pediram para


cuidar de algumas centenas de violetas. Fiquei
apreensivo, pois não sabia nem a quantidade de
água para regá-las. Por sorte, alguns colegas de
trabalho foram me ensinando.

Conforme ia aprendendo, novas


responsabilidades eu adquiria.

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Cuidando das flores de camarão-amarelo

Iniciei cuidando apenas das violetas. Com o


tempo, já estava cuidando de três setores, com mais
de trinta espécies de plantas.

Essa fase foi muito difícil, pois tinha que


acordar às cinco horas da manhã para chegar a
tempo no trabalho. E ao sair de lá, muitas vezes,
tive que correr pelas ruas e estações de metrô para
não chegar atrasado ao curso.

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As aulas do curso de paisagismo terminavam
às dez horas da noite e só então voltava para casa.
Chegava em casa após às onze da noite, tendo que
ainda preparar algo para comer, tomar um bom
banho e desmaiar. Ainda, a empresa exigia que os
funcionários trabalhassem aos sábados e domingos.

Foi uma fase muito cansativa. Com determinação,


depois de oitos meses, consegui uma promoção
para o setor de paisagismo da empresa. Neste
momento, eu já conhecia quase todas as espécies
da estufa e agora partiria para um setor mais
tranquilo, no qual teria mais tempo para ler e
estudar sobre as plantas.

Depois de dois anos, terminado o curso, resolvi sair


da empresa para tentar carreira autônoma. Foi neste
período que tive mais tempo para estudar e fazer
alguns cursos de permacultura.

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Enfrentei muitos problemas para aprender
como autodidata, já que muita coisa que eu
pesquisava na internet estava errada. Foi neste
exato momento que surgiu a ideia de criar um blog.
Esse seria o melhor meio de estudar e ainda
documentar tudo, publicando para que as pessoas
tivessem acesso.

Foi com muita dificuldade que consegui tirar


a ideia do papel; afinal, fazia alguns anos que eu
não estava ligado à tecnologia. Sem contar que tive
que aprender a construir um site do zero, assim
como comunicar-me através de redes sociais. À
época, meu celular era bem antigo. Nem sonhava
em ter um smartphone.

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Hoje, são mais de 200
artigos publicados no
blog, uma fanpage no
Facebook com mais
de 130 mil seguidores,
mais de 80 vídeos no
Youtube e mais de 20
hortas de sucesso
construídas do zero.

Fui também convidado


para participar de
programas de
televisão e me tornei
integrante voluntário
Participação no programa Santa Receita. em um projeto que
estimula troca de
sementes e mudas.

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Agora estou publicando este maravilhoso e-
book para transmitir muito do que aprendi durante
toda essa jornada de dedicação às plantas.

Com certeza ter visto meu avô plantar, ter ido


às aulas de sustentabilidade na escola, além de
todos os outros acontecimentos, me trouxeram para
esse caminho. Posso afirmar que não me arrependo
de nenhum momento e de nenhum esforço, pois
quando amamos o que fazemos tudo parece
diversão.

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“Plantas são como pessoas teimosas: elas vão te
deixar fazer qualquer coisa se você tratá-las da
maneira correta. Talvez não se requeira de ninguém
mais senão do jardineiro um olhar manso, uma
coerência tranquila, fazer o totalmente certo a cada
hora, em cada época do ano.” Johann Wolfgang
von Goethe.

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01 POR QUE FAZER
UMA HORTA?

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1- Com uma pequena horta em casa, você e
sua família podem ter verduras e legumes
fresquinhos durante o ano inteiro. Cuidar de uma
horta é divertido, educativo e vai ajudar a enriquecer
a alimentação da família com alimentos orgânicos,
proteicos e ricos em sais minerais.

2- Vale lembrar que nos últimos anos o Brasil


vem liderando o ranking mundial dos países que
mais utilizam agrotóxicos e os alimentos
orgânicos têm preços elevados no mercado. Por
isso, começar a consumir aquilo que você mesmo
plantou é uma ótima alternativa!

Mesmo plantando apenas alguns vasos de


temperos, você está fugindo dos agrotóxicos e
economizando no orçamento doméstico.

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3- Plantar uma pequena horta em casa te
torna mais sustentável. Quando compramos
alimentos perecíveis no mercado, alguns problemas
de logística estão envolvidos. O primeiro deles está
relacionado ao transporte, realizado em regra por
meio de caminhões, abastecidos com diesel
(combustível fóssil) que utilizam muitos pneus,
ambos poluentes do meio ambiente.

Outro problema é o desperdício. Antes dos


vegetais chegarem ao mercado, muitas vezes pela
distância ou pelas condições climáticas, se
deterioram. Além disso, ao chegarem nas prateleiras
dos supermercados, somos tendenciosos a escolher
apenas os mais esteticamente viçosos e, com isso,
muitos alimentos acabam indo para o lixo.

Fartura de alimentos orgânicos – colheita do agrião.


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02 ESCOLHA DO
LOCAL PARA
CULTIVAR

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Como escolher o local adequado para plantar?

- Luz solar: O local ideal para plantar deve


estar exposto à luz solar durante todo o dia. Porém,
com o aumento da quantidade de prédios em
grandes cidades, encontrar um espaço para plantar
pode precisar de um pouco de planejamento.

Na maioria das vezes é preciso procurar


aquele canto da casa ou do apartamento no qual o
sol permanece por maiores períodos. Para a
produção de hortaliças saudáveis será preciso que o
local receba no mínimo 6 horas de luz solar direta.

Janelas, varandas e sacadas podem ser


bons locais para alocar vasos e jardineiras de
plantio. Geralmente, estes são espaços nos quais
costuma bater mais sol.

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Algumas espécies, como por exemplo o
manjericão, conseguem se desenvolver bem
quando colocadas em espaços com menos de 6
horas de luz solar direta. Entretanto, a maioria das
espécies de temperos e hortaliças precisam de pelo
menos 6 horas de sol.

Quando a planta recebe uma quantidade


menor de luz solar que a necessária, ela para de se
desenvolver, permanecendo estagnada em tamanho
ou massa. Em alguns casos, pode apresentar
diminuição de massa (encolhimento) ou até
estiolamento.

*estiolamento é o desenvolvimento anormal


dos vegetais causado pela ausência de luz,
geralmente caracterizado pelo descoramento e
definhamento dos tecidos. A planta cresce em
tamanho, mas não suporta o próprio peso.
Estiolamento
na alface. As
mudas ficam
frágeis e
tombam.
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Quando recebe mais luz do que o mínimo
necessário, a planta acumula reservas de energia
que utilizará para crescer, florescer e frutificar. Isso
explica o porquê de algumas frutíferas crescerem,
mas não chegarem a florescer e frutificar. Elas
simplesmente podem não estar num local com luz
solar adequada para ter a reserva necessária.

No caso de plantar em jardins ou canteiros


ao redor da casa, é necessário tomar o mesmo
cuidado e observar se o local recebe a quantia
mínima de 6 horas de sol diárias.

Além disso, é preciso observar o


comportamento do sol durante o verão e o inverno,
já que nestas estações o sol apresenta rotas
diferentes.

Levando em consideração a posição do


planeta Terra, no inverno o astro celeste passa mais
baixo, enquanto que no verão posiciona-se mais
alto.

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Observe sempre o posicionamento do sol, tanto no inverno,
quanto no verão.

Vento: um grande problema para quem


cultiva em varandas e sacadas pode ser a
quantidade de ventos fortes que esses locais
recebem. Caso o local seja exposto a ventos
excessivos, torna-se necessária a utilização de
quebra-ventos. Para isso, é possível utilizar algumas
espécies de plantas de forma a amenizar a ventania
ou até construir pequenas estufas.

Em áreas mais abertas, pode-se utilizar


espécies de cerca viva que funcionem como uma
barreira para esses ventos. Algumas das espécies
utilizadas são malvaviscos, bambus, feijão-
guandu, entre outras.
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Solo: depois da incidência solar, o solo é um dos
fatores mais importantes pra quem quer cultivar uma
hortinha. Ele deve possuir preferencialmente três
características importantes:

- Ser fofo (evitar solos com muita argila);

- Rico em nutrientes;

- Ter boa capacidade de drenagem.

Em floriculturas, mercados e agropecuárias, é


possível encontrar substratos prontos para plantio.
Porém, é muito importante verificar a procedência e se o
substrato possui as três características mencionadas
acima.

Você também pode preparar um substrato


perfeito para a maioria das espécies, utilizando terra,
areia e adubos naturais como húmus de minhoca, esterco
de aves ou esterco bovino curtidos.
Vídeo complementar: Assista ao vídeo aqui!!

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Cerca: sempre que pensar em construir uma
hortinha, lembre-se de cercar o local para evitar a
invasão de animais domésticos.

Caso não haja isolamento, os animais podem


fazer suas necessidades fisiológicas na horta. As
fezes de cães e gatos, por exemplo, podem conter
patógenos prejudiciais à saúde humana. Por este
motivo é preciso evitar a circulação de animais em
locais de cultivo.

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03 FERRAMENTAS
E UTENSÍLIOS

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Quais ferramentas vou precisar para
começar a plantar?

Bom, essa é uma dúvida bastante recorrente


de quem nunca plantou e pretende iniciar.

Hoje, felizmente, o mercado possui uma


infinidade de utensílios que auxiliam o cultivo. Mas,
a verdade é uma só: pode-se tanto plantar utilizando
apenas as mãos para abrir os berços e semear no
local pretendido, quanto utilizar ferramentas de
ponta para facilitar o trabalho e evitar problemas de
ressecamento na pele.

Os melhores locais para encontrar


ferramentas e materiais de cultivo são as lojas de
produtos agropecuários. Nessas lojas é possível
encontrar boa diversidade de materiais. As
ferramentas de jardinagem também podem ser
encontradas em floriculturas, supermercados e
algumas lojas de materiais para construção.

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A escolha das ferramentas deve ser
apropriada para o tamanho da horta que você vai
construir, assim como de acordo com as espécies
que vai lidar. As mais comuns são enxada, pá,
ancinho, sacho, tesoura de poda, luva, canivete,
faca, facão, colher de transplante e regador.

Em alguns casos, você utilizará fitilhos ou


barbantes para amarrar as plantas, etiquetas e
plaquinhas identificadoras para anotar a data da
semeadura, luvas de jardinagem, serrotes ou serras,
espátulas, tela ou arame para cerca, plástico para
cobertura, TNT (tecido não tecido), estacas de
bambu, pulverizadores, entre outros.

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As ferramentas e utensílios mais importantes
para quem pretende cultivar em pequenos canteiros,
vasos e jardineiras são:

Utiliza-se para descompactar, limpar e arar o


solo ao redor das plantas.

Auxilia na hora do plantio, transplante de


mudas e também para misturar o substrato.

Capaz de cortar e fazer podas em plantas


com galhos pequenos.

Faquinha é pau para toda obra, auxilia


desde a abertura de embalagens até a hora
da colheita.

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Protege as mãos de insetos, espinhos e
ajuda a evitar o ressecamento.

Ajuda a retirar ervas daninhas com


raízes e tudo.

Excelente para fazer aplicações de


defensivos naturais e também para
adubações foliares.

Para regar as plantas com mais


facilidade e sem espalhar a terra.

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Para cultivar em canteiros um pouco maiores,
também são importantes:

Eficiente para fazer capinas e reviradas


de terra em pequenos espaços.

Melhor ferramenta para capinas e


reviradas de terra em espaços maiores.

Com uma pá ou vanga quadrada fica


muito mais fácil abrir berços e plantar
frutíferas.

Funciona muito bem para podar galhos


mais espessos como os de frutíferas.

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Com relação aos vasos, existem diversos
formatos, materiais e tamanhos.

Vejamos alguns exemplos:

Formatos: comum, cone, quadrado, meia lua,


jardineira, etc.

Comum: ideal para cultivo de hortaliças e


outras plantas quando o tamanho ideal para cada
cultivar é respeitado. Pode receber qualquer planta.

Vaso de plástico comum.


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Meia lua: são vasos pequenos que,
geralmente, são fixados em paredes,
treliças ou jardins verticais. Suportam apenas
plantas pequenas e que precisam de pouco espaço
para o desenvolvimento. Ex: cebolinha, salsinha,
orégano, tomilho, etc.

*pelo fato de serem pequenos precisam de atenção


extra com as regas.

Vaso meia lua ou de parede.

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Jardineira: são ideais para dar aquele toque
de charme no ambiente, porém a maioria delas é
pequena, por este motivo suportam apenas
plantas com raízes pouco profundas.

*existem jardineiras grandes e profundas no


mercado, mas fique de olho nas regas caso sua
jardineira seja pequena.

Jardineira com caixa coletora de água.

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Materiais: plástico comum, polietileno,
cerâmica, cimento, fibra, etc.

Na hora da escolha do vaso é preciso ter


em vista que os três fatores (formato, material e
tamanho) podem ser determinantes para obter
sucesso com as plantações.

Materiais como plástico comum,


polietileno e cimento costumam aquecer muito
em dias de sol forte, fazendo com que as raízes
da planta fiquem literalmente queimadas.

Isto acontece porque as raízes


responsáveis pela absorção dos nutrientes
desenvolvem-se para os lados até chegarem
nas bordas do vaso. Assim, em dias de sol forte,
essas partes da raiz acabam sofrendo com um
grande estresse térmico (muito calor).

Por outro lado, os vasos de barro ou


cerâmica facilitam a dispersão do calor. Por tal
razão, são os mais adequados para o cultivo de
hortaliças e outras plantas.
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Materiais e formatos:

Vaso de barro – Cone.

Vaso de polietileno – Cone.

Vaso de barro – Redondo comum.


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Tamanho: este é um dos fatores mais
importantes para o sucesso no plantio. Quanto
maior o vaso, melhor. Procure escolher vasos com
pelo menos 30cm de diâmetro e 30cm de
profundidade; isso garantirá que você tenha
sucesso com a maioria das hortaliças.

Também é possível cultivar em vasos


menores, porém deve-se plantar espécies
pequenas. Ex: tomilho, peixinho da horta.

Obs.: Todos os vasos devem ter furos na


parte inferior para que a água possa drenar
(sair). Muita gente acaba confundindo cachepô (que
é um objeto parecido com um vaso, porém não
possui furos no fundo) com vaso.

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04 NECESSIDADES
DAS PLANTAS

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Há dois detalhes importantes para que o seu
plantio dê certo: acidez do solo e os nutrientes
essenciais para as plantas.

Acidez ou pH (potencial Hidrogênico) do solo

O pH de um solo pode ser classificado como


ácido ou alcalino e medido por uma escala
numérica de 1,0 a 14,0. O ideal para a maioria das
plantas é que o pH esteja na faixa entre 5,5 e 7,0.

Quando o pH do solo for menor que 5,


significa que está ácido demais para as plantas.
Quando estiver em torno de 5 e 6, estará com
acidez média. Se o solo estiver com 6,5, significa
que está um pouco ácido. O ph 7 demonstra que o
solo está neutro. Se estiver acima de 7, o solo
estará alcalino.

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Para corrigir a acidez do solo, você pode
adicionar na terra substâncias alcalinas como
conchas moídas e calcário dolomítico.

Quando for comprar sacos de terras em lojas


especializadas, poderá verificar as especificações
de pH na embalagem do produto. Normalmente,
esses substratos já vêm com o pH correto para o
cultivo.

No caso de utilizar terra do seu terreno, é


importante realizar um teste para saber se o solo
está ácido ou alcalino.

Vale salientar que a maioria dos solos do


Brasil é ácida, por isso a correção geralmente é bem
vinda. Entenda melhor sobre o assunto no vídeo
complementar.

Vídeo complementar aqui!

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Indicação de intervalo de PH do solo para
algumas hortaliças:
Cultivo pH
Abóbora 5,5 - 6,5
Acelga 6,0 - 7,5
Aipo 6,0 - 7,0
Alface 6,0 - 7,0
Batata 4,8 - 6,5
Berinjela 5,5 - 6,5
Beterraba 6,0 - 7,5
Brócolis 6,0 - 7,0
Cebola 5,5 -7,0
Cenoura 6,0 - 7,0
Chicória 5,8 - 7,0
Couve, couve-de-bruxelas e couve-flor 6,0 - 7,5
Ervilha 6,0 - 7,5
Espinafre 6,0 - 7,5
Pepino 5,5 - 7,0
Pimentão 5,5 - 7,0
Quiabo 6,0 - 8,0
Repolho 6,0 - 7,5
Tomate 5,5 - 7,5
Vagem 6,0 - 7,5

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Nutrientes essenciais para as plantas

Elementos minerais:

Os sais minerais são elementos químicos


que as plantas retiram do solo e são nutrientes
essenciais para seu desenvolvimento.

Os elementos minerais são classificados em


dois grupos: macronutrientes, que são necessários
em maior quantidade; e micronutrientes que,
apesar de serem necessários em menor quantidade,
também são essenciais para manter a planta
saudável.
Macronutrientes:
Elemento Sigla Função
Nitrogênio N Componente essencial de todas as proteínas
Fósforo P Essencial para o transporte de energia
Potássio K Controle da água nos tecidos e da respiração
Cálcio Ca Controle da água nos tecidos e da respiração
Magnésio Mg Controla a entrada de água na célula
Enxofre S Componente de algumas proteínas

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Micronutrientes:
Elemento Sigla Função
Boro B Conduz os carboidratos até as raízes
Cobre Cu Atua no processo de respiração
Cloro Cl Participa no processo de fotossíntese
Ferro Fe Essencial para fotossíntese
Manganês Mn Ajuda na síntese de proteínas
Zinco Zn Colabora na síntese de amido
Silício Si Componente básico da celulose
Molibdênio Mo Controla a absorção de nitrogênio

Além destes elementos, a planta também


retira macronutrientes da água e do ar. São eles:
Carbono (c), Oxigênio (o) e Hidrogênio (H).

Para que tenhamos uma planta saudável é


preciso fornecer todos esses elementos a ela.

Não se preocupe caso ainda não tenha


entendido muito bem, voltaremos a falar sobre este
assunto no capítulo – Adubos e fertilizantes.

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05 COMO
PLANTAR?

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Cada planta necessita de cuidados
específicos. Algumas delas precisam de podas (por
exemplo, o manjericão), outras necessitam de água
em abundância (como o agrião-d‘água). Porém,
todas precisam de uma estrutura confortável na qual
tenham espaço para desenvolver suas raízes,
receber água sempre que necessário e absorver
nutrientes.

Mas como propiciar esse ambiente para as


plantas?

Muito bem, na grande maioria dos casos, há


diversos fatores que precisamos respeitar para que
a planta se desenvolva confortavelmente. Vamos
entender melhor cada um deles.

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Recipiente no tamanho adequado para a
espécie:

Procure escolher vasos com pelo menos


30cm de diâmetro e 30cm de profundidade; isto
vai garantir que você tenha sucesso com a maioria
das hortaliças.

Essa regra também vale para floreiras e


jardineiras, pois temos que nos lembrar que
algumas hortaliças possuem raízes que podem
chegar até 60 cm de profundidade. Quanto maior for
recipiente, melhor a planta vai se desenvolver.

Vasos com aproximadamente 30cm de largura e altura.

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Solo com boa capacidade de drenagem:

Um solo com boa capacidade de drenagem


vai garantir que a água não fique parada por muito
tempo dentro do vaso ou na superfície da terra.
Além disso, este tipo de solo costuma ser fofo e vai
facilitar para que a planta desenvolva suas raízes
com mais facilidade. Então, se você perceber que,
quando faz as regas, a água demora muito para sair
pelo fundo do vaso, é porque sua terra está com
pouca capacidade de drenagem e provavelmente
vai prejudicar o desenvolvimento da sua planta.

Água deve ter facilidade para sair pelo fundo do vaso.

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Substrato rico em nutrientes:

Atualmente, existem substratos prontos que


possuem todas as características que citamos até
agora, incluindo os nutrientes necessários para o
bom desenvolvimento das plantas.

Mas você sabe o que é substrato?

Substrato, em ecologia, refere-se a qualquer


superfície, sedimento, base ou qualquer outro meio
capaz se suportar organismos vivos. Por exemplo:
para uma orquídea epífita o substrato pode ser a
madeira, enquanto que para um pé de alface é a
terra.

Aí, você vai comprar um substrato e o


vendedor vem com um monte de nomes, terra
vegetal, terra adubada, composto orgânico, etc. No
final das contas é tudo muito parecido e todos eles
são substratos.

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A diferença será: como foi produzido
(origem), capacidade de drenagem, pH e a
quantidade de nutrientes. Então, quando for
comprar o seu substrato, verifique as informações
descritas na embalagem do produto.

Todas informações devem estar na embalagem do substrato.

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Além de vasos também é possível reutilizar
recipientes como galões de água pintados de preto
(raízes não gostam de claridade) ou caixas de
isopor, porém saiba que, assim como o plástico,
estes materiais podem liberar substâncias tóxicas
com o passar do tempo. Então, se puder escolher,
prefira sempre vasos de barro.

Vídeo complementar:

Veja neste vídeo como é feita a montagem


que foi apresentada no infográfico acima. Obs.: O
vídeo é meramente demonstrativo; evite plantar
alecrim em jardineiras pequenas.

Assista ao vídeo aqui!

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Além de vasos, também é possível cultivar
em hortas verticais; porém, essa prática demanda
muito mais trabalho com relação às regas e
adubações.

Numa horta vertical, geralmente, os vasos


são pequenos, assim as espécies mais
recomendáveis para cultivo são as de pequeno
porte. Ex.: tomilho, orégano, cebolinha, salsa ou até
mesmo morango.

Obs.: Procure sempre instalar seu jardim vertical em


locais que pegam o sol da manhã e, dependendo da
espécie, regue 2 vezes ao dia.
No link abaixo um
vídeo ensinando a
construir seu próprio
jardim vertical de
baixo custo utilizando
apenas palllets.

Assista ao vídeo aqui!


Horta vertical em estrutura
de madeira.
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06 ADUBOS E
FERTILIZANTES

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Como vimos anteriormente, para que uma
planta se desenvolva de maneira saudável, ela
necessita de nutrientes específicos, tanto
macronutrientes, quanto micronutrientes.

Na natureza esses nutrientes são renovados


o tempo todo, através de galhos e folhas em
decomposição, erosão de solos e rochas, entre
outros. Porém, quando cultivamos em ambientes
controlados como canteiros ou vasos, a reposição
desses nutrientes não acontece de forma
natural.

Ex.: numa floresta, troncos, galhos, folhas e animais


morrem a todo instante e com isso entram em
processo decomposição. Após a decomposição,
tudo isso, incluindo fezes de animais, tona-se adubo
natural.

No vaso, esse processo não acontece e, com


o passar do tempo, há um esgotamento de
nutrientes. Com isso, a alternativa a ser considerada
é a reposição de nutrientes através da adubação.
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Para fazer adubação podemos recorrer a
dois tipos de fertilizantes, os minerais (que também
são conhecidos como adubos químicos, sintéticos
ou inorgânicos) e os orgânicos.

Fertilizantes minerais: são extraídos de


minas e transformados dentro das indústrias
químicas.

O produto final tem como


principais elementos fertilizantes os
macronutrientes: Nitrogênio (N), Fósforo (P) e
Potássio (K). É daqui que surge aquela sigla que
vemos nas embalagens dos fertilizantes químicos
NPK. Porém, alguns micronutrientes também podem
ser agregados nestes fertilizantes.

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Estes fertilizantes
possuem uma ação bem
rápida, pois podem
ser diretamente
assimilados pela planta.

É importante lembrar que


muitos fertilizantes
químicos levam dioxinas e
metais pesados em
suas composições, o que
pode representar um
verdadeiro desastre para
o meio ambiente.

Alguns adubos minerais comuns no Por isso, na hora de


mercado são: 10-10-10 (que é utilizado
para manutenção) e o 4-14-8 (que é escolher seu fertilizante,
utilizado para plantio). tome cuidado e tente ser
o mais sustentável
possível!

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Existem ainda estudos que mostram que
fertilizantes fosfatados e nitrogenados podem causar
dependência do solo, uma vez que são capazes de
matar bactérias e outros micro-organismos essenciais
para a microflora da terra.

Fertilizantes orgânicos: são resíduos de


animais ou vegetais e, por conta do processo de
degradação, têm ação mais lenta do que os
fertilizantes químicos.

A quantidade de nutrientes contida nestes


fertilizantes não é exata e, ao contrário dos fertilizantes
químicos, pode não estar à disposição no momento
certo de desenvolvimento da planta. Outro problema é
que alguns adubos orgânicos podem conter
patógenos, se não curtidos da maneira correta.

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Por outro lado, favorecem a flora microbiana
e, consequentemente, melhoram as condições
físicas do solo.

Alguns adubos orgânicos comuns são:


esterco de curral (bovino, aves), farinha de ossos,
torta de algodão, torta de mamona, húmus de
minhoca, casca de ovos, cinzas de madeira e
adubação verde.

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Adubação:

Para que as plantas se desenvolvam, elas


precisam de nutrientes e, conforme consomem
estes elementos, é preciso fazer a reposição para
que não haja escassez.

Alguns destes nutrientes se esgotam com


mais facilidade e precisam ser repostos
periodicamente para que a planta continue
saudável. Porém, quando nos esquecemos de fazer
adubações, as plantas apresentam algumas
características de deficiência nutricional.

Apesar de todos os nutrientes serem


essenciais, aqueles que se tornam escassos com
mais facilidade são: nitrogênio, fósforo, potássio,
cálcio, ferro, magnésio e enxofre.

A falta destes elementos pode apresentar as


seguintes características nas plantas:

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Adubação mineral (fertilizante químico):

Para fazer adubações utilizando fertilizantes


químicos é importante seguir as orientações
descritas na embalagem ou manual do produto.
Adubação em excesso pode ocasionar o
desenvolvimento anormal da planta e prejudicá-la
na assimilação de outros nutrientes.

*via de regra, utiliza-se o 10-10-10 para manutenção


e o 4-14-8 para plantio.

Instruções de uso do fertilizante químico

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Adubação orgânica:

Na tabela seguinte, mostro como utilizo


os principais adubos orgânicos para cultivo de
hortaliças. Vale ressaltar que, para fazer uma
adubação certeira, é preciso uma análise de solo
para levar em consideração as necessidades de
cada planta. Porém, veja nesta tabela uma
estimativa média do que tem funcionado para os
meus cultivos.
Adubos Plantio em vasos Manutenção em
pequenos vasos
Húmus de minhoca 1 parte de húmus / 1 1cm de húmus na
parte de terra superfície por mês
Esterco de bovinos 1 parte de esterco / 4 1 colher de sopa
partes de terra por mês
Esterco de aves 1 parte de esterco / 6 1/2 colher de sopa
partes de terra por mês
Torta de mamona 3 a 5 colheres de sopa 3 colheres de sopa
a cada 2 meses
Farinha de ossos 3 colheres de sopa 3 colheres de sopa
a cada 2 meses

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Além dos adubos descritos na tabela, também
é possível extrair nutrientes de outros compostos
orgânicos:

Nitrogênio: adubos verdes através da decomposição


de leguminosas, farinha de sangue, farinha de peixe,
composto orgânico, biofertilizantes, bokashi, etc.

Fósforo: fosfatos naturais e farinha de ossos.

Potássio: cinzas de madeira (não pode ser de


churrasqueira), talos e cascas de banana, etc.

Também é possível fazer adubações


foliares. Este tipo de adubação é feita através da
pulverização de preparados, ricos em nutrientes,
diretamente nas folhas da planta.

Veja um exemplo de adubação foliar neste vídeo:

Clique aqui para assistir ao vídeo!

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Observação 1:

Toda vez que for adubar utilizando fertilizantes


orgânicos, esteja ciente de que o processo é mais
lento e pode levar até 20 dias para que os nutrientes
estejam totalmente disponíveis para as plantas.

Muitas vezes acabamos esquecendo de


realizar adubação com antecedência e fazemos na
hora do plantio. Mas saiba que, para ter
aproveitamento total do adubo, é preciso fazer a
mistura do fertilizante orgânico com a terra 20 dias
antes de plantar.

Observação 2:

Testar fertilizantes orgânicos diferentes e


observar o desenvolvimento das plantas com cada um
deles é muito importante. Dessa forma você vai
descobrir qual é o seu adubo preferido para cultivar.

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Observação 3:

Adubos orgânicos comprados em lojas,


geralmente, são classificados pela qualidade e nível de
pureza.

Essa classificação deve estar descrita na


embalagem do produto e pode ser de classe A, B, C
ou D. Os de classe A são os mais puros, portanto de
melhor qualidade, enquanto que os de classe D são
menos puros e podem conter substâncias
indesejáveis como metais pesados.

Por isso é sempre importante checar a classe


do insumo, que deve estar visível na embalagem.
Procure sempre escolher os de classe A. Desta forma
é possível garantir melhores resultados para sua horta.

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07 O QUE
CULTIVAR?

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A grosso modo, hortaliças são plantas
cultivadas em um ambiente controlado (horta) e para
consumo humano.

A classificação das hortaliças geralmente é


apresentada da seguinte forma:

Hortaliças Exemplos
Folhosas Acelga, agrião, alface, almeirão, alho-porró,
cebolinha, coentro, couve, couve-chinesa, chicória,
espinafre, repolho, rúcula e saIsa.
Flores Alcachofra, couve-brócoli e couve-flor.
Frutos Abóbora, abobrinha, berinjela, chuchu, jiló,
maxixe, melancia, melão, moranga, morango,
pimenta, pimentão, pepino, quiabo e tomate.
Legumes Ervilha, fava e feijão-vagem.
Raízes Batata-doce, beterraba, mandioquinha, inhame,
cenoura, nabo, rabanete.
Tubérculos Batata.
Condimentares Alho, cebola, cebolinha, coentro, pimenta, salsa e
outros.

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Pode parecer fácil, mas muita gente acaba se
perdendo na hora de escolher qual será a melhor
espécie para plantar, principalmente se levarmos em
consideração que algumas plantas têm suas
sazonalidades específicas e podem depender de
condições climáticas como quantidade de sol,
temperatura e até índice pluviométrico.

O primeiro passo é saber quais são as plantas


que você gostaria de ter em casa para consumir
diariamente. Por exemplo: como utilizamos cebolas e
salsas todos os dias na preparação dos pratos aqui em
casa, sempre que possível, costumo plantar essas
espécies.

Porém, como algumas espécies dependem das


condições climáticas, o segundo passo é saber se a
hortaliça de sua escolha é adequada para a sua região
e em qual época deve ser cultivada.

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Existem algumas hortaliças que podem ser
cultivadas em quase todas as regiões do país, porém,
para saber exatamente quais são as condições que a
planta escolhida necessita, é recomendável verificar o
Catálogo Brasileiro de Hortaliças.

Este catálogo foi desenvolvido pelo SEBRAE


em parceria com a Embrapa Hortaliças. Nele
encontram-se informações técnicas sobre 50 espécies
de hortaliças das mais comercializadas no país.

Baixe o catálogo aqui!

Existem muitas espécies para começar o


plantio, mas é preciso atentar-se sempre para o
tamanho que a planta pode alcançar ou com a
profundidade das raízes.

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Algumas recomendações para quem está
começando são:

- Não plante tubérculos em vasos com menos de 30


cm de profundidade (cenoura, beterraba, nabo, etc).

- Espécies com ciclo de médio a rápido são ótimas


para quem quer resultados mais breves.

- Procure verificar se o vaso utilizado comporta o


tamanho da planta quando estiver adulta.

- Espécies como cebolinha, salsinha, tomilho,


rúcula, manjericão, alecrim e orégano, são fáceis de
cultivar.

Também é possível cultivar plantas


alimentícias não convencionais (PANCs), por
exemplo: peixinho-da-horta, taioba, ora-pro-nobis,
etc. Geralmente, essas espécies, além de serem
muito resistentes, se adaptam muito bem a diversos
tipos de ambientes.

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Com o passar do tempo, as PANCs foram
esquecidas por nós; porém, são ricas em nutrientes e
servem muito bem para consumo humano.

Existe um Guia prático de PANC disponível na


internet, foi escrito por Guilherme Ranieri. No guia,
ele dá dicas sobre o assunto e de quebra mostra
vários tipos de plantas e receitas. O Guia Prático de
PANC é gratuito e pode ser baixado neste link:

Baixe o guia aqui!

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08 TÉCNICAS DE
PLANTIO

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Quando o assunto é hortaliça, existem duas
formas de fazer a propagação. Uma delas é a
multiplicação vegetativa e a outra é feita através
de sementes.

Na propagação vegetativa retira-se uma


parte da própria planta para criar novas mudas com
as mesmas características genéticas da planta mãe.
A técnica consiste em cortar pedaços da planta mãe
e replantá-los.

Essa técnica não é muito comum na


agricultura, salvo em alguns casos como o plantio
de tubérculos de batatas, bulbos de cebola, etc.

Batata emitindo brotos

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Por outro lado, a forma mais comum de
propagação é feita por meio de sementes, na qual as
características genéticas são obtidas através do
cruzamento entre plantas. Para o plantio das sementes
existem algumas observações importantes como a
qualidade das sementes e como devem ser
propagadas.

As sementes possuem características


hereditárias, por isso, quando a semente é proveniente
de uma planta suscetível a doenças e pouco vigorosa,
existe a possibilidade de que ela herde esses
atributos.

Portanto, quando for comprar sementes é muito


importante procurar as de melhor qualidade e que
possuam alta taxa de germinação. Dentre outras
informações, as instruções de semeadura devem estar
presentes na embalagem do produto de boa
procedência.

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A propagação das sementes pode ser feita
em sementeiras ou através de semeadura direta
(no local definitivo). Além disso, pode ser feita em
berços (buraco único) ou em trincheiras (planta-se
em sulcos lineares respeitando a distância
recomendada entre as sementes na embalagem do
produto).

Na semeadura direta, colocam-se 3 ou 4


sementes diretamente no vaso ou canteiro em que
for cultivar. Isso deve garantir que ao menos uma
das sementes germine.

No caso de várias sementes germinarem no


mesmo local, será preciso fazer o raleamento das
mudas. O raleamento é um termo empregado em
agricultura que consiste em retirar as mudas em
excesso.

Desta maneira, é preciso retirar as mudas


mais fracas quando começarem a aparecer as
primeiras folhas, deixando então apenas uma muda
para que se desenvolva sem disputa por espaço e
nutrientes.
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Depois que a muda tiver pelo menos quatro
folhas, já pode deixar a sementeira e ser transplantada
para local definitivo.

As sementeiras podem ser adquiridas em lojas


ou produzidas em casa com materiais como jornal,
caixas de ovos ou potes plásticos.

Mudas de rúcula em sementeira de plástico

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Veja nesta tabela como é feita a propagação de
algumas hortaliças:

Grupos Hortaliças Propagação


Cucurbitáceas Abóbora, abobrinha, Direta em berços.
moranga, pepino,
chuchu, melão,
melancia.
Folhosas Couve, brócolis, couve- Em sementeiras.
flor, repolho, mostarda.
Frutos Tomate, berinjela, Em sementeiras.
pimenta, jiló.
Legumes Feijões, ervilha. Direta em trincheiras.
Folhosas diversas Alface, agrião, rúcula, Em sementeiras ou
espinafre, acelga, aipo, direta em berços.
almeirão.
Liliáceas Alho, alho-poró, cebola, Vegetativa, direta em
condimentares cebolinha. berços ou em
sementeiras.
Raízes Batata-doce, beterraba, Vegetativa ou por
inhame, rabanete, nabo, semeadura direta em
mandioquinha. berços.

Vídeos recomendados:

- Sementeira com jornal.

- Sementeira com caixa de ovos.


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09 PLANTANDO
CONFORME A
LUA

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Plantar conforme as fases da lua é um
assunto muito interessante. Inclusive, é uma prática
que tem sido passada de geração para geração.

Apesar de até hoje não ter encontrado


estudos científicos falando a respeito, acho
relevante seguir estes ensinamentos na hora de
cultivar.

Nossos antepassados utilizaram essas


técnicas durante muitos e muito anos. Então, por
que não aplicá-las?

Confira o infográfico nas próximas páginas.

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10 PRINCIPAIS
PRAGAS E
DOENÇAS

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As pragas são insetos e outros organismos
que causam prejuízos às plantas ou crescem em
lugares indevidos. Você já deve ter visto pulgões,
lagartas, caracóis em alguma horta, não é mesmo?

Infestações delas surgem quando há


desequilíbrio no meio, geralmente são causadas
pelo ser humano, que destrói o meio ambiente e por
diversas vezes cultiva de forma errada, com a
utilização de adubos químicos em excesso,
agrotóxicos, realizando a monocultura (cultivo de
apenas uma espécie de planta), queimadas, etc.

Infestação de pulgões em couve-brócoli

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Quando o meio ambiente está harmônico e
em equilíbrio, não há presença de infestações, ou
pelo menos, há diminuição considerável.

É preciso evitar a utilização de agrotóxicos,


pois deixam resíduos das substâncias nas plantas,
nos solos, lençóis freáticos, etc. Além disso,
favorecem a seleção de populações de pragas
resistentes e acabam com diversos macro e micro
organismos, que ajudam a manter o equilíbrio do
sistema, como joaninhas, minhocas e micro
organismos benéficos.

Ainda pequenas infestações podem aparecer


em áreas favoráveis a elas, como em regiões com a
ausência de predadores naturais e excesso de
alimento.

Este é um assunto um tanto quanto extenso,


porém, para facilitar, veremos algumas pragas muito
comuns e os prejuízos que elas podem causar.

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Pragas Sintomas Prejuízos

Pulgões Minúsculos insetos Suga a seiva e transmite


(geralmente grudados viroses.
nos brotos e na parte
inferior das folhas).

Lagartas Cortes vigorosos nas Comem todas as folhas


folhas, começando pelas da região em que foram
bordas (lagartas depositados os ovos.
geralmente escondem-
se na parte inferior das
folhas).

Caracóis e Folhas apresenta furos Dependendo da


lesmas em todas as partes infestação, folhas
(lesmas têm hábito completamente
noturno). destruídas.

Formigas Cortes simétricos em Pode acabar com uma


cortadeiras formato de meia-lua, plantação inteira em
começando nas margens questão de dias.
da folha.

Mosca- Minúsculas mosquinhas Transmite vírus e


branca brancas paradas sobre toxinas.
as folhas.

Nematóides Raízes grossas, cheia de Planta fica enfraquecida


fendas e bolhas. e suscetível ao ataque de
outros organismos como
fungos e bactérias.

Larva- Pequenos caminhos Destrói parcialmente a


minadora (túneis) irregulares nas folha provocando
folhas. secamento.

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Controle mecânico de formigas cortadeiras:

Para evitar formigas, existem algumas


maneiras bem simples e efetivas para pequenos
espaços. Vale ressaltar que essas técnicas tornam-
se inviáveis para grandes monoculturas.

Pode-se utilizar um recipiente de bacia em


formato de anel, cheio de água com detergente ou
óleo queimado, circulando a planta a ser protegida.
Uma ideia legal e sustentável é utilizar um pneu
cortado ao meio para esta finalidade. É importante
sempre deixar a área ao redor da árvore ou arbusto
sem mato para que não funcione como uma ponte
de acesso.

Existe também um produto no mercado


chamado limitador de formigas que pode ser
encontrado com facilidade em garden centers,
grandes floriculturas, através da internet ou em

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alguns casos em megastores (mega lojas) de
materiais para construção. A utilização é bastante
fácil e eficiente, mas fica devendo no quesito
tamanho, o qual geralmente é único.

Controle biológico de formigas cortadeiras:

Pode-se utilizar algumas plantas que são


repelentes naturais como: alho,
cebolinha, coentro, lavanda, losna e menta, as
quais costumam ser bastante eficazes. Deve-se
plantar ao redor do canteiro todo ou em vasos
próximos das espécies mais afetadas.

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A utilização de agave, folhas de mamona e
sementes de gergelim como agentes químicos é
bastante recomendada.

As formigas coletam as folhas e sementes e


levam para dentro de um compartimento especial
dentro do formigueiro, onde cultivam fungos para
alimentar o formigueiro.

A semente de gergelim, a agave e as folhas


de mamona, são tóxicas para esses fungos, ou seja,
sem os fungos as formigas morrem de fome.
Uma dica importante é nunca colocar diretamente
na entrada do formigueiro, concentre-se em colocar
ao lado do caminho das formigas.

Controle de lagartas:

Para controlar as lagartas pode-se espalhar


diversas cascas de ovos preservadas pela horta.

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Para isso, tente quebrar apenas uma parte
pequena da casca e fixar em gravetos espalhados
por toda a horta. Isso deve evitar que as borboletas
depositem seus ovos nas proximidades.

Para infestações muito agressivas, existe um


produto específico para controle biológico de
lagartas, chama-se Dimy Pel e pode ser facilmente
encontrado em floriculturas e agropecuárias. Para
fazer a utilização basta seguir as instruções na
embalagem do produto.

Apesar de ser uma praga bastante agressiva,


em hortas a melhor opção continua sendo a retirada
das folhas nas quais foram depositados ovos.

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Controle de lesmas e caracóis:

Lesmas e caracóis podem ser um grande


problema, porém geralmente suas infestações são
sazonais, por isso o controle se torna mais fácil.

Quando se deparar com uma infestação,


coloque um recipiente em forma de copo na terra e
preencha com cerveja. As lesmas saem pra comer
durante a noite, por isso é importante colocar as
armadilhas no final da tarde e retirá-las pela manhã.

Outra técnica é molhar um pedaço de pano


com leite e deixá-lo passar a noite na horta. No dia
seguinte retire o pano juntamente com as lesmas e
livre-se delas.

Inseticida para pulgões, cochonilhas, mosca-


branca, etc:

Uma infestação de insetos pode ser bem


complicada de se combater, mas nestes casos mais

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graves você pode utilizar a calda de fumo ou óleo
de neem. Os dois produtos são facilmente
encontrados em floriculturas e de fácil aplicação,
porém é importante salientar que estes produtos são
nocivos para os insetos benéficos da horta e podem
gerar um desequilíbrio no micro ambiente. As
informações sobre a utilização do produto devem
estar descritas na embalagem.

Repelente natural:

Uma ótima maneira de prevenção contra


pragas como formigas, pulgões e cochonilhas é
utilizar um repelente à base de alho e pimenta.
Estes ingredientes, quando pulverizados sobre as
plantas a cada 15 dias, são capazes de manter os
insetos afastados.

As receitas para o preparo do repelente


podem ser variadas, porém é possível preparar em
casa.

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Disponibilizei vários vídeos ensinando
maneiras caseiras e orgânicas de controle de
algumas destas pragas.

Veja nos links a seguir:

- Inseticida natural – fumo de corda.

- Repelente para quase todas as pragas.

- Formigas cortadeiras – controle mecânico.

- Formigas cortadeiras – controle biológico.

- Diminuição do ataque de lagartas.

- Controle de lesmas e pequenos caracóis.

- Insetos benéficos para horta – Joaninha.

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Existe ainda uma diversidade de
doenças que podem atacar diferentes espécies
de plantas. Para facilitar, na tabela abaixo é
possível verificar algumas doenças comuns e
seus sintomas. Caso tenha interesse em
conhecer melhor e ver imagens das doenças
citadas, deixarei o link de uma cartilha que
aborda este tema mais especificamente. Baixe
a cartilha aqui!
Doenças Tipo Sintoma
Oídio Fungo Camada branca na parte
inferior da folha (parece pó)
Míldio Fungo Manchas amarelas
poligonais na face superior
da folha (com o tempo
tornam-se pardas)
Antracnose Fungo Manchas circulares em
folhas e frutos
Mosaico da alface Vírus Folhas ficam enrugadas ou
aparecimento de manchas
em mosaico
Podridão mole Bactéria Partes da planta ficam
encharcadas, moles e com
cheiro podre.
Ferrugem Fungo Manchas com cor de
ferrugem.

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Falta de ferro:
amarelamento
das folhas mais
jovens e

Folha saudável

Sugestão:
- Vídeo sobre o controle de Oídio (fungo branco).
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Para manter pragas e doenças distantes da
horta, revelarei três fatores que devem ser seguidos
ao "pé da letra" e que, carinhosamente, apelidei de
"regra de ouro 3F". São eles:

1- Fator adubação:

Pragas preferem ambientes desequilibrados


e plantas frágeis, por isso manter as adubações em
dia irá garantir que a planta esteja saudável e
menos suscetível a ataques de pragas e mais
resistente contra doenças.

Dica: Adubação orgânica cria uma esfera de defesa


mais favorável às plantas e ao meio ambiente,
restaurando, assim, as estruturas físicas, químicas e
biológicas do solo.

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2- Fator inspeção:

Faça inspeções regulares nas folhas e caules


das plantas. Prestar atenção em qualquer detalhe
diferente que apareça lhe ajudará na descoberta de
pragas e doenças ainda no início, antes mesmo de
ocorrer uma infestação.

Não tenha dúvidas: as infestações irão


aparecer e funcionam como uma doença em seres
humanos; quando a doença é detectada no começo,
as chances de sobrevivência são muito maiores.

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3- Fator climático:

Muitas vezes cultivamos em locais abrigados


da chuva e da luz solar, porém, água e sol são os
elementos mais cruciais na vida de uma planta. De
fato, sem água e sol a planta não poderia
sobreviver, e o racionamento destes fatores também
pode enfraquecê-la. Imagine dois homens, um
passa fome e sede enquanto o outro está bem
hidratado e alimentado. Qual deles tem mais
chances de ser acometido por uma moléstia?

A resposta para essa pergunta é importante


para que voltemos a fazer uma reflexão sobre as
plantas e humanos: "Plantas são como pessoas
teimosas: elas vão te deixar fazer qualquer coisa se
você tratá-las da maneira correta". Goethe

Por isso dê a elas tudo o que elas precisam.

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12 CONCLUSÃO

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É HORA DE
PLANTAR!
Este livro digital contém diversas
informações preciosas e, sem parecer
exagero, cada detalhe escrito foi
carinhosamente selecionado, com objetivo
de transformar qualquer pessoa comum em
um verdadeiro hortelão.
O universo das plantas fez minha vida ter
mais sentido, por isso acredito no poder
que este livro terá na vida de cada leitor.
Ponha suas mãos na massa e comece a
transformação agora mesmo!
#boraplantar

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Relação das principais fontes

Adubação no sistema orgânico:

https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CNPH-
2009/34838/1/ct_65.pdf

Plantas e flores - Abril cultural, volume 4

Catálogo de hortaliças:
http://www.ceasa.gov.br/dados/publicacao/Catalogo%20hortalicas.pdf

PANCs:

https://institutokairos.net/wp-content/uploads/2017/08/Cartilha-Guia-
Pr%C3%A1tico-de-PANC-Plantas-Alimenticias-Nao-
Convencionais.pdf,

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Classificação das hortaliças:

Coleção Plantar 4 - O Cultivo de Hortaliças - Embrapa Informação


Tecnológica

http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/158701/1/Cartilha-
doenca-hortalicas-OnLine.pdf

Estudo fertilizante:
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1526/003601107781170008

Húmus de minhoca:
http://www.cpatc.embrapa.br/publicacoes_2011/f_04.pdf

https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/128305/1/ABC-
Minhocultura-ed02-2014.pdf

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Definições:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Nutri%C3%A7%C3%A3o_mineral_de_pla
ntas

https://pt.wikipedia.org/wiki/Substrato_(ecologia)

https://pt.wikipedia.org/wiki/Fertilizante

©‎Somos Verdes -Todos os direitos reservados

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