DNA Extração Biologia

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 14

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS N.

º 1 DE MARCO DE
CANAVESES
ANO LETIVO 2022/2023

ESCOLA SECUNDÁRIA DO MARCO DE CANAVESES

Biologia e Geologia
Como extrair o DNA a partir de células de
tecidos vegetais

Professora: Fátima Martins


Guilherme Pinheiro nº4 | Hugo Moreira nº7 | João Teixeira nº8

10ªB

MARCO DE CANAVESES, 10 DE OUTUBRO DE 2022


Índice
1. Introdução………………………………………………………… 1
2. Objetivo…………………………………………………………… 4
3. Protocolo Experimental
3.1. Material…………………………………………………….. 5
3.2. Procedimento……………………………………………… 5
4. Resultados……………………………………………………….. 6
5. Discussão………………………………………………………… 7
6. Conclusão……………………………………………………….. 11
7. Bibliografia………………………………………………………. 12
1. Introdução
Os glícidos são compostos ternários, isto é, têm na sua constituição três
tipos de átomo - carbono, hidrogénio e oxigénio (C, H, O). Estas biomoléculas
são produzidas essencialmente por plantas e algas, sendo usadas por todos os
seres vivos como principal fonte de energia.1

Os monómeros de glícidos designam-se monossacarídeos, açucares


simples, e são classificados de acordo com o número de átomos de carbono
que possuem: trioses (3C), tetroses (4C), pentoses (5C) e hexoses (6C). 1

As características estruturais e funcionais dos diferentes organismos


dependem da existência de uma grande diversidade de moléculas. Apesar da
sua importância vital, a produção destas estão dependentes da existência de
ácidos nucleicos. São estes que determinam a estrutura de todas as proteínas,
condicionando, em última análise, os processos de desenvolvimento e de
funcionamento celulares.2

Existem dois tipos de ácidos nucleicos: o DNA, que garante o


armazenamento e a transmissão da informação genética, e o RNA, que
participa na mobilização e expressão da informação codificada do DNA,
permitindo especificar as sequencias de aminoácidos das proteínas. 2

O DNA (ácido desoxirribonucleico) é um ácido nucleico que desempenha


um papel fundamental na hereditariedade e é considerado o portador da
informação genética. A molécula é um polímero de nucleótidos, que são
monómeros constituintes de todos os ácidos nucleicos.2

Cada nucleótido é formado por uma das 4 bases nitrogenadas, a qual o


caracteriza, um grupo fosfato e uma pentose (desoxirribose). A desoxirribose é
um glícido composto por cinco carbonos ao qual se liga o grupo fosfato, no
carbono 5’, e a base nitrogenada, no carbono 1’. 2

Vale a pena notar que o DNA de todos os organismos é composto


apenas por apenas quatro bases divididos em 2 grupos, pirimídicas (anel
simples) -citosina (C) e Timina (T) - e purinas (anel duplo) – Adenina (A) e

1
Guanina (G)- e o DNA de qualquer tecido individual tem a mesma sequência de
bases.2

Os nucleótidos encontram-se ligados por ligações fosfodiéster entre o


grupo fosfato (carbono 5’) de um nucleótido e o carbono 3’ da desoxirribose do
nucleótido anterior da cadeia.2

Todas as características dos seres vivos estão codificadas no DNA e


essas características são únicas para cada indivíduo. Por meio desse ácido
nucleico, é possível identificar pessoas, identificar doenças antes que elas
apareçam e até mesmo controlar a síntese de determinadas substâncias ao
usar tecnologia de engenharia genética.2

O DNA pode ser encontrado no núcleo das células, e, nas eucariontes,


pode existir também nos cloroplastos e nas mitocôndrias. O DNA nas células
eucarióticas é linear, enquanto nas células procarióticas as mitocôndrias e os
plastídios existem como uma molécula circular.2

A molécula tem uma estrutura em dupla hélice com um diâmetro


uniforme. Os grupos de açúcar-fosfatos das duas cadeias polinucleotídicas
formam uma espiral em hélice, nesta, as bases ficam localizadas na parte
interior. Estas cadeias estão ligadas entre si através de ligações de hidrogénio
(pontes de hidrogénio). Estas cadeias estão orientadas em sentidos opostos,
apresentando uma disposição antiparalela.2

Os lípidos ou gorduras são moléculas orgânicas insolúveis em água e


solúveis em certas substâncias orgânicas, como álcool, éter e acetona. Essas
biomoléculas também são chamadas de lipídios e são compostas de carbono,
oxigênio e hidrogênio. São encontrados em alimentos de origem vegetal e
animal e seu consumo deve ser equilibrado.3

O sal é um mineral formado por cloreto de sódio (NaCl), este é um


composto químico que, em solução aquosa os seus iões dividem-se formando
assim Na+ e Cl- .4
Os detergentes são substâncias químicas formadas por uma mistura de
compostos orgânicos, é um produto de limpeza que atua em superfícies e não
só sem as danificar.5

O álcool é uma substância orgânica que possui um ou mais grupos


hidroxilos ligados a seus carbonos. Entre esses compostos temos por exemplo
o etanol, o qual foi utilizado nesta experiência, e é normalmente utilizado como
combustível, esterilizante e solvente.6
2
Posto isto, na experiência de hoje vamos tentar extrair DNA de células
vegetais, neste caso de uma banana. Usamos esta pois, juntamente do Kiwi é
a mais fácil de ser retirado o DNA. Para o Isolar é necessário separar este de
todos os outros componentes celulares, tais como membranas e organitos.
2. Objetivo
Esta Atividade tem como objetivos:
3
- Extrair o DNA das células da Banana;

- Visualizar a olho nu o material genético.


3. Protocolo Experimental
3.1. Material
4

 Banana;
 Gobelés;
 Funil;
 Filtro de café;
 Tubos de ensaio e suporte;
 Provetas;
 Pipeta;
 Álcool etílico;
 Sal;
 Palito de madeira grande;
 Detergente líquido da loiça;
 Pilão e almofariz;
 Bisturi;
 Balão de erlenmeyer;

3.2. Procedimento
1. Colocar uma banana descascadas em um almofariz e
esmagar a banana;
2. Deite o sal e o detergente num gobelé com água destilada a 60ºC.
Agite suavemente a mistura;
3. Coloque a mistura no almofariz e continue o processo de
esmagamento;
4. Filtre esse soluto, de forma a obter 10 ml de líquido para uma
proveta;
5. Transfira o filtrado para um tubo de ensaio;
6. Faça escorrer, lentamente, álcool refrigerado em quantidade
aproximadamente igual á do filtrado ao longo da parede do tubo de
ensaio. Espere algum tempo e procure observar a formação de duas
fases, uma superior alcoólica, e outra inferior, aquosa;
7. Deixar repousar até se
observar a ascensão de uma
massa filamentosa
esbranquiçada.

4. Resultados
5

Filamentos de DNA

Fase alcoólica (sobrenadante)

Fase aquosa (mistura aquosa


dos restos celulares com água)

Fig.1- DNA da banana (grupo 3)

Fig.5- DNA da banana extraído do tubo de ensaio (grupo 1)

Fig.2- DNA do kiwi (grupo 4) Fig.3- DNA do kiwi após 2 dias Fig.4- DNA do kiwi após 2 dias
(grupo 1) (grupo 2)
6
5. Discussão
A experiência realizada tem como objetivo a extração do DNA das
células vegetais dos tecidos da banana.

Nesta experiência, a maceração da banana, com um pilão num


almofariz, permitiu a destruição das ligações existentes entre as células, além
das barreiras que envolvem o conteúdo da célula.

As membranas das células vegetais da banana apresentam uma


bicamada fosfolipídica. Esta bicamada fosfolipídica é composta por fosfolípidos,
que são lípidos estruturais. O detergente dissolve as gorduras 5, portanto, como
os lípidos são gorduras, este tem função de romper a bicamada fosfolipídica da
membrana celular.3 Com a destruição dessa camada, o citoplasma é liberado
e, ao mesmo tempo, libertamos o DNA.

A filtração permite separar as paredes celulares e as membranas


citoplasmáticas do restantes conteúdo celular, nomeadamente dos núcleos.
Assim, quando filtrado, obtemos uma mistura aparentemente homogénea. Na
filtração, como não é possível filtrar os núcleos das células, o DNA não irá ser
filtrado, pois encontra-se no interior do núcleo e, por isso, também não irá ser
possível certas estruturas, como por exemplo as histonas, que são proteínas
que estão associadas ao DNA.

O sal é composto por cloreto de sódio (NaCl). As moléculas de água


separam o sódio e o cloreto nos seus iões (Na+ e Cl -). Depois que os átomos
do sal são separados, os átomos de sódio e cloreto são envolvidos por
moléculas de água. Uma vez que isso acontece, o sal é dissolvido, resultando
em uma solução homogênea.4 A adição do sal (NaCl) no início da experiência
proporcionou ao DNA um ambiente favorável. O sal contribui com iões positivos
(Na+) que neutralizam a carga negativa do DNA, pois o DNA possui na sua
constituição um grupo fosfato com carga elétrica negativa, estabilizando-o.
Assim, as moléculas de DNA deixam de sofrer repulsão entre si, o que
possibilita a sua aglomeração e, posteriormente, a sua extração.

7
Na hora da colocação do álcool, tivemos que pôr o álcool, obliquamente
em relação ao tubo de ensaio de forma que este deslize pela parede do tubo e
não caia verticalmente na solução aquosa, prevenindo a agitação das soluções
e possível mistura do álcool com a solução aquosa que se encontrava,
previamente, no fundo do tubo. 6 O DNA não se dissolve no álcool etílico à
concentração e temperatura utilizadas na experiência. Como resultado o DNA
precipitou e, consequentemente, separou-se da solução tornando possível a
sua visualização e recolha. O álcool, como é menos denso do que a água,
flutua numa camada acima desta. A maior parte das estruturas celulares é
muito densa, permanecendo na solução aquosa no fundo do tubo de ensaio. O
DNA é menos denso que a água, portanto, flutua na superfície do álcool. 6 Para
além disso, o álcool gelado, além de proporcionar uma mistura heterogénea,
em ambiente salino, é utilizado em temperaturas baixas para contrastar com a
temperatura do tubo de ensaio, ocorrendo um choque térmico e, por isso, faz
com que as moléculas de DNA se aglutinem, formando uma massa filamentosa
e esbranquiçada.

Nos resultados do grupo 1 (extração do DNA do kiwi), observamos


filamentos de DNA superiormente ás duas fases. Portanto, conseguimos
distinguir duas fases: uma fase alcoólica, situada no fundo do tubo, e uma fase
aquosa (mistura dos restos celulares com água) no sobrenadante.
Teoricamente, a fase alcoólica (álcool etílico) como é menos densa que a fase
aquosa deveria ficar no sobrenadante da solução, o que não ocorreu na
experiencia, podendo ser explicado pela hipótese de que o membros do grupo
1, ao colocar o álcool no tubo de ensaio, não foram rigorosamente precisos ao
ponto de que uma parte do álcool, certamente, misturou-se com a solução
aquosa, ficando o álcool mais denso que a solução aquosa e, com o tempo,
este foi ficando no fundo do tubo de ensaio.Também é possível a observação
de várias bolhas de ar no meio dos filamentos de DNA.

Nos resultados do grupo 2 (extração do DNA do kiwi), observamos


também duas fases, a alcoólica e a aquosa. A fase aquosa situa-se no fundo
do tubo, pois é mais densa que o álcool presente na fase alcoólica, portanto,
sendo o álcool menos denso, este vai situar-se no sobrenadante (acima da
solução aquosa). O DNA, como é menos denso que as duas fases,

8
teoricamente, deveriam ascender para o topo da fase alcoólica, mas, neste
caso, os filamentos pararam no meio do álcool, o que pode ser explicado pelo
facto de não haver bolhas de ar no meio dos filamentos de DNA, o que
possivelmente faz com que o DNA fique a uma menor densidade que o álcool,
mas não o suficiente para flutuar nele.

Nos resultados do grupo 3 (extração do DNA da banana), depois da


colocação do álcool no tubo de ensaio, foi possível a observação de duas fases
insolúveis entre si. Observa-se na parte inferior do tubo uma fase aquosa
composta por uma mistura aquosa dos restos celulares que não foram filtrados
anteriormente, e uma fase alcoólica no sobrenadante do tubo de ensaio, pois
como o álcool etílico adicionado é menos denso que a mistura aquosa que se
situa na parte inferior do tubo, este vai ficar situado acima da mistura. De
seguida, observou-se uma nuvem branca filamentosa e gelatinosa que era,
respetivamente, as várias cadeias do DNA da banana. O DNA é insolúvel no
álcool e menos denso que este, portanto, flutua na superfície do álcool. Neste
caso, a experiência correu como esperado, sem nenhum erro no final da sua
realização.

Os resultados do grupo 4 (extração do DNA do kiwi) foram muito


parecidos às do grupo 3, a única diferença foi o fruto utilizado para a sua
realização. Neste grupo, observou-se também duas fases: alcoólica no
sobrenadante e a aquosa no fundo do tubo, devido à diferença de densidade
existente entre as duas soluções (o álcool é menos denso que a solução
aquosa). De seguida, foi possível analisar a nuvem branca filamentosa e
gelatinosa, os filamentos de DNA, que por serem menos densos que o álcool,
estes ficam a flutuar na sua superfície.

Nos resultados obtidos pelos grupos 1, 3 e 4, é possível observar várias


bolhas de ar no meio dos filamentos de DNA. Essas bolhas de ar que podemos
observar no meio dos filamentos de DNA são formadas enquanto o DNA se
dobra sobre si mesmo, que acaba por capturar ar presente na solução.

Apesar de o DNA ser a maior molécula da célula, a sua estrutura não se


pode observar a olho nu, devido ao seu tamanho microscópico. A dupla hélice
da cada molécula de DNA é demasiado pequena para se observar. Tal como

9
não podemos observar a maior parte das células a olho nu mas podemos
observar um organismo constituído por milhões de células, também não
podemos observar uma molécula de DNA mas podemos observar, como
verificamos na experiência, milhões de cadeias de DNA aglomeradas.

10
6. Conclusão
Pelo que observamos no fim da experiência em alguns casos
conseguimos extrair o DNA com o palito e examiná-lo em uma placa de Petri
sendo este o resultado esperado. Ao longo deste trabalho não foi possível
encontrar erros experimentais e assim todos os objetivos propostos foram
realizados.
7. Bibliografia
1- Ana Luísa Ferreira,Fernando Antunes Bação, Maria João Jacinto,
11
Paula Almeida Silva, (2021). BIOGEO10. Ed.Texto editores.
2- Jorge Reis, António Guimarães,Ana Bela Saraiva, Hugo Novais,
(2022). ODISSEIA11. PORTO EDITORA.
3- https://www.todamateria.com.br/o-que-sao-lipidios-funcoes-e-tipos/
4- https://pt.wikipedia.org/wiki/Sal_de_cozinha
5- https://www.infoescola.com/produtos-quimicos/detergentes/
6- https://pt.wikipedia.org/wiki/Álcool

Você também pode gostar