Ficha 04. 11 Classe.

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1.

TEMPERATURA ATMOSFÉRICA

Conceito e medição

Calor e temperatura, embora necessariamente relacionados, são duas coisas bem distintas: Calor
é uma forma de energia e temperatura é o nível (grau) de aquecimento de um corpo.

Como elemento do clima, a temperatura será, pois, o nível de aquecimento do ar atmosférico.

Instrumento de medição: os termómetros são os aparelhos que medem a temperatura.

Temperaturas médias e amplitudes térmicas

Dá se o nome de temperatura média diurna à média aritmética dos valores registados às diversas
horas do dia.

Temperatura média mensal: dividindo a soma das temperaturas médias diurnas pelo número
de dias do mês.

Temperatura média anual: dividindo a soma das temperaturas médias mensais por 12.

Amplitude térmica diurna: Diferença entre a temperatura máxima e a temperatura mínima


registadas durante o dia.

Amplitude térmica anual: diferença entre a temperatura média do mês mais quente e a
temperatura média do mês mais frio.

Nota: Para se analisar a distribuição das temperaturas numa dada região pode recorrer-se às
isotérmicas, que não são mais do que linhas que unem os lugares com igual temperatura média.

2. Variação da temperatura

2.1 Variação diurna da temperatura

A variação diurna da temperatura resulta do movimento de rotação da terra, ou dito de outra


maneira, resulta do movimento diurno aparente do sol.

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2.2 Variação anual

É resultado da variação da obliquidade dos raios solares e variação da duração dos dias e noites e
que por sua vez são consequência do movimento de translação da terra e da inclinação e
paralelismo do seu eixo

2.3 Variação da temperatura à superfície

A distribuição da temperatura à superfície depende de uma complexa rede de factores que vão
desde factores cósmicos, regionais à locais:

1. Radiação solar: Os padrões do clima, são governados pela radiação solar.

2. Latitude: Quanto mais nos afastamos do equador, menor será a temperatura. A terra é
iluminada pelos raios solares com diferentes condições. Quanto mais longe do equador, menor
será à incidência da luz solar.

Altitude: Quanto mais alto estivermos, menor será a temperatura. Isto porque o ar se torna
rarefeito, ou seja, a concentração de gases e de humidade a medida que se aumenta de altitude, é
menor, o que vai reduzir a retenção de calor nas camadas mais elevadas da atmosfera.

Continentalidade: A proximidade de grandes quantidades de água exerce influência na


temperatura. A água demora a se aquecer, enquanto os continentes se aquecem rapidamente. Por
outro lado, ao contrário dos continentes, a água demora irradiar a energia absorvida. Por isso, o
Hemisfério Norte tem invernos mais rigorosos e verões mais quentes, devido a quantidade de
terras emersas serem maior, ou seja, sofre influência da continentalidade, boa parte deste
hemisfério.

Correntes marítimas: São massas de água que circulam pelo oceano.

Tem suas próprias condições de temperatura e pressão, o que acaba influenciando o clima. Onde
temos correntes quentes, acaba determinando muita humidade, pois, a ela está associada massas
de ar quente e húmida que provocam grande quantidade de chuvas.

Relevo: Pode facilitar ou dificultar a circulação das massas de ar, influenciando na temperatura.

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Vegetação: Impede a incidência total dos raios na superfície. Por isso, com o desmatamento, há
diminuição de chuvas, como consequência da diminuição da humidade e há aumento da
temperatura na região.

Massas de ar: Apresentam características particulares da região em que se originam, como


temperatura, pressão e humidade e, se deslocam pela superfície terrestre. As massas podem ser:
polares, tropicais e equatoriais

NOTA

1. Factores do clima: Segundo o vocabulário meteorológico Mundial, são certas condições


físicas, que controlam o clima. São agentes geradores ou influenciadores, que provocam as
condições, ou valores de elementos que constituem o clima.

Dito de outra maneira: São elementos geográficos que agem sobre os elementos do clima-
condicionando o seu comportamento.

2. Elementos do clima: Segundo a fonte acima citada, um elemento climático, é qualquer das
propriedades ou condições da atmosfera que, em conjunto, determinam o estado físico do tempo
ou clima num dado local ou determinado momento ou período, a saber: temperatura,
precipitação, humidade, direcção e força do vento, nebulosidade, insolação, entre outros.

Dito de outra maneira: elemento do clima diz respeito, a qualquer das propriedades ou condições
da atmosfera que, em conjunto, determinam o estado físico do tempo ou clima num dado local,
para um determinado período.

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO N° 1.

1. Aponta os factores de variação da intensidade de radiação solar na superfície terrestre.

2. Relaciona o ângulo de incidência dos raios solares com a intensidade de radiação solar
recebida na superfície da terra.

3. Mostra como varia a intensidade da radiação solar com a massa atmosférica.

4. Define dia natural

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5. Indica a duração do dia natural ao longo do ano, num lugar situado no equador.

6. Dá uma noção de insolação.

7. Indica a zona terrestre onde se registam os valores mais elevados de radiação solar global.

8. Distingue amplitude térmica anual de temperatura média anual.

9. Descre a variação da temperatura com a latitude.

Menciona o valor de gradiente térmico vertical na troposfera.

10. Refere a influência do relevo na variação da temperatura.

11. Expõe o papel amenizador do oceano sobre as temperaturas das áreas costeiras.

12. Justifica a afirmação: «As correntes marítimas., em função das suas características térmicas,
provocam um aquecimento ou arrefecimento do ar nas áreas costeiras».

13. O que são isotérmicas?

14. No quadro a seguir estão inscritas as temperaturas médias mensais de de uma dada região.

Meses J F M A M J J A S O N D

T (0C) 6.2 7.2 9.8 11.9 14.3 18.1 20.2 20 17.8 13.7 9.6 6.8

a) Calcule a temperatura média anual e a amplitude térmica anual.

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3. CIRCULAÇÃO GERAL DA ATMOSFERA

Trata-se obviamente de um tema muito complexo, cuja a sua compreensão só será possível
dentro de uma análise faseada: da pressão atmosférica e dos ventos que dela resultam.

PRESSÃO ATMOSFÉRICA

Conceito: É a força exercida pelo ar em qualquer ponto da superfície terrestre, em todos


sentidos.

Instrumento de medição: A pressão atmosférica é medida por instrumento especiais


denominados barómetros os quais, podem ser de mercúrio ou metálicos.

Unidade de medição: Diz-se a pressão atmosférica é normal quando o seu valor é de 760 m. m/
Hg (milímetros de mercúrio) ou, o que é equivalente, a 1013 m b ( milibares). Considera-se alta
quando é superior àqueles valores e baixa quando inferior.

FACTORES DE VARIAÇÃO DA PRESSÃO ATMOSFÉRICA

1. Com a altitude: sendo a pressão o próprio peso do ar, é lógico que ela diminua na medida em
que aumentam as altitudes. Quanto maior for a proximidade em relação à superfície terrestre
maior será a densidade gasosa e, em consequência, a pressão atmosférica também será maior.

2. Com a temperatura: Quando ocorrem maior aquecimento num certo ponto da superfície
terrestre, o ar dilata-se, torna-se mais leve e sobe originando áreas de baixas pressões (depressões
barométricas-ciclones). Quando, ao contrário ocorre um esfriamento, o ar comprime-se e fica
mais denso originando áreas de altas pressões (anticiclones).

3. Com o tempo: Durante o dia a pressão é baixa devido as temperaturas relativamente elevadas
e a noite é alta dado que as temperaturas são baixas.

4. Com a latitude: Está relacionada com a variação da radiação solar assim temos:

a) Uma faixa equatorial de baixas pressões em evidente relação com a zona de temperaturas
médias mais altas. São as baixas pressões equatoriais.

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b) Uma série de centros de alta pressão, mais ou menos ligados entre si, segundo duas faixas
situadas a cerca de 300 de latitude, norte e sul. São as altas pressões subtropicais.

c) Uma série de centros de baixa pressão a cerca de 60 0 de latitude, norte e sul. São as baixas
pressões subpolares.

d) Altas pressões nas regiões em relação evidente com as temperaturas extremam ente baixas que
ai dominam durante todo o ano. São as altas pressões polares.

Centros barométricos e os estados de tempo

1. Centros de altas pressões ou anticiclones- São centros barométricos que se assinalam com a
letra A ou com sinal + e estão associados a bom tempo.

Principais características

 Os valores da pressão aumentam da periferia para o interior;


 A isóbara central é a de valor + elevado;
 Na horizontal, o ar desloca-se do interior para a periferia, num movimento divergente á
superfície;
 Na vertical, o ar descreve um movimento descendente.

2. Centros de baixas pressões ou depressões barométricas- São centros barométricos que se


assinalam com a letra B ou com sinal – estão associados ao mau tempo.

Principais características

 Os valores de pressão diminuem da periferia para o interior;


 A isóbara central é a de menor valor;
 À superfície, o ar desloca-se, na horizontal, da periferia para o centro;
 Na vertical, o ar descreve um movimento ascendente.

Vento

Conceito: É o ar em movimento, ou seja, é a deslocação do ar das regiões de altas pressões para


as regiões de baixas pressões.

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Importância: Do ponto de vista climático o vento exerce um grande papel na medida em que
responde pela distribuição de calor e humidade nas diversas regiões.

Instrumento de medição: Anemómetros.

Unidade de medição: m/s ou Km/ h.

Origem e características

Quando a temperatura baixa num dado local, o ar acumula-se, comprime-se e fica mais denso
originando áreas de altas pressões (anticiclone) enquanto que quando a temperatura aumenta o ar
dilata-se, Formando um centro de baixas pressões (ciclone).

Classificação dos ventos

De acordo com as características e áreas de actuação os ventos podem ser classificados em:

1. Ventos planetários ou constantes: São aqueles que sopram todo o ano no mesmo sentido
nomeadamente:

1.1 Ventos alísios

1.2 Ventos do Oeste

1.3 Ventos de leste

2. Ventos continentais ou periódicos: São aqueles que sopram durante um certo período num
determinado sentido e noutro em sentido inverso.

Exemplos: Monções e brisas (podem ser do vale ou de montanha)

1. Ventos planetários

Da distribuição dos centros de acção (centros da repartição da pressão atmosférica em latitude),


resultam ventos que obviamente iram soprar das altas para baixas pressões.

1.1 Ventos alísios. Das altas pressões subtropicais para as baixas pressões equatoriais sopram
ventos constantes, designados por ventos alísios. Estes, devido ao movimento de rotação da terra,

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sopram de nordeste para sudoeste (ou de este para oeste), no hemisfério norte (alísio norte), e de
sudeste para noroeste (ou também de este para oeste), no hemisfério sul (alísio sul).

1.2 Os ventos do oeste (fluxo de oeste). Das altas pressões subtropicais sopram também ventos
para as baixas pressões das altas latitudes das zonas temperadas ( regiões subpolares). Devido
também a movimento de rotação da Terra, estes ventos sopram sensivelmente de oeste para este,
em ambos os hemisférios. Este fluxo exerce tanta influência sobre os estados de tempo das zonas
temperadas.

1.3 Ventos de leste. Das altas pressões polares para as baixas pressões subpolares geram-se
ventos fortes e frios que (devido ao movimento de rotação da terra) sopram de leste, em ambos
os hemisférios, ou de nordeste, no hemisfério norte, e de sudeste, no hemisfério sul.

2. Ventos continentais ou periódicos

2.1. Monções: São ventos periódicos que no verão sopram do mar para a terra (monção
marítima) e no inverno sopram da terra para o mar (monção continental).

 A monção que sopra do mar para a terra, designa-se monção de verão ou marítima.

Características

Quente e húmida, originando, por isso, chuvas abundantes.

 A monção que sopra da terra para o mar designa-se monção de inverno ou continental.

Características

 É mais fria e muito seca-pelo que origina chuvas escassas.

2.2. Brisas: Constituem outro exemplo de ventos periódicos que, diariamente, sopram ora num
sentido ora em sentido oposto.

 Brisa marítima: resulta das altas pressões que se fazem sentir sobre o mar de dia devido
as baixas temperaturas no mar que nos continentes, dai que os ventos sopram do mar para
a terra.

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 Brisa terrestre: Os ventos vão soprar do continente para o mar durante a noite. Devido
as baixas temperaturas que se fazem sentir sobre o continente.

Brisa do vale e a brisa da montanha.

 Brisa do vale: Os ventos sopram do vale para o cume da montanha durante o dia. Pois os
cumes das montanhas expostos a radiação solar, aquecem mais depressa do que o fundo
dos vales onde a pressão é. por isso, maior.
 Brisa da montanha: Os ventos sopram do cume da montanha para o fundo dos vales.
Pois à noite, o cume das montanhas arrefece mais rapidamente, pelo que a pressão
atmosférica é neles mais elevada.

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO N° 2.

1. O que é pressão atmosférica? Como se exprime usualmente?

2. Quando é que se diz que a pressão atmosférica é normal?

3. O que são isóbaras?

4. Explique como é que varia a pressão atmosférica com a temperatura?

5. Como justifica as baixas pressões das regiões equatoriais? E as altas pressões subtropicais?

6. Dê uma noção de anticiclone e de depressão barométrica.

7. Elabore um esquema dum centro anticiclónico e outro duma depressão barométrica, em plano
horizontal e em relação ao hemisfério norte, representando em cada um desses centros o
movimento real do ar.

8. Como interpreta o desvio dos ventos nos centros barométricos?

9. De que depende a velocidade do vento?

10. Dê uma ideia do estado do tempo que normalmente anda associado a um anticiclone e a uma
depressão barométrica.

11. O que são ventos alísios?

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12. Explica como se origina o grande fluxo de Oeste das regiões temperadas.

13. Explica de forma muito objectiva, o que entende por circulação geral da atmosfera.

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