Planejamento de Aula

Instituição: SESI - SP (CE Campinas II) Data: 06/11/2021

Disciplina: Matemática

Nível: 6º Ano

Nome: Flávia Pereira Righi e Gisele Anselmo

Tema Central: Geometria plana Tempo Disponível: 5 aulas

Objetivos: Construir, analisar e estudar figuras geométricas planas por meio de software
de geometria dinâmica - Geogebra; Explorar as ferramentas disponibilizadas a partir de
construções de polígonos similares às imagens de placas de trânsito; sistematizar as
propriedades observadas durante a realização da atividade.

Desenvolvimento:

• Introdução (1 aula)

Iniciaremos nossa sequência didática com uma roda de conversa sobre o

reconhecimento de figuras geométricas nos cenários que visualizamos diariamente, como
nossa escola, nossa casa, natureza e outros que podem ser descritos pela turma.

Levantaremos os conhecimentos prévios dos estudantes com questionamentos

como:
• Como tais figuras podem ser construídas (no papel ou virtual)?
• Quais elementos seriam necessários para tais construções?
• E ferramentas?
• O tipo de ferramenta (física ou virtual) interfere na construção?
• Quais medidas poderiam ser feitas nessas figuras?
• Quais características podem ser observadas?

De acordo com os objetivos propostos, entendemos que os conceitos e propriedades

das figuras geométricas planas devem ser trabalhados tanto em sala de aula, nas
discussões e trocas realizadas por meio de estratégias diferenciadas, quanto pelo uso de
ferramentas tecnológicas tais como geometria dinâmica.

Sendo assim, organizaremos a turma em duplas para realizarem as atividades

propostas utilizando o Geogebra online ou aplicativo (Geogebra Geometria), utilizando
espaços disponíveis na escola (laboratório de informática - com capacidade de ocupação
reduzida devido ao distanciamento demarcado entre os estudantes) e área contígua
externa, com utilização de celulares.

• Realização da atividade (2 aulas)

Iniciaremos a atividade realizando um “aquecimento”, a ser feito na área de

trabalho do Geogebra, solicitando que cada dupla localize no menu os seguintes
elementos:

> ponto
> segmento
> reta
> polígono de três lados
> círculo
> polígono regular de quatro vértices

Durante a atividade, haverá intervenções da professora, como apoio para que as

duplas tenham segurança ao navegarem na área de trabalho.
Na sequência, serão apresentadas imagens de quatro placas de trânsito para que sejam
reproduzidas na área de trabalho, com a utilização de ferramentas diferentes, como segue:

Reproduza as placas de trânsito a seguir no Geogebra utilizando os objetos

geométricos planos já estudados. O objetivo é que você busque reproduzir o mais próximo
da realidade possível. (https://www.geogebra.org/classic/fj33wzbg ).

a. Dê a preferência:

b. Permitido estacionar:
 c. Sinal de semáforo:

d. Parada obrigatória:

Nesta etapa da atividade, as intervenções serão feitas para provocar os estudantes

quanto aos objetivos iniciais, ou seja, perguntas como:

> Quais diferenças foram observadas entre os polígonos?

> Como vocês poderiam identificar tais diferenças nas construções?
> Quais características são observadas como específicas de cada polígono construído?
> O uso de quais ferramentas facilitou a construção de cada polígono?

Avaliação (concomitante ao desenvolvimento / 2 aulas):

Propomos que seja desenvolvida uma avaliação formativa ao longo destas

atividades, a qual entendemos como sendo aquela que se situa no centro da ação de
formação, isto é, uma prática de avaliação contínua que objetiva desenvolver as
aprendizagens (Hadji, 2001).
Neste tipo de avaliação, Hadji (2001) aponta que ela deve ser informativa, à
medida que informa os atores do processo educativo. Com isso, o professor tem subsídios
que apoiam suas intervenções pedagógicas, e o aluno toma consciência de suas
dificuldades e busca, juntamente com o professor, meios para desenvolvê-la.
Entretanto, caso seja do interesse do professor realizar uma tarefa avaliativa,
sugerimos que os alunos realizem uma apresentação final com suas construções e
explicando como desenvolveram cada uma delas. Para esse momento, é interessante que
o professor deixe as apresentações serem espontâneas, de modo que os alunos construam
a sua comunicação através de conceitos e propriedades geométricas desenvolvidas ao
longo da atividade.
Considerações finais:

De acordo com Heinen e Basso (2015), o modelo de desenvolvimento do

pensamento geométrico de Van Hiele categorizado em níveis de aprendizagem, é um
norteador da avaliação das habilidades em geometria.
Considerando os objetivos deste plano, a expectativa é que os estudantes desenvolvam os
três primeiros níveis:
• NÍVEL 1 ou VISUALIZAÇÃO: reconhecimento de figuras geométricas com as
quais os estudantes têm contato, identificando-as por sua aparência física, mas não
por suas propriedades, ou seja, o aluno desenvolve vocabulário geométrico básico,
identifica formas específicas e as reproduz.

• NÍVEL 2 ou ANÁLISE: através da experimentação, os alunos passam a observar

as características das figuras geométricas e conceituar classes de configurações
através de suas propriedades. Reconhecem que as figuras têm partes e as
reconhecem pelas mesmas, porém não estabelecem relações entre as propriedades
ou entre diferentes figuras, não observam que algumas dessas características
levam obrigatoriamente a outras (CROWLEY, 1994).

• NÍVEL 3 ou DEDUÇÃO INFORMAL: os alunos, nesse nível, já são capazes de

estabelecer relações entre as propriedades (lados opostos paralelos inferem em
ângulos opostos iguais) e entre as figuras (um quadrado é um retângulo pois possui
todas as propriedades de um retângulo), bem como de deduzir propriedades e
reconhecer classes de figuras, compreendendo assim a inclusão de classes.

Referências

HADJI, C. Avaliação desmistificada. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.

HEINEN, L.; BASSO, M. V. A. Geometria nos anos iniciais: uma proposta de

ensino-aprendizagem usando geometria dinâmica.2015. 32 f. Trabalho de conclusão
de curso de Especialização em Matemática, Mídias Digitais e Didática para a Educação
Básica. Instituto de Matemática, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2015.
Disponível em:
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/134112/000984365.pdf?sequence=1

SETTIMYA, T. F. O.; BAIRRAL, M. A. Visualização em Sala de Aula: Revelando

Descobertas de Estudantes do Sexto Ano do Ensino Fundamental. Jornal
Internacional de Estudos em Educação Matemática, Rio de Janeiro, v.12, n.3, p.
258-267, 2019. Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/339754307_Visualizacao_em_Sala_de_Aula_
Revelando_Descobertas_de_Estudantes_do_Sexto_Ano_do_Ensino_Fundamental