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Introdução
A inclusão da pessoa com deficiência no âmbito escolar é um debate atual
que demanda a organização de várias propostas de trabalho, pelas especificidades
inerentes à pessoa humana e pelas diversas barreiras existentes no contexto escolar.
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A Deficiência Física
1.1 O que é deficiência física?
Definição:
A deficiência física refere-se ao comprometimento do aparelho locomotor que
compreende o sistema osteoarticular, o sistema muscular e o sistema nervoso. As
doenças ou lesões que afetam quaisquer desses sistemas, isoladamente ou em
conjunto, podem produzir quadros de limitações físicas de grau e gravidade variáveis,
segundo(s) segmento(s) corpora(is) afetado(s) e o tipo de lesão ocorrida.
Tipos/características:
-• Lesão cerebral (paralisia cerebral, hemiplegias)
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-• Amputações
-• Seqüelas de politraumatismos
-• Malformações congênitas
-• Artropatias
-Lesão Medular: por ferimento por arma de fogo; ferimento por arma branca;
acidentes de trânsito; mergulho em águas rasas; traumatismos diretos; quedas;
processos infecciosos; processos degenerativos.
-Malformações congênitas: por exposição à radiação; uso de drogas;
causas desconhecidas.
-Artropatias: por processos inflamatórios; processos degenerativos;
alterações biomecânicas; hemofilia; distúrbios metabólicos e outros.
-Acidentes de trânsito
-Acidentes desportivos
-Alto grau de estresse
-Tabagismo
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Dados estatísticos:
A OMS (Organização Mundial de Saúde) estima que , em tempos de paz, 10%
da população de países desenvolvidos são constituídos de pessoas com algum tipo
de deficiência. Para os países em vias de desenvolvimento estima-se de 12 a 15%.
Desses, 20% seriam portadores de deficiência física. Considerando-se o total dos
portadores de qualquer deficiência, apenas 2% deles recebem atendimento
especializado, público ou privado. (Ministério da Saúde – Coordenação de Atenção a
Grupos Especiais, 1995).
1.2 Quem é o deficiente físico?
Claude Lévi-Strauss (o mesmo antropólogo cantado por Caetano Veloso em
“Estrangeiro”) disse que as diferenças existem, devem ser reconhecidas e assumidas
e não escondidas. Somos natural e biologicamente diferentes: nascemos branco,
negro, amarelo, vermelho ou mestiço, homem ou mulher. Isso não quer dizer que
necessariamente devamos ser desiguais. Diferença e desigualdade não são a mesma
coisa. As crianças com deficiências, apresentam características que fogem do
convencionado padrão de normalidade, mas devem ser consideradas com
características individuais.
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Paralisia Cerebral
2.1 O que é paralisia cerebral?
“A paralisia cerebral é definida como uma desordem do movimento e da
postura devido a um defeito ou lesão do cérebro imaturo” (...). A lesão cerebral não é
progressiva e provoca debilitação variável na coordenação da açãomuscular, com
resultante incapacidade da criança em manter posturas e realizar movimentos
normais. Esta deficiência motora central está freqüentemente associada a problemas
de fala, visão e audição, com vários tipos de distúrbios da percepção, um certo grau
de retardo mental e/ou epilepsia” (BOBATH, 1984, p.1) De uma forma mais
simplificada podemos dizer que paralisia cerebral (PC) é uma deficiência motora
ocasionada por uma lesão no cérebro.
Quando se diz que uma criança tem paralisia cerebral significa que existe uma
deficiência motora consequente de uma lesão no cérebro quando ele ainda não estava
completamente desenvolvido.
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2.2 - Coréico: Há variação no grau de tensão dos músculos das raízes dos
membros (em relação ao braço, esta variação ocorre nos ombros), levando à
realização de movimentos rápidos e indesejáveis. A criança coréica pode ter
dificuldade para realizar o movimento voluntário;
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Para evitar confusão, não usamos termos que o leitor pode encontrar em
outras publicações, como paraplegia, triparesia, dupla hemiplegia, etc. Todos são
termos adicionais que muitas vezes tornam o diagnóstico confuso; estas
classificações também baseiam-se no local do corpo acometido.
Igualdade de Oportunidades
A educação especial, até duas ou três décadas atrás, tinha como propósito
atender pessoas com necessidades especiais.
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3.1 Currículo
O currículo utilizado com os alunos com necessidades educacionais
especiais, estejam eles incluídos no sistema regular de ensino ou em escolas
especializadas, é o das diretrizes curriculares nacionais para as diferentes etapas e
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Passados mais de trinta anos, porém, aquela proposta não somente não se
concretizou, como foi flexibilizada mediante a promulgação da nova Lei de Diretrizes
e Bases (Lei nº9.434, de 20/12/96). No inciso III do artigo 59, a nova LDB prevê
que a escola especial deva contar com “professores com especialização
adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado”.
Acredita-se que na formação inicial de professores devam obrigatoriamente
ser incluída nos currículos oficiais das universidades disciplinas que discutam
aspectos científicos, sociais e educacionais que permeiam as deficiências, bem como
estágios em instituições que ofereçam trabalhos direcionados para as necessidades
educacionais de seus alunos.
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pelo corpo docente de maneira coletiva. De fato, segundo Nóvoa (1992), os espaços
e trabalhos coletivos se constituem como instrumentos poderosos de formação, a
qual, por sua vez, implica em uma mudança de atitude por parte dos professores e
das escolas.
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ser estendida e aplicada com outras crianças cuja deficiência física tenha outras
origens que
não só a neurológica.
Partindo desse ponto de vista, é importante lembrar alguns princípios básicos
do desenvolvimento de toda criança: • o desenvolvimento se processa no sentido da
cabeça para os pés. Primeiramente, controla os olhos e progressivamente, percebe,
estabelece contato, busca e fixa a visão; depois percebe as mãos e, aos poucos,
descobre o poder de preensão e força que elas têm para pegar, agarrar, puxar,
manipular; com ajuda dos braços busca alcançar, apoiar, e, futuramente, passa a ter
domínio das pernas e dos pés usando-os em seu benefício na exploração do meio.
Assim, um bebê, primeiramente, vê um objeto, para depois poder alcançá-lo com as
mãos; controla primeiro a cabeça, depois o tronco, e a seguir, aprende a sentar, e
assim sucessivamente; aprende a fazer muitas coisas com as mãos bem antes de
andar;
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forma como as executa varia de uma para outra, porque cada criança é única e sua
individualidade sofre influências da hereditariedade e do ambiente em que vive.
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Tendo como parâmetros estes teóricos, sabemos que alguns fatores isolados
ou somados interferem na aquisição de habilidades que são pilares básicos para o
intercâmbio cultural, para a interação educativa, para as práticas instrucionais como o
manejo de instrumentos nas atividades de vida diária: na higiene pessoal, na
alimentação, na troca com os elementos do meio, nas brincadeiras próprias de cada
fase de desenvolvimento, no desenhar e no escrever.
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Uma avaliação auditiva correta o mais cedo possível trará benefícios para que
as providências necessárias sejam tomadas, porque um diagnóstico tardio vai
repercutir negativamente no desenvolvimento e aprendizagem da criança. No caso de
crianças mais velhas e com atraso importante na linguagem, que não é explicado pelo
déficit cognitivo, recomenda-se também que se faça essa avaliação.
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Não se pode afirmar que existem duas crianças e, mais tarde, dois adultos,
que apresentem o mesmo tipo de comprometimento motor em decorrência da
paralisia cerebral. Há uma variação imensa desses comprometimentos, podendo
acarretar desde um leve cambaleio no andar até os quadros que apresentam parcial
ou total dependência.
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Vamos esclarecer que nem todas crianças com paralisia cerebral apresentam
dificuldades no desenvolvimento da comunicação.
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• aparelhos usados nas mãos para melhor prender o lápis, para quem
apresenta alguma condição motora para a escrita. Nem sempre é preciso se prender
à necessidade de aparelho próprio para isso porque a criatividade do professor é
sempre um elemento facilitador. Verifica-se com o aluno onde melhor posicionar o
lápis para sua escrita e prendê-lo com fita crepe, de forma que fique firme para
proporcionar a escrita;
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• capacete com uma ponteira que sai da base da testa ou do queixo, onde
o professor encaixa o lápis para que, com a movimentação coordenada da cabeça, a
criança possa processar a escrita;
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Todo indivíduo nasce com o direito de ser feliz e de ser respeitado, de ser
capaz de optar por seus gostos e desejos e de traçar sua linha de vida por meio de
seu trabalho e empenho, portanto, a auto-estima dá sentido à vida e é muito mais
importante do que se pensa no processo ensino- aprendizagem, porque está ligada
ao sentido interno do prazer e aprender, e
tem estreita relação com as influências do meio externo.
“A auto-estima é o elo entre o gostar e o aprender, o partir e o chegar, o perder
e o achar. Ela está ao alcance de quem consegue enxergar, seguramente, a ponte
entre o sonho e a realidade”. (TAILLE, 2002)
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A criança com deficiência física, muitas vezes, tem dificuldade para realizar
mesmo esses primeiros registros. Sua falta de coordenação motora, ou seja, a
impossibilidade de segurar um lápis ou pincel, inviabilizam uma atividade espontânea.
No entanto, seu desejo de realizar suas marcas e de comunicar-se com o mundo é o
mesmo de qualquer outra criança e, de igual forma, é a importância dessas marcas
para o processo de aprendizagem. O padrão ou modelo de representação no grafismo
ou no desenho representados pelas crianças sem deficiência não deverá ser esperado
da criança comprometida motoramente porque, mesmo tendo a intenção, a sua
execução dependerá das possibilidades motoras que apresentar. Nessas situações,
o professor deverá ter muita perspicácia e aceitar aquilo que o aluno conseguiu fazer,
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da comunicação alternativa, que não deverá ser tão somente um instrumento a ser
trabalhado em terapias e/ou em sala de aula. Esse material deverá ser levado e
manipulado pela criança em todas as situações de sua vida diária procurando alçar
outras pessoas para fazer parte desse processo. A atenção, dedicação e participação
da família contribuem para o enriquecimento e aplicação de novos símbolos, somando
e complementando o trabalho como um todo.
Afetividade
4.9 Afetividade
Como já vimos anteriormente, alguns fatores poderão contribuir, de forma
positiva ou negativa, para o desenvolvimento global da criança que apresenta
comprometimentos motores. Para toda criança, sua relação com o mundo depende
das experiências com os indivíduos do meio, que tem, implicitamente, normas de
caráter moral que regulam a participação de todos os indivíduos.
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adequadamente com o meio, ao mesmo tempo que ela compreende ser um elemento
importante no mecanismo social: é um indivíduo que, em um momento, segue normas
já estabelecidas, e, em outro, modifica as já existentes em um processo de adaptação
aos novos tempos e necessidades.
Percebe-se que nas atitudes do meio está a idéia que ele passa para a
criança: sua opinião é importante. Isso a faz sentir-se integrada e valorizada,
estimulando-a a prosseguir na sua conquista de autonomia. Nesse aspecto, a creche
e a escola têm papel preponderante porque, respeitando e aproveitando as relações
de cooperação que nascem espontaneamente das relações entre as crianças,
favorecem não somente a conquista como também o fortalecimento da autonomia.
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externos, para que haja harmonia e boas condições de desenvolvimento para todos
que dela fazem parte.
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da deficiência, o que mascara anseios de cura, de milagres. A mãe tende a tomar para
si mesma os cuidados desse filho como se fosse a única capaz de fazê-lo, impedindo
assim a ajuda de outras pessoas. Pode, ainda, delegar a terceiros essa obrigação,
numa tentativa de afastar-se das limitações e dos sentimentos contraditórios que a
deficiência impõe. São situações muito conflitantes para uma família que se tornou
“família especial”, na qual todos os integrantes precisam e merecem um tratamento
adequado para se beneficiarem. Faz-se necessário um aprendizado que forlateça a
estrutura familiar existente agregando todos no mesmo onjetivo reabilitacional,
sabendo cada um o quê, porquê, para quê e como fazer para realmente integrar a
criança com necessidades especiais no complexo familiar, promovendo sua interação
adequada com o meio em que vive. Desse modo, ela aprende o que é o mundo,
integrandose e sentindo-se parte importante dele.
Além dos pais, os demais filhos poderão ser afetados de diversas maneiras
pela chegada de uma criança especial. Eles poderão sentir-se preteridos e
negligenciados, já que o irmão especial requer muitos cuidados e tempo dos pais;
poderão sentir-se talvez culpados pela deficiência desse irmão e enciumados por
acharem que os pais só se importam com o filho especial, dandolhe toda a atenção;
poderão sentir-se pressionados para serem “os melhores” em todas as atividades
(escola, esportes, profissão, etc.) para compensarem o “fracasso” do irmão deficiente.
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que essa criança desfrute de seus direitos e deveres, seja respeitada em suas
limitações, mas valorizada por suas capacidades. Devemos ressaltar o papel do
professor nesse contexto familiar como sendo de fundamental importância, pois esse
será a ponte entre o aluno e família, transmitindo confiança, segurança, dando
acolhimento e, por meio de um processo gradativo, conscientizando os pais a respeito,
do valor e da importância da família para o desenvolvimento psicossocial dos filhos, e
em particular do filho especial.
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O gosto pela atividade corporal, o prazer extraído dos jogos com objetos, o
contato com outras crianças e adultos devem fazer parte integrante do projeto
educativo da criança comprometida pela deficiência física (SOUZA & FERRARETTO,
1998). Atividades que satisfaçam necessidades motoras, sensoriais, afetivas e
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À medida que a criança cresce, ela deverá ser estimulada a usar todas as
formas possíveis de comunicação: movimentos, sons vocais, fixação ou busca visual.
No caso de insucesso ou recusa da criança, descarta-se momentaneamente a forma
utilizada.
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A criança deverá ser sempre estimulada a dar sua opinião e manifestar seu
desejo diante de todas as situações de contato comunicativo. Isso poderá ser
proporcionado com alternativas como por exemplo: “você quer usar este papel
amarelo ou aquele que é verde?”
Quando a criança apresenta graves comprometimentos motores, é preciso
que os pais e os profissionais envolvidos no trato diário com a criança observem que
tipos de movimento, mesmo que sutis, exagerados ou diferentes, ela consegue fazer,
para transformá-los em comunicação, aproveitando as situações da vida diária para
dar ênfase ao uso e aplicação desses movimentos, até que ela aprenda a usá-los com
significação. Ela aprende que um movimento do olhar, do pé, um esticar de braço, os
sons que produz são forma de comunicação.
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dessa forma, esse tipo de diversidade precisa ser vista de maneira a ser
compreendida e respondida devidamente;
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• Símbolos de fala: sons que a criança possa produzir onde, a partir desse
momento deverão ter intenção de falar alguma coisa, ou seja, de comunicar algo
importante para ela. Dessa forma, à medida que a criança recebe devidamente
atenção e orientação, poderá aperfeiçoar esses sons, criar outros e, com isso, sentirse
valorizada e encorajada a novas descobertas.
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momento ou futuras. Muitas vezes, a prontidão para o grafismo poderá estar defasada
em relação ao desenvolvimento da criança sem deficiência e, em alguns casos, a
criança poderá não apresentar condições de escrita. Somente com o tempo e a
estimulação adequada, respeitadas as possibilidades e potencialidades do aluno,
é que ele poderá mostrar condições de escrita. Se ele apresenta condições, mas os
movimentos de braços são amplos, fugindo ao espaço limitado de cadernos ou folhas
de papel sulfite, esses materiais terão que ser adaptados ao espaço adequado a sua
condição de movimentação, para o registro do grafismo.
São raras as crianças que conseguem fazer letra do tipo cursiva. Para
algumas delas, é mais fácil produzir a escrita, em letra de forma do tipo bastão (letra
de forma maiúscula) e, ao longo da vida, poderá ser essa a única forma de escrita que
conseguirão produzir. Assim como no desenho representa o objeto de forma irregular
ou diferente do real, a letra “feia” também poderá ser uma constante na sua vida.
Nesses casos, não se recomendam exercícios repetitivos em cadernos de caligrafia
ou em outro material melhor adaptado,
porque o que ela está produzindo é o máximo que consegue realizar. Ao longo de seu
desenvolvimento, poderá apresentar melhora no traçado, e só não consegue fazer
melhor porque realmente não tem condições motoras para isso, apesar de todo seu
esforço.
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presentes, sapatos, sabão em pó), latas com respectivas tampas, rolos vazios de
papel alumínio, tubos de filmes fotográficos, etc. Muita coisa poderá ser feita com
ajuda da comunidade, como, por exemplo, o marceneiro poderá fazer em tamanho
maior as peças de jogos de dominó, números e letras do alfabeto (mais ou menos de
12x10 cm), peças do material dourado, dos blocos lógicos etc., sempre com o
tamanho de acordo com a visualização e capacidade de manipulação e preensão da
criança.
• bandejas ou tábuas com recortes para copos e pratos que podem ser
presos sobre a mesa com ventosas ou outro sistema de fixação, evitando que
escorreguem ou caiam, sendo indicado especialmente para crianças com
incoordenação olho-mão-mãoboca;
• pratos com ventosas, com bordas altas, que permitem a fixação na mesa
ou bandeja, impedindo que a comida se espalhe, indicado para crianças com
incoordenação motora manual;
• copos adaptados com bases mais pesadas, indicadas para inibição dos
movimentos involuntários;
• copos com duas alças para favorecer a simetria dos membros superiores
e coordenação bimanual;
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• lápis com diâmetro engrossado por várias camadas de fita crepe, argila,
espuma, massa do tipo epóxi ou outro material;
• o papel deverá estar preso nas quatro pontas com fita crepe larga com
grande capacidade de aderência para suportar os movimentos de traçado da criança;
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ressaltar que cada fase em que se objetiva estimular os diferentes tipos de percepção
do aluno tem um ritmo e tempo próprios, devendo-se considerar especialmente as
características de cada criança. O professor deverá estar atento ao momento em que
foi superado um desafio, para só então provocar outro; • assim como as folhas de
atividades deverão ser presas nos quatro cantos com fita crepe, no caso do uso de
caderno, o mesmo procedimento precisa ser tomado;
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Adaptações de mobiliário
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- as mãos devem estar na frente dos olhos para melhor função durante a
atividade escolar e alinhamento do corpo; - a distribuição do peso deve ser igualmente
sobre os dois lados do corpo, sobre os braços, quadris, joelhos e pés.
Cabe salientar que não são todas as crianças que serão capazes de ficar
nessa posição sentada; em muitos casos poderá ser necessário o uso de suportes,
como almofadas nas laterais das coxas, apoios laterais para o tronco e apoio para a
cabeça. Os pés devem estar sempre apoiados sobre uma base firme.
- diminuir a fadiga;
- aumentar o tempo de tolerância na postura sentada, pois a criança se
sente confortável;
• cadeira de posicionamento:
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- com encosto reto: é usado de forma mais comum nos casos de paralisia
cerebral, tipo espástico, pois favorecem um bom alinhamento do corpo, permite que
os membros superiores fiquem livres para a realização das atividades;
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Planificação futura
5.3 Planificação futura
Para estabelecer um prognóstico sobre a aprendizagem de uma criança é
muito difícil fazer qualquer tipo de previsão porque nenhum de nós pode se julgar com
capacidade de exercer esse tipo de poder. Quando se trata da criança com deficiência
física em decorrência de problemas neurológicos, devemos ter maior cuidado para
que o trabalho pedagógicoeducacional direcionado a ela seja construído em bases
que requerem:
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Todo cuidado deverá ser tomado para não se incorrer em nenhum tipo de
injustiça, porque a gravidade motora que a criança pode apresentar muitas vezes não
quer dizer que tenha o mesmo grau de comprometimento cognitivo. Aquela criança
que não anda, não fala, não controla os esfíncteres, não escreve poderá ter sua
capacidade cognitiva preservada e, conseqüentemente, boas condições para
aprender, ao passo que aquela que é independente, que tem condições de fala e
possibilidade motora de escrita poderá ter muita dificuldade ou até um
comprometimento mais sério para aprendizagem.
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O diagnóstico pré-natal poderá ser feito por meio da dosagem de alfa feto
proteína no líquido amniótico por aminiocentese no 2° ou 3° trimestre da gestação,
sendo que a idade ideal para esse exame é entre a 14ª e 16ª semana de gestação. O
ultra-som também pode ser utilizado.
O bebê com mielomeningocele nasce com uma bolsa nas costas que pode,
ou não se romper ao nascimento, e apresenta uma paralisia que atinge as pernas, a
bexiga e o intestino. Com isso, o bebê apresenta problemas neurológicos, urológicos,
ortopédicos, entre outros.
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Quanto maior for o grau de paralisia, menor será a chance de a criança com
mielomeningocele andar, sendo que algumas crianças poderão conseguir andar com
ajuda de aparelhos apropriados (muletas, órteses, andador...). Mais tarde, na
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corpo no contato com a superfície dura onde está sentada ou deitada (cadeira
de rodas, cama). Dessa forma, a circulação sanguínea não se processa devidamente,
e isso causa feridas, chamadas escaras, que necessitarão de tratamento e cuidados
devidos realizados por profissionais capacitados (orientação médica e tratamento pela
enfermagem). É importante esclarecer que toda e qualquer indicação de aparelhos
e/ou adaptações que beneficiem o paciente deverão ser prescritos pelo médico.
Em sala de aula é importante que o professor observe o devido
posicionamento sentado do aluno, assim como o uso dos aparelhos prescritos pelo
médico, a fim de evitar futuras deformidades de coluna, formação de escaras ou
quaisquer outros problemas derivados de vícios de postura e de posicionamentos
incorretos.
Geralmente, essa será uma criança usuária de fraldas, porque ela poderá não
ter sensibilidade para perceber que, a bexiga e/ou o intestino estão cheios e o
momento de esvaziá-los fazendo uso do banheiro. Nesse caso, dizemos que ela não
tem controle de esfíncteres. Seus horários de estimulação ou passagem de sonda
para esvaziamento da bexiga e de intestino deverão ser respeitados para que se evite
ao máximo outros comprometimentos, como infecções das vias urinárias ou de outros
órgãos.
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Outros cuidados deverão ser observados pelo professor caso a criança tenha
hidrocefalia e faça uso de válvula de derivação (aparelho colocado dentro da cabeça
da criança para controlar a circulação do líquor – líquido que circula entre o cérebro e
a medula). Nesses casos, se a criança apresentar sintomas como sonolência, enjôos,
vômitos, dores de cabeça, irritação sem motivo aparente, deve-se avisar
imediatamente à família e tomar providências médico-hospitalares, porque poderá
estar ocorrendo algum problema de circulação do líquor. Algo poderá estar ocorrendo
com a válvula de derivação, o que coloca em risco o bem estar da criança e, se não
forem tomadas providências imediatas, ela pode entrar em coma.
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• marcha na ponta dos pés projetando o quadril para frente e ombros para
trás, buscando equilíbrio para manter-se em pé; • por volta dos oito/nove anos de
idade, ocorre a perda da marcha. A criança deixa de andar e passa a fazer uso de
cadeira de rodas;
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• manter próximo à criança, o material de uso diário para que ela mesma
possa manipulá-lo;
• retirar da mesa todo material que não será utilizado naquele momento
pela criança;
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porque além de conviver com as perdas da criança, como indivíduo e como educador,
necessita de apoio que o oriente para não superprotegê-la, mas para ajudá-la a ser
feliz, apesar de tudo.
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6.3.1 – Artrogripose
A artrogripose caracteriza-se pela malformação das articulações do corpo,
podendo haver maior ou menor grau de comprometimento, variando de criança para
criança. Essas articulações podem ser ombros, cotovelos, punhos, mãos, quadris,
joelhos, tornozelos, pés, e ainda coluna. Quando isso ocorre, a criança fica impedida
de realizar movimentos considerados normais como dobrar e girar o corpo ou parte
do corpo, apresentando movimentações muito limitadas ou até com impossibilidade
em realizá-las nas atividades da vida diária, inclusive de participar adequadamente
das atividades da escola.
Essa criança poderá apresentar condições normais de fala e de comunicação
e, com relação à marcha, dependerá do nível de comprometimento motor que
apresente. Algumas crianças poderão até apresentar marcha ou arrastar-se de forma
funcional, ou seja, para locomover-se dentro de casa ou em curtas distâncias.
Certamente necessitarão de aparelhos adaptados a suas necessidades para
locomoção mais adequada, cuja prescrição é de responsabilidade médica.
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Com relação à escrita, é preciso observar cada criança a fim de verificar suas
possibilidades de escrever. Em alguns casos, determinadas adaptações são
importantes para facilitar a produção do aluno. Cada criança apresenta uma
dificuldade muito particular, correspondente ao seu quadro de comprometimento
motor, e faz-se necessário, portanto, verificar quantas e quais adaptações viriam ao
encontro das suas necessidades para melhorar o posicionamento, a participação e a
execução das propostas de sala de aula, como:
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Em geral, essas pessoas são pacientes muito diferentes entre si, exigindo
tratamento realizado por equipe multidisciplinar para estabelecer um diagnóstico
preciso das incapacidades físicas, cognitivas e emocionais.
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Há cerca de 400.000 novos casos de TCE por ano nos Estados Unidos da
América (EUA). Cerca de mais ou menos 90.000 são considerados graves, isto é,
permanecem em coma por um período maior ou igual a 8 horas e/ou têm amnésia
póstraumática de mais de 24 horas de duração. Cerca de 50% dos indivíduos que
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sofrem de TCE grave morrem nas duas primeiras semanas após a lesão. Aqueles que
sobrevivem têm um bom prognóstico de reabilitação, pois cerca de 70% voltam a ser
independentes nas atividades da vida diária e na deambulação (capacidade de andar).
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Nos casos de TCE com menor gravidade, quando o paciente não passa pela
fase do coma, poderão ocorrer seqüelas das mais variadas, que serão tratadas de
acordo com as necessidades de reabilitação. Quando o paciente passa pelo período
comatoso, o parâmetro de sua evolução poderá ser acompanhado conforme os níveis
estabelecidos na Escala de Níveis de Função Cognitiva desenvolvida pelo Rancho
Los Amigos Medical Center.
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Inicialmente, a impressão que se tem é de que tudo que foi aprendido pelo
aluno, poderá ser reaprendido. Na verdade, o processo poderá ser de resgate do que
foi aprendido, quando o professor deverá direcionar o atendimento, respeitando-se as
necessidades muito próprias e particulares que o aluno apresenta. Com relação às
novas aquisições na aprendizagem, elas dependerão muito do grau das seqüelas
apresentado pela criança e do tipo de atendimento educacional que lhe for oferecido.
Bibliografia/Links Recomendados
- http://www.entreamigos.com.br
BRAGA, L.W. Cognição e paralisia cerebral - Piaget e Vygotsky em questão.
Salvador: SarahLetras, 1995.
BRAIN I. Rosenthal Rehabilitacion of the adult and child whith traumatic.
BRASIL. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades
educativas especiais.
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