Seção 3 - Agravo de Instrumento
Seção 3 - Agravo de Instrumento
Seção 3 - Agravo de Instrumento
BELA MUSA, já devidamente qualificada nos autos da ação em epígrafe, vem a presença de
Vossa Excelência, por intermédio de sua advogada que esta subscreve, interpor o presente:
AGRAVO DE INSTRUMENTO
Com base no art. 1.015 do CPC, contra decisão saneadora que determinou a inversão do ônus
da prova, impondo-se à ora Agravante o ônus de demonstrar que prestou os serviços
adequadamente e que a consumidora desrespeitou as orientações, bem como demonstrar que a
consumidora não sofreu os danos extrapatrimoniais alegados na exordial, nos autos da ação
distribuída sob o nº xxxxxx.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Florianópolis, 06/04/2021.
XXX
ADVOGADA
OAB Nº XXX
Colenda Turma,
Ínclitos Julgadores,
I – TEMPESTIVIDADE
O recurso deve ser considerado tempestivo. A patrona da parte Agravante fora intimada da
decisão atacada na data de xx de xxxx de xxxx, consoante se vê na certidão acostada.
Destarte, fora intimada em xx de xxxx de xxxx, por meio do Diário da Justiça nº xxxx
(CPC, art. 231, inciso VII). Igualmente, visto que o lapso de tempo do recurso em espécie é
quinzenal, conforme art. 1.003, § 5º, do CPC, atesta-se que o prazo processual fora
devidamente obedecido.
II - SÍNTESE DO PROCESSADO
Trata-se de ação de indenização por danos materiais e estéticos proposta pela Agravada
Gabriela contra a Agravante Bela Musa.
A autora alega falha em procedimento estético realizado pela empresa ré e pleiteia
reparação de danos estéticos e morais a fim de se ver ressarcida pelos prejuízos causados.
Em sede de contestação, a agravante narrou que a autora foi expressamente orientada acerca
dos cuidados necessários antes e após o procedimento e, por meio de documentos acostados
aos autos, demonstrou que a autora não seguiu as recomendações, causando prejuízo por sua
própria culpa. Ademais, a ré relatou ainda que, no tocante a alegação de erro no aplicação
na perna esquerda, o fez única e exclusivamente porque a autora solicitou que fosse retirada
uma “pinta” de sua perna.
Em decisão saneadora, o ilustre magistrado decidiu pela inversão do ônus da prova, com
base nos artigos 373, § 1º do CPC, e 6º, inciso VIII, do CDC, atribuindo à Agravante a
demonstração acerca da prestação adequada dos serviços e que houve, por parte da
Agravada, o desrespeito às orientações. Por fim, impôs ainda à agravante o dever de provar
que a autora não sofreu os danos extrapatrimoniais alegados na inicial.
Considerando que a decisão proferida pelo nobre julgador impõe à ré ônus impossível ou
excessivamente difícil, não restou à Agravante outro caminho a não ser lançar mão do
presente recurso.
Eis a síntese do necessário.
IV – DO PEDIDO
Termos em que,
pede e espera deferimento.
Florianópolis, 06/04/2021.
XXX
ADVOGADA
OAB Nº XXX