215247ebook - Renato Saraiva
215247ebook - Renato Saraiva
215247ebook - Renato Saraiva
Renato Saraiva
2
Pessoal, a CF/88, em art. 7.º, inciso XIII, fixou a jornada em oito horas diárias e 44
semanais, facultando a compensação de horários ou a redução de jornada, mediante
acordo ou convenção coletiva.
ATENÇÃO PARA A DICA ABAIXO, art. 59-A da CLT, pois envolve reforma trabalhista. Todo
assunto que envolva reforma trabalhista tem sido muito cobrado no exame de ordem:
3
ATENÇÃO GALERA PARA AS SÚMULAS 360 E 423 DO TST
Por sua vez, a Súmula 423 do TST esclarece que estabelecida jornada superior a
seis horas e limitada a oito horas por meio de regular negociação coletiva, os emprega-
dos submetidos a turnos ininterruptos de revezamento não têm direito ao pagamento
da 7.ª e 8.ª horas como extra.
ATENÇÃO TAMBÉM COM AS OJ’S 360 E 395 DA SDI-I/TST QUE TRATAM DE TUR-
NO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO
4
“OJ 360 da SBDI-1 – TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO.
DOIS TURNOS. HORÁRIO DIURNO E NOTURNO. CARACTERI-
ZAÇÃO. Faz jus à jornada especial prevista no art. 7.º, XIV, da
CF/1988 o trabalhador que exerce suas atividades em sistema
de alternância de turnos, ainda que em dois turnos de traba-
lho, que compreendam, no todo ou em parte, o horário diurno e
o noturno, pois submetido à alternância de horário prejudicial
à saúde, sendo irrelevante que a atividade da empresa se de-
senvolva de forma ininterrupta”.
QUANTO AS FORMAS DE PRORROGAÇÃO DE JORNADA, LEMBREM-SE DAS 04
FORMAS QUE ESTUDAMOS EM SALA DE AULA. MUITO, MUITO IMPORTANTE:
01 MEDIANTE ACORDO
ESCRITO, INDIVIDUAL
02 MEDIANTE ACORDO DE
COMPENSAÇÃO DE JOR-
OU COLETIVO – ART. 59, NADA (BANCO DE HORAS)
§1º, DA CLT – ART. 59, §§ 2º E 3º CLT;
03 ACORDO INDIVIDUAL
ESCRITO PARA COMPEN-
04
COMPENSAÇÃO NO MES-
SAÇÃO NO PRAZO DE 06 MO MÊS – ART. 59 § 6º CLT;
MESES – ART. 59 § 5º CLT;
5
DICA IMPORTANTE:
04
com o adicional de, no mínimo, 50% sobre o valor da hora normal, previsto no art. 7.º,
XVI, da CF/1988, salvo nos casos de domingos e feriados, que seria de 100%.
As horas extras recebidas com habitualidade pelo empregado, bem como o refe-
rido adicional, integram seu salário e passam a produzir reflexos em outras verbas tra-
balhistas, como o décimo terceiro salário, as férias acrescidas de 1/3, FGTS, aviso-prévio,
parcelas previdenciárias etc.
6
ATENÇÃO, ATENÇÃO, ATENÇÃO
ARTIGO 4º §§ 1º E 2º CLT
REFORMA TRABALHISTA
I - práticas religiosas;
II - descanso;
III - lazer;
IV - estudo;
V - alimentação;
VI - atividades de relacionamento social;
VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigato-
riedade de realizar a troca na empresa.
7
TEMPO DE SOBREAVISO E PRONTIDÃO
É considerado tempo de sobreaviso o período em que o empregado permanecer
em sua própria residência, aguardando a qualquer momento o chamado para o servi-
ço. A escala de sobreaviso não poderá ultrapassar 24 horas. As horas de sobreaviso, para
todos os efeitos, serão contadas à razão de 1/3 do salário normal (art. 244, § 2.º, CLT).
8
§ 3.º Considera-se de ‘prontidão’ o empregado que ficar nas
dependências da estrada, aguardando ordens. A escala de
prontidão será, no máximo, de doze horas. As horas de pronti-
dão serão, para todos os efeitos, contadas à razão de 2/3 (dois
terços) do salário-hora normal”.
9
Podemos incluir como trabalhadores que realizam atividade externa incompatível
com a fixação de jornada os vendedores, viajantes ou pracistas, os vendedores propagan-
distas etc.
1) Intervalo interjornada
“Outro assunto muito, mas muito cobrado no exa-
me de ordem é o intervalo inter e intrajornada.”
2) Intervalo interjornada
Intervalo intrajornada são as pausas que ocorrem dentro da jornada diária de tra-
balho, objetivando o repouso e alimentação do trabalhador.
Podemos citar os seguintes intervalos intrajornada:
10
2) Quando a duração da jornada diária exceder de quatro ho-
ras, mas não ultrapassar seis horas, o intervalo intrajornada
será de 15 minutos (art. 71, § 1.º, CLT), não sendo computado o
intervalo na duração da jornada.
DECORAR
Jornada de trabalho de até quatro horas:
sem direito a intervalo intrajornada.
O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por
ato do Ministro do Trabalho e Emprego, quando ouvido o Serviço de Alimentação de
Previdência Social, se verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências
concernentes à organização dos refeitórios, e quando os respectivos empregados não
estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares (art. 71, § 3.º, CLT).
11
VARIAÇÕES DE HORÁRIO
Quanto às variações de horário, a Lei 10.243/2001 acrescentou o § 1.º ao art. 58 da
CLT, dispondo que:
“Não serão descontadas nem computadas como jornada ex-
traordinária as variações de horário no registro de ponto não
excedentes de 5 (cinco) minutos, observado o limite máximo
de 10 (dez) minutos diários”.
Sobre o tema, vale transcrever a Súmula 366 do TST, e a OJ 372, da SDI-I/TST, in verbis:
No que se refere ao motorista profissional a CLT tem previsão especifica em seu art.
235-C, § 13º, prevendo inexistir horário fixo de início, de final ou de intervalos.
13
O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE
TRABALHO EM TEMPO PARCIAL:
14
TRABALHO NOTURNO
O art. 73 da CLT estabelece o horário noturno dos trabalhadores urbanos por ela
regidos como aquele compreendido entre 22 e 5 horas, fixando o adicional noturno em
20% (vinte por cento) sobre a hora diurna.
Estabelece também o § 1.º do mesmo artigo que a hora de trabalho noturno será
computada como de 52 minutos e 30 segundos. É o que a doutrina chama de hora no-
turna reduzida, em que cada hora trabalhada no horário noturno será computada como
de 52 minutos e 30 segundos, e não como uma hora, constituindo-se num benefício para
o obreiro.
15
A Lei 8.906/1994 (Estatuto da Advocacia) fixa no art. 20, § 3.º, o horário noturno do
advogado como o compreendido entre 20 às 5 horas do dia seguinte, sendo o adicional
noturno estipulado em 25% (vinte e cinco por cento).
16
3) A Constituição Federal de 1988, no art. 7.º, inciso XV, esta-
beleceu como um direito social dos trabalhadores urbanos e
rurais (extensivos aos domésticos – art. 7.º, parágrafo único, da
CF/1988) o repouso semanal remunerado, preferencialmente
aos domingos;
17
DE OLHO NESSES ENTENDIMENTOS
JURISPRUDENCIAIS DO TST:
18
2) Impende destacar que o Estatuto da Advocacia considerou
como período de trabalho o tempo em que o advogado estiver
à disposição do empregador, aguardando ou executando or-
dens, no seu escritório ou em atividades externas, sendo-lhe re-
embolsadas as despesas feitas com transporte, hospedagem e
alimentação (art. 20, § 1.º, da Lei 8.906/1994);
19
20
QUESTÃO OI (EXAME DE ORDEM XXX)
O sindicato dos empregados X entabulou, com o sindicato dos empre-
gadores Y, uma convenção coletiva de trabalho para vigorar de julho de
2019 a junho de 2021. Nela ficou acertado que a jornada seria marcada
pelos trabalhadores por meio de um aplicativo desenvolvido pelos sin-
dicatos; que haveria instituição de banco de horas anual; que, nas jorna-
das de trabalho de até 7 horas diárias, haveria intervalo para refeição de
20 minutos; e que a participação nos lucros seria dividida em 4 parcelas
anuais.
Considerando o teor da norma coletiva e suas cláusulas, e considerando
o disposto na CLT, assinale a afirmativa correta.
21
QUESTÃO O3 (EXAME DE ORDEM XXV)
Lúcio foi dispensado do emprego, no qual trabalhou de 17/11/2017 a 20/03/2018,
por seu empregador. Na sociedade empresária em que trabalhou, Lúcio batia
o cartão de ponto apenas no início e no fim da jornada efetiva de trabalho, sem
considerar o tempo de café da manhã, de troca de uniforme(que consistia em
vestir um jaleco branco e tênis comum, que ficavam na posse do empregado)
e o tempo em que jogava pingue-pongue após almoçar, já que o fazia em 15
minutos, e poderia ficar jogando até o término do intervalo intergral. Você foi
procurado por Lúcio para, como advogado, ingressar com ação pleiteando horas
extras pelo tempo indicado no enunciado não constante dos controles de horá-
rio.Sobre o caso, à luz da CLT, assinale a afirmativa correta.
A) Lúcio não faz jus às horas extras pelas atividades indicadas, pois as mesmas
não constitutem tempo à disposição do empregador.
B) Lúcio faz jus às horas extras pelas atividades indicadas, pois as mesmas cons-
titutem tempo à disposição do empregador, já que Lúcio estava nas dependên-
cias da empresa.
D) Apenas o tempo em que ficava jogando poderá ser pretendido como hora
extra, pois Lúcio não desfrutava intergralmente da pausa alimentar.
A) Jorge faz jus a 45 minutos acrescidos de 50%, porém sem os reflexos, dada a
natureza jurídica indenizatória da parcela.
B) Jorge faz jus a 45 minutos acrescidos de 50%, além dos reflexos, dada a natu-
reza jurídica salarial da parcela.
C) Jorge faz jus a uma hora integral acrescida de 50%, porém sem os reflexos,
dada a natureza jurídica indenizatória da parcela.
D) Jorge faz jus a uma hora integral acrescida de 50%, porém sem os reflexos,
dada a natureza jurídica salarial da parcela.
22
QUESTÃO O5 (EXAME DE ORDEM XXVI)
Felisberto foi contratado como técnico pela sociedade empresária Monta-
gens Rápidas Ltda., em janeiro de 2018, recebendo salário correspondente
ao mínimo legal. Ele não está muito satisfeito, mas espera, no futuro, galgar
degraus dentro da empresa. O empregado em questão trabalha na seguinte
jornada: de segunda a sexta-feira, das 10h às 19h48min com intervalo de uma
hora para refeição, tendo assinado acordo particular por ocasião da admissão
para não trabalhar aos sábados e trabalhar mais 48 minutos de segunda a
sexta-feira.Com base na situação retratada e na Lei, considerando que a nor-
ma coletiva da categoria de Felisberto é silente a respeito, assinale a afirmati-
va correta.
D) A situação não gera direito a horas extras, porque é possível estipular com-
pensação semanal de horas, inclusive por acordo particular, como foi o caso.
23
QUESTÃO O7 (EXAME DE ORDEM XXVII)
Renato trabalha na empresa Ramos Santos Ltda. exercendo a função de téc-
nico de manutenção. De segunda a sexta-feira, ele trabalha das 8h às 17h, com
uma hora de almoço, e, aos sábados, das 8h às 12h, sem intervalo.Ocorre que,
por reivindicação de alguns funcionários, a empresa instituiu um culto ecumê-
nico toda sexta-feira, ao final do expediente, cujo comparecimento é facultati-
vo. O culto ocorre das 17h às 18h, e Renato passou a frequentá-lo.Diante dessa
situação, na hipótese de você ser procurado como advogado(a) em consulta
formulada por Renato sobre jornada extraordinária, considerando o enunciado
e a legislação trabalhista em vigor, assinale a afirmativa correta.
B) Renato tem direito a uma hora extra semanal, pois o culto foi instituído
pela empregadora.
C) Renato tem direito a uma hora extra diária, de segunda a sexta-feira, em ra-
zão do horário de trabalho das 8h às 17h.
D) Renato tem direito a nove horas extras semanais, sendo cinco de segunda a
sexta-feira e mais as 4 aos sábados.
A) Ela fará jus ao pagamento com adicional de 100% apenas nos feriados.
24
QUESTÃO O9 (EXAME DE ORDEM XXVIII)
Você, como advogado(a), foi procurado por Pedro para ajuizar ação traba-
lhista em face da ex-empregadora deste.Pedro lhe disse que após encerrar
o expediente e registrar o efetivo horário de saída do trabalho, ficava na em-
presa em razão de eventuais tiroteios que ocorriam na região. Nos meses de
verão, ocasionalmente, permanecia na empresa para esperar o escoamento
da água decorrente das fortes chuvas. Diariamente, após o expediente, havia
culto ecumênico de participação voluntária e, dada sua atividade em setor
de contaminação radioativa, era obrigado a trocar de uniforme na empresa, o
que levava cerca de 20 minutos.Considerando o labor de Pedro, de 10/12/2017
a 20/09/2018, e a atual legislação em vigor, assinale a afirmativa correta.
B) Todo o tempo que Pedro ficava na empresa gera hora extraordinária, de-
vendo ser pleiteado como tal em sede de ação trabalhista.
D) Como apenas a questão religiosa era voluntária, somente essa não gera
horário extraordinário.
A) Fábio faz jus a duas horas extras diárias, em razão do tempo despendido no
transporte.
B) Fábio não faz jus às horas extras, pois o transporte fornecido era gratuito.
C) Fábio faz jus às horas extras, porque o transporte público era insuficiente,
sujeitando o trabalhador aos horários estipulados pelo empregador.
D) Fábio não faz jus a horas extras, porque o tempo de transporte não é consi-
derado tempo à disposição do empregador.
25
GABARITO:
01 – B
02 – B
03 – A
04 – A
05 – D
06 – D
07 – A
08 – B
09 – A
10 – D
WWW.CERS.COM.BR
26