Resumo TCC
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Resumo TCC
PREFÁCIO
- A Terapia Comportamental e Cognitiva originou-se no movimento filosófico denominado
“neobehaviorismo”.
- Watson, Skinner e Tolman e Hull são considerados precursores de toda e qualquer terapia que
possua “comportamental” em seu nome.
- Com o tempo, parte da vertente cognitivista da Terapia Comportamental, passou a se interessar
pela compreensão da construção de significados pelos indivíduos, debruçando-se sobre o estudo dos
esquemas emocionais que orientaram essa construção.
- Uma gama de terapias comportamentais podem ser encontradas na literatura: das estruturalistas às
funcionalistas, das mecanicistas às contextualistas, das dualistas às monistas etc.
- Abordagens científicas do comportamento.
Introdução
- A partir da década de 60, com o esforço de vários pesquisadores como Aaron Beck, Michael
Mahoney e Albert Ellis, começaram a nascer as práticas cognitivas de intervenção clínica.
- Mahoney: estudos voltados aos processos cognitivos.
- Beck: iniciou seus estudos focando no tratamento da depressão.
- Albert Ellis: versava sobre a razão e a emoção em terapia.
- Assim, houve grande expansão das áreas de interesse e pesquisas das terapias cognitivas, dando
origem à máxima: “Viver bem é o resultado de um pensar bem (ou corretamente)” (Mahoney).
- Nesse sentido, as técnicas visam às diferentes formas de ajuste cognitivo como registros de
pensamentos disfuncionais (Beck), técnicas de reestruturação cognitiva (Beck e Freeman),
processos de identificação das crenças irracionais (Ellis) e toda a variedade de denominações que
sustentam a correção ou a substituição dos padrões disfuncionais por padrões mais funcionais de
pensamento.
- Descrita como uma abordagem terapêutica estruturada, diretiva, com metas claras e definidas,
focalizada no presente e utilizada no tratamento dos mais diferentes distúrbios psicológicos.
- Seu objetivo principal é produzir mudanças nos pensamentos e nos sistemas de significados
(crenças) dos clientes, evocando uma transformação emocional e comportamental duradoura e não
apenas um decréscimo momentâneo dos sintomas.
- Segundo Beck, não é a situação (ou o contexto) que determina o que as pessoas sentem, mas o
modo como elas interpretam (e pensam) os fatos em uma determinada situação. Na medida em que
se depara com novas situações, o pensamento tenta extrair as padronizações percebidas de cada
acontecimento transformando as similaridades detectadas em padrões gerais de interpretação.
- Os eventos propriamente ditos não determinam diretamente como uma pessoa irá se sentir.
- O terapeuta cognitivo sempre verifica qual é a avaliação racional da situação sob o ponto de vista
do paciente.
- Apesar da emoção ser considerada de grande importância para o profissional, sua função é indicar,
como um sinalizador marinho, a presença de pensamentos e/ou crenças associados a ela.
- Descontrole emocional revelado → examinar a crença subjacente ou esquema que serve aos
propósitos de desadaptação. A crença deve ser, então, corrigida e submetida a uma (nova) avaliação
da realidade.
Disfunção e Psicopatologia
- Essas crenças (as quais resultam dos pressupostos que desenvolvemos a nosso respeito, a respeito
do mundo e do futuro e que compõem a estrutura cognitiva de valores que favorecem a formação da
experiência pessoal) são divididas em: básicas (centrais) e periféricas (ou intermediárias).
- As crenças, operando em um estado restrito de significados, passam a atuar como uma camisa de
força conceitual, gerando avaliações rígidas e absolutistas e criando um sentido distorcido das
situações (por isso classificadas como disfuncionais).
- Muitas das vezes se expressam, inicialmente, por meio de pensamentos negativos e, com o passar
do tempo, são responsáveis pela ativação de emoções desadaptativas.
- As crenças disfuncionais deslocam as estruturas mais adaptativas, prevalecendo nos atos finais de
significação.
Papel do Terapeuta
Procedimento Terapêutico
- O paciente é informado desde o início que a terapia tem uma função pedagógica destinada a lhe
ensinar a detectar seus sintomas, de modo que possa, gradativamente, se tornar habilitado e
conduzir a terapêutica sem ajuda do profissional.
- As sessões de terapia sempre serão estruturadas. O roteiro é criado junto com o paciente, sempre
de acordo com o alvo que necessita de uma intervenção imediata, respeitando o grau de capacidade
do paciente de executar as atividades.
- Podem ser utilizadas uma série de técnicas para mudar o pensamento, o humor e o comportamento
do paciente (lembrando que todas as técnicas comportamentais e cognitivas têm como objetivo
modificar os comportamentos e as crenças disfuncionais quem mantém os sintomas sempre em
atividade).
- Beck sugere que o tempo da Terapia Cognitiva seja de quatro a quatorze sessões semanais, porém,
no mesmo estudo, afirma que alguns pacientes podem necessitar de 1 a 2 anos para modificar suas
crenças e seus comportamentos disfuncionais.
- Outra característica é a ênfase no presente. O terapeuta busca fazer uma avaliação realista das
situações específicas que afligem o paciente no momento. A atenção se volta ao passado apenas em
casos específicos.
Conclusões
- Nos modelos de Beck, a ênfase é no processo de mudança que recai muito mais sobre as
dimensões conceituais da experiência pois se utiliza, como pressuposto, uma referência
epistemológica objetivista. (Obs: Já modelos com base cognitivo-construtivista se endossa a
prática a partir dos aspectos emocionais da experiência. Essa diferença de foco é um dos grandes
divisores de água da família cognitiva).