Responsabilidade Civil - Parte 1
Responsabilidade Civil - Parte 1
Responsabilidade Civil - Parte 1
Art. 927 CC. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará- lo.
Obs.: A prática de um ato ilícito pode se dar através da violação de um direito (art.
186 do CC) ou através de um abuso de direito (art. 187 do CC).
- Art. 187 do CC - Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo,
excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela
boa-fé ou pelos bons costumes.
Ocorrência de Dano
Nessas situações, basta que o autor prove a prática do ato ilícito, que o dano está
configurado, não sendo necessário comprovar a violação dos direitos da
personalidade, que seria uma lesão à sua imagem, honra subjetiva ou privacidade.
Ex.: inscrição indevida de alguém em cadastro de restrição de crédito; e uso não autorizado
da imagem, com fins exclusivamente econômicos e publicitários.
Obs.: Elementos da Responsabilidade Civil são diferentes dos elementos do Ato Ilícito.
b) Prejuízo;
c) Nexo de Causalidade;
2) Ato danoso sem culpa: o causador do prejuízo realiza atividade que sabidamente
provoca riscos para o direito de outrem, substitui-se da análise da culpa para dor
lugar ao risco.
Atividade de risco
- Enunciado 37 CJF (Abuso de Direito = Resp. Obj e Sub e/ou Atividade de risco =
Resp. Obj.)
- Art. 927 CC
(Art 14 § 4° - Atividade MEIO deve demonstrar culpa (Ex.: advogado – Resp. Subj), já
atividade FIM independe de culpa (Ex.: cirurgião plástico – Resp. Obj)
- Teoria do Risco Integral: Essa teoria baseia – se na ideia de que o agente terá o
dever de indenizar, independe da existência de excludentes de ilicitude como caso
fortuito ou força maior. Resp. 442. 585 SP. Ex.: Acidentes ambientais como o caso da
barragem em Mariana.
Aquele que pratica um ato ilícito pode sofrer até 3 tipos de processos:
Administrativo, Civil e Penal.
A regra é que as decisões tomadas em um processo não vinculam os outros. Porém,
esta não é uma regra absoluta.
Autonomia da Responsabilidade Civil sobre a Penal
Art. 935 do CC - A responsabilidade civil é independente da criminal, não se
podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor,
quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal.
Art. 65 CPP. Faz coisa julgada no cível a sentença penal que reconhecer ter sido o
ato praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento
de dever legal ou no exercício regular de direito.
Obs.: Sentenças absolvitorias no âmbito Penal, não fazem coisa julgada no Cível, pois
sobre o agente ainda é possível se cobrar uma indenização.
Prejuízo
Prejuízo = Dano.
2- Extrema probabilidade;
Requisitos da aplicação:
- Dano pessoal;
- Dano Direto;
Discussão: teoria aplicada para advogados e médicos (não se aplica) - Resp 1079185 mg;
Nexo de Causalidade
Entende - se que deve haver um liame que vincule a atividade do ofensor com o
prejuízo causado, de forma que sem aquela atividade, não se teria provocado o
resultado.
Causas Supervenientes
- Teoria da Causalidade Adequada: Ex: ocorre um acidente de trânsito, a pessoa vai parar
no hospital, lá ela acaba contraindo uma bactéria e morre. (Aqui a responsabilidade não é
mais do causador do acidente, visto que a contaminação torna – se responsabilidade do
hospital).
- Teoria da Equivalência das Condições: Postula que qualquer ação que dê causa ao
resultado será considerada de forma igual ou equivalente.
- Teoria THIN SKULL RULE (teoria do resultado mais grave) - Regra do crânio fino
Teoria da causa próxima: Escolhe quem está mais próximo do evento. Ex: ocorre um
acidente de trânsito e a pessoa vai parar no hospital, mas o médico não chega a tempo e a
pessoa morre. (Nestes casos é possível atribuir a responsabilidade a qualquer um dos
agentes)