Resolução Situações Problemas
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A partir destas informações, é importante que Beatriz faça a classificação no período pré-
gestacional, através do IMC. Alice pode ser classificada como eutrófica no período pré-
gestacional, já que seu IMC = 20,2 kg/m².
O IMC atual de Alice é 21,7 Kg/m². Ao verificar este resultado na referência (Curva de
Atalah), é possível classificá-la como adequada para sua idade gestacional. Desta forma,
para que Alice tenha um ganho de peso adequado, considerando que tanto o IMC pré
gestacional, como o atual estão adequados, ela está classificada na faixa de normalidade,
portanto, pode ganhar em média 0,36 a 0,45 kg semanalmente no 2º e 3º trimestre,
totalizando 11,4 a 15,9 kg.
Para um ganho de peso adequado, é importante um cardápio individualizado e, para isso,
é fundamental realizar o cálculo das necessidades energéticas. Alice está no final do
primeiro trimestre, portanto, não há adicional de energia e também não será acrescida a
energia para depósito. Então, EER = 354− (6,91 31)+1,0 (9,36 55)+726 1,65 . Portanto,
a EER = 1852 kcal.
A partir deste resultado, é necessário realizar a distribuição de macronutrientes.
Considerando carboidratos 45% a 65%, lipídios 20% a 35% e proteínas 15%, temos:
Proteínas (15%) = 69,4 gramas ao dia.
Carboidratos (60%) = 278 gramas.
Lipídios (25%) = 51,4 gramas.
Situação Problema IV
Para avaliação da ingestão alimentar, tanto de gestantes adolescentes, como de adultas,
os inquéritos alimentares possíveis de serem aplicados são: recordatório de 24 horas,
diário alimentar, questionário de frequência alimentar e dia alimentar habitual. Todos os
inquéritos são métodos simples e de baixo custo. É importante utilizar mais de um
inquérito, para que a investigação dos possíveis erros dietéticos seja detalhada.
Diante da necessidade de nutrientes, dada a condição de crescimento acelerado visando
ao desenvolvimento adequado do feto, e por conta da alimentação errônea da gestante
adolescente, é necessário realizar uma intervenção e uma assistência nutricional a essa
gestante. Uma possível alternativa de intervenção é a educação nutricional. Há algumas
evidências que mostram que gestantes adolescentes que receberam informações
nutricionais durante o período pré-natal tiveram melhores resultados no consumo
energético e de nutrientes. É importante esclarecer todos os riscos que a deficiência de
nutrientes oferece à gestação para mostrar a importância de uma alimentação adequada,
tanto no seu aspecto qualitativo, como quantitativo no período gestacional, ainda mais
associado à adolescência.
Além da deficiência de nutrientes, o ganho de peso excessivo também é um fator de risco,
tanto para a mãe, como para o feto. Desta forma, é essencial que a nutricionista
acompanhe o ganho de peso, evitando que a curva continue em uma ascensão inadequada.
Portanto, para a gestante com sobrepeso, o cálculo do ganho de peso no segundo e terceiro
trimestres seria de 280 g por semana (valor apresentado na seção anterior).
Desta forma, a partir do segundo trimestre, ou seja, após 14 semanas, podemos
acrescentar 280 g semanalmente. Considerando uma gestação de 40 semanas, o cálculo
será realizado para 26 semanas.
Portanto, 26 x 280 = 7280 g = 7,280 kg, valor do ganho de peso total da gestação. Já o
valor do ganho de peso no segundo e terceiro seria de 3,64 kg em cada trimestre.
Situação Problema V
Para o cálculo das necessidades energéticas das nutrizes, são considerados os dados
antropométricos do período pré-gestacional, como estudamos anteriormente, e o
acréscimo energético.
Esse acréscimo é obtido considerando a demanda energética para a produção do leite. No
entanto, observa-se que existe uma subtração de 170 Kcal, pois considera-se que as
mulheres fisiologicamente apresentam perda de peso de 0,8 g/mês nos primeiros seis
meses pós-parto. Em algumas situações, é indicado manter o acréscimo de 500 Kcal
diárias, sem a subtração das 170 Kcal. Já no segundo semestre, no cálculo adicional para
as mães que amamentam, acrescentam-se 400 Kcal diárias, sem considerar nenhuma
perda de peso, pois, fisiologicamente, o peso da nutriz se estabilizou. Porém, como
Cláudia não está no seu peso ideal, para as nutrizes com sobrepeso ou obesidade que
precisam perder peso, mas sem prejudicar a lactação, pode ser realizado o cálculo da EER
sem a adição total de 500 ou 400 Kcal, referentes à produção láctea. Desta forma, as
necessidades energéticas de Cláudia ficariam da seguinte forma:
De 0 a 6 meses pós-parto:
EER = 354− (6,91 I)+NAF (9,36 P)+(726 A)+500− 170
Porém, para o cálculo da nutriz Cláudia, desconsideraremos as 500 Kcal referentes à
produção de leite.
EER = 1855,87 Kcal.
De acordo com a análise da curva, é possível observar que a gestante está com
baixo peso para a IG, mantendo-se já no segundo trimestre. Dessa forma, é de
extrema importância que sua curva seja mais ascendente, ou seja, tenha um ganho
de peso mais significativo nas semanas restantes para que alcance a faixa do
adequado.
3.
A partir da curva é possível verificar que ainda no início do primeiro trimestre a gestante
encontrava-se limítrofe na faixa de sobrepeso e obesidade. O recomendado seria essa
seguir exatamente a curva em que se encontrava. Porém, teve um ganho de peso bem
significativo e contínuo, entrando e evoluindo na faixa da obesidade. Estagnou por um
momento o peso e depois ganhou novamente de forma significativa, o que não é
recomendado. O ideal é que ela tivesse um ganho de peso contínuo, porém, controlado e
não tão significativo como mostra a curva. Para o final da gestação, o ideal seria verificar
o quanto de peso a mesma pode ganhar até o final da gestação e distribuir nas semanas
restantes.
4.
De acordo com a curva, a gestante desde o primeiro trimestre encontrava-se em
sobrepeso. Sua curva deveria ser ascendente, porém mantendo no sobrepeso de forma
controlada e sem ganho de peso significativo, porém, o que observamos é o contrário. Ela
evoluiu a gestação com ganho de peso significativo, o que não seria o recomendado,
estagnando por um momento no ganho de peso, o que também não é o adequado. E
depois, novamente, um ganho de peso bem significativo. O recomendado é um controle
maior desse ganho de peso até o final da gestação, para que não evolua de forma tão
ascendente na curva como até o momento.