Tópico 2
Tópico 2
Tópico 2
HIDROLOGIA
TÓPICO 02. O CICLCO HIDROLÓGICO E BACIAS HIDROGRÁFICAS
UNIMONTES
CURSO: ENGENHARIA CIVIL
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS
DISCIPLINA: HIDROLOGIA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS
HIDROLOGIA
Observação:
Esta apresentação, elaborada com base nos livros textos
citados nas REFERÊNCIAS e com ilustrações obtidas em meio
digital, destina-se exclusivamente para fins didáticos da
disciplina de Hidrologia do Curso de Engenharia Civil da
Unimontes. Não se recomenda utilizá-la para fins de citação
bibliográfica.
UNIMONTES
CURSO: ENGENHARIA CIVIL
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS
DISCIPLINA: HIDROLOGIA
1ª PARTE:
Solimon (2013)
62 x 1012 m3/ano 99 x 1012 m3/ano 324 x 1012 m3/ano 361 x 1012 m3/ano
( 15%) (23%) (77%) (85 %)
Geleiras 25 x 1015 m³
Subterrânea 8,4 x 1015 m³
Oceanos 1.350 x 1015 m³
Superficial 0,2 x 1015 m³
Biosfera 0,0006 x 1015 m³
Escoamento para os oceanos: 37 x 1012 m3/ano
Figura 01. Fluxos e reservas de água globais. Fontes: Silveira (1993), in Tucci (1993), organizado por Rubens Maciel Wanderley, Engº Civil,
Especialista em Recursos Hídricos – ANA (Adapatado)
CURSO: ENGENHARIA CIVIL UNIMONTES – DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS
DISCIPLINA: HIDROLOGIA Professor : Expedito José Ferreira – D.Sc
CICLO HIDROLÓGICO OU CICLO DA ÁGUA
Figura 3 – Movimentação
de água no perfil do solo
Equação Hidrológica
I - O = ∆S
Em determinado período de
tempo e para um volume de
controle pré-fixado conforme se
apresenta na Figura 05, tem-se:
• a entrada (Input),
• a saída (Output, e o
• armazenamento de água.
Figura 05. Volume de controle para aplicação na equação hidrológica
Fonte: Villela e Mattos (1975)
I - O = ∆S
I = Entradas:
Inclui todo escoamento o superficial, por meio de canais e sobre a
superfície do solo, o escoamento subterrâneo, ou seja, a entrada de
água através dos limites subterrâneos do volume de controle (devido
ao movimento lateral da água do subsolo), e a precipitação sobre a
superfície do solo;
O = Saídas:
Saídas de água do volume de controle, devido ao escoamento
superficial, ao escoamento subterrâneo, à evaporação e à
transpiração das plantas; e
∆S = Variação:
Variação no armazenamento nas várias formas de retenção, no
volume de controle
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DISCIPLINA: HIDROLOGIA Professor : Expedito José Ferreira – D.Sc
CICLO HIDROLÓGICO OU CICLO DA ÁGUA
Esta representação pode ser aplicada a Figura 06. Esquema do balanço hídrico,
qualquer tamanho de bacia, como base para o adaptado.
desenvolvimento de um modelo matemático
Fonte: Villela e Matos , 1975)
que represente o escoamento em uma bacia.
Eq. 1
P – ET = Q Eq. 3
onde,
ET = representa a evapotranspiração (soma dos processos de evaporação e
transpiração),
Q = é o volume, vazão ou altura de lâmina d’água correspondente na seção de saída
da bacia.
Eq. 4
Exemplo 1.
Determine:
Observação:
Solução
Qin * ∆t - Qout * ∆t = ∆s
P-Iint – E – R - I – SD = 0 Eq. 5
Onde,
R=P-I
Eq. 6
Registra-se que:
Considerações:
Bibliografia:
• MELO, C. R.; SILVA, A. M. Hidrologia: Princípios e aplicações em sistemas
agrícolas. Lavras, Editora UFLA, 2013. 455p.
• BARBOSA Jr., A. R. Apostila de Hidrologia. Universidade Federal de Ouro Preto.
Departamento de Engenharia.
• RAMOS, F.; OCCHIPINTI, A.G.; VILLA NOVA, R.K.; MAGALHÃES, P.C.; CLEARY, R.
Engenharia Hidrológica. Coleção ABRH de Recursos Hídricos, Vol. 2, Editora UFRJ,
1989.
• TEIXEIRA, A, C.; PROTZEK,G. Apostila de Hidrologia. Universidade Tecnológica Federal do
Paraná. Departamento de Construção Civil – DACOC. Campus de Curitiba, Sede Ecoville.
• TUCCI, C.E.M. (organizador) Hidrologia, Ciência e Aplicação. 2ª ed. Editora da
Universidade - UFRGS: Coleção ABRH de Recursos Hídricos, vol. 4, 1997. 943p.
• TUCCI, C.E.M.; PORTO, R.L.; BARROS, M.T. (organizadores) Drenagem Urbana. coleção
ABRH, Vol. 5, EDUSP, 1995.
• VILLELA, S.M. & MATTOS, A. Hidrologia Aplicada. Ed. McGRaw-Hill do Brasil, 1975.
245p.
BACIAS HIDROGRÁFICAS
1. Considerações gerais
Escoamento superficial
Escoamento subterrâneo
t4 Q
L.a4/dt
L.a3/dt
L.a2/dt L.a5/dt
t3 L.a1/dt
a5
a4 t2
t1 t2 t3 t4 t5 tempo
a3
t1 L = lâmina uniforme de chuva
A = área da bacia = Σai
a2 ai = áreas parciais
t = tempo de deslocamento
L.ai = volume precipitado
a1
L.ai/dt = Q = vazão
Fonte: Silveira (1993), in Tucci (1993), organizado
por Rubens por Maciel Wanderley , Engº Civil,
Figura 12. Transformação de P em Q – Gênese do HIDROGRAMA Especialista em Recursos Hídricos - ANA
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Bacias hidrográficas – Balanço de
água
Considerações sobre o Balanço Hídrico (Villela e Mattos, 1975):
P – R + Rg – Es – Ts – I = Ss
Balanço hídrico abaixo a superfície:
I + G1 – G2 – Rg – Eg – Tg = Sg
Balanço hídrico abaixo a superfície:
Figura 15. Divisor de água de bacia hidrográfica. Fonte: Organizado por Rubens por Maciel
Wanderley , Engº Civil, Especialista em
Recursos Hídricos - ANA
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DISCIPLINA: HIDROLOGIA Professor : Expedito José Ferreira – D.Sc
Figura 16. Bacia hidrográfica
Curso d´água
intermitente
Curso d’água
perene
Curso d’água Curso d´água
perene efêmero
rocha
impermeável
rio Y rio Z
rio X
Deve-se, inicialmente:
Talvegue
Talvegue
A A’ Corte A – A‘
Perenes:
Intermitentes rio Y
Muitos rios possuem seções dos três tipos. Isso vai depender da variação da
estrutura geológica ao longo de seu curso, o que torna difícil à catalogação
destes rios por tipo. A maioria dos grandes rios é perene, enquanto os
rios definidos como efêmeros são normalmente bastante pequenos.
Padrões de drenagem
Dendrítica:
Treliça:
Extraído do livro Para Conhecer a Terra (Press et al. XXXX) Figura 40 Padrões de drenagem
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DISCIPLINA: HIDROLOGIA Professor : Expedito José Ferreira – D.Sc
Caracterização de uma bacia
hidrográfica
Importância do estudo:
Conhecer o comportamento hidrológico da bacia hidrográfica,
uma vez que existe uma estreita correspondência entre o
regime hidrológico e estes elementos.
Uma bacia por ser mais íngreme que a outra produzirá maiores
picos de vazão de escoamento superficial.
É por isso, no estudo do comportamento hidrológico de uma
bacia hidrográfica as suas características físicas revestem-se de
especial importância pela estreita correspondência entre estas
e o regime hidrológico da bacia.
Onde,
P = Perímetro, em Km,
A = Área, em Km²
IC = 12,57*A/P²
Onde,
IC = Índice de circularidade < 1 Quanto mais próximo de 1, for IC,
A = Área da bacia hidrográfica, em Km2 mais próxima da forma circular será
P = Perímetro da bacia hidrográfica, em Km a bacia hidrográfica.
a. Roberto E. Horton:
Em 1945, Roberto E. Horton foi quem propôs, de modo mais
preciso, os critérios para ordenação dos cursos d’água, como se segue:
• Os canais de primeira ordem são aqueles que não possuem
tributários;
• Os canais de segunda ordem: somente recebem tributários de
primeira ordem;
• Os canais de terceira ordem: podem receber um ou mais
tributários de segunda ordem, mas também podem receber
afluentes de primeira ordem;
• Os canais de quarta ordem: são os que recebem tributários de
terceira ordem e, também, os de ordem inferior.
3 1 2
1 • Quando ambos os cursos
2 2 apresentarem o mesmo ângulo, o rio
2 de menor extensão é geralmente
3 designado de ordem mais baixa.
2
• O processo de refazer a numeração
3 1 deve ser efetuado deve ser efetuado a
cada confluência com ordem mais
elevada, até que o canal de n-ésima
3 ordem se estenda desde a confluência
até a nascente do tributário mais
Figura 47. hierarquização de bacia hidrográfica longo.
1 3 1
1 2 Pouco utilizado
3 1 Magnitude somadas todas
1
às vezes que há uma junção
1 de dois afluentes.
6 2
1 Assim, por exemplo: quando
1
dois afluentes de 2ª ordem
8 3
1 2 se unem, o trecho a jusante
4 recebe a designação de 4ª
ordem.
12 1
13
Figura 50. hierarquização de bacia hidrográfica
Rb = Relação de bifurcação,
Nu = Nº de segmentos de determinada ordem,
Nu + 1 = Número de segmentos da ordem imediatamente superior.
Considerações básicas:
c. Densidade de drenagem
Comprimento do talvegue é a
medida em LINHA RETA entre os
pontos inicial e final do curso d’
água principal.
Exemplo 02.
Pede-se:
• A declividade do média da bacia.
• A curva hipsométrica.
• Elevação média da bacia.
• Declividade do rio.
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DISCIPLINA: HIDROLOGIA Professor : Expedito José Ferreira – D.Sc
Caacterização de uma bacia
hidrográfica
BACIA: RIBEIRÃO LOBO - S.P.
MAPA: IBGE (ESCALA - 1: 50.000
ÁREA DE DRENAGEM: 177,25 km² P = 70 km
Expressões utilizadas:
A = elevação média
ei = elevação média entre duas curvas de
nível consecutivas,
Ai = Área entre as curvas de nível,
A = Área total
Quadro 03
Temos, ainda:
• A declividade do álveo pode ser obtida de diferentes modos. Para rios que
apresentam um perfil longitudinal razoavelmente uniforme, a declividade
entre extremos, S1, é uma boa estimativa da sua declividade.
Figura 59. Perfil longitudinal do rio principal e elementos para a obtenção da declividade média
Fonte: hidrologia. Professor Antenor R.. Barbosa Jr. UFOP
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DISCIPLINA: HIDROLOGIA Professor : Expedito José Ferreira – D.Sc
Caacterização de uma bacia
hidrográfica
Procedimentos resumidos para determinar a declividade média do curso
d’água:
Logo,
Isto se deve, pois a maioria dos cursos d’água têm alta declividade
próximo da nascente e torna-se praticamente plano próximo de sua
barra.
Sabemos que:
ou
b. Curva hipsométrica:
ΔV
P E Q
Δt
Onde,
V = variação do volume de água armazenado na bacia (m3)
t = intervalo de tempo considerado (s)
P = precipitação (m3.s-1)
E = evapotranspiração (m3.s-1)
Q = escoamento (m3.s-1)
Q
Pode ser dada pela expressão: C
P
Onde,
Q = Vazão ( transformada em mm)
P = Precipitação, em mm
P EQ
Onde, “P” é a chuva média anual; “E” é a evapotranspiração
média anual e” “Q é o escoamento médio anual.
P = 1.650 mm
Q = 340 m³/s
A = 15.000 Km²
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DISCIPLINA: HIDROLGIA Professor : Expedito José Ferreira – D.Sc
Conhecimentos complementares –
Balanço Hídrico
3,6 24 365
Q(mm/ano) 340 715 mm ano 1
15000
Bibliografia:
• LINSLEY, R.K.; FRANZINI, J.B., Engenharia de Recursos Hídricos. McGraw-Hill do
Brasil, EDUSP, 1978.
• MELO, C. R.; SILVA, A. M. Hidrologia: Princípios e aplicações em sistemas
agrícolas. Lavras, Editora UFLA, 2013. 455p.
• RAMOS, F.; OCCHIPINTI, A.G.; VILLA NOVA, R.K.; MAGALHÃES, P.C.; CLEARY, R.
Engenharia Hidrológica. Coleção ABRH de Recursos Hídricos, Vol. 2, Editora UFRJ,
1989.
• SOUZA PINTO, N.L.; HOLTZ, A.C.T.; MARTINS, J.A.; GOMIDE, F.L.S. - Hidrologia Básica.
Edgard Blucher, 1976.
• SOLIMAN, MOSTAFA. M., Engenharia hidrológica das regiões semiárida. (Trdução de Luiz
Cláudio de Queiroz Faria). Rio de Janeiro. LCT, 2013
• TEIXEIRA, A, C.; PROTZEK,G. Apostila de Hidrologia. Universidade Tecnológica Federal do
Paraná. Departamento de Construção Civil – DACOC. Campus de Curitiba, Sede Ecoville.
• TUCCI, C.E.M. (organizador) Hidrologia, Ciência e Aplicação. 2ª ed. Editora da
Universidade - UFRGS: Coleção ABRH de Recursos Hídricos, vol. 4, 1997. 943p.
• TUCCI, C.E.M.; PORTO, R.L.; BARROS, M.T. (organizadores) Drenagem Urbana. coleção
ABRH, Vol. 5, EDUSP, 1995.
• VILLELA, S.M. & MATTOS, A. Hidrologia Aplicada. Ed. McGRaw-Hill do Brasil, 1975.
245p.