Trabalho de Campo de GRH - 014621
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O CICLO HIDROLÓGICO
O CICLO HIDROLÓGICO
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Índice
0. Introdução .................................................................................................................... 4
1. Fundamentação Teórica ............................................................................................... 5
1.1. Considerações gerais ................................................................................................ 5
2. IMPORTÂNCIA DA ÁGUA ....................................................................................... 5
2.1. CARACTERÍSTICAS DA ÁGUA .......................................................................... 7
3. O CICLO HIDROLÓGICO ........................................................................................ 7
3.1. Estrutura do ciclo hidrológico.................................................................................. 8
3.2. Os fenómenos naturais que constituem o ciclo hidrológico são: ........................... 10
3.3. Processos e factores do ciclo hidrológico .............................................................. 10
3.3.1. Processos termodinâmicos ................................................................................. 10
3.3.2. Evapotranspiração .............................................................................................. 10
3.3.3. Condensação....................................................................................................... 10
3.4. Processos hidrodinâmicos ...................................................................................... 11
3.4.1. Precipitação ........................................................................................................ 11
3.4.2. Advecção ............................................................................................................ 11
3.4.3. Escorrência ......................................................................................................... 11
Conclusão.......................................................................................................................... 12
Referencias bibliográficas................................................................................................. 13
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0. Introdução
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1. Fundamentação Teórica
1.1. Considerações gerais
A Hidrologia pode ser entendida como a ciência que estuda a água, como a própria origem
da palavra indica (do grego): hidrologia = hydor (“água”) + logos (“ciência” ou “estudo”).
Entretanto, uma boa definição adotada por vários autores é a seguinte:
Como se pode perceber pela definição acima, a hidrologia é uma ciência consideravelmente
ampla, cujo escopo de trabalho abrange diversas sub-áreas mais específicas, como por
exemplo:
Entretanto, cabe salientar que a maioria dos estudos envolve mais de uma das sub-áreas, já
que os fenômenos e processos envolvendo a água na natureza (ocorrência, distribuição,
propriedades físico-químicas, etc.) estão interrelacionados de tal forma que a explicação e o
entendimento dos mesmos só são alcançados mediante a reunião dos conhecimentos das
diversas sub-áreas.
2. IMPORTÂNCIA DA ÁGUA
Da mesma forma como o ar, a água está intimamente associada à evolução do homem em
inúmeras maneiras. Uma das condições básicas para a existência de vida na terra é a presença
de água na forma líquida. Cada processo orgânico só pode ocorrer em meio aquoso. A água
é o constituinte fundamental do protoplasma e o seu papel no metabolismo, no processo
regulatório da temperatura do corpo e na nutrição dos tecidos é vital.
A água, além disto, é o lar dos organismos vivos. Cerca de 90% de todos os organismos da
Terra estão imersos em água, e o restante, que permanece num "oceano" de vapor d’água,
utiliza a água líquida.
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2.1. CARACTERÍSTICAS DA ÁGUA
Mais de 3/4 do volume de água doce do planeta encontra-se na forma sólida, estando a maior
parte deste total nas regiões polares e em altas altitudes. Em regiões de clima temperado, por
outro lado, uma quantidade adicional de água permanece no estado sólido durante alguns
meses de cada ano.
A capacidade que o ar atmosférico tem de reter vapor d’água é função de sua temperatura.
Esta capacidade é máxima no verão, quando o ar se encontra mais quente, e é nesta época
que podem ocorrer chuvas pesadas. Esta capacidade varia ainda com a elevação, de forma
que mais da metade da umidade presente em uma coluna saturada de ar se encontra nos
primeiros dois quilômetros de altura (Mckay, 1970).
3. O CICLO HIDROLÓGICO
O ciclo, obviamente, não tem começo nem fim. A água é evaporada dos oceanos e da
superfície continental e se torna parte da atmosfera. A umidade atmosférica precipita-se tanto
nos oceanos como nos continentes. Nestes a água precipitada pode ser interceptada pela
vegetação, pode escoar pela superfície dos terrenos, ou pode infiltrar-se no solo, de onde
pode ser absorvida pelas plantas. Assim, o ciclo da água envolve vários e complicados
processos hidrológicos: evaporação, precipitação, interceptação, transpiração, infiltração,
percolação, escoamento superficial, etc.
O ciclo hidrológico é o conceito fundamental da Hidrologia. Pode ser definido como a parte
do sistema climático relativa às propriedades hídricas dos diversos componentes: atmosfera,
hidrosfera, criosfera, litosfera e biosfera, quando relacionados pelos processos de
evaporação, condensação, precipitação, advecção e escoamento.
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➢ Da precipitação que atinge a superfície terrestre, uma parte é interceptada pela
cobertura vegetal (interceptação), de onde parte evapora e parte acaba escorrendo até
o solo;
➢ Da precipitação que chega ao solo, parcela infiltra sub-superficialmente (infiltração),
e desta uma parte escoa até corpos d’água próximos, como rios e lagos (escoamento
sub-superficial);
➢ Uma parte infiltrada percola atingindo os aqüíferos (percolação), que escoam
lentamente até rios e lagos (escoamento subterrâneo);
➢ ainda quanto à parte da precipitação que atinge o solo, esta vai escoar
superficialmente (escoamento superficial), sendo retida em depressões do solo,
sofrendo infiltração, evaporação ou sendo absorvida pela vegetação. O “restante” do
escoamento superficial segue para rios, lagos e oceanos, governada pela gravidade;
➢ A vegetação, que retém água das depressões do solo e infiltrações, elimina vapor
d’água para a atmosfera (transpiração), através do processo de fotossíntese;
➢ A água que alcança os rios, seja por escoamento superficial, sub-superficial ou
subterrâneo, ou mesmo precipitação direta, segue para lagos e oceanos, governada
pela gravidade.
Cabe ressaltar que o ciclo hidrológico não apresenta um “começo” nem um “fim”, já que a
água está em movimento contínuo, sendo o início da descrição do ciclo realizado a partir da
evaporação dos oceanos apenas por questões didáticas.
Outro fato a ser ressaltado é que a evaporação está presente em quase todas as etapas do ciclo.
Apesar de haver algumas divergências quantos aos valores estimados de autor para autor,
convém comentar que cerca de 383.000 km3 de água evaporam por ano dos oceanos (Wundt,
1953, apud Esteves, 1988). Isso equivaleria à retirada de uma camada de 106 cm de espessura
dos oceanos por ano. Desse total evaporado, estima-se que 75% retornem diretamente aos
oceanos sob a forma de precipitação, enquanto os 25% restantes precipitam sobre os
continentes.
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muito importantes. Por exemplo, analisando uma determinada área de dezenas de hectares, a
interceptação, infiltração, percolação e escoamento superficial são bastante relevantes para
entendimento dos processos hidrológicos.
3.3.3. Condensação
A condensação é o processo oposto á evaporação e consiste na passagem ao estado líquido
do vapor de água com a consequente libertação de calor em resultado da mudança de estado.
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A ocorrência de condensação é uma condição necessária, mas não suficiente, para que ocorra
precipitação.
3.4.2. Advecção
A advecção é o processo que condiciona o movimento horizontal das massas de ar. A
advecção é responsável pela transferência do excesso da água evaporada sobre a precipitada
dos oceanos para os continentes.
3.4.3. Escorrência
A água em excesso, nos continentes, em resultado da precipitação e que não é aí utilizada
para evaporação ou transpiração, é devolvida aos oceanos por escorrência superficial,
subsuperficial e subterrânea.
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Conclusão
É um facto que a água é um recurso renovável por virtude do ciclo hidrológico. Mas trata-se
também de um recurso limitado a necessitar de uma criteriosa gestão. Uma vez que em
termos globais o volume de água disponível para participar no ciclo hidrológico não varia
(excluindo, por ser insignificante, a obtenção de água doce por dessalinização da água dos
mares), a intervenção do homem no ciclo hidrológico é tanto mais significativa quanto mais
eficiente for a sua acção no sentido de diminuir o tempo necessário à realização de cada ciclo
e evitar perdas desnecessárias aumentando, assim, a eficiência do seu uso.
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Referencias bibliográficas
Brandão, C. C. (1995) – Análise de precipitações intensas, Tese de Mestrado em Hidráulica
e Recursos Hídricos, IST, Universidade Técnica de Lisboa.
Pinto, N.; Holtz, A.; Martins, J.; Gomide, F., 1976. Hidrologia Básica. Ed. Edgard Blücher
Ltda, MEC.
Rosman, P., 1989. Modelos de Circulação em Corpos d’Água Rasos. In: Silva, R (ed.).
Métodos Numéricos em Recursos Hídricos, vol. 1, ABRH. Santos, I. et al., 2001. Hidrometria
Aplicada. Lactec, Curitiba.
Schwarzbold, A., 2000. O que é um rio? Revista Ciência e Ambiente, n. 21, Universidade
Federal de Santa Maria (RS).
Tucci, C., 1998. Modelos Hidrológicos. Editora da Universidade, ABRH, Porto Alegre.
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