2 - Deficiência Fisica
2 - Deficiência Fisica
2 - Deficiência Fisica
MATERIAL DIDÁTICO
DEFICIÊNCIA FISICA
Impressão
e
Editoração
SUMÁRIO
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO ..................................................................................... 3
UNIDADE 2 – DEFICIÊNCIA FÍSICA ......................................................................... 5
2.1 O SISTEMA NERVOSO, A FUNÇÃO DOS HEMISFÉRIOS E A PLASTICIDADE NEURAL.......... 6
2.2 CONCEITO E DEFINIÇÕES ..................................................................................... 14
2.3 CLASSIFICAÇÃO .................................................................................................. 17
2.4 CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS ................................................................................ 19
UNIDADE 3 – ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO ....................... 30
3.1 CONCEITO E DEFINIÇÃO....................................................................................... 32
3.2 AS SALAS DE RECURSOS ..................................................................................... 35
3.3 A SALA DE RECURSO PARA DEFICIÊNCIA FÍSICA ...................................................... 38
UNIDADE 4 – AVALIAÇÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA MOTORA .............. 43
UNIDADE 5 – ADAPTAÇÕES NECESSÁRIAS ....................................................... 49
UNIDADE 6 – ORIENTAÇÃO E MOBILIDADE / AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA
.................................................................................................................................. 58
UNIDADE 7 – INTRODUÇÃO A EDUCAÇÃO ESPECIAL E OS DIFERENTES
TIPOS DE NECESSIDADES ESPECIAIS ................................................................ 66
UNIDADE 8 - EDUCAÇÃO ESPECIAL: CONCEITOS E DEFINIÇÕES ................... 69
UNIDADE 9 - A EDUCAÇÃO ESPECIAL: DOS PRIMÓRDIOS AO SÉCULO XXI .. 79
UNIDADE 10 - PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS:
CLASSIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO ............................................................... 86
UNIDADE 11 - AS DIFERENTES NECESSIDADES ESPECIAIS ............................ 88
5.1 DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS .................................................................................. 91
5.1.1 Deficiência visual....................................................................................... 91
5.1.2 Deficiência auditiva ................................................................................... 93
5.2 DEFICIÊNCIAS FÍSICAS ......................................................................................... 95
5.3 Deficiências mentais .................................................................................... 97
5.4 Crianças superdotadas .............................................................................. 100
UNIDADE 12 - ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO E OS
RECURSOS EDUCACIONAIS ESPECIAIS ........................................................... 109
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 119
3
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO
Pois bem, as breves palavras acima mostram a que veio a apostila intitulada
“Atendimento Educacional Especializado para deficiência física e mobilidade”, ou
seja, trabalharemos esse tipo de deficiência o que passa por conhecermos a
definição, entendermos um pouco do papel do sistema nervoso central e a
plasticidade neural, as causas e consequências da deficiência física, como acontece
o AEE – Atendimento Educacional Especializado – especificamente, a avaliação
desses alunos, as adaptações necessárias e orientação, e mobilidade para que
conquiste autonomia e independência.
cheguem de maneira clara e objetiva, mas não menos científicos. Em segundo lugar,
deixamos claro que este módulo é uma compilação das ideias de vários autores,
incluindo aqueles que consideramos clássicos, não se tratando, portanto, de uma
redação original e tendo em vista o caráter didático da obra, não serão expressas
opiniões pessoais.
Para Silva, Seabra e Araújo (2008), na Idade Média, guiados por crenças
dogmáticas de que o homem deveria ser como a “imagem e semelhança de Deus”,
os familiares eram responsáveis por esconder seus filhos defeituosos para eles não
sofrerem discriminação de outras pessoas ditas “normais”, pois eram vistos como
seres possuidores de demônios, e a deficiência, como algo sobrenatural. A partir da
Segunda Guerra Mundial e, em especial, com o pleno desenvolvimento das ciências,
esse quadro sofreu modificações: viu-se que a deficiência não era causada por
algum mau espírito e que estava relacionada à saúde.
Nesse contexto, vale citar que a educação física escolar pode possibilitar a
construção de valores éticos, como o respeito mútuo e a valorização das diferenças,
e permite ao aluno desenvolver e demonstrar suas capacidades psicomotoras e
suas dificuldades, para que possam ser trabalhadas juntamente aos demais alunos,
estabelecendo, assim, um convívio social baseado na cooperação (BRASIL, 2000).
É no sistema nervoso central que está a grande maioria das células, seus
prolongamentos e os contatos que fazem entre si. No sistema nervoso periférico,
estão relativamente poucas células, mas há um grande número de prolongamentos
chamados fibras nervosas, agrupadas em filetes alongados chamados nervos.
Desta forma, podemos dizer que à medida que a criança evolui no controle
de sua postura e especializa seus movimentos, sendo cada vez mais capaz de
deslocar-se e aumentar sua exploração do meio, está lançando as bases de seu
aprendizado, seu corpo está sendo marcado por infinitas e novas sensações.
Neste sentido, a criança com deficiência física não pode estar em um mundo
à parte para desenvolver habilidades motoras. É preciso que ela receba os
benefícios tecnológicos e de reabilitação em constante interação com o ambiente ao
qual ela pertence. É muito mais significativo à criança desenvolver habilidades de
fala se ela tem com quem se comunicar. Da mesma forma, é mais significativo
desenvolver habilidade de andar se para ela está garantido o seu direito de ir e vir.
Mesmo sem entrarmos em detalhes sobre o SN, vale saber, de acordo com
o quadro resumo abaixo, as funções dos componentes desse sistema:
Pensamento
Movimento voluntário
Córtex Cerebral Linguagem
Julgamento
Percepção
Movimento
Equilíbrio
Cerebelo
Postura
Tônus muscular
Respiração
Tronco encefálico Ritmo dos batimentos cardíacos
Pressão arterial
Visão
Audição
Mesencéfalo
Movimento dos olhos
Movimento do corpo
Integração sensorial
Tálamo
Integração motora
Comportamento emocional
Memória
Sistema límbico Aprendizado
Emoções
Vida vegetativa (digestão, circulação, excreção etc.).
Apesar do nosso cérebro ser divido em dois hemisférios, não existe relação
de dominância entre eles, pelo contrário, eles trabalham em conjunto, utilizando-se
10
A plasticidade neural
A lesão promove, então, três situações distintas: (a) uma em que o corpo
celular do neurônio foi atingido e ocorre a morte do neurônio, sendo, neste caso, o
processo irreversível; (b) o corpo celular está íntegro e seu axônio está lesado; ou,
(c) o neurônio se encontra em um estágio de excitação diminuído (SILVA, 1995).
potencialização sináptica;
supersensibilidade de denervação;
Essa definição nos leva a entender que a função física pode ficar
comprometida quando faltar algum membro (quando houver amputação), sua má-
formação ou deformação (alterações que comprometam o sistema muscular e
esquelético).
2.3 Classificação
no caso de jovens e adultos, a deficiência física pode ocorrer após uma lesão
medular, aneurisma, acidente vascular cerebral ou outros problemas.
Uma das doenças que já foi a maior causa de deficiência física no Brasil é a
paralisia infantil (poliomielite) que atualmente está erradicada, graças às campanhas
de vacinação e à tomada de consciência dos pais que compreenderam a
importância desta vacina. Há, contudo, a ocorrência da síndrome do pós-pólio, que
deve ser observada com atenção.
espástica têm movimentos desajeitados e rígidos porque seus músculos são muito
tensos. Eles têm dificuldade ao modificar sua posição ou ao tentar pegar algo com
suas mãos. Este é o tipo mais comum de PC. Os autores referem que cerca de 50%
a 75% dos portadores de paralisia cerebral têm o tipo espástico (Bleck, 1981; Souza,
1998). Há uma hiper-reflexia dos tendões profundos dos músculos dos membros
envolvidos. Os indivíduos ficam sujeitos a contraturas e deformidades que se
desenvolvem durante o crescimento;
2) Classificação topográfica1:
1
Enquanto “Plegia” é a ausência TOTAL de movimentos. “Paresia” é a ausência PARCIAL de
movimentos. Ou seja, um aluno que apresenta uma “PLEGIA” é muito mais comprometido (em nível
de movimentação) do que um aluno que apresenta uma “PARESIA”. Ter uma lesão “HEMI” significa
ter uma lesão em meio lado do corpo. Ter uma lesão “PARA” significa ter uma lesão abaixo da
cintura.
22
Para se lesar uma medula espinal, basta um único trauma que interrompa o
mecanismo de contato do cérebro com a parte do corpo. Se pelo menos o trauma
pudesse ser reparado, as funções sensoriais e motaras poderiam ser recuperadas.
23
Para deixar mais claro esse conceito, usaremos a metáfora da luz elétrica.
Quando queremos acender uma luz, um simples toque num interruptor faz com que
a lâmpada acenda. Por mais que pareça um toque de mágica, não é bem assim.
Entre o interruptor e a lâmpada, temos um fio que passa por dentro da parede. No
caso de ocorrer algum corte entre esse sistema, com certeza essa luz não será
acesa. É o que acontece com as pessoas que apresentam uma lesão na medula, ou
lesão medular. Ocorre um trauma entre a ligação do cérebro e a parte do corpo que
seria movimentada pelo impulso nervoso.
a) leve;
b) moderada;
2
Formação de aspecto pontudo existente em diversos locais do corpo.
25
das vértebras cervicais é a mais comum (C5 e C6) e a das vértebras torácicas vem
em segundo lugar (T12 a L1).
3
Guido Werdnig, neurologista austríaco. 1844-1919. Johann Hoffmann. neurologista alemão, 1857-
1919.
27
Pode ser: a) oculta – marcada por uma “covinha”, sinal ou tufo de pelos.
Pode passar desapercebida, sem o aparecimento de problemas neurológicos. b)
meningocele ou c) mielomeningocele.
podem ter muitos benefícios com esta medicação deve ser feita sob rigorosa
vigilância e orientação médica (HONORA; FRIZANCO, 2008; TEIXEIRA, 2010).
Vale guardar...
Para atuar na educação especial, o professor deve ter como base da sua
formação, inicial e continuada, conhecimentos gerais para o exercício da docência e
conhecimentos específicos da área. Essa formação possibilita a sua atuação no
atendimento educacional especializado e deve aprofundar o caráter interativo e
interdisciplinar da atuação nas salas comuns do ensino regular, nas salas de
recursos, nos centros de atendimento educacional especializado, nos núcleos de
acessibilidade das instituições de educação superior, nas classes hospitalares e nos
ambientes domiciliares, para a oferta dos serviços e recursos de educação especial.
Ele deve ser oferecido em horários distintos das aulas das escolas comuns,
com outros objetivos, metas e procedimentos educacionais. Suas ações são
definidas conforme o tipo de deficiência que se propõe a atender. O AEE, é de
acordo com o MEC e a Secretaria de Educação Especial, um serviço da Educação
Especial que identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de
acessibilidade, que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos,
considerando as suas necessidades específicas.
Podemos concluir então que não é o aluno que tem que se adaptar à escola,
mas é ela que, consciente da sua função, coloca-se à disposição do aluno, tornando
assim a escola um espaço inclusivo. A educação especial é concebida para
possibilitar que o aluno com necessidades educacionais especiais atinja os objetivos
propostos para sua educação no ensino regular (BRASIL, 2004).
5) Ponteira de cabeça
39
Situações como essas devem nos conduzir a tomar uma série de medidas em torno
de como garantir ao aluno a oportunidade de recuperar a “matéria perdida”, a que
aspectos devemos ficar atentos durante a recuperação, e podemos avaliar as
expectativas que a família deposita nessa operação.
a motivação;
os conhecimentos prévios;
Segundo Augé (2008), essa lista poderia ser muito mais extensa.
colocação de rampas;
banheiros adaptados;
Na sala de aula, outros cuidados para com o aluno com deficiência física,
garantindo-lhe segurança e qualidade na educação, se fazem importantes:
50
carregar o aluno com deficiência física o menos possível, para evitar futuros
problemas na sua coluna e na do professor também;
perguntar aos pais sobre a alimentação do aluno e sobre os remédios que ele
toma, assim que ele entrar na escola, pois algumas crianças com deficiência
física não podem se alimentar com comidas sólidas por causa de refluxo ou
de problemas sérios na deglutição de alimentos;
manter a posição correta da cabeça do aluno, pois isso permite que a criança
tenha melhor percepção espacial, noção de profundidade e consciência
corporal;
providenciar descanso para os pés, caso a criança não fique na sua cadeira
de rodas. Os pés do aluno devem sempre estar apoiados em uma base,
conforme o modelo abaixo.
51
manter o aluno com deficiência física o maior tempo possível com boa
postura;
forrar a carteira com papel, prendendo-o com fita adesiva, de forma a facilitar
a escrita para as crianças que apresentem dificuldades de coordenação
motora, espasticidade;
aumentar o calibre do lápis, garfo, colher, enrolando-o com fita crepe, cadarço
ou ainda com espuma para facilitar a preensão caso não haja condições de
comprar os materiais adaptados que existem à venda em lojas
especializadas.
52
alinhavar a matéria;
evitar o ditado;
envolver o lápis com fita crepe, para ter uma espessura maior;
tente traçar metas realistas e de curto prazo. Isso vai garantir que, tanto a
criança como a professora, continuem motivados;
tente dar um tempo extra para que a criança complete atividades motoras
finas, tais como matemática, escrita, redação, atividades práticas de ciências
e trabalhos de arte. Se há necessidade de velocidade, esteja disposta a
aceitar um produto de menor qualidade;
quando copiar não for o objetivo, tente preparar folhas de exercício impressas
ou pré-escritas para permitir que a criança foque na tarefa. Por exemplo: dê-
lhe folhas com exercícios de matemática previamente preparados; páginas
com perguntas já escritas, ou em exercícios de compreensão de texto,
ofereça lacunas para preencher. Para estudar em casa, faça fotocópia das
anotações feitas por outro aluno;
53
- linhas bem espaçadas para a criança que escreve com letras muito
grandes;
- papel com linha ressaltada para a criança que tem dificuldade para
escrever dentro das linhas;
tente focar no objetivo da lição. Se a meta é uma história criativa, então ignore
a escrita bagunçada, mal espaçada ou as várias apagações. Se a meta é que
a criança aprenda a formar um problema de matemática corretamente, então
dê tempo para que isso seja feito, mesmo que o problema de matemática
acabe não sendo resolvido;
Se a professora quiser ver o produto antes das correções, peça à criança que
entregue tanto o rascunho como a versão final;
faça com que a participação seja o maior objetivo e não a competição. Por
meio de preparo físico e de atividades que construam as habilidades,
encoraje as crianças a competir consigo mesmo e não com os outros;
55
Órteses
Muitas vezes, o aluno com deficiência física que recebemos em nossa sala
de aula faz uso de alguma órtese ou de alguma prótese. É importante conhecermos
esses equipamentos para assim poder ajudar o aluno da melhor forma possível.
Vale guardar...
No que se refere às adaptações necessárias para viabilizar a inclusão dos
alunos com deficiência física, é fundamental que:
o ensino seja cooperativo, pois o aluno com deficiência física pode precisar da
ajuda de seus pares, embora algumas decisões dependam mais dele próprio
e a busca por uma maior independência também seja necessária;
o tempo seja estendido, quando preciso, para que o aluno consiga realizar
determinadas tarefas; bem como para a conclusão dos estudos, o que é
garantido pela terminalidade específica;
Portanto, para que este aluno seja incluído e tenha atendido seus direitos de
acesso e permanência no ensino regular, torna-se necessário que a escola tenha
como princípios a tolerância, a flexibilidade e a busca por adaptações que favoreçam
o melhor desempenho do aluno.
6.1 Orientação
Ao aluno com deficiências deverá ser dado o tempo necessário a fim de que
possa explorar, um por um, todos os espaços da escola para, aos poucos, construir
na sua mente o mapa mental de cada um desses espaços. Para isso, o professor
especializado deverá dar a oportunidade aos alunos com deficiências de
conhecerem juntos cada cantinho da escola. Por exemplo, na sala de aula: onde
está a porta, a janela, as fileiras de carteiras; qual o seu lugar; onde está a mesa do
professor, etc. No refeitório: como estão dispostas as cadeiras e as mesas, de que
tipo são esses móveis (bancos inteiriços, cadeiras, banquinhos, mesas individuais,
coletivas); onde fica o balcão para servir a comida; onde estão a lixeira e outros
objetos neste ambiente.
Para reforçar essa construção mental, podemos realizar junto com a criança
maquetes ou mapas táteis levando em consideração sua forma de comunicação
mais eficiente para que ela possa reforçar seu aprendizado diário e possa ter estes
mapas/maquetes como material de consulta para se certificar do local para onde
deseja ir, bem como para solicitar ao professor aonde deseja chegar.
o aluno mostra desconforto com sua cadeira, tenciona seu corpo e isto
dificulta sua participação, atenção e exploração das atividades propostas para
a turma;
o aluno chega bem sentado, mas com o tempo sai da posição e não
consegue retomar sozinho uma boa postura;
a cadeira é muito alta e o aluno não consegue acessar a mesa com seus
colegas;
a inclinação posterior da poltrona faz o aluno perder contato visual com seu
material e precisaria nova alternativa de mesa;
o apoio dos braços na mesa não é adequado por conta da desproporção nas
alturas da cadeira e mesa;
Nesse sentido, devemos estar atentos a algumas questões que nos ajudam
a entender melhor o padrão motor do aluno com deficiência, o que nos permite
auxiliá-lo de forma adequada.
Quando a região pélvica está com um lado mais alto que o outro (inclinada),
essa posição será compensada com uma inclinação do tronco e rotações das
pernas. Para adequarmos essa condição, recomenda-se colocar na cadeira um bom
apoio para a região pélvica e apoios laterais para o tronco. Uma almofada entre as
pernas (coxim) poderá, também, auxiliar evitando o cruzamento e as rotações dos
membros inferiores (GIACOMINI, SARTORETTO, BERSCH, 2010).
Quando a região pélvica está com um lado mais para frente que o outro
(rotação da pelve), como compensação o tronco fará também uma rotação, e as
pernas tendem a abrir de um lado e fechar de outro (abdução e adução).
Educação especial e inclusão têm sido dois temas que estão em voga neste
início do século XXI. A mídia e o governo federal que o digam! As propagandas em
favor da inclusão têm sido persistentes, e observamos que nem todos educadores
ou demais profissionais da educação estão preparados para trabalhar com esse
público, muito menos os espaços escolares estão adaptados para receber esses
cidadãos.
Focando a escola, ambiente onde a maioria dos leitores desta apostila atua,
podemos inferir que cometemos um grande engano ao subestimar as capacidades
dos alunos portadores de necessidades especiais, geralmente escolhendo o
caminho mais fácil para ele percorrer, sem deixar que ele próprio se conscientize da
necessidade do aprendizado. Por isso, é de fundamental importância o significado
dessa aprendizagem para cada um. Assim, o professor deve possibilitar atividades
que sejam significativas e relacionadas à história de cada sujeito.
pouco crítica, é isso mesmo que desejamos, criar um pouco de revolta, pois esse é
um dos caminhos para que a justiça seja feita e a cidadania seja levada a todos.
Lembramos que toda e qualquer criança tem o direito a uma educação que
lhe permita realizar o seu máximo potencial humano, independente da sua
capacidade de aprendizagem! Para tanto, vale expor na íntegra os artigos 58 a 60
da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDB nº 9394/96:
Art. 58. Entende-se por educação especial, para efeitos desta Lei, a modalidade de
educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para
educandos portadores de necessidades especiais.
II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para
conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para
concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados;
70
Crianças com necessidades especiais são aquelas que, por alguma espécie
de limitação requerem certas modificações ou adaptações no programa
educacional, a fim de que possam atingir seu potencial máximo. Essas
limitações podem decorrer de problemas visuais, auditivos, mentais ou
motores, bem como de condições ambientais desfavoráveis (ZACHARIAS,
2007, p. 1).
Exclusão
Segundo Fischer e Marques (2001), a exclusão social remonta à Antiguidade
Grega, onde escravos, mulheres e estrangeiros eram excluídos, mas o fenômeno
era tido como natural. A exclusão torna-se visível e substanciosa quando ocorre uma
evidência da pobreza após a crise econômica mundial da idade contemporânea.
72
Para Jaguaribe citado por Dupas (1999), exclusão tem “feições de pobreza”.
Integração
Segundo o Ministério da Educação e Cultura (Brasil, 1994, p.18), “integração
é um processo dinâmico de participação das pessoas num contexto relacional,
legitimando sua integração nos grupos sociais, implicando reciprocidade”.
Inclusão
De acordo com Abbamonte (2009), a palavra Inclusão não significa promover
a adequação ou a normatização de acordo com as características de uma maioria,
seu significado está mais próximo à possibilidade de fazer parte, conviver e não se
igualar. Portanto, é com grande cautela que devemos levantar a bandeira da
inclusão escolar de crianças com graves problemas de desenvolvimento. Ao invés
de tomarmos o assunto partindo de um ideal, do que diz a lei, é mais apropriado
levar em consideração a própria criança, verificar o problema que ela apresenta e, a
partir daí, avaliar a maneira de ingressá-la numa ou noutra sala de aula.
Educação Inclusiva
Para conceituar a educação inclusiva é preciso expressar, pelo menos,
algumas de suas funções, ou seja, a escola inclusiva precisa cuidar, integrar,
reconhecer, relacionar-se com crianças e pessoas de um modo geral, com
necessidades especiais (MACEDO, 2009).
É uma tarefa nova, restrita até poucos anos, à família ou a alguma pessoa
que, por alguma razão, assumia esse papel. Na atualidade, espera-se que as
escolas fundamentais incluam crianças que apresentem limitações.
Como se observa na fala de Mrech (2009), seu pensamento vai além, quando
coloca no processo de inclusão, os portadores de distúrbios de aprendizagem, que
até certa época não eram considerados para essa educação.
Escola Inclusiva
De acordo com a Declaração de Salamanca - Espanha (1994), nascida da
Conferência Mundial sobre Educação Especial, UNESCO:
Sobre a Escola Inclusiva, Gil (2007) citando Staimback (1999, XII) afirma que
ela é um lugar do qual todos fazem parte, em que todos são aceitos, onde todos
ajudam e são ajudados por seus colegas e por outros membros da comunidade
escolar, para que as suas necessidades educacionais sejam satisfeitas.
76
Nesse sentido, Mrech (2009) aconselha que para uma escola apresentar-se
como inclusiva deveria ser direcionada para a comunidade, ser vanguardista, buscar
padrões de excelência, ser colaborativa e cooperativa, além de ainda, mudar os
papéis e responsabilidades da equipe, estabelecer infraestrutura de serviços, como
promoção do acesso físico, tornar o ambiente educacional flexível, promover
parceria com os pais, montar estratégias baseadas em pesquisas, estabelecer
novas formas de avaliação e, por fim, levar todos os participantes da escola a
buscarem sempre desenvolvimento profissional.
Valente (2009) nos fornece um quadro simplificado com os tipos mais comuns
de necessidades especiais, que é de extrema importância, tanto para diagnóstico
quanto para diferenciação e entendimento do leitor, uma vez que observa-se grande
desinformação e confusão por parte da sociedade no tocante ao conceito de
portador de necessidade especial. Essas necessidades serão vistas com
pormenores mais adiante.
Necessidade Descrição
Física Hemiplégicos, paraplégicos, tetraplégicos (incluindo sujeitos com
membros amputados).
Sensorial Cegos, surdos e surdos-mudos.
Mental Síndrome de Down (ou trissomia) apresentando as seguintes
características: rosto redondo, cabelos finos e de textura peculiar,
olhos amendoados, membros curtos, mãos e dedos pequenos, baixa
estatura, tendência a sobrepeso, e rebaixamento intelectual.
São indivíduos altamente sociáveis e facilmente integráveis em
qualquer ambiente. Em sala de aula, em função de algum
rebaixamento intelectual (que pode ser muito brando ou severo),
apresentam dificuldades em acompanhar o currículo, sendo clientes de
salas de reforço (salas de recursos especiais).
Paralisia Cerebral Também não se trata de doença, mas, na maioria dos casos, sequela
de parto acidentado ou mal feito. Outros casos de ocorrência se dão
por aneurisma de vaso sanguíneo na caixa craniana (geralmente
problema congênito) ou por sequelas após convulsões ocasionadas
por febres muito altas, comuns em crianças de pouca idade. Nota-se
que muitos dos casos de paralisia cerebral se dão por ignorância,
miséria e falta de interesse do poder público em instituir campanhas
que estimulem a gestação acompanhada por médico ou parteira.
Os portadores de paralisia cerebral não possuem controle de sua
musculatura e, na maior parte dos casos, apresentam deficiências
múltiplas: cegueira, surdez, mudez, paralisia total ou parcial de
membros e mesmo rebaixamento intelectual. É nesses quadros que se
dão a maioria dos casos severos ou muito severos, tornando
impraticável a inclusão escolar em salas de aula regulares, devendo o
sujeito ser atendido em classes especiais ou classes hospitalares.
78
Autismo Até hoje a ciência não conseguiu definir com precisão a manifestação
patológica, suas causas e tratamentos. O indivíduo autista vive em
outra dimensão do psiquismo, diferente das pessoas comuns. Não
nutre ou manifesta afetos e geralmente é dotado de rebaixamento
intelectual.
Muitos executam movimentos automáticos, de balançar a cabeça,
mover os membros ou pronunciar interminavelmente palavras ou
frases aparentemente sem sentido - os estereótipos. O problema
acomete mais a pessoas do sexo masculino. O diagnóstico preciso,
quanto à sua intensidade, é prejudicado pelo fato de o autista não se
comunicar, ou fazê-lo de modo restrito ou precário. Da mesma forma,
sem um quadro diagnóstico apontando a intensidade do problema, é
quase impossível a elaboração de currículos adaptados ou
flexibilizados para esses sujeitos quando em escolas.
TDAH Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade - recentemente
descrito como caso psiquiátrico, passível de tratamento com
medicação, psicoterapia e fisioterapia.
TDA Transtorno de Déficit de Atenção - também controlável através de
medicação específica.
Dislexia e disgrafia Distúrbios de aprendizagem, perfeitamente controláveis,
correspondendo a uma dificuldade do sujeito em decodificar o código
linguístico (o disgráfico não consegue escrever com a mão, mas
consegue digitar perfeitamente bem).
Gagueira Emocional de causas variadas, passíveis de tratamento através da
intervenção concomitante de profissionais de fonoaudiologia e
psicologia.
Lentidão Distúrbio de aprendizagem - alunos que apresentam dificuldades em
acompanhar o desenvolvimento do currículo regular (geralmente
baseado em conteúdos lógico-dedutivos ou de memorização), e
ocasionados por motivos variados, entre eles problemas emocionais ou
Q.I. (Quociente de Inteligência) muito abaixo da média. São facilmente
recuperáveis através da dispensa de atenção redobrada, com reforço
nos conteúdos curriculares
Fonte: Adaptado de VALENTE (2009, p.4-5).
4
Preceptor: professor encarregado da educação de crianças no lar. (FERREIRA, 2001, p.551).
80
No Brasil
O ano de 1854 marca o início do atendimento aos portadores de deficiência
no Brasil, quando foi criado, no Rio de Janeiro, o primeiro instituto para surdos
(CARMO, 2007).
81
Em relação aos serviços públicos, estes eram prestados através das escolas
regulares, as quais ofereciam classes especiais para o atendimento aos deficientes 5
(CARMO, 2007).
Há que ressalvar o seguinte: existia a lei, mas de fato, a história mostra que a
escola não funcionava bem assim, embora no artigo 89, encontra-se que o governo
ajudará a iniciativa privada prestar serviços às pessoas deficientes, ou seja, a escola
regular não estava preparada nem recebia de fato os portadores de necessidades
especiais.
5
Abre-se aqui uma ressalva para explicar que no começo, esses indivíduos eram chamados de “deficientes”, e,
nos dias atuais, “portadores de necessidades especiais”, portanto, justifica-se, no corpo deste trabalho, o uso sem
preconceito das duas denominações.
82
Nas análises dos artigos citados, observa-se que existe uma ambiguidade, ou
seja, ao mesmo tempo em que propõe atendimento integrado na rede regular de
ensino, delega às instituições sob administração particular, a responsabilidade de
parte do atendimento, através de apoio financeiro.
1. Excepcionais Intelectuais
1.1 Superdotados
1.2 Deficientes mentais
a) educáveis
b) treináveis
c) dependentes
3. Excepcionais psicossociais
3.1 alunos com distúrbios emocionais
3.2 alunos com desajustes sociais
4. Excepcionalidade múltipla
4.1-alunos com mais de um tipo de desvio (ZACHARIAS, 2007).
88
Figura 1: Os sentidos
Fonte: http://www.afh.bio.br/sentidos/sentidos1.asp
1. O uso integrado que fazemos dos sentidos em nossos primeiros anos de vida
vai decrescendo com o passar dos tempos, devido à desvalorização da
acuidade sensorial em nossa cultura e sistema educativo. Lamentavelmente,
89
Fonte: <http://www.4.bp.blogspot.com/.../s400/D.M.03.gif>
Outro objetivo deste capítulo é refletir sobre a utilização dos sentidos para
conhecimento e relacionamento com o mundo, além de valorizarmos o
desenvolvimento da acuidade sensorial no sistema educativo.
Em relação às pessoas com baixa visão, aquelas com visão reduzida e cuja
deficiência é corrigível por lentes, cirurgias ou tratamento, inúmeras pesquisas
comprovam que a estimulação da visão residual favorece o ganho de eficiência na
utilização da visão preservada.
Cegueira
Têm somente a percepção da luz ou que não têm nenhuma visão e precisam
aprender através do método Braille e de meios de comunicação que não estejam
relacionados com o uso da visão. Deverá, no entanto, ser incentivado a usar seu
resíduo visual nas atividades de vida diária sempre que possível.
Condutiva:
Quando ocorre qualquer interferência na transmissão do som desde o
conduto auditivo externo até a orelha interna. A grande maioria das deficiências
auditivas condutivas pode ser corrigida através de tratamento clínico ou cirúrgico.
Essa deficiência pode ter várias causas, entre elas podem-se citar: corpos estranhos
no conduto auditivo externo; tampões de cera; otite externa e média; malformação
congênita do conduto auditivo; inflamação da membrana timpânica; perfuração do
tímpano; obstrução da tuba auditiva; entre outras.
94
Sensório-Neural:
Quando há uma impossibilidade de recepção do som por lesão das células
ciliadas da orelha interna ou do nervo auditivo. Esse tipo de deficiência auditiva é
irreversível. A deficiência auditiva sensório-neural pode ser de origem hereditária,
como problemas da mãe no pré-natal tais como a rubéola, sífilis, herpes,
toxoplasmose, alcoolismo, toxemia, diabetes, entre outros. Também podem ser
causadas por traumas físicos, prematuridade, baixo peso ao nascimento, trauma de
parto, meningite, encefalite, caxumba, sarampo, entre outros.
Mista:
Quando há uma alteração na condução do som até o órgão terminal sensorial
associada à lesão do órgão sensorial ou do nervo auditivo. O audiograma mostra
geralmente limiares de condução óssea abaixo dos níveis normais, embora com
comprometimento menos intenso do que nos limiares de condução aérea.
Essa definição nos leva a entender que a função física pode ficar
comprometida quando faltar algum membro (quando houver amputação), sua má-
formação ou deformação (alterações que comprometam o sistema muscular e
esquelético).
Lesão medular;
Amputações;
Malformações congênitas;
Reumatismos inflamatórios;
Acidentes;
Traumatismos crânio-encefálico.
Doenças neurológicas;
Asfixia perinatal;
Prematuridade;
Hiperbilirrubinemia;
Infecções congênitas;
Malformações congênitas;
Síndromes genéticas.
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Para ele, superdotação são aqueles que possuem esse conjunto de traços
concomitantemente.
Nesse sentido, há uma parcela da população que não está incluída nessas
estatísticas, já que os testes padronizados não privilegiam áreas mais subjetivas, por
exemplo, habilidades sinestésicas.
Talento musical, artístico e vários outros não são medidos, mas os testes dão
uma boa indicação de sua habilidade de pensar, raciocinar e resolver problemas, o
que acaba sendo um fator crítico para o sucesso na vida.
B – Técnica de autoidentificação
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Q.I. é um rateio geral de sua habilidade de pensar e raciocinar. Sua pontuação é realmente uma
indicação de como você se compara em relação à maioria das pessoas em seu grupo de idade. Uma
pontuação de 100, por exemplo, significa que, quando comparado à maioria das pessoas em seu
grupo de idade, você tem um nível de inteligência normal. Muitos psicólogos consideram aqueles que
oscilam entre 95 e 100 como tendo QI normal ou médio.
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destacam em alguns traços é outro critério que deve ser utilizado no processo de
identificação.
Ao melhor aluno;
1. Leitura precoce por volta dos quatro anos, ou antes, com instrução mínima;
Para Avelar (2009), esses fatos precisam ser revistos e repensados por todos
e cabe aos professores-educadores, uma parcela importante no sentido de
reconhecer capacidades e talentos especiais dos alunos. É preciso que se aprenda
a educar no sentido de orientar as crianças superdotadas de modo a aumentar,
desenvolver, crescer e aperfeiçoar sua capacidade e talento.
Muito pode ser feito para os alunos superdotados talentosos. Avelar (2009)
nos dá boas dicas:
Não é indicado realizá-lo em grupos formados por alunos com o mesmo tipo
de problema (patologias) e/ou desenvolvimento. Pelo contrário, esses grupos devem
ser constituídos de alunos da mesma faixa etária e em vários níveis do processo de
conhecimento.
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• Auxílios de mobilidade;
• Adaptações em veículos.
1 – Uso de CAA
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2 – Materiais didático-pedagógicos
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3 – Recursos de informática
Por fim, não podemos nos esquecer dos recursos humanos necessários para
a efetivação das TAs que englobam toda uma parceria dos profissionais das
Secretarias de Educação, gestores escolares, fonoaudiólogos, terapeutas
ocupacionais, fisioterapeutas, arquitetos, engenheiros, todos em prol da
aprendizagem e desenvolvimento da qualidade de vida do educando.
Por fim, deixamos a sugestão de alguns filmes e sites que muito contribuirão
para entender os portadores de necessidades especiais e realizar um trabalho justo,
rico e gratificante.
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS BÁSICAS
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
AUGÉ, Carles. A Avaliação psicopedagógica dos alunos com deficiência motora. In:
SÁNCHEZ-CANO, Manuel; BONALS, Joan. Avaliação psicopedagógica. Trad.
Fátima Murad. Porto Alegre: Artmed, 2008.
AYRES, A. Jean. Sensory integration and the child: understanding hidden sensory
challenges. Los Angeles: WPS, 2005.
BEE, Helen. A criança em desenvolvimento. 9 ed. Porto Alegre, RS: Artmed, 2003.
DISCHINGER, Marta; ELY, Vera Helena Moro Bins; BORGES, Monna Michelle
Faleiros da Cunha. Manual de acessibilidade espacial para escolas: o direito à
escola acessível. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial,
2009.
GIL, Ingrid Lapa de Camillis; SANTOS, Paulo França; BARBATO, Silviane. Capítulo
13: O aluno com deficiência física na escola. In: MACIEL. Diva Albuquerque;
BARBATO, Silviane. Desenvolvimento Humano, Educação e Inclusão Escolar.
Brasília, ed. UnB, 2010, p. 259-268.
SANT’ANNA, D.B. É possível realizar uma história do corpo? In: SOARES, C. (Org.).
Corpo e história. 3. ed. Campinas: Autores Associados, 2006.
SILVA, R.F.; SEABRA, L.J.; ARAÚJO, P.F. Educação física adaptada no Brasil: da
história a inclusão educacional. São Paulo: Phorte, 2008.
DUPAS, Gilberto. Economia global e exclusão social. São Paulo: Paz e Terra,
1999, 241 p.
MACEDO, Lino de. Fundamentos para uma educação inclusiva. Disponível em:
<http://www.educacaoonline.pro.br/art.fundamentosparaeducacaoinclusiva.asp>.
Acesso em: 22 set. 2009.
MANTOAN, Maria Teresa E. O direito de ser, sendo diferente, na escola. IN: Revista
de Estudos Jurídicos, Brasília, nª 26, jul./set. 2004.
NABUCO, C.; CORTEZ, D. As conquistas do bebê. Revista Meu Nenê, Edição 89,
Setembro/2005.
SÁ, Elizabet Dias de. Entrevista sobre inclusão escolar. Disponível em:
<http://www.bancodeescola.com/>. Acesso em 19 set. 2009.
SASSAKI, R. K.. Inclusão: Construindo uma Sociedade Para Todos. Rio de Janeiro:
Editora WVA, 1997, 174 p.
WINNER, E. Tão diferentes dos outros: a vida emocional da criança superdotada. In:
________ Crianças superdotadas, mitos e realidades. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1998. Cap. 3. p. 37-50Cap. 8 p. 165-182.