O documento discute o processo de ultrapasteurização do leite para controle microbiano, eliminando bactérias como E. coli, Enterococcus faecalis e Salmonella enteriditis. A ultrapasteurização aquece o leite a 150°C por 4 segundos, reduzindo significativamente a contagem de microrganismos e garantindo a qualidade do produto. Outros alimentos como salame, brócolis congelado e desinfetante também utilizam métodos como antioxidantes, branqueamento e cloreto de benzalcônio para inibir microrgan
O documento discute o processo de ultrapasteurização do leite para controle microbiano, eliminando bactérias como E. coli, Enterococcus faecalis e Salmonella enteriditis. A ultrapasteurização aquece o leite a 150°C por 4 segundos, reduzindo significativamente a contagem de microrganismos e garantindo a qualidade do produto. Outros alimentos como salame, brócolis congelado e desinfetante também utilizam métodos como antioxidantes, branqueamento e cloreto de benzalcônio para inibir microrgan
O documento discute o processo de ultrapasteurização do leite para controle microbiano, eliminando bactérias como E. coli, Enterococcus faecalis e Salmonella enteriditis. A ultrapasteurização aquece o leite a 150°C por 4 segundos, reduzindo significativamente a contagem de microrganismos e garantindo a qualidade do produto. Outros alimentos como salame, brócolis congelado e desinfetante também utilizam métodos como antioxidantes, branqueamento e cloreto de benzalcônio para inibir microrgan
O documento discute o processo de ultrapasteurização do leite para controle microbiano, eliminando bactérias como E. coli, Enterococcus faecalis e Salmonella enteriditis. A ultrapasteurização aquece o leite a 150°C por 4 segundos, reduzindo significativamente a contagem de microrganismos e garantindo a qualidade do produto. Outros alimentos como salame, brócolis congelado e desinfetante também utilizam métodos como antioxidantes, branqueamento e cloreto de benzalcônio para inibir microrgan
O leite é um fluido excretado das glândulas mamárias de um mamífero. Sua
utilização é extremamente abrangente e possui relevância mundial no ramo alimentício graças à sua riqueza nutricional, teor de proteínas, carboidratos e lipídeos, alto valor biológico e abundância de minerais importantes para a saúde humana como o cálcio (Garcia et al., 2000; Paschoa, 1997 apud LEITE et al., 2002). Contudo, seu elevado valor nutritivo também é interessante para as bactérias sendo, assim, um meio favorável para o desenvolvimento de microrganismos (Gonçalves & Franco, 1998 apud LEITE et al., 2002). Esses micro-organismos mesófilos, psicrotróficos e/ou termófilos, por sua vez, promovem a degradação dos compostos do leite e geram como produto substâncias capazes de alterar as características físico-químicas, comprometendo a qualidade do produto (PRATA, 1998 apud MARTINS et al., 2008). As bactérias mais comumente encontradas em amostras de leite deteriorado são Escherichia coli, predominante das fezes dos animais, o Enterococcus faecalis e a Salmonella enteriditis (Paschoa, 1997; Sakate et al, 1999 apud LEITE et al., 2002). Diante disso, é necessário que se aplique um método capaz de eliminar tais microrganismos sem, contudo, alterar o perfil nutritivo do leite. Destaca-se o tratamento por ultra alta temperatura (UHT) garantindo ao leite longo período de vida útil comercial. Esse processo é marcado por uma duplicidade de tratamento térmico uma vez que o leite cru deve passar, anteriormente, por uma pasteurização rápida onde será aquecido a uma faixa de temperatura de 73 a 75 °C por um intervalo de tempo de 15 segundos a fim de eliminar as bactérias psicotrópicas, ou seja, que se reproduzem em temperaturas iguais ou inferiores a 7°C e as enzimas por elas produzidas, sendo essas os principais agentes deteriorantes do leite (BASTOS, 1999 apud MARTINS et al., 2008). Após a análise de parâmetros como acidez, densidade, gordura e crioscopia do leite, a bebida pode ser liberada para a próxima etapa de tratamento térmico (PRATA, 1998; SANDROW; ARVANITOYANNIS, 2000 apud MARTINS et al., 2008). No processo de ultrapasteurização (UAT) ou do inglês Ultra High Temperature (UHT), o leite será aquecido a temperaturas de 150 °C por 4 segundos e será rapidamente resfriado (OLIVEIRA et al., 2019). A fim de avaliar a eficiência dos métodos de tratamento térmico, um estudo analisou 60 amostras de leite cru, 60 amostras de leite pasteurizado e 30 amostras de leite ultrapasteurizado a fim de realizar a contagem de microrganismos após cada um dos processos. Os dados estão presentes na tabela abaixo.
Fonte: MARTINS et al. (2008)
Conclui-se que a ultrapasteurização do leite se constitui um processo de
controle microbiano a fim de diminuir a população de bactérias presentes no leite como Escherichia coli, o Enterococcus faecalis e a Salmonella enteriditis, garantindo ao leite a manutenção das características sensoriais previstas pelo Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Produtos Lácteos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, sendo elas: aspecto líquido, cor branca, odor e sabor característicos, sem sabores nem odores estranhos, e as seguintes características físico-químicas para o leite integral: no mínimo 3% de gordura, acidez entre 14 e 18 °D, estabilidade ao álcool de 68% e, no mínimo, 8,2% de desengordurado (ESD). A ultrapasteurização se constitui um controle térmico agindo mediante a degradação dos micro-organismos a elevadas temperaturas e, conforme a tabela inserida acima, é um método eficiente, acarretando a diminuição populacional de organismos mesófilos, termófilos e psicrotróficos e garantindo a qualidade da bebida (MARTINS et al., 2008).
Fonte: Elaboração própria
PARTE ll
Salamitos - Salame sabor limão
Ingredientes: Carne suína, leite em pó desnatado, sal, toucinho suíno,
dextrose, alho, pimenta branca, mostarda, gengibre, manjerona, cultura starter, páprica, aromatizantes: aromas naturais, acidulante: glucono-delta-lactona, realçador de sabor: glutamato monossódico, antioxidante: isoascorbato de sódio**, conservadores: nitrato de sódio e nitrito de sódio. **Bacillus thurigiensis, Streptomyces viridochromogenes, Agrobacterium tumefaciens e Zea mays.
viridochromogenes, Agrobacterium tumefaciens e Zea mays. Finalidade: Estes microrganismos agem na forma de antioxidantes, controlando a deterioração do produto cárneo, retardando a ação oxidativa do alimento (FOOD CONNECTION, 2017). Monitorando a deterioração do industrializado, consequentemente, o tempo de prateleira é maior (shelf life), e a qualidade do produto permanece a mesma desde seu preparo. Além disso, se caso não houver esse controle, o risco de patógenos serem encontrados na composição do produto existe, dando abertura para apresentar riscos à saúde (FOOD CONNECTION, 2017). Esses antioxidantes são utilizados principalmente na produção de produtos cárneos pela alta quantidade de lipídios que podem sofrer rancificação oxidativa.
Nitrato e nitrito de sódio: Bem vistos como aditivos principalmente de
carnes industrializadas, os nitritos e nitratos de sódio são utilizados como conservantes dos embutidos (BIANCO JUNIOR, 2020, p. 20). Nitritos retêm a capacidade de diversos microrganismos malqueridos se proliferarem, como Clostridium botulinum, Bacillus cereus, Staphylococcus aureus e Clostridium perfringens, além de manter a coloração da carne avermelhada sem atingir o amarronzado (BIANCO JUNIOR, 2020, p. 20). Em contraposição, esses aditivos são considerados carcinogênicos e a Anvisa redigiu uma legislação deferindo a quantidade permitida desses compostos por grama de alimento (BIANCO JUNIOR, 2020, p. 20). Brócolis congelado
Ingredientes: Brócolis Informações da embalagem:
Fonte: Elaboração própria
O brócolis congelado não possui nenhum aditivo e conservante em sua
composição, mas, para serem embalados e comercializados, passaram por diversos processos de controle microbiano. No verso da embalagem do alimento contém os cuidados pelos quais o produto passou até chegar à nossa mesa, são eles: 1. Seleção de sementes 2. Agricultura familiar 3. Limpeza e inspeção ótica 4. Higienização em alta temperatura 5. Congelamento rápido Além das informações descritas na embalagem, o próprio site da indústria possui um vídeo narrando todo o processo. Após a colheita, o produto é encaminhado para a fábrica e, no caso do brócolis, o ramo é cortado em vários pedaços. O corte em hortaliças possibilita as enzimas contidas na mesma entrarem em contato com o oxigênio, podendo sofrer escurecimento enzimático. Para que isso não aconteça, logo em seguida, todas as hortaliças colhidas são higienizadas e a próxima etapa é o branqueamento a vapor. O branqueamento não só possui a função de inativar as enzimas para conservar o alimento, mas também contribui na limpeza e redução de microrganismos. Após o branqueamento, as hortaliças passam por um processo de congelamento rápido especializado, chamado IQF – Individually Quick Frozen ou Congelamento Rápido Individualizado, para sofrer um choque térmico e parar o cozimento do legume. Esse processo contribui na conservação de cor, sabor e aromas característicos de cada verdura, além de reduzir ou inibir a atividade metabólica dos microrganismos presentes no alimento.
Fonte: GRANO (s.d.)
Desinfetante Bactericida Sanol
Composição: Cloreto de alquil dimetil benzil amônio, nonilfenol etoxilado,
conservante, corante, opacificante, fragrância e veículo. Princípio ativo: Cloreto de alquil dimetil benzil amônio - 0,15%.
Informações da embalagem:
Fonte: Elaboração própria
Cloreto de benzalcônio (cloreto de alquil dimetil benzil amônio) é um agente de
tensão superficial que aumenta o contato nitrogenoso e catiônico pertencente ao grupo de compostos de amônio quaternário. É um sal totalmente solúvel em água, álcool e acetona. É utilizado como antisséptico, espermicida, descongestionante nasal, e bactericida. Possui aparência líquida, incolor e levemente amarelado, seu pH fica entre 6,0 a 9,0, e seu ponto de ebulição ocorre acima de 90°C. Sua fórmula molecular é C21H38ClN (QUÍMICA AVANZI, s.d.). Apresenta efeito bactericida sobre bactérias Gram positivas, Gram negativas, fungicida e viricida para vírus envelopados, age destruindo a parede celular do microrganismo ou por interferência em seu metabolismo (FROZZA et al., 2020). Fonte: Elaboração própria
Fonte: TOTAL QUÍMICA (s.d.)
REFERÊNCIAS
BIANCO JUNIOR, A. Nitrato e nitrito de sódio em carnes em natureza e em
produtos cárneos sem suas adições. Dissertação (Mestrado em Alimentos de Origem Animal) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2020. Disponível em: <https://lume.ufrgs.br/handle/10183/225755#:~:text=Nitrato%20e%20nitrito%20de%2 0s%C3%B3dio%20ou%20pot%C3%A1ssio%20s%C3%A3o%20aditivos%20alimenta res,c%C3%A9lulas%20vegetativas%20de%20Clostridium%20botulinum.>.
FOOD CONNECTION. Antioxidante no processamento de carnes. Você sabe como
FROZZA, R.; BADO, C.; CASELLES, A. S. Ação do cloreto de benzalcônio frente
ao vírus de influenza e Newcastle. PUBVET v.14, n.2, a512, p.1-4, Fev., 2020. Disponível em: <https://www.pubvet.com.br/artigo/6463/accedilatildeo-do-cloreto-de-benzalcocircnio- frente-ao-viacuterus-de-influenza-e-newcastle>.
GRANO. Conheça a Grano. s.d. Disponível em: <https://grano.com.br/a-grano/>.
LEITE,C.C.; GUIMARÃES, A.G.; ASSIS, P. N.; SILVA, M.D.; ANDRADE, C. S.
Qualidade bacteriológica do leite integral (tipo C) comercializado em Salvador – Bahia. 2002. Disponível em: <https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/1849/1/617-2365-2-PB.pdf>.
MARTINS, A. M. C. V.; ROSSI, O. D. jr.; SALOTTI, B. M.; BURGUER, K. P.;
CORTEZ, A. L. L.; CARDOZO, M. V. Efeito do processamento UAT (Ultra Alta Temperatura) sobre as características físico-químicas do leite. 2008. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/cta/a/ZQfT5Yx6JdqSPMQyFdzHwVD/?lang=pt&format=pdf>.
OLIVEIRA, C. A. F. de; CORASIN, C. H. Microbiologia, higiene e controle de
qualidade no processamento de leites e derivados. 2019. Disponível em: <https://repositorio.usp.br/item/002917066>.
QUÍMICA AVANZI.Cloreto de Benzalconeo. s.d. Disponível em: