Poder, Norma, Corpo e Gênero: Reflexões A Partir de Michel Foucault e Judith Butler
Poder, Norma, Corpo e Gênero: Reflexões A Partir de Michel Foucault e Judith Butler
Poder, Norma, Corpo e Gênero: Reflexões A Partir de Michel Foucault e Judith Butler
39186
Resumo: Neste artigo busca-se, com foco nas discussões em torno das normas e dos
corpos, expor as concepções de poder, bem como a aplicação de seu conceito, em
Michel Foucault e Judith Butler. Inicia-se expondo a concepção de poder encontrada
em Foucault. Após isso, inicia-se a conexão do pensamento foucaultiano com o de
Butler, explicitando-se como a concepção de poder em Foucault é inserida na teoria
de gênero da filósofa norte-americana. Por fim, são expostas as apropriações realiza-
das por Butler do pensamento foucaultiano no que tange aos aspectos produtivos do
poder na fabricação dos gêneros inteligíveis.
Palavras-chave: Poder produtivo. Gênero. Corpo. Heteronormatividade.
Abstract: This article proposes, with a focus on discussions around norms and
bodies, to expose the conceptions of power, as well as the application of its concept,
in Michel Foucault and Judith Butler. It begins by exposing the conception of power
found in Foucault. After that, the connection between Foucault’s thought and Butler’s
thought begins, explaining how Foucault’s conception of power is inserted in the
North American philosopher’s theory of gender. Finally, the appropriations made
by Butler of Foucault’s thought regarding the productive aspects of power in the
fabrication of intelligible genres are exposed.
Keywords: Productive power. Gender. Body. Heteronormativity.
* Doutor em Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Atualmente realiza estágio de pós-
Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea, Brasília, v.10, n.1, abr. 2022, p. 505-527 505
ISSN: 2317-9570
ANDRÉ LUIZ DOS SANTOS PAIVA
Introdução
A partir desse entendimento, o que pode ser realizada é uma análise sempre
transitória das relações de poder. Identificar não uma forma geral de funcio-
namento, mas a maneira como, num determinado contexto e em determinada
época, o poder é posto em circulação, como são engendradas ações específicas
que culminam com um determinado estado de coisas transitórias e, ainda, em
que direção seria possível agir para que ocorram transformações nas relações
de poder (PEZ, 2016). Sobre seu empreendimento teórico no campo do poder,
bem como suas especificidades, Foucault (2008) afirma:
simplesmente de saber por ando isso passa, como se passa, entre quem
e quem, entre que ponto e que ponto, segundo quais procedimentos e
com quais efeitos. Logo, só poderia ser, no máximo, e só pretende ser,
no máximo, um início de teoria, não do que é o poder, mas do poder,
contanto que se admita que o poder não é, justamente, uma substância,
um fluido, algo que decorreria disto ou daquilo, mas simplesmente na
medida em que se admita que o poder é um conjunto de mecanismos
e de procedimentos que têm como papel ou função e tema manter –
mesmo que não o consigam – justamente o poder (pp. 3-4).
[...] notar que sua concepção muito particular de poder tem por con-
sequência [...] “estendê-lo”, se posso dizer, em direção do desejo. É
assim que ele trata do poder como de uma matéria que releva de um
investimento, e não de uma lei do “tudo ou nada”. Durante sua vida,
Michel Foucault recusou encarar o poder como uma entidade reificada.
Para ele, as relações de poder e, por via de conseqüência, as estraté-
gias de luta não se resumem nunca a ser apenas simples relações de
forças objetivas; elas engajam os processos de subjetivação nisso que
eles têm de mais essencial, de mais irredutivelmente singular [...] (p.
37).
Isso ocorre, pois, a partir das relações que muitas vezes Foucault denomina
de saber-poder, são exercitadas dinâmicas de consolidação ou questionamento
dos funcionamentos das instituições e de formas específicas de organização do
poder. Uma gama de saberes é posta em movimento para a criação, consolida-
ção e manutenção de dinâmicas específicas de poder, assim como é através do
poder que esses saberes são constituídos enquanto saberes verdadeiros que, por
isso, justificariam as relações de poder que sustentam. É essa constância que
possibilita a emergência das normas (PEZ, 2016) culminando com a politização
dos saberes e com a conexão entre os poderes e epistemologia.
A primeira modalidade de poder analisada por Foucault foi a que ele deno-
minou de poder disciplinar. Nessa forma de organização do poder, encontra-se
uma dinâmica de vigilância que, utilizando-se das estruturas das instituições,
acaba por determinar formas específicas de funcionamento social e produção
de subjetividades. A lógica disciplinar é marcada, principalmente, pela instau-
ração de normas que devem ser seguidas por todos sob pena de distribuição de
punições para aqueles que não se adequem a elas (BRANCO, 2015). Para Fou-
cault (2008), uma disciplina é uma forma de recortar a multiplicidade com a
finalidade de padronização, ou seja, através das disciplinas se consegue, a par-
tir de um trabalho individual de domesticação dos sujeitos, construir um único
edifício social de funcionamento mais previsível e, consequentemente, mais fa-
cilmente controlável.
estabelece uma análise mais global que aquelas vinculadas às leis. Isso ocorre,
pois, uma disciplina será tão mais eficaz quanto mais penetrar nas vidas dos
sujeitos de forma completa e contínua. Para isso, elas instituem uma série de
saberes acerca do humano que permitem a prática de uma verdadeira ortopedia
social que garante a incidência dos mesmos mecanismos sobre cada indivíduo
(BERT, 2013).
TING, 2005).
Além disso, Foucault defende não haver um antes ou um fora do poder, mas
disputas que movimentam as conexões das relações de poder em todo tempo
modificando suas formas de expressão e distribuição. Nesse sentido, “[...] a
impressão de que o poder vacila é falsa, porque ele pode recuar, se deslocar, in-
vestir em outros lugares... e a batalha continua” (FOUCAULT, 2016a, p. 235),
sendo possível apenas a partir de um modelo que não encontra no poder o sinô-
nimo de dominação analisar as relações a partir de um marco não estritamente
repressivo, mas também produtivo.
O que explica esse interesse das disciplinas sobre a formatação dos corpos
é o caráter produtivo do poder, uma vez que, no lugar de objeto de suplício,
os corpos são objetos de adestramento (MACHADO, 2016). É devido a essa
estratégia que Foucault (2014) fala de uma anatomia política que, a partir do
esquadrinhamento do corpo, institui uma espécie de mecânica do poder com fi-
nalidade de fabricação de corpos dóceis. Ao vislumbre desse corpo mecânico,
aos poucos, vai-se também acrescentando o corpo enquanto pretensa natura-
lidade, o que culmina com a emergência do biopoder. Este mantém o corpo
como alvo dos mecanismos de poder instituídos, criando ainda novas formas
de saber sobre ele, de forma que “o corpo se constitui como peça de uma má-
quina multissegmentar” (FOUCAULT, 2014, p. 162).
Nesse sentido, Foucault (1988) aponta como não há realmente uma verdade
por traz dos discursos acerca do sexo e da sexualidade, mas sua produção
pelas relações de saber-poder que consolidam o dispositivo. A partir disso,
depreende-se que há todo um esforço para a manutenção da pretensa sexuali-
dade normal, o que por si denuncia a artificialidade dessa criação. Assim, o que
é posto em funcionamento é a regulação do sexo para a construção de subje-
tividades específicas. Nessa fabricação não é o interdito que demarca a forma
predominante de atuação do dispositivo da sexualidade, mas, ao contrário, uma
incitação à fala acerca do sexo e da sexualidade, como uma forma de confissão
moderna. Se instaura, dessa maneira, um prazer em fazer falar e saber sobre o
sexo que interroga a todos acerca de suas sexualidades, num circuito de prazer-
saber (FOUCAULT, 1988).
516 Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea, Brasília, v.10, n.1, abr. 2022, p. 505-527
ISSN: 2317-9570
PODER, NORMA, CORPO E GÊNERO: REFLEXÕES A PARTIR DE MICHEL FOUCAULT E JUDITH
BUTLER
No campo específicos dos gêneros e das sexualidades, Butler (2008) des-
taca o caráter normativo culturalmente construído do dispositivo que regula os
corpos e os desejos. Nesse sentido, ela novamente endossa a teorização de Fou-
cault (1988) ao defender que não há no campo dos corpos e das sexualidades
algo anterior ou exterior à aparição desses processos, uma vez que eles são fa-
bricados pelas relações de poder nas quais estão inseridos.
o que esses autores instituem é um discurso reverso no campo dos gêneros, cor-
pos e sexualidades que, negando a ideia de origem absoluta, permite pensar que
na realidade se está frente a efeitos específicos de poder.
1
Power considered as a condition of the subject is necessarily not the same as power considered as what the subject is said
to wield. The power that initiates the subject fails to remain continuous with the power that is the subject’s agency.
518 Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea, Brasília, v.10, n.1, abr. 2022, p. 505-527
ISSN: 2317-9570
PODER, NORMA, CORPO E GÊNERO: REFLEXÕES A PARTIR DE MICHEL FOUCAULT E JUDITH
BUTLER
Assim, em Lacan (1953), encontramos uma forte conexão dos registros psí-
quicos com a linguagem, relação que se torna ainda mais estreita quando fa-
lamos do simbólico. Nesse sentido, o ingresso no registro simbólico se dá
enquanto processo de ingresso na cultura e, consequentemente, na linguagem.
Essa linguagem não é defendida pelo psicanalista enquanto natural, de forma
que sequer é possível determinar em que momento ela começou, tampouco de-
finir como as coisas se davam antes de sua emergência.
humana, acaba por reificar esse registro de maneira a tornar inviável a experiên-
cia humana fora dos marcos da subjetivação estabelecidos pelo funcionamento
simbólico (BUTLER, 1997; 2019).
Com essa discussão, Butler (1997, 2019) explicita o caráter disciplinar que
o conceito de simbólico e de Lei operam no que tange a formação subjetiva de
forma geral, bem como aos aspectos de sexo-gênero que lhe concernem. Nota-
se a partir disso o caráter problemático de se tomar imperativos culturais, como
o simbólico, enquanto verdades inescapáveis, ainda que esses não devam, por
isso, ser eliminados do horizonte de análise, uma vez que Butler (1997, 2019)
não recusa a existência do registro simbólico, mas sim seu caráter rígido e de
difícil mutabilidade.
O que ocorre com a crítica que Butler realiza do simbólico e suas relações
com determinadas distribuições de poder dialoga com sua defesa de que a for-
mação do psiquismo e as dinâmicas do desejo nunca são completamente deter-
minadas por uma instância, a exemplo do simbólico, mas, ao contrário, “[...] se
caracteriza pelo deslocamento, pode exceder a regulação, assumir novas formas
em resposta à regulação, até transformar-se e torná-la atrativa. Nesse sentido, a
sexualidade nunca é totalmente redutível ao ‘efeito’ desta ou daquela operação
do poder regulador” (BUTLER, 2004, p. 15) (tradução nossa3 ).
A maneira com que Butler pensa as relações de poder e suas implicações refletem-
se diretamente em sua teorização acerca da produção dos gêneros e dos corpos.
Nesse sentido, ela chama a atenção para a consolidação de determinadas estru-
turas de poder enquanto marcos que engendram a estrutura binária nos campos
das relações de sexo-gênero. O que a filósofa propõe é uma leitura do exercício
do poder enquanto atividade incidente na materialidade dos corpos e que, por
isso, institui efeitos formativos do que vem a ser considerado enquanto subje-
tividade ou, ainda mais radicalmente, enquanto uma vida humana (BUTLER,
2008, 2019).
2
The notion of “the symbolic” does not address the multiplicity of power vectors upon which Foucault insists, for power
in Foucault not only consists in the reiterated elaboration of norms or interpellating demands, but is formative or productive,
malleable, multiple, proliferative, and conflictual. Moreover, in its resignifications, the law itself is transmuted into that which
opposes and exceeds its original purposes. In this sense, disciplinary discourse does not unilaterally constitute a subject in
Foucault, or rather, if it does, it simultaneously constitutes the condition for the subject’s de-constitution.
3
[...] it is characterized by displacement, it can exceed regulation, take on new forms in response to regulation, even turn
around and make it sexy. In this sense, sexuality is never fully reducible to the ‘effect’ of this or that operation of regulatory
power.
522 Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea, Brasília, v.10, n.1, abr. 2022, p. 505-527
ISSN: 2317-9570
PODER, NORMA, CORPO E GÊNERO: REFLEXÕES A PARTIR DE MICHEL FOUCAULT E JUDITH
BUTLER
o gênero é consolidado a partir de relações de poder específicas enquanto ca-
tegoria fundante da experiência humana. Nesse sentido, para a garantia de sua
postura em ato, são instituídas normas para a produção e regulação dos corpos
e das experiências adequadas ao marco de gênero binário.
Depreende-se disso que Butler realiza uma aplicação específica das teoriza-
ções de Foucault acerca do poder. Nesse sentido, ocorre na teoria de gênero
da filósofa a consolidação de um pensamento disciplinar acerca da produção
4
Particular kinds of regulations may be understood as instances of a more general regulatory power, one that is specified
as the regulation of gender. Here I contravene Foucault in some respects. For if the Foucaultian wisdom seems to consist in
the insight that regulatory power has certain broad historical characteristics, and that it operates on gender as well as on other
kinds of social and cultural norms, then it seems that gender is but the instance of a larger regulatory operation of power. I
would argue against this subsumption of gender to regulatory power that the regulatory apparatus that governs gender is one
that is itself gender-specific. I do not mean to suggest that the regulation of gender is paradigmatic of regulatory power as such,
but rather, that gender requires and institutes its own distinctive regulatory and disciplinary regime.
Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea, Brasília, v.10, n.1, abr. 2022, p. 505-527 523
ISSN: 2317-9570
ANDRÉ LUIZ DOS SANTOS PAIVA
5
La relación cuerpo-performatividad-género es en muchos aspectos paralela a la presentada entre cuerpo-biopoder-sujeto
por parte de Foucault.
524 Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea, Brasília, v.10, n.1, abr. 2022, p. 505-527
ISSN: 2317-9570
PODER, NORMA, CORPO E GÊNERO: REFLEXÕES A PARTIR DE MICHEL FOUCAULT E JUDITH
BUTLER
dos corpos.
efetivação dos sujeitos, ainda que seja possível apropriações das normas que
acabem por questioná-las e deslocá-las. Os indivíduos são compelidos a reali-
zarem as suas “escolhas” de gênero, sendo essas previamente delimitadas pelo
marco de inteligibilidade cultural que o sustenta. Devido a esse funcionamento,
a autora utiliza o recurso de analisar a postura do gênero em ato enquanto uma
reformulação performativa, assim,
526 Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea, Brasília, v.10, n.1, abr. 2022, p. 505-527
ISSN: 2317-9570
PODER, NORMA, CORPO E GÊNERO: REFLEXÕES A PARTIR DE MICHEL FOUCAULT E JUDITH
BUTLER
Referências
BERT, Jean-François. Pensar com Michel Foucault. São Paulo: Parábola, 2013.
BRANCO, Guilherme Castelo. Michel Foucault: filosofia e biopolítica. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2015.
BUTLER, Judith. The Psychic Life of Power: Theories in Subjection. Califórnia: Stanford University Press, 1997.
_______. Undoing gender. New York, London: Routledge, 2004.
_______. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. 2ª ed. Rio de Janeiro: Civilização brasi-
leira, 2008.
_______. Corpos que importam: os limites discursivos do “sexo”. São Paulo: n-1 edições, 2019.
CAPONI, Sandra. “Viver e deixar morrer: biopolítica, risco e gestão das desigualdades”. In: NALLI, Marcos;
MANSANO, Sonia Regina Vargas (orgs.). Michel Foucault: desdobramentos. Belo Horizonte: Autêntica
Editora, 2016, pp. 229-246.
CLAVURIER, Vincent. “Real, simbólico, imaginário: da referência ao nó”. Estudos de Psicanálise. Rio de
Janeiro, N.39, 2013, pp. 125–136.
ESCOBAR, Antonius Jack Vargas. “Genealogia e política”. In: RIBEIRO, Renato Janine (org.). Recordar
Foucault: os textos do colóquio Foucault. São Paulo: Brasiliense, 1985, pp. 209-218.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I: A vontade de saber. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1988.
_______. “michel foucault, uma entrevista: sexo, poder e a política da identidade”. verve, N.5, p. 260-277, 2004.
_______. Seguranca, território, população: curso no Collège de France (1977-1978). São Paulo: Editora WMF
Martins Fontes, 2008.
_______. Os anormais: curso no Collège de France (1974-1975). São Paulo: Editora WMF Martins Fontes,
2010.
_______. Vigiar e punir: nascimento da prisão. 42ªed., Petrópolis: Vozes, 2014.
_______. “Poder-corpo”. In: _______. Microfísica do poder. 4ª ed, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2016a, pp.
234-43.
_______. “Não ao sexo rei”. In: _______. Microfísica do poder. 4ª ed, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2016b, pp.
344-62.
_______. “Verdade e poder”. In: _______. Microfísica do poder. 4ª ed, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2016c, pp.
35-54.
GUATTARI, Félix. “1985 – microfísica dos poderes e microfísica dos desejos”. In: QUEIROZ, André; CRUZ,
Nina Velasco e (org.). Foucault hoje? Rio de Janeiro: 7letras, pp. 33-41.
GUTTING, Gary. Foucault: a very short introduction. Nova Iorque: Oxford University Press, 2005 (Arquivo
Kindle).
LACAN, Jacques. O simbólico, o imaginário e o real: conferência de 8 de julho de 1953 na Sociedade Francesa
de Psicanálise, 1953. Disponível em: <http://psicoanalisis.org/lacan/rsi-53.htm>; acesso em: 27/07/2021.
MAY, Todd. Between Genealogy and Epistemology: Psychology, Politics, and Knowledge in the Thought of
Michel Foucault. Pensilvânia: The Pennsylvania State University Press, 1993 (Arquivo Kindle).
MACHADO, Roberto. “Introdução: por uma genealogia do poder”. In: FOUCAULT, Michel. Microfísica do
poder. 4ª ed, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2016, pp. 07-34.
NAVARRO, Pablo Pérez. Del texto al sexo: Judith Butler y la performatividad. Espanha: Editorial Egales, 2008
(Arquivo Kindle).
PEZ, Tiaraju Dal Pozzo. “Michel Foucault: ontologia e liberdade”. In: NALLI, Marcos; MANSANO, Sonia
Regina Vargas (orgs.). Michel Foucault: desdobramentos. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2016, pp.
123-143.
REVEL, Judith. Michel Foucault: conceitos essenciais. São Paulo: Clara Luz, 2005.
Recebido: 15/02/2022
Aprovado: 10/03/2022
Publicado: 30/04/2022
Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea, Brasília, v.10, n.1, abr. 2022, p. 505-527 527
ISSN: 2317-9570