Manual de Gestão Da Certificação 2 Ed
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ANEXO I
Portaria Nº 03, de 24 de agosto de 2023
2ª Edição
Brasília, 2023
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Presidente da República
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS....................................................................... 7
2 OBJETIVO ............................................................................................... 8
4.3 Remembramento..............................................................................15
5 CANCELAMENTO .....................................................................................19
5.1.2.2 Quando solicitado por terceiro que não o fiscal ou servidor do Órgão
responsável pela parcela .......................................................................25
6 RETIFICAÇÃO .........................................................................................26
7 REGISTRO .............................................................................................29
9 AUDITORIA ............................................................................................35
12 RECADASTRAMENTO ............................................................................45
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
No ato de certificação atesta-se que a poligonal referente aos limites do imóvel rural
não se sobrepõe a nenhuma outra constante do cadastro georreferenciado do Incra
e que o memorial descritivo atende às exigências técnicas, conforme definido no
parágrafo 5º do artigo 176 da Lei nº. 6.015, de 31 de dezembro de 1973, incluído
pela Lei nº 11.952, 25 de junho de 2009.
1
As peças técnicas são geradas com base no arquivo digital enviado pelo
credenciado, contendo informações relativas aos vértices, limites, confrontações,
identificação do imóvel no registro de imóveis, código do imóvel no SNCR e
identificação do proprietário.
2 OBJETIVO
3 AÇÕES DE CERTIFICAÇÃO
As ações de certificação são executadas por meio do Sigef, sendo algumas delas de
forma automática e outras com intervenção de analistas de Comitês Regionais de
Certificação - CRC.
i. Requisição judicial;
ii. Processo de auditoria;
iii. Atualização de informações de parcelas quando entender necessário para
manter a integridade do cadastro georreferenciado.
Nos casos em que não houver deferimento automático, o analista deverá adotar os
mesmos procedimentos previstos no item 3.1.
Nos casos em que ocorra a inserção de vértices em limites comuns a outras parcelas
certificadas no Sigef e que atendam às regras estabelecidas nos itens 2.6.1.1 e
2.6.1.2 do Manual Técnico para Georreferenciamento de Imóveis Rurais – MTGIR –
2ª Edição, as parcelas confrontantes afetadas pelo desmembramento serão
atualizadas automaticamente.
Nesses dois casos, não é necessário aguardar manifestação dos atores que foram
comunicados para finalizar o requerimento, desde que atendidas as exigências do
Manual Técnico para Georreferenciamento de Imóveis Rurais.
4.3 Remembramento
Este procedimento somente poderá ser requerido pelo responsável técnico da parcela
a ser atualizada ou por analista do Incra, através de envio de planilha associada em
requerimento específico.
Caso não exista manifestação de alguma das partes confrontantes em até trinta dias
ou esta seja contrária, o requerimento será indeferido e o analista orientará que
sejam feitas tratativas em outras esferas para resolver a situação e que novo
requerimento somente seja aberto após acordo ou decisão judicial, exceto nos casos
em que o requerente comprove a existência de erro grosseiro relacionado à altitude
do vértice.
2
Ver item 1.2.13 do Manual Técnico de Georreferenciamento de Imóveis Rurais.
Caberá ao analista:
Não é necessário aguardar manifestação dos atores que foram comunicados para
finalizar o requerimento, desde que atendidas as exigências do Manual Técnico para
Georreferenciamento de Imóveis Rurais.
5 CANCELAMENTO
3
As situações representadas nas figuras não são reais, estão sendo usadas apenas
para ilustrar diferentes tipos de erros. Nas figuras 1, 2, 3, 4, 5 e 6, as linhas em
vermelho representam os limites de parcelas certificadas equivocadamente e as
linhas em azul os limites das parcelas referentes a real localização do imóvel objeto
do título de domínio.
viii. Parcela certificada não contempla parte do imóvel objeto do título de domínio;
Figura 5 - Parcela certificada não contempla parte do imóvel objeto do título de domínio
Nas situações em que os elementos técnicos disponíveis não forem suficientes para
conclusão da análise, o analista poderá demandar a realização de diligência em
campo para dirimir dúvida quanto ao requerimento apresentado.
Em casos de sobreposição em que haja elementos que possam indicar litígio dominial,
o analista deverá informar que o Incra não é a esfera competente para resolução da
questão e sugerir que as partes façam a tratativa na via judicial, sobrestando o
requerimento.
4
Todos os casos de decisões judiciais relativas a cancelamento de certificações
deverão ser analisados previamente pela Procuradoria Federal Especializada da AGU
junto ao Incra.
Estas parcelas são submetidas no Sigef com a situação informada “Área não Titulada”
via “Destinação Particular” ou por “Destinação Contrato Público”.
b) A pedido de terceiro;
i. Caso o interessado não seja o detentor informado na parcela, deverá ser
apresentado documento de anuência do órgão público responsável pela
parcela, além dos documentos citados nos itens ii, iii, iv, v ou vi do item
anterior;
6 RETIFICAÇÃO
5
Dados de retificação disponíveis apenas para parcelas com situação informada "Área
Titulada Não Registrada”, situação específica de áreas com Título de Domínio emitido
por órgão oficial ainda não registrado em Cartório, inclusive usucapião. Nestes casos,
deve ser informado o nome do Órgão Público e o número do Título Expedido.
Caso não seja o mesmo responsável técnico pela certificação da parcela, o requerente
deverá apresentar Documento de Responsabilidade Técnica (ART / TRT ou similar)
emitido para essa retificação, devidamente assinado pelo proprietário e credenciado.
Caso não seja o mesmo responsável técnico pela certificação da parcela, o requerente
deverá apresentar Documento de Responsabilidade Técnica (ART / TRT ou similar)
emitido para essa retificação, devidamente assinado pelo proprietário e credenciado.
Parcelas vinculadas são aquelas enviadas em uma mesma submissão e Planilha ODS
contendo mais de um perímetro (multiabas). Para estas parcelas, há a possibilidade
de retificação de um atributo comum, simultaneamente.
Área Titulada não Registrada – área que foi objeto de titulação pelo poder público ou
com procedimento de usucapião concluído, ainda não inscrita no registro de imóveis.
Área não Titulada – área que não possui título de domínio registrado ou passível de
registro, usada exclusivamente para regularização fundiária através da opção
“Destinação”.
i. Assentamento
ii. Assentamento parcela
iii. Estrada
iv. Ferrovia
v. Floresta Pública
vi. Gleba Pública
vii. Particular
viii. Perímetro Urbano
ix. Terra Indígena
x. Terreno de Marinha
xi. Terreno Marginal
xii. Território Quilombola
xiii. Unidade de Conservação
7 REGISTRO
Para a certificação de um imóvel rural cumprir seu papel legal, esta deve
necessariamente ter o registro confirmado pelo Ofício competente, com sua inclusão
na matrícula. O requerimento de Registro é a ferramenta utilizada para efetivar esta
comunicação entre Cartórios de Registro de Imóveis e o Incra.
Os atributos que podem ser atualizados são: identificação do detentor, SNCR, CNS e
matrícula.
Nos casos em que a parcela tiver o campo “Situação” como “Titulada não Registrada”,
o deferimento do requerimento atualizará automaticamente a “Situação” para
“Imóvel Registrado” ao final do procedimento.
6
Na impossibilidade do registrador do Cartório de Registro de Imóveis protocolar
requerimento de Registro, estes poderão ser protocolados por credenciados, sendo
encaminhados para análise.
Caso deferido, os dados são atualizados no sistema e as peças técnicas passam a ser
disponibilizadas sem ressalvas em relação aos dados de registro.
7
Para maiores detalhes, consultar o Manual do Sigef – Novo Requerimento de
Sobreposição.
8
O cadastro georreferenciado do INCRA, a que se refere o parágrafo 5º do artigo
176 da Lei 6.015/73, é composto por parcelas certificadas ou por parcelas validadas
pelo SIGEF representando áreas não tituladas situadas em terras públicas objeto de
ação de regularização fundiária.
O requerimento deverá ser originado a partir de um único envio por meio de uma
planilha multiabas contendo todos os polígonos desmembrados e remanescente.
O requerimento deverá ser originado a partir de um único envio por meio de uma
única planilha representando todo o polígono remembrado.
A conversão ocorre nos casos em que o proprietário tem interesse de realizar nova
certificação no Sigef de áreas já certificadas no SNCI.
O Incra atuará na análise dos casos de sobreposição dos polígonos não certificados
de sua base de dados (projetos de assentamento e territórios quilombola) e de
unidades de conservação municipal e estadual do Cadastro Nacional de Unidades de
Conservação - CNUC.
9 AUDITORIA
A verificação do atendimento aos critérios normativos poderá ser atestada por apenas
um analista.
O requerimento será avaliado por pelo menos mais um analista, limitado ao máximo
de três. Havendo concordância de todos os analistas envolvidos, o requerimento será
finalizado com indicação de cancelamento da parcela.
10 CONCLUSÃO DO PROCEDIMENTO
11 SANÇÕES ADMINISTRATIVAS
A limitação de acesso é uma ação realizada por analista que impede um credenciado
de realizar novos envios de parcelas ou abrir novos requerimentos, sendo possível,
entretanto, incluir mensagens em requerimentos já abertos nos quais o profissional
esteja envolvido.
Será aplicado diretamente pelo CRC ou a pedido de analista de órgão público nos
seguintes casos:
Nos casos em que houver previsão da limitação de acesso, ainda que não tenham
passados 30 dias, o responsável técnico somente prosseguirá com as operações no
SIGEF quando manifestar “ciência” ao requerimento onde há solicitação para sua
manifestação.
Esta sanção tem por objetivo advertir o credenciado quanto a erros técnicos na
execução do georreferenciamento ou no procedimento de certificação, quando não
ficar evidenciado intencionalidade e a extensão do dano for de proporções reduzidas,
evitando a sua repetição. Também poderá ser aplicada no caso de requerimento
manifestamente infundado ou ao não atendimento a notificações.
Esta sanção tem por objetivo limitar as ações do credenciado devido a negligência
e/ou imprudência na execução do georreferenciamento ou no procedimento de
certificação, quando não ficar evidenciada intencionalidade e houver danos a
terceiros, evitando a sua repetição.
Ainda que não sejam identificadas estas condições, também será passível de
suspensão o credenciado que não colaborar com a solução dos problemas.
11.4 Descredenciamento
Não se aplica:
i. nos casos em que o erro for identificado pelo próprio responsável técnico ou,
mesmo quando houver requerimento aberto por terceiros, o credenciado
apresenta os dados de levantamento e contribui tempestivamente para
proceder à correção;
ii. nos casos em que houver possibilidade de retificação ou atualização das
informações da certificação (altitudes, método de posicionamento, tipo de
limite, sigma, código de vértices etc.);
Não se aplica nos casos de erro na identificação, levantamento e descrição dos limites
naturais, estradas, supressão ou acréscimo de vértices, quando for identificado pelo
próprio responsável técnico ou, mesmo quando houver requerimento aberto por
terceiros, o credenciado apresenta os dados de levantamento e contribui
tempestivamente para proceder à correção.
Não se aplica:
No Sigef, o acesso só poderá ser efetuado por certificado digital emitido para pessoa
física.
Não se aplica:
9
Disponível em https://www.jusbrasil.com.br/noticias/certificado-digital-emprestar-
e-perigoso/100156653, consulta em 25/05/2023.
12 RECADASTRAMENTO