Gabriel Millani RICOS, SOLTEIR - Josiane Veiga
Gabriel Millani RICOS, SOLTEIR - Josiane Veiga
Gabriel Millani RICOS, SOLTEIR - Josiane Veiga
GABRIEL MILLANI
Sinopse
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Final
Epílogo
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GABRIEL MILLANI
RICOS, SOLTEIROS E CANALHAS
JOSIANE VEIGA
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida
ou transmitida por quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e
gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem autorização
escrita da autora.
Esta é uma obra de ficção. Os fatos aqui narrados são produto da imaginação.
Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real deve ser
considerado mera coincidência.
Título:
GABRIEL MILLANI
Romance
ISBN – 9798813046681
Texto Copyright © 2022 por Josiane Biancon da Veiga
Sinopse
Os Irmãos Millani não tinham amarras. Solteiros, ricos e
verdadeiros canalhas quando o assunto eram mulheres.
Camila era uma jornalista fracassada que trabalhava
escrevendo fofocas em um pequeno site. Até que um dia, um dos
seus artigos atinge o orgulho do poderoso Gabriel Millani.
Até porque não importa. Não estou fazendo isso por esse
homem. Estou fazendo por mim.
Ponto.
Assim.
Você não diz: “Oh, que triste, quanto sofrimento passa aquele
mendigo”, por sentir pena do mendigo. Você sente compaixão de si
mesmo, ao imaginar-se estando no lugar do mendigo.
— Moça...
Uma jovem cruza por mim. Ela está rindo, enquanto papeia no
celular. A observo brevemente, sentindo falta de quem já fui.
Eu? Insuportável?
Bem, sim, eu era insuportável. Lucas não foi o único cara que
me disse isso.
— Tem?
— Conte-me mais.
— Como?
— Ora, ele fez com que ela se apaixonasse por ele. Então,
quando ela comentou que eles estavam namorando para um grupo
de amigos – que inclui o jogador com quem estou saindo no
momento – esse cara simplesmente sumiu. Ele não atende mais
suas ligações, ele nunca mais a procurou e deixou a menina em
frangalhos. Ela está depressiva por isso. Dizem que nem está
trabalhando mais, só faz chorar. Ele já tem seus quarenta e poucos
anos e enganou uma garota com a metade da sua idade, é um
monstro.
Era mesmo.
◆◆◆
E da juventude delas.
◆◆◆
Não faço ideia da rotina de uma mulher. Nunca tive uma por
mais de alguns dias. E tudo que me interessava nelas era o buraco
no meio das suas pernas.
◆◆◆
Eu sorri.
— Sim, senhor.
— Sim, senhor.
— Senhor?
— Sim?
— Sim? — insisto.
— O que é isso?
◆◆◆
Que cadela!
— Senhor?
Ela abre a boca, sem saber o que responder. Sei que não quer
mentir para mim, mas também teme dizer a verdade. Foi seu
silêncio, por fim, que respondeu todas as questões.
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Camila
— Com licença?
— Sim?
— E?
— Eu vou te processar.
Porque...
— Tem uma padaria aqui perto — ela diz, olhando para trás, e
me fazendo erguer a face. — Estou com fome e eles assam o pão
de queijo na hora.
Entramos na padaria e ela vai reto até uma mesinha com duas
cadeiras. Coloca a bolsa em cima e depois me deixa sozinho, indo
direto no balcão.
Eu nego.
— Sapucaia.
— É meio longe.
Eu achava isso.
— Você não?
— A minha não é.
— Millani — a corrijo.
Mas, consigo.
— Millani!
— Eu não...
— Cara... Olhe para mim. Eu sou uma fodida que mora numa
casa com outras quatro pessoas. Eu sou uma fracassada que janta
pão de queijo as seis horas de uma sexta-feira. E você me
perseguiu numa estação de trem, revoltado porque eu fiz uma
fofoca num site sem importância, sem citar seu nome.
Eu o odeio.
É um fato.
Gabriel Millani representa tudo de ruim que existe. Ele realmente
acha que todas as mulheres são aproveitadoras?
Suspirei.
Injusta?
Ok. Ele não era um ancião. Devia ter uns quarenta e poucos.
Mas, eu senti uma enorme satisfação ao vê-lo engasgar-se com o
café. Eu sei que é mesquinho, mas estou satisfeita em ter a última
palavra.
Ancião...
Ancião? Ancião!
Estou indignado! Quem essa garota acha que é para falar assim
comigo?
Droga!
Até Camila...
Suspiro. Outro gole de café. Está frio. Odeio café frio, então
coloco a xícara de lado.
— Hum... É verdade?
— É sério?
◆◆◆
Não é ruim morar aqui, todos são simpáticos, mas por ser a
mais velha, me sinto deslocada. São jovens com seus vinte anos,
cheios de energia, e eu sou o retrato de alguém que não deu certo.
Balanço a cabeça.
É ridículo!
— Quem é? — pergunto.
— Eu vim falar com você sobre a fofoca que fez sobre mim.
— E daí?
— E?
Eu quase ri.
— Aham.
— Não.
— Não ligo.
Ela olha para mim como se pela primeira vez eu estivesse lhe
dando um motivo plausível. Posso sentir algo amolecer dentro dela.
Quero dizer-lhe que não penso isso, mas penso. Se ela é uma
jornalista focada na verdade, por que vive de fofocas? Não devia
estar trabalhando na política ou na economia? Talvez na área
criminal?
De repente uma lágrima desce por seu rosto. Ela parece tão
assustada, que logo a recolhe com as mãos. Está em choque e eu
mal acredito quando me vejo pulando de sofá e indo até ela.
E é.
Ele é todo modelo de romances hot. Ele é tão quente e
pecaminoso.
Seus olhos fixam nos meus. Ele não os fecha quando volta a
me beijar. Isso é tão quente que me faz pegar fogo.
Ela não quer minha voz. Não quer despertar para a loucura
que estamos prestes a fazer.
Porque não é.
Gabriel tira seu cacete. Seu pau está molhado, uma pérola
coroa sua cabeça. Ele a derrama sobre minha entrada, lubrificando
mais. Então, o movimento de entrada é meu, já que ele parece tão
calmo e vagaroso. Eu movo meu quadril contra seu pau, encaixando
melhor, afundando, flexionando, até que seu eixo grosso e de veias
salientes afunda completamente em mim.
Eu cochilei por algum tempo depois do sexo incrível que tive com
Camila. Sou assim, meio que um cavalo selvagem que se torna um
pangaré quando esvazia as bolas.
— Quatro.
— Vamos, rápido.
Ficantes?
Eu sou um ficante?
Quando coloco a camisa e a calça, sou expulso rapidamente
do quarto. Ao sair, percebo um rapaz jovem no corredor, que me
encara embasbacado. Eu sei que ele entendeu imediatamente o
que estava acontecendo, já que Camila estava enrubescida pela
tarde de sexo.
— Millani! — corrijo.
◆◆◆
Que diabos?!
Eu tô puto!
— Certo.
Aline saiu depois disso, parece ter percebido meu ânimo
irritado.
Puta merda.
Ela é perfeita.
◆◆◆
— Oi Chefe.
— Certo — murmuro.
Ou mulheres.
— Sei...
— Ok.
Ele acena.
Era isso. Ela conseguiu dar o golpe do baú. Vicente não era
um futuro jogador da seleção, mas ganhava muito bem e estava
num time da segunda divisão do campeonato português.
— Sei.
— Eu sinto muito que ela seja sua ex — ele insistiu.
— Certo.
Ela teria que implorar meu perdão pela matéria infame que fez
sobre mim naquela porcaria de site!
13
Camila
— Gabriel Millani.
Ele é legal...
Mordo meu lábio inferior. Ele realmente foi muito legal comigo.
Foi doce e gentil. Me confortou e foi muito quente quando me fodeu.
Nem todo cara se preocupa em deixar a mulher pegando fogo.
Preciso ignorar a lembrança de Gabriel chupando o meio das
minhas pernas e tento me concentrar na maquiagem de Vanessa.
Quando ela termina, me puxa até seu quarto e me faz ver o espelho.
◆◆◆
“Aconteceu”.
Corajosa?
Não sei se essa palavra pode me definir. Agora mesmo, estou
estremecida pela simples presença de Gabriel Millani. Não sei por
quê.
— Obrigada.
Por mim...
— Pensei?
— Sabe o quê?
— Estar grávida.
Assim que assenti para ele, porém, ele me deu o sorriso mais
safado que eu já vi.
Eu sei que isso não está certo. Uma parte de mim se pergunta
o que diabos estou fazendo comigo mesma, sendo o novo
brinquedinho desse arrogante. Mas, meu corpo está em um estado
tão entregue que não consigo me conter, algo crescendo e
crescendo em minha alma, enquanto meus gemidos invadem o
quarto, tornando tudo uma sinfonia de prazer.
— De boa — diz.
— Eu não sou uma bonequinha sexual que você vai levar para
onde quiser.
Touché.
17
Gabriel
É claro que ela não aceitou viajar comigo. No dia seguinte a nossa
noite, ela desapareceu da minha casa, sem sequer se despedir. Era
uma mulher desgraçada, que acabou com a minha cabeça, e saia
de cena como se eu não valesse sequer uma explicação.
— Por que você não arruma uma mulher e se casa com ela?
Ela fode comigo, ela goza na minha boca, e ela não pode
casar comigo?
Havia algo em mim. Talvez amor. Nunca senti antes, então era
uma surpresa que vivesse o sentimento por alguém como ele. Mas,
essa paixão doida não tirou minha racionalidade, e decidi não ser
mais uma no rol de conquistas fáceis de Gabriel Millani.
Já fazia dois meses que eu tive minha primeira vez com ele. E
eu tinha absoluta certeza que estava grávida.
— Sim?
— O que tem?
— Você vai me dizer agora que viveu sem amor a vida inteira,
e por isso não sabe amar?
— Que coisa?
— Provar para você que eu posso ser mais que, sei lá, o cara
com quem está transando.
Largo o meu garfo e tento me concentrar no que ele está
dizendo.
— Isso.
— Você sabe que terá que fazer mais que me contar uma
história triste, não?
— Como assim?
— Você a iludiu.
◆◆◆
— E?
— Eu também.
— Sim.
— Durante o sexo não vale. Homem diz o que for só pra comer
boceta.
◆◆◆
— Então? Como foi?
Estava no Aeroporto. Mal podia esperar para voltar para casa,
para minha esposa.
— Tranquilo. Otto é muito centrado e Ciel é jovem e cheio de
energia. Ambos se casaram recentemente.
Do outro lado da linha, Camila riu.
— Parece que os irmãos Millani foram capturados.
— Você nem imagina o quanto, querida — suspiro. — E
como se sente?
— Enorme e ansiosa para o parto.
— Ao menos espere-me chegar em casa — brinquei. Ainda
tinhamos mais de um mês.
No interfone escuto o aviso de que estão providenciando o
embarque do meu voo.
— Está na minha hora, Camila. Em breve estarei em casa.
Ela suspirou.
— Certo. Estarei te esperando no Salgado Filho.
Sorri, antes de desligar. A sensação de ter alguém para mim
era maravilhosa. Ter uma esposa era a melhor coisa do mundo.
Não sei porque não me casei antes.
Outro sorriso.
A resposta é porque não havia conhecido Camila ainda. Ela
era a pessoa certa.
◆◆◆
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Josiane Biancon da Veiga nasceu no Rio Grande do Sul.
Desde cedo, apaixonou-se por literatura, e teve em Alexandre
Dumas e Moacyr Scliar seus primeiros amores.
Aos doze anos, lançou o primeiro livro “A caminho do céu”, e
até então já escreveu mais de vinte livros, dos quais, vários se
destacaram em vendas na Amazon Brasileira.
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