Visualização de Dados E Storytelling: Aula 2
Visualização de Dados E Storytelling: Aula 2
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STORYTELLING
AULA 2
Existe uma palestra muito famosa, que foi apresentada cerca de 6 mil
vezes. Trata-se da Acres of Diamonds, de Russell Conwell. Seria comum
associar que uma palestra realizada tantas vezes estaria registrada no cérebro
do conferencista, que ele teria gravado todas as palavras e até o tom de sua voz
sairia automático. No entanto, esse não era o caso do dr. Conwell, pois ele sabia
que seu público é diferente e reconhecia que precisava fazer com que cada
auditório se sentisse parte da mensagem, que aquela palestra se tratava de uma
coisa viva, criada para aquele auditório e somente para ele.
Mas como Conwell conseguiu obter êxito e manter viva a relação entre
conferencista, palestra e auditório, entre um compromisso e outro? Conforme
seu relato, quando ia a uma cidade que não conhecia, ele procurava chegar cedo
para visitar e conhecer o chefe dos correios, o barbeiro, o gerente do hotel; para
conversar com diretores de colégios, alguns sacerdotes; visitava as lojas para
falar com as pessoas, a fim de saber o que existe em suas histórias e quais
oportunidades há ali. Só então ele fazia suas palestras falando com os ouvintes
sobre assuntos que se aplicavam a eles localmente.
Nesse exemplo, temos uma situação de conteúdo que foi amplamente
reutilizável, mas com especificidades inseridas em cada situação. Para que a
comunicação seja bem-sucedida depende de quanto o orador pode fazer com
que suas palavras sejam parte de seus ouvintes e estes parte das suas palavras.
Ao associar a questão do planejamento da apresentação oral, é
fundamental entender o processo de comunicação, que envolve transmitir
informações de uma parte para outra, tendo como base o exemplo do dr.
Conwell, que assegura que suas palavras sejam sempre preparadas
considerando os diferentes públicos para os quais será feita a apresentação
apresentar. Neste sentido, a estrutura da nossa aula será:
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TEMA 1 – MODELOS DE COMUNICAÇÃO
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• Transmissor: é facilmente generalizado na teoria da informação de
Shannon para abranger ampla gama de transmissores. O sistema de
transmissão mais simples associado ao sistema de comunicação
presencial possui pelo menos duas camadas de transmissão. A primeira,
boca (som) e corpo (gesto), criam e modulam um sinal. A segunda, que
também pode ser descrita como um canal, é construída por ar (som) e luz
(gesto) que permitem transmitir esses sinais de uma pessoa para outra.
• Sinal: flui por um canal. Pode haver vários sinais paralelos, como é o caso
da interação face a face em que som e gesto envolvem diferentes
sistemas de sinais que dependem de diferentes canais e modos de
transmissão; pode haver vários sinais seriais, com som e/ou gesto
transformado em sinais eletrônicos, ondas de rádio ou palavras e imagens
em um livro.
• Canal: representado pela pequena caixa não identificada no meio do
modelo. Os canais mais usados incluem ar, luz, eletricidade, ondas de
rádio, papel e sistemas postais. Observe que pode haver múltiplos canais
associados às múltiplas camadas de transmissão.
• Ruído: na forma de sinais secundários que obscurecem ou confundem o
sinal realizado. Atualmente temos pelo menos algumas mídias que são
tão silenciosas que os sinais comprimidos são construídos com uma
quantidade absolutamente mínima de informações e pouca probabilidade
de perda de sinal. No processo de Shannon, a solução de ruído,
redundância, foi amplamente substituída por uma solução redundante:
detecção e correção de erros. Hoje usamos o ruído mais como metáfora
para problemas associados à escuta eficaz.
• Receptor: na concepção de Shannon, o instrumento de telefone receptor.
Na comunicação face a face, um conjunto de ouvidos (som) e olhos
(gesto). Na televisão, várias camadas de receptor, incluindo uma antena
e um aparelho de televisão.
• Destino: presumivelmente, uma pessoa que consome e processa a
mensagem.
Ideia
Remetente
Desenvolve
Codifica
Mensagem
FEEDBACK
Envia
Sinal
Transmissão
Para
Decodifica
Destinatário
Interpreta
Fornece
Significado
Receptor
Figura 3 – Receptor
Remetente – Codificador
• Ambiente externo
• Estímulos internos
(experiências, atitudes, habilidades)
• Percepção
• Codificação de ideias
• Decisões de símbolo
• Mecanismos de envio
Fonte: Elaborado com base em Diaz Bodernave, 1995.
Berlo (1972) defende que a razão pela qual a comunicação humana é tão
poderosa está ligada não apenas à linguagem, mas também ao fenômeno da
empatia comunicativa. Quando a comunicação falha, as causas podem ser
encontradas no sinal ou no canal de transmissão que liga o remetente e o
receptor. Mas é importante reconhecer que eles também podem derivar da falha
do remetente em tomar os pontos de vista do receptor para se adaptar
construtivamente e de acordo com seus objetivos comunicativos.
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disseminação da mídia tradicional ou com tecnologia, a apresentação oral
tornou-se um meio significativo de comunicação. A situação da apresentação é
baseada em ação recíproca entre o apresentador e o público (Carnagie, 2006).
Com sua a função comunicativa, a partir da apresentação oral, você pode
vender suas ideias ou produtos facilmente se souber como tornar eficientes suas
apresentações orais. Então, as potencialidades das apresentações orais
dependem em grande parte da preparação e do envolvimento do apresentador.
De acordo com Carnagie (2006), as apresentações orais têm algumas
vantagens sobre as demais. Significativamente, quebram o monólogo e
oferecem diálogo aberto entre apresentador e público; oferece a possibilidade
de o público interagir significativamente em uma situação de apresentação oral
e pode fornecer pontos de vista alternativos. Os ouvintes também podem
levantar alguns pontos discutíveis que ajudam o orador a esclarecer a posição.
Para entendermos o impacto de um discurso efetivo ao vivo nos ouvintes.
Austin e Aitchison (2006) defendem que por meio da apresentação oral, o
apresentador tenta dar uma forma concreta e num contexto de tomada de
decisão pode convencer um grupo a tomar uma decisão, votar em uma decisão,
dar feedback para tomar decisões, e pesquisar assuntos que exijam
conhecimento especial para posteriormente tomar decisões. Assim, podemos
dizer que um documento ou projeto é melhor entendido se for transmitido por
uma apresentação oral.
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Figura 4 – Representação de apresentação memorizado
Crédito: fizkes/Shutterstock.
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em que o apresentador tem um escopo para ser criativo; ele continua
criando frases de sua própria escolha tendo em mente a necessidade do
momento. A apresentação extemporânea é a preferida, pois mantém
intactos o conteúdo e a naturalidade da apresentação. O apresentador
pode facilmente fazer contato visual com os ouvintes, pois não está lendo
o texto literalmente. A espontaneidade da apresentação oral do
palestrante dá uma forma totalmente nova ao elemento de foco. Se a
apresentação for ensaiada com bastante antecedência, a mensagem será
completa e fácil de compreender (Carnagie, 2006; Chiavenato, 2010).
Crédito: fizkes/Shutterstock.
Outro aspecto importante de uma apresentação oral é que ela pode ser
dada a vários tipos de ouvintes, em várias situações. Geralmente, conforme
apresentam Austin e Aitchison (2006), os três grupos-alvo a seguir exigem
apresentações orais:
• Clientes e clientes.
• Colegas de trabalho.
• Colegas profissionais.
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Você deve fazer apresentações extemporâneas nas duas situações, pois isso é
considerado muito eficaz nesses casos (Austin; Aitchiso, 2006).
Os autores também defendem que são necessárias apresentações orais
para os colegas de uma organização em contextos diferentes. Suponha que você
envie uma proposta informal para melhorar as operações em sua organização;
você pode ser chamado para uma apresentação oral a um grupo de funcionários.
Tome outra situação: suponha que você seja especialista em determinado
assunto e treinará ou orientará seus colegas de trabalho que trabalham no
campo área de sua experiência. Em ambas as situações, a discussão presencial
beneficiará os colegas de trabalho.
Pode ocorrer que você precise realizar apresentações orais a seus
colegas profissionais ou profissionais de outras áreas. Geralmente essas
apresentações são em seminários e conferências e são frequentemente lidas a
partir de um documento elaborado em equipe ou de um projeto próprio para seus
colegas profissionais, que serão convidados para perguntar e sugerir.
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Figura 6 – Representação 2 de mapa mental
Crédito: Andrey_Popov/Shutterstock.
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Buzan (1996) considera que os mapas mentais têm como foco revelar a
estrutura do processo de pensamento em tempo real; são orgânicos e permitem
que a estrutura se revele. Embora os mapas possam ser usados para
comunicação, são mais empregados para tarefas de pensamento criativo, como
ideias, geração e reconhecimento de padrões. Eles são excelentes para fazer
perguntas e revelar conexões entre ideias aparentemente não relacionadas. Na
era da informação, ou melhor, o dilúvio da era da informação, os mapas mentais
fornecem boias salva-vidas para ajudar a permanecer à tona.
Existem muitas razões para usar mapas mentais. Buzan (1996), Brinkman
(2003), Grillo (2008) e Hermann (2005), apresentaram as seguintes:
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TEMA 4 – COMO FAZER MAPAS MENTAIS?
10 - Evite julgar.
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• Passo 2: desenvolva ideias radialmente para fora. O próximo passo é
olhar para a palavra-chave e pensar na primeira coisa você quer dizer;
desenhe uma linha da afirmação e diga. Perceba que existem várias
categorias que precisam ser abordadas. As perguntas básicas, por
exemplo: como, onde, quando e por quê?
• Passo 3: capture ideias rapidamente; frases completas não são
necessárias. Palavras-chave, frases, esboços, desenhos, diagramas e
símbolos são bons. As ideias costumam chegar mais rápido do que você
pode escrevê-las; o truque é registrá-las bem o suficiente para lembrar do
que você estava pensando.
• Passo 4: use linhas para mostrar conexões. À medida que ideias surgem,
elas fluem para o exterior. Ao pensar em ideias relacionadas, desenhe
uma linha da ideia anterior e anote-a. Linhas indicam conexões; se são
óbvias ou não, nossas mentes trabalham em saltos metafóricos. As linhas
podem conectar grupos de palavras ou ramificar outras linhas; não há
regras corretas. Onduladas, podem indicar incerteza; linhas pontilhadas,
saltos metafóricos; uma longa fila pode percorrer uma distância, saltando
outras linhas no caminho para conectar ideias distantes ou simplesmente
encontrar espaço para adicionar mais pensamentos.
• Passo 5: crie estruturas de pensamento. Essa conexão e ramificação
contínuas revelam uma estrutura de pensamento. A sólida coleção de
linhas indica claramente como as ideais fluíram de uma para outra.
• Passo 6: siga uma ideia até onde for possível, cedo ou tarde as ideias
chegam ao fim. Em algum momento, já terá o suficiente sobre esse
assunto. Quando chegar ao ponto em que não tem nada além de
perguntas é hora de finalizar.
• Passo 7: trabalhe do conhecido ao desconhecido. Perguntas são um bom
lugar para terminar. Porque nós tendemos a trabalhar do conhecido ao
desconhecido, é normal ter perguntas à margem do mapa. As perguntas
são uma ótima maneira de resumir uma nova ideia e ótimas para parar.
• Passo 8: volte ao centro quando as ideias estiverem esgotadas; quando
terminar um pensamento, volte para o centro. Se você já tem outra
categoria em mente, pode começar com isso. Caso contrário, olhe a ideia
central até pensar em outra questão a explorar. Repita o ciclo de chegar
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ao centro e começar até você ter esgotado seus pensamentos sobre o
assunto ou simplesmente ficar sem espaço.
• Passo 9: aumente a densidade para criar riqueza. Mapas interessantes e
perspicazes ocorrem quando certa densidade de tipo de ideias é
alcançada. A densidade cria uma massa crítica, a oportunidade de fissão
e fusão de ideias e conceitos. Quando há muitas ideias, elas se empurram
e se refletem; elas podem se desmembrar em padrões inesperados.
• Passo 10: evite julgar. Em qualquer processo criativo, críticas prematuras
matam ideias. As sessões de solução de problemas não devem tolerar
comentários críticos enquanto ideias estão fluindo. Isso se aplica ao
mapeamento mental, assim como o brainstorming; deveria ser uma
atividade exploratória e expressiva. Mapas mentais são melhores quando
fluem livremente, especulativos e sem censura pelo seu julgamento.
Ao preparar uma apresentação oral, você deve fazer uma avaliação dos
seguintes elementos das dimensões da comunicação, conforme o Quadro 2.
• Cronológico.
• Espacial.
• Geral para específico.
• Mais significativo para menos significativo.
• Problema-método-conclusão.
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específico é geralmente usado para literatura e relatórios de vendas destinado a
gerentes e outras autoridades
O padrão mais significativo para menos significativo enfatiza primeiro os
problemas difíceis e depois passa para a área sem problemas. Ao fazer isso, o
apresentador tenta explicar os elementos que não estão funcionando bem. Já no
padrão problema-método-conclusão, é preciso pensar em uma introdução
eficaz, que possa indicar o problema que levou ao projeto. Apresente também
alguns fatos reveladores que poderiam definir o escopo e objetivo da
apresentação. Depois discuta os métodos e, finalmente, resuma as principais
conclusões e resultados. Tendo em mente os padrões organizacionais
mencionados, decida o objetivo da apresentação e, em seguida, escreva um
esboço, que é, portanto, um ato de categorização de informações.
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Existem no âmbito digital muitos recursos audiovisuais para serem usados em
uma apresentação oral.
FINALIZANDO
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fala – e fomos situados quanto aos tipos de apresentação oral. Como recurso
auxiliar da apresentação, foi abordado nessa aula o mapa mental, que além de
ser uma ferramenta de comunicação, tem características específicas que
possibilitam sua utilização em vários campos e com diferentes finalidades.
Além das formas de comunicação e recursos, destacamos a importância
do planejamento nas apresentações orais e abordamos algumas etapas
envolvidas na preparação das mesmas.
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REFERÊNCIAS
BUZAN, T. (1976). Use Both Sides of Your Brain. E. P. Dutton & Co., New
York.
BUZAN, T. e Buzan, B. The Mind Map Book. Plume, 2. ed., 1996. 320 p.
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