Relatório Pisec 6 (2°)
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Relatório Pisec 6 (2°)
CURSO DE MEDICINA
RELATÓRIO PISEC 6
No dia 29/08 atendemos João Alexandre de 36 anos, mora no bairro junto com a mãe,
é divorciado da esposa e é dono de uma empresa que atua na construção civil. Ele
veio ao consultório pois sentia uma dor abdominal constante há mais de um ano e
perda ponderal de 22 quilos em 1 ano, também solicitou alguns exames para
descobrir se pode voltar a fazer atividade física, a dor não tem fator de melhora ou
piora, mas não é uma dor incapacitante, também relatou tosse crônica com escarro
hialino. O paciente refere alimentação normal porém deficiente em alguns aspectos e
relatou não ir ao banheiro há 3 dias, mas sua urina está normal. O paciente refere
histórico de hipertensão (140/90) mas não faz uso de nenhum medicamento para
controle, tem histórico de tabagismo, fuma desde os 14, parou com 23, porém retornou
há 2 anos atras fumando 1 maço por dia, seu pai ter histórico de hipertensão e suma
mão é diabética e sofre de arritmia cardíaca. Ao final também relatou perde de um
parente importante recentemente, mas não quis se aprofundar nisso.
Após a discussão decidimos que a conduta apropriada para o paciente seria primeiro
de tudo largar o cigarro e mudar a alimentação, além disso pedimos que ele realizasse
um raio-x de tórax em PA e perfil para verificarmos a origem dessa tosse crônica e um
ultrassom abdominal total para verificar o que pode estar causando essa dor
abdominal do paciente
Pergunta norteadora
O exame físico não apresenta achados típicos e frequentemente pode ser normal,
sobretudo nos casos de acometimento pulmonar não complicados. Exames
laboratoriais também podem ser normais, eventualmente com elevação de
marcadores inflamatórios, como proteína C reativa e velocidade de
hemossedimentação (VHS).
Broncoscopia flexível de fibra ótica pode ajudar a determinar a extensão das lesões
endobrônquicas e a obter tecido para diagnóstico (lavagens, escovações, lavagem
broncoalveolar, biópsia transbrônquica). O exame citológico do escarro é, por vezes,
útil no diagnóstico de câncer de células escamosas centralmente localizado em
pacientes que não são candidatos à biópsia com agulha ou broncoscopia guiada por
CT
Apesar de não existir uma atual recomendação por parte do Ministério da Saúde para
rastreamento do câncer de pulmão, deve ser considerado para pacientes de alto risco
entre 55 e 80 anos, com alta carga tabágica (acima de 30 maços-ano) e que ainda
fumam ou pararam de fumar nos últimos 15 anos.