Resenha Sobre Poder e Politica
Resenha Sobre Poder e Politica
Resenha Sobre Poder e Politica
A política exerce um caminho para o poder, poder o qual os indivíduos que fazem parte do
estado usam para exercer a violência e alcançar seus objetivos quando não se tem resultados
na dominação primaria.
Fazendo uma análise complexa sobre a teoria vista até o presente momento é compreensível
que a política e o poder são conceitos extremamente amplos, conceitos que foram discorridos
por diversos autores desde a antiguidade, o conceito de política abordado no livro ¨ Politica
como vocação¨ o autor Max weber vai transpassar para os leitores duas maneiras de se fazer
política institucionalmente, viver para a política e viver da política, o indivíduo que vive para
a política faz dela parte da sua vida num sentido interior e desfruta a forma pura e simples do
poder que exerce em sua vida, já o indivíduo que vive da política como fonte de renda trabalha
sem causa e exerce o poder de forma deturpada.
O conceito de poder é de certa forma intrínseco a violência na visão de Max weber, parte
principal que difere da teoria de Hannah Arendt, já que para ela a violência reflete ausência de
poder, a mesma vai tratar desse assunto no livro ¨Sobre a violência¨ ela vai formular a ideia de
que, quando há ausência do poder é que a violência é colocada em xeque. Arendt propõe
retornar a uma outra tradição do pensamento político, qual seja, a greco-romana, que
fundamenta o conceito de poder no consentimento e não na violência, a medida em que ela
conceitua poder, trata de que o poder em si e um fenômeno do campo da ação humana e não
uma estrutura, apresenta também que o poder só existe no formato coletivo e que quando a
coletividade termina o poder se esvai junto.
Ao analisarmos essas definições feitas por Hannah e Weber, parecemos chegar a um impasse
e para adentrar de maneira mais completa nas mesmas deveremos entender as formas de
governo, expresso pelo agente o principal agente do poder, o estado. Para Weber o estado é
aquela comunidade humana que dentro de determinado território reclama para si o monopólio
da coação física legitima. Para Hannah o estado nada mais é do que a forma de poder elaborada
hierarquicamente que regula a não ação da violência.
Com esses conceitos definidos dos detentores do poder pelos dois filósofos abordados, iremos
agora para uma visão mais interior do assunto com o autor Norberto Bobbio, que aborda em
seu livro ¨A teoria das formas de governo¨ a complexa relação do estado com a governança dos
indivíduos e instituições dentro de seu território.
Enxergamos prós e contras desses espectros, além dos citados acima, para entender a essas
vantagens e desvantagens na monarquia, trabalharemos com a seguinte metáfora, um reinado
detém uma certa lei, lei essa que expressa o seguinte, cada indivíduo dentro das jurisdições do
estado e governo que consumar um furto deverá ter um dos membros superiores mutilados,
nesse contexto é levado a julgamento o filho do rei, qual ação esse rei deverá tomar? Se espera
que a oposição do rei e as pessoas que se sentiram lesadas exijam que independentemente do
parentesco do rei com o acusado, que o réu cumpra na maneira prescrita na lei pelo seu crime,
o rei, entretanto hesita em tomar à medida que a lei exprime justamente pelo parentesco com o
acusado, saímos disso para outra problemática, visto que, o que a opinião pública irá pensar?
Se o rei optar por não exercer a lei será chamado de fraco e parcial, já se optar por exercer a lei
parecerá impiedoso e ruim, esse é claramente um impasse que um governo de uma pessoa só
terá, já que não existe pluralidade de opiniões. Colocados na mesma problemática a aristocracia
e a democracia com toda certeza teriam menos trabalho para julgar o caso, pois estaria diante
de um grupo de jurados ou que seja um grupo maior de pessoas de qualquer maneira.
Agora que compreendemos as formas de governo mais comuns na história, poderemos voltar
a entender como isso se relaciona com o poder e a política, após a introdução inicial em que
foram explicadas as visões dos dois filósofos vistos na matéria, faremos uma resolução do que
se compreende e que parece fazer mais sentido, acompanhadas das formas de governo, a teoria
de Weber se encaixa mais como que vimos na história da humanidade contemporânea. Pegando
um gancho de Marx que irá dizer que a história da humanidade é a história da luta de classes,
no seu sentido mais puro de luta, em que quem está presente nas formas de governo e detém o
poder, tem também o monopólio da violência e a realiza sem pudor para alcançar seus
resultados, seja a monarquia, aristocracia e a democracia todas elas tem instituições que tem
liberdade constitucional para exercer a violência a quem não agir de maneira correta de acordo
com a lei que curiosamente é elaborada por quem já detém o poder e muitíssimas das vezes
não se analisam as bases da população de determinado território, ou seja, as populações mais
carentes, que já são prejudicadas economicamente e também prejudicadas pelo estado
institucionalmente sem ter a quem recorrer e sofrendo todas as opressões possíveis, sem poder
mover um dedo, a não ser que tenham representantes, colocados no poder normalmente por
votos na democracia, e exigir para que esse representantes tomem medidas que sanem as
necessidades da comunidade por ele representada, para mim é evidente que a poder e a política,
caminham lado a lado, acompanhadas de perto pela violência. Essa é a realidade que parece
fazer mais sentido contemporaneamente.