Reino X Domínio (Conteúdos)
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Reino X Domínio (Conteúdos)
Atualmente o termo monera encontra-se em desuso, e seus integrantes foram divididos em outra forma de
agrupamento, formando o sistema de domínios.
Esses domínios foram esquematizados por Carl Woese, em 1977. Ele adicionou mais uma classificação
acima dos reinos no sistema taxonômico. De acordo com o Woese, todos os organismos existentes podem
ser agrupados em três grandes domínios, são eles:
Além disso, as células procarióticas não possuem demais organelas membranosas, como o complexo
golgiense e as mitocôndrias, realizando no próprio citoplasma as funções específicas dessas organelas
presentes em células eucarióticas.
O DNA procariótico é circular e muito menor que o DNA eucarioto e, além do DNA genômico, as
bactérias costumam apresentam DNA complementar na forma de plasmídeos, que geralmente
conferem resistência e antibióticos.
Quanto às estruturas de membrana, alguns procariotos possuem uma cápsula de polissacarídeo formada,
geralmente, por exopolissacarídeos (EPS). Essa cápsula auxilia na proteção frente a outros organismos e
substâncias, além de promover a adesão em superfícies.
Os organismos procariontes possuem uma parede celular densa, logo abaixo da cápsula bacteriana. Essa
parede celular, também conhecida como membrana esquelética, possui função de conferir resistência e
segurança à célula, além de controle osmótico.
Bactérias ou eubactérias: apresentam, na estrutura da sua parede celular, um composto formado por
polissacarídeos e proteínas, chamado peptideoglicano.
archaeas: apresentam outros polissacarídeos e peptídeos na sua estrutura esquelética.
Abaixo da parede celular, se encontra amembrana plasmática, que sofre invaginações no interior celular,
formando os mesossomos. Estes são "membranas internas", onde ocorrem os processos de respiração
celular para obtenção de ATP e Fotossíntese (no caso das bactérias fotossintetizantes e das cianobactérias).
Os procariontes, de modo geral, também não possuem citoesqueleto, por isso a grande importância dos
componentes como a cápsula e a parede celular.
Alguns organismos, ainda, possuem projeções para além da parede celular, que conferem habilidades
relacionadas a transporte e locomoção:
Flagelos: uma espécie de cauda que se rotaciona permitindo o deslocamento celular em meio
aquoso.
Fibrias: semelhantes aos cílios celulares, elas auxiliam na adesão da célula em superfícies e na
movimentação celular.
Pili: estruturas maiores que as fibrias e que desempenham funções específicas, como a Pili Sexual,
que é semelhante a um canudo no qual a bactéria consegue passar parte do seu material genético
(plasmídeos) para outra bactéria.
Os procariotos, de modo geral, reproduzem de forma assexuada, geralmente por fissão binária ou
cissiparidade.
Após a duplicação do material genético, pelo processo de replicação, as duas moléculas de DNA circular se
fixam em mesossomos diferentes, localizados no interior da célula bacteriana. Então, a célula se divide,
gerando duas células idênticas.
Esse processo, apesar de gerar apenas indivíduos idênticos, sem variação genética, garante a formação
rápida de colônias bacterianas, nos mais diferentes ambientes.
As colônias são formadas sempre em que os organismos procariontes encontram condições adequadas de
sobrevivência, como presença de nutrientes e temperatura e pH favoráveis.
A reprodução sexuada de indivíduos procariontes pode ocorrer através da conjugação - também chamada
de transformação (no caso de indivíduos de espécies diferentes).
Esse tipo de reprodução ocorre quando o indivíduo fixa sua pili sexual em outro e ambos trocam seus DNAs
plasmidiais. Dessa forma, após o plasmídeo ser duplicado e passado para outra bactéria, ele passa a
expressar suas características, que podem conferir novas capacidades adaptativas à bactéria que recebeu
esse plasmídeo.
Antigamente chamadas de arqueobactérias, as archaeas são organismos procariontes que, devido a
diferenças estruturais, são, atualmente, separadas das bactérias e cianobactérias em um domínio único.
A principal característica das archaeas é relacionada ao habitat extremo onde que vivem. Geralmente, esses
organismos povoam regiões de temperaturas e PHs extremos e alta salinidade.
As bactérias, embora façam parte de todos os habitats conhecidos, não possuem as mesmas capacidades das
archaeas de sobreviverem em locais extremos realizando suas funções metabólicas.
Ainda assim, elas povoam os mais variados ambientes e biomas, inclusive o interior de outros organismos,
estabelecendo uma relação de simbiose.
As bactérias podem ser classificadas quanto ao formato celular que possuem e quanto ao formato
apresentado pelas colônias (aglomerados bacterianos).
Quanto à agregação bacteriana, apenas bacilos e cocos formam colônias. Essas colônias podem ser
classificadas em:
Agregados Bacterianos
As cianobactérias, também chamadas de cianofíceas ou algas azuis, são organismos fotossintetizantes que,
apesar de apresentarem preferência por locais aquáticos ou úmidos, podem ser encontradas nos mais
variados ambientes.
De qualquer forma, devido à concentração global de cianobactérias ao redor do globo, são considerados os
principais contribuintes para a liberação de oxigênio na atmosfera através da fotossíntese.
Importância ecológica: estão relacionados à fixação do Nitrogênio por vegetais, além de aumentar
sua disponibilidade no solo, sendo fundamentais no ciclo do Nitrogênio. Também desempenham
funções na disponibilidade de outros nutrientes, como ferro, enxofre e compostos orgânicos, que
deixam o solo mais rico e nutritivo. Além disso, contribuem com a disponibilidade de oxigênio na
atmosfera, através da fotossíntese.
Importância industrial: são utilizados na indústria biotecnológica, em processos fermentativos -
como a produção de vinhos, cervejas, pães, queijos, iogurtes, vinagre, etanol, biocombustíveis - e na
produção de vacinas e antibióticos
Ambiental: podem ser utilizadas em ambientes poluídos, como por metais pesados. As bactérias
introduzidas nesses ambientes absorvem esses compostos, metabolizando-os e descontaminando o
ambiente. Esse processo é chamado de biorremediação.
Quanto à classificação, este é um assunto que gera controvérsias entre cientistas. Entretanto, muitos
estudiosos dividem estes organismos em três grupos, de acordo com a existência ou não de parede celular, e
a composição desta, quando presente:
REFERÊNCIAS: https://querobolsa.com.br/enem/biologia/reino-monera