Reino Monera

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 16

BIOLOGIA

REINO MONERA
FICHA CATALOGRÁFICA

Roney Pereira

Biologia / PEREIRA, R. - FILADD.


SUMÁRIO

REINO MONERA 6
INTRODUÇÃO 7
1. REINO MONERA 7
1.1 NUTRIÇÃO 10
1.2 TIPOS E FORMAS 10
1.3 REPRODUÇÃO 11
1.4 ESPORULAÇÃO 11
1.5 REPRODUÇÃO SEXUADA 12
PARA FIXAR 14
REFERÊNCIAS 15
REINO MONERA

PRÉ-REQUISITOS:
• Classificação biológica e filogenia dos
seres vivos e níveis de organização,
vírus e reprodução viral.

• Composição química da célula.


REINO MONERA
INTRODUÇÃO
O reino Monera compreende organismos procarióticos unicelulares, isola-
dos ou coloniais, incluindo bactérias e cianobactérias, também conhecidas
como algas azuis. Esses organismos podem ser encontrados em vários am-
bientes, como habitats aquáticos ou terrestres, bem como no interior de ou-
tros organismos vivos. Algumas espécies são de vida livre, enquanto outras
são parasitas. Vamos explorar alguns exemplos nesta unidade e debruçar
nas características desse grupo!

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

• Apresentar e caracterizar o reino Monera.

• Descrever e caracterizar alguns dos representantes do grupo.

1. REINO MONERA
Dentro do reino Monera, existem cianobactérias, anteriormente chamadas de
algas azuis ou cianofíceas, e bactérias, as quais daremos ênfase. Todos os mem-
bros desse reino são microscópicos, isolados ou coloniais, unicelulares e podem
ser autotróficos ou heterotróficos. Pesquisas científicas recentes revelaram que
a suposta uniformidade dos seres procarióticos é menor do que se acreditava
anteriormente: Domínios Bacteria e Archaea.

Fale com o seu orientador sobre o seu progresso


e a melhor forma de estudo para você!

7
CICLO LÍTICO E LISOGÊNICO

Fonte: elaborada pelo autor (2023).


#pratodosverem: a imagem ilustra as estruturas de uma célula bacteriana.

Embora esteja quase sempre relacionado a doenças, esse grupo apresenta


uma importância enorme:

IMPORTÂNCIA DAS BACTÉRIAS

Decomposição de matéria orgânica morta ou residual: as bactérias


desempenham um papel crucial na decomposição de matéria orgânica morta,
tanto aeróbica quanto anaeróbica, reciclando os nutrientes nos ecossistemas e
disponibilizando os nutrientes no substrato para a absorção de autótrofos.
Patógenos humanos: certas bactérias são parasitas e podem causar doenças
em humanos e outros seres vivos. Ex.: cólera, tuberculose, meningite, cáries,
lepra etc.
Processos industriais: bactérias, como lactobacilos, são usadas na indústria de
derivados de leite para a produção de bebidas lácteas fermentadas, iogurte,
kefir e queijos.
Ciclo do nitrogênio: as bactérias são essenciais e participam de várias fases
do ciclo do nitrogênio, na fixação, amonificação, nitrosação, nitratação e
desnitrificação.
Engenharia Genética e Biotecnologia: as bactérias são utilizadas nesses campos
para sintetizar várias substâncias, incluindo insulina e hormônio do crescimento,
a partir da técnica do DNA recombinante e da transformação bacteriana.

Fonte: elaborada pelo autor (2023).

8 BIOLOGIA
Esses organismos podem existir como solitários ou formar colônias com di-
versas estruturas. Uma célula bacteriana consiste em quatro componentes fun-
damentais: membrana plasmática, citoplasma, ribossomos e cromatina, repre-
sentados por uma molécula de DNA circular, que pode ser considerado como o
cromossomo bacteriano, apesar de não sofrer espiralização. Além da membrana
plasmática, existe uma parede celular (também conhecida como membrana es-
quelética) com uma composição química específica exclusiva das bactérias, os
peptídeosglicanos (aminoácidos ligados a açucares).

ATENÇÃO
Tema de inúmeras questões de provas, e atualizações,
estão os plasmídeos. Eles são moléculas de DNA distintas
do cromossomo bacteriano, que podem ser encontrados
dispersos no citoplasma. Os plasmídeos geralmente contêm
genes responsáveis pela resistência a antibióticos e pela
presença de uma cápsula polissacarídica sobre a parede
celular. Os plasmídeos podem ser trocados entre bactérias
por meio de uma ponte citoplasmática em um processo
reprodutivo sexuado chamado conjugação bacteriana.

ATENÇÃO
Por causa da diversidade em sua parede celular, podemos
diferenciá-las em GRAM+ e GRAM-. De maneira bem
simplória, a diferença entre esses dois grupos de bactérias
é: as Gram(+) têm a sua parede celular feita de uma
camada espessa de peptídeoglicano, ácidos teicoicos e
fosfato. Constituem o grupo de bactérias mais resistentes
aos antibióticos; Gram(-) tem uma fina camada de
peptideoglicano e membrana externa de lipopolissacarídeos
e endotoxina (LPS), lipoproteínas e porinas.

Utilize flashcards para anotar os conteúdos mais


relevantes deste tema!

9
1.1 NUTRIÇÃO

As bactérias exibem notável diversidade metabólica, incluindo espécies hete-


rotróficas, que obtêm nutrientes orgânicos de várias fontes, e espécies autotrófi-
cas, que produzem matéria orgânica através da fotossíntese ou quimiossíntese.

Além disso, existem bactérias parasitárias, que empregam inúmeros meca-


nismos para explorar outros organismos, viver às suas custas causando prejuízos
orgânicos e sistêmicos (doenças) e adquirir os nutrientes e alimentos orgânicos
necessários. E as decompositoras, muitas vezes referidas como sapróvoras, sa-
prófitas ou saprófagos, que obtêm nutrientes orgânicos decompondo a matéria
orgânica morta e residual. Estas desempenham um papel crucial na reciclagem
de nutrientes minerais na biosfera, disponibilizando-os aos seres autótrofos.

Há também aquelas que estabelecem associações mutuamente benéficas


com outros organismos vivos, chamadas de simbiontes, e não prejudicam seus
parceiros. Por exemplo, bactérias encontradas no estômago de animais rumi-
nantes (como bovinos e caprinos) obtêm nutrição da celulose ingerida por es-
ses animais, enquanto fornecem aminoácidos essenciais para o metabolismo de
proteínas em troca.

1.2 TIPOS E FORMAS

Geralmente, as bactérias variam em tamanho de 1 a 5 μm (1 μm é um milioné-


simo de metro), com raras exceções, como Epulopiscium fishelsoni, uma bacté-
ria encontrada em peixes, que pode medir de 500 a 700 μm.

Bactérias de importância médica exibem várias formas, incluindo formas es-


féricas (cocos), cilíndricas (bacilos) e espirais (espirilos). Além disso, os cocos
podem ter formas redondas, ovais, alongadas ou achatadas.

Durante a divisão celular por fissão binária ou cissiparidade (principal es-


tratégia de reprodução assexuada bacteriana), as bactérias em forma de coco
podem permanecer ligadas, formando pares de cocos (diplococos), cadeias (es-
treptococos) ou aglomerados (estafilococos).

Menos comumente, os cocos podem se dividir em dois ou três planos e perma-


necer unidos em grupos cúbicos de oito indivíduos (sarcina). Bactérias espirais
podem ter um ou mais verticilos. Quando têm um corpo rígido e se assemelham a
vírgulas, são chamados de vibriões, enquanto espirais em forma de saca-rolhas

10 BIOLOGIA
são chamados de espirilo. Há também um grupo de organismos em forma de es-
piral com corpos flexíveis conhecidos como espiroquetas.

TIPOS E FORMAS BACTERIANAS

Fonte: Neves (s. d.).


#pratodosverem: a imagem ilustra os diversos tipos de formas bacterianas.

1.3 REPRODUÇÃO

As bactérias se reproduzem principalmente por meios assexuados, especifi-


camente por fissão ou divisão binária. Nesse processo, tem-se a duplicação do
DNA bacteriano seguida pela divisão em duas células idênticas geneticamente. É
extremamente importante dizer que em condições favoráveis, as bactérias po-
dem se multiplicar rapidamente por meio desse processo em 20 minutos.

1.4 ESPORULAÇÃO

Certas espécies bacterianas podem formar estruturas resistentes, chamadas


esporos, sob condições ambientais específicas. A célula produtora do esporo
sofre desidratação, forma uma parede espessa e reduz significativamente sua
atividade metabólica. Alguns esporos têm a capacidade de permanecer inativos
por longos períodos, mesmo por várias décadas. Quando o esporo encontra um
ambiente adequado, ele se reidrata e se desenvolve em uma bactéria ativa, que

11
então se reproduz por fissão binária. Os esporos exibem alta resistência ao calor
e geralmente sobrevivem à exposição à água fervente. Para obter assepsia ab-
soluta em laboratórios, um processo especializado, chamado autoclavagem, é
comumente usado para esterilizar líquidos e utensílios. A autoclavagem envolve
submeter os itens ao vapor a temperaturas em torno de 120°C sob pressão ele-
vada, eliminando os esporos.

1.5 REPRODUÇÃO SEXUADA

Nas bactérias, a reprodução sexual refere-se a qualquer processo envolvendo


a transferência de fragmentos de DNA de uma célula para outra. Uma vez trans-
ferido, o DNA da bactéria doadora se combina com o da receptora, resultando em
cromossomos com novas combinações de genes. Esses cromossomos recombi-
nados são então passados para as células-filhas durante a divisão bacteriana. A
transferência de DNA entre bactérias pode ocorrer através de três mecanismos:
transformação, transdução e conjugação.

Transformação: uma bactéria absorve moléculas de DNA que estão dispersas


no meio circundante e essas moléculas são incorporadas à cromatina bacteria-
na. A fonte desse DNA pode ser, por exemplo, bactérias mortas. A transformação
pode ocorrer espontaneamente na natureza e tem sido amplamente utilizada
na engenharia genética para introduzir genes de diferentes espécies em células
bacterianas.

Transdução: envolve a transferência de moléculas de DNA de uma bactéria


para outra usando vírus como portadores, especificamente bacteriófagos.

Esses vírus, quando dentro de bactérias, podem conter fragmentos de DNA


da bactéria que infectaram anteriormente. Quando o vírus infecta outra bacté-
ria, ele transfere o DNA bacteriano junto com o seu próprio. Se a bactéria so-
breviver à infecção viral, ela pode incorporar os genes de outra bactéria em seu
próprio genoma.

Conjugação: a conjugação bacteriana envolve a transferência direta de frag-


mentos de DNA de uma bactéria doadora (referida como "macho") para uma bac-
téria receptora (referida como "fêmea"). Essa transferência ocorre através de tu-
bos microscópicos de proteínas chamados pili, que estão presentes na superfície
das bactérias "masculinas". O fragmento de DNA transferido então se recombina
com o cromossomo da bactéria "fêmea", resultando em novas combinações de
material genético que serão herdadas pelas células-filhas durante as divisões
celulares subsequentes.

12 BIOLOGIA
REPRODUÇÃO SEXUADA EM BACTÉRIAS

Fonte: Batista (s. d.).


#pratodosverem: esquema ilustrativo de como ocorre a reprodução sexuada em bactérias.

13
PARA FIXAR
Durante este tema, discutimos tudo sobre o reino Monera. Importância, repro-
dução, tipos e formas. Não se esqueça de testar seus conhecimentos por meio
dos nossos exercícios e revisitar este material quando tiver dúvidas.

JÁ ESTÁ ESTUDANDO HÁ UMA HORA?


Então, chegou o momento de seguir para a resolução
de exercícios! Vamos lá! Foco na aprendizagem ativa!

14 BIOLOGIA
REFERÊNCIAS
ACIOLI, M. F. Os cinco reinos e os três domínios: critérios que os definem. Porto
Alegre: UFRGS, 2020.

BATISTA, C. Bactérias. Toda Matéria, [s. l., s. d.]. Disponível em: https://www.to-
damateria.com.br/bacterias/ Acesso em: 12 set. 2023.

CARNEIRO, L. C. U.; CARNEIRO, J. S. F. Biologia celular e molecular. 9. ed. Rio de


Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.

NEVES, R. Bactérias. Educação, [s. l., s. d.]. Disponível: http://educacao.globo.


com/biologia/assunto/microbiologia/bacterias.html. Acesso em: 12 set. 2023.

TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R; CASE, C. L. Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Art-
med, 2017.

TRABULSI, L. R.; ALTHERTUM, F. Microbiologia. 6. ed. São Paulo: Atheneu, 2015.

15

Você também pode gostar