Aprddesentação
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Aprddesentação
Organizadoras:
Luciana Leite da Silva (INHCS/Universidade Federal de Catalão)
luciana_leite@ufcat.edu.br
Patrícia Emanuelle Nascimento (INHIS/Universidade Federal de Uberlândia)
patricia.nascimento@ufu.br
Este Dossiê está organizado em três blocos. O primeiro bloco aborda formas de
resistência e protagonismos indígenas nas lutas pelos direitos territoriais, as práticas
O artigo de Sílvia Clímaco apresenta as lutas pela demarcação da Terra Indígena São
Marcos, Mato Grosso, a partir da perspectiva de narradores xavante. A autora realizou
entrevistas com os indígenas entre os anos de 2016 e 2018 e analisou uma extensa
documentação no Núcleo de Documentação da Diretoria de Proteção Territorial da Funai. Em
seu texto, Sílvia Clímaco procura demonstrar as estratégias que os Xavante lançaram mão a
fim de conseguirem a demarcação de suas terras, em especial, da Terra Indígena São Marcos.
Sílvia Clímaco contrapõe suas pesquisas aos processos de apagamento que, por longo tempo,
atingiu a historiografia. Desse modo, a autora destaca as lutas dos povos Xavante e suas
conquistas territoriais durante a década de 1970.
APRESENTAÇÃO
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Elison Antonio Paim e Janaina Amorim da Silva nos trazem o texto intitulado Coletivo
Ação Zumbi - uma História de (re)existência e inspiração para uma educação antirracista e
decolonial. O propósito é refletir sobre a importância histórica e política do Coletivo Ação
Zumbi, um grupo que realiza performances artísticas multidimensionais em espaços formais
e não-formais, principalmente nas cidades São José e Florianópolis. Suas ações revelam
performances memórias contra-hegemônicas de origem afro-brasileira a partir da perspectiva
de um povo que existe, (re)existe e resiste, ancorado num ideário de maior justiça
epistemológica. A atuação do Coletivo evidencia um alinhamento ao pressuposto da
decolonialidade do saber e da educação para as relações étnico-raciais. Nesse sentido, traz
uma proposta pedagógica antirracista pautada na troca de saberes e na conexão entre a
educação formal das escolas e a educação não formal dos movimentos negros. A pesquisa é
construída em diálogo com os integrantes a partir de lives e redes sociais do Coletivo
disponibilizados ao público em geral. O diálogo teórico se dá, especialmente, com autoras
negras decoloniais e antirracistas.
APRESENTAÇÃO