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Análise dos custos de produção de milho verde sob


sistemas de cultivo na Chapada Costeira Sergipana.
Análise dos custos de produção do milho verde sob sistemas de cultivo no
Tabuleiro Costeiro Sergipano
Sara Juliane Ribeiro Assunção1-, Alceu Pedrotti1-, Fábio Rodrigues de Moura2-, Francisco
Sandro Rodrigues Holanda3-, Raimundo Rodrigues Gomes Filho1-

1Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente, Universidade Federal de Sergipe (UFS), São Cristóvão (SE),
Brasil. E-mails: julliassuncao@yahoo.com.br ; alceupedrotti@gmail.com ; rrgomesfilho@gmail.com
2Programa de Pós-graduação em Economia, Universidade Federal de Sergipe (UFS), São Cristóvão (SE), Brasil. fabiromoura@gmail.com
3Programa de Pós-graduação em Ciência da Propriedade Intelectual, Universidade Federal de Sergipe (UFS), São Cristóvão, (SE),
Brasil. E-mail: fholanda@academico.ufs.br

Como citar:Assunção, SJR, Pedrotti, A., Moura, FR, Holanda, FSR, & Gomes Filho, RR (2023). Análise dos custos de
produção de milho verde sob sistemas de cultivo no Planalto Costeiro Sergipano. Revista de Economia e Sociologia Rural,
61(2), e248628. https://doi.org/10.1590/1806-9479.2021.248628

Abstrato:Embora muitos produtores de milho verde administrem suas propriedades agrícolas informalmente, a produção dessa hortaliça é

socioeconomicamente relevante para o Nordeste brasileiro. Este trabalho tem como objetivo estimar e analisar os custos de produção, rentabilidade e retorno

do milho verde em diferentes sistemas de cultivo, nos Tabuleiros Costeiros Sergipano. Para tanto, foram coletados dados do 16º ao 18º ano de cultivo de um

experimento de longa duração, em delineamento experimental em faixa, onde cada faixa corresponde ao sistema de manejo do solo (cultivo convencional

(CC), plantio direto (PD )) e cultivo mínimo (CM)), e quatro safras anteriores (Feijão Caupí, Crotalária, Guandu e Milheto) foram randomizadas para milho.

Foram determinados os custos de produção, receita bruta, lucro operacional, índice de rentabilidade e ponto de nivelamento. Maior produtividade e receita

bruta foram observadas no PD, e maiores desembolsos no CC (R$ 8.184,59). PD teve o maior índice de lucro operacional e rentabilidade, onde Guandu/PD

teve o melhor desempenho (R$ 8.847,18 e 52,02% respectivamente). O Guandu/CC apresentou lucro operacional e índice de lucratividade negativos,

caracterizando-se como uma alternativa inviável para o agricultor. A identificação e análise dos custos de produção é uma ferramenta importante, pois

possibilita a identificação de cultivos mais rentáveis, sendo o PD o mais recomendado. caracterizando-se como uma alternativa inviável para o agricultor. A

identificação e análise dos custos de produção é uma ferramenta importante, pois possibilita a identificação de cultivos mais rentáveis, sendo o PD o mais

recomendado. caracterizando-se como uma alternativa inviável para o agricultor. A identificação e análise dos custos de produção é uma ferramenta

importante, pois possibilita a identificação de cultivos mais rentáveis, sendo o PD o mais recomendado.

Palavras-chave:rural, desenvolvimento rural, economia rural, uso da terra, produtividade agrícola.

Resumo:Embora muitos produtores de milho verde gerenciem suas propriedades agrícolas informalmente, a produção desta hortícola é

socioeconomicamente relevante para o Nordeste brasileiro. Este trabalho objetiva estimar e analisar os custos de produção, rentabilidade e retorno do milho

verde em diferentes sistemas de cultivo, nos Tabuleiros Costeiros Sergipano. Para tanto, coletou-se dados do 16° ao 18° ano de cultivo de um experimento de

longa duração, em delineamento experimental em faixas, onde cada faixa corresponde ao sistema de manejo do solo (cultivo convencional (CC), plantio direto

(PD) ) e cultivo mínimo (CM)), e foram randomizadas quatro culturas antecessoras (Feijão Caupí, Crotalária, Guandu e Milheto) ao cultivo do milho.

Determinou-se custos da produção, Receita bruta, Lucro operacional, Índice de rentabilidade e Ponto de nivelamento. Observe-se maior produtividade e

Receita bruta no PD, e maiores desembolsos no CC (R$ 8.184,59). O PD apresentou maior Lucro operacional e Índice de rentabilidade, onde, o Guandu/PD

apresentou o melhor desempenho (R$ 8.847,18 e 52,02% respectivamente). O Guandu/ CC apresentou Lucro operacional e Índice de rentabilidade negativo,

caracterizando-se como alternativa não viável ao agricultor. A identificação e análise dos custos de produção é uma ferramenta importante, pois possibilita

uma identificação de culturas mais rentáveis, sendo o PD o mais recomendado. O Guandu/ CC apresentou Lucro operacional e Índice de rentabilidade

negativo, caracterizando-se como alternativa não viável ao agricultor. A identificação e análise dos custos de produção é uma ferramenta importante, pois

possibilita uma identificação de culturas mais rentáveis, sendo o PD o mais recomendado. O Guandu/ CC apresentou Lucro operacional e Índice de

rentabilidade negativo, caracterizando-se como alternativa não viável ao agricultor. A identificação e análise dos custos de produção é uma ferramenta

importante, pois possibilita uma identificação de culturas mais rentáveis, sendo o PD o mais recomendado.

Palavras-chave:rural, desenvolvimento rural, economia rural, uso do solo, produtividade agrícola.

1. Introdução

No Brasil, a produção de milho verde em espiga, segundo dados do último Censo Agropecuário de 2017,
foi de 348.904 toneladas (ton) colhidas em 71.045 fazendas, o equivalente a aproximadamente

Isto é umAcesso livreartigo distribuído nos termos doatribuições criativas comunsLicença, que permite uso, distribuição e reprodução irrestritos em
qualquer meio, desde que a obra original seja devidamente citada.

Revista de Economia e Sociologia Rural 61(2): e248628, 2023 | https://doi.org/10.1590/1806-9479.2021.248628 21/01


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6,5% dos estabelecimentos agropecuários que realizam horticultura (Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística, 2017). No Nordeste, a produção média é de 88.248 toneladas cultivadas em 49.283
fazendas, correspondendo a 69,37% dos estabelecimentos agropecuários que plantam milho verde no
Brasil. No estado de Sergipe (SE), a produção de 8.587 toneladas é originada em 2.944 propriedades
rurais, o equivalente a 17,22% dos estabelecimentos que praticam horticultura no SE e 5,97% dos
estabelecimentos que plantam milho verde no Nordeste (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística,
2017). A produção do Nordeste destina-se a atender as demandas do consumo local, pois o milho
verde faz parte de diversos pratos típicos da cultura regional, portanto, ali se identifica o grande nicho
econômico deste produto hortícola (Santana, 2019).
O cultivo do milho verde é predominantemente realizado por agricultores familiares em pequenas propriedades
(Tsunechiro & Miura, 2012), principalmente pela facilidade de escoamento rápido da produção, tendo em vista a
perecibilidade do produto, a demanda local e a maior valor de mercado alcançado (quando comparado ao milho
comercializado na forma de grãos secos). Os sistemas de produção são bastante variados, indo desde a exploração
de subsistência, até os sistemas de produção altamente tecnificados (Cruz et al., 2011), utilizando sistemas de
plantio direto, preparo reduzido e manejo do preparo convencional.
De maneira geral, os solos dos Tabuleiros Costeiros apresentam naturalmente predominância
de baixa fertilidade química, devido à textura franco-arenosa e ao alto índice e concentração de
chuvas (em torno de 1.200 mm por ano), associados a altas temperaturas médias ao longo do
ano. Essa condição é agravada pela presença de horizontes coesos que reduzem a profundidade
efetiva, limitando a percolação de água no perfil e o aprofundamento do sistema radicular,
causando erosão além da baixa disponibilidade de nutrientes. A atual falta de práticas
conservacionistas, como o uso de adubos verdes para cobertura do solo, priorizando a reposição
de resíduos vegetais, pode contribuir para a recuperação desses solos em áreas agricultáveis.

De acordo com Hofer et al. (2011) a maioria desses agricultores administra suas propriedades
informalmente, sem controle financeiro e/ou econômico sobre o processo produtivo. Não utilizam
ferramentas que auxiliem na gestão financeira, pois a maioria não possui o conhecimento e não
reconhece sua importância e funcionalidade (Santos et al., 2019). No entanto, devido ao aumento da
demanda, alta competição e períodos de crise econômica, o agricultor tende a mudar esse
comportamento em relação ao gerenciamento mais eficaz dos recursos para não comprometer o
futuro do empreendimento (Borsoi, 2017). Nesse sentido, ao longo dos anos, houve um aumento no
número de pesquisas relacionadas aos custos da produção agrícola, bem como suas estimativas, dada
a estreita margem de rentabilidade proporcionada pelas lavouras.
Os lucros gerados pela atividade agropecuária estão diretamente relacionados aos custos do
processo produtivo. Assim, a presença de itens no processo produtivo pode contribuir
significativamente para o custo final do produto, mas é preciso observar os diversos processos
produtivos e recursos disponíveis para selecionar a melhor alternativa, visando maior lucro. A análise
dos custos de produção nas propriedades rurais é importante, pois subsidia a tomada de decisão
gerencial dos agricultores através da identificação de culturas mais rentáveis, ou combinação de
culturas que resultarão em maior rentabilidade entre os recursos e pacotes tecnológicos disponíveis.
Além disso, orienta a criação pelo governo de políticas de crédito rural e preços mínimos (Leal, 2017).
O uso associado de tecnologias que já demonstraram uma contribuição significativa para uma
produção agrícola mais sustentável em importantes regiões agrícolas, traz um aspecto potencial para
melhorar a produtividade e consequente rentabilidade econômica e eficiência para a agricultura

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regiões do Nordeste do Brasil. Isso se torna mais significativo porque prevalecem as condições tropicais durante
todo o ano, com grande demanda por produtos de interesse regional, como o milho verde (devido ao consumo em
diversos pratos da culinária regional e em suas embalagens industriais). Dessa forma, constitui um nicho de
mercado e, portanto, muito importante para a sustentabilidade das propriedades rurais, principalmente dos
agricultores familiares locais que exploram essa cultura predominantemente nos Tabuleiros Costeiros.
Como o consumo de milho verde vem crescendo gradativamente em nosso país, esses
aspectos têm despertado e chamado a atenção para a exploração dessa cultura e por constituir
uma alternativa econômica tanto para os horticultores dos cinturões verdes, que produzem
milho para consumo em da espiga, bem como para beneficiamento na indústria, durante todos
os meses do ano, mas faltam estudos locais sobre a análise e eficiência econômica dessa
importante atividade regional.
Para as condições edafoclimáticas tropicais, faltam informações de viabilidade econômica que
sustentem as decisões tomadas para adotar diferentes manejos para culturas de interesse
agrícola (Kappes et al., 2015). Assim, práticas agronômicas que permitam ao agricultor aumentar
a produtividade e reduzir os custos de produção, proporcionando aumento da lucratividade e
retorno devem ser estudadas para garantir a sustentabilidade da atividade agropecuária (Silva et
al., 2017). Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi estimar e analisar os custos de produção,
rentabilidade e retorno do milho verde em diferentes sistemas de cultivo, em Planaltos Costeiros
do Estado de Sergipe.

2. Materiais e métodos

2.1 Caracterização e condução do experimento

O estudo foi conduzido em um experimento montado em 2001, na fazenda experimental da


Universidade Federal de Sergipe (10 ° 55'24” S e 37 ° 11'57” W), no município de São Cristóvão, estado
de Sergipe (SE). . Os dados deste estudo foram coletados no 16ººpara os 18ºano de cultivo. O solo local
é classificado como Argissolo Vermelho Amarelo distrófico (Santos et al., 2018). Para a região,
verificam-se os seguintes indicadores climáticos médios: precipitação anual em torno de 1.200 mm,
predominância do clima As' segundo Köppen (1948), caracterizado como tropical chuvoso com verão
seco e anual, com estação chuvosa de abril a setembro, concentrando 70,0% das chuvas (Alvares et al.,
2013).
O delineamento do experimento é em faixas, onde são dispostos os sistemas de manejo do solo (arado
convencional com arado de discos e nivelamento de discos (CT), plantio direto (NT) e preparo reduzido com
arado de discos (RT)) , onde cada faixa se refere a um sistema de gestão. Em cada faixa, quatro safras
anteriores ao cultivo do milho foram randomizadas em três repetições (feijão-caupi (Vigna unguiculata),
crotalária (crotalária junça), feijão bóer (cajanus cajan) e Milho (Pennisetum glaucum)), totalizando 12
tratamentos considerados como cultivo de sistemas de cultivo (associação entre sistema de manejo e cultivo
anterior). Para estimar os custos de produção, bem como rentabilidade e retorno, este trabalho considerou
cada um dos tratamentos experimentais como uma cultura comercial.
Cada faixa experimental tem 830 m2, dividido em 12 parcelas de 60 m2, com espaçamento de
1 m. Entre janeiro e abril, as safras anteriores foram semeadas no espaçamento de 0,5 m na
linha e 0,2 m na entrelinha, e cultivadas por aproximadamente 90 dias. Após, foram cortadas e
colocadas sob o solo. Para tanto, as faixas experimentais foram preparadas conforme o sistema
de manejo a ser avaliado e adubadas conforme Sobral et al. (2007) (Adubação de plantio: 44,5 kg.
ha-1N; 158kg. ha-1PO e 33kg. 2ha5-1KO; e adubação 2de cobertura: 66,6 kg. ha-1n). Após o corte das
safras anteriores, a acidez do solo das faixas experimentais foi corrigida com

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a aplicação de calcário dolomítico segundo Sobral et al. (2007) e novamente elaborado de acordo
com o sistema de manejo a ser avaliado. Em seguida, foram semeadas com milho (Biomatrix
Hybrid BM 3061) com espaçamento médio de 0,2 m na linha e 0,8 m na entrelinha de março a
julho. Plantio (67 kg. ha-1N; 83kg. ha-1PO 2 5
e 68,5kg. ha-1KO) 2
e cobertura (167 kg. ha-1N dividido em três doses: estádios v2, v4 e v8 no crescimento do milho e 68,5
kg. ha-1PO no estádio
2 5
v8 de crescimento do milho foram realizados de acordo com Sobral et al. (2007).
O controle de plantas daninhas foi realizado com capinas manuais nos cultivos de safras anteriores.
Na cultura do milho, além da capina manual durante a condução do experimento, o herbicida seletivo
atrazinafoi aplicado em todas as faixas experimentais após a semeadura. No NT, as plantas
espontâneas antes do plantio (safras anteriores e milho) foram dessecadas por meio dos herbicidas de
ação plena Glifosato e 2,4 D. Para o controle da lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda),
Tiodicarbefoi utilizado conforme recomendação técnica.

2.2 Coleta de dados e procedimentos analíticos

Anualmente, as espigas de milho comercial (comprimento igual ou superior a 0,2 m com tosta) da
área útil de cada talhão (19,2 m2) foram colhidas manualmente quando os grãos entraram no estádio
R3 (de 70 a 85 dias após o plantio), caracterizado por apresentar 70,0 – 80,0% de umidade nos grãos.
Em seguida foram contados e pesados para cálculo da produtividade e seus valores extrapolados
para 1 ha. A determinação da produtividade média dos tratamentos (número de espigas de milho
comercial) foi estabelecida pela produtividade média alcançada por cada um dos tratamentos entre
2016 e 2018 (16ºpara 18ºano de cultivo).
Para o cálculo dos custos foi utilizada a metodologia proposta pelo Institute of Agricultural
Economics (IEA), descrita em Matsunaga et al. (1976), onde o Custo Operacional Total (TOC) é
definido pela soma do Custo Operacional Efetivo (EOC) (desembolso com operações
mecanizadas, operações manuais e insumos consumidos no processo produtivo) somado aos
Custos e Encargos Administrativos (ACC ), que são as despesas com encargos sociais diretos,
contribuição previdenciária rural, encargos financeiros, assistência técnica e outras despesas
não operacionais.
Os custos das operações mecanizadas e manuais foram calculados com base no levantamento das
atividades desenvolvidas durante o ciclo da lavoura, relacionando para cada operação realizada, o
tempo necessário para o seu desenvolvimento, sendo então multiplicado pelo valor médio praticado
entre 2016 a 2018 de a locação de máquina (trator + implemento + motorista + diesel) fornecida pela
Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Empresa de Desenvolvimento Agropecuário
de Sergipe, 2018) e acréscimo de 10,00% referente às manobras e regulagens da máquina. Da mesma
forma, também foram determinados os custos das operações manuais, e especificou o número de
Trabalhadores/Dia (WD) para realizar as atividades pesquisadas e multiplicado pelo valor médio da
mão de obra rural no Estado de Sergipe (2016 a 2018) fornecido pela EMDAGRO (Empresa de
Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe, 2018). Os custos dos insumos foram obtidos por meio de
recomendações técnicas de uso acrescidas de 10,0% para perdas e seus respectivos preços médios,
fornecidos pela EMDAGRO (Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe, 2018), ou
coletados no mercado da Grande Aracaju (área composta pelos municípios de Aracaju, Barra dos
Coqueiros, Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão, conforme Lei Complementar Estadual nº 25,
Sergipe, 1995).
Para a apuração do ACC, foi definido: 1) Encargos sociais diretos, calculados com base na
remuneração do segurado, que foi de 2,70% dos encargos e 8,0% do FGTS conforme Lei n.
5899,73 (Brasil, 1973), Decreto n. 73626, 74 (Brasil, 1974) e Lei n. 13467

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(Brasil, 2017); 2) A contribuição previdenciária rural, determinada com base na receita bruta
(1,50%) de acordo com o artigo 14 da Lei nº 13.606, de 2018 (Brasil, 2018); 3) Encargos
financeiros obtidos considerando a taxa de juros de 4,6% ao ano sobre o valor médio (R$
3.510,82/ha considerando uma produtividade média de 8 a 10 t/h), previstos em operações de
empréstimo pelas agências bancárias via PRONAF B – (Nacional Programa de Fortalecimento da
Agricultura Familiar) Custeio (custeio para valores de 20 a 250 mil reais por safra) para cultivo de
milho verde na região do experimento na safra 2018/2019; 4) Despesas com assistência técnica,
que foram 4,0% acima do valor médio (R$ 3.510,82 / ha) prestado nas operações de empréstimo,
correspondente à taxa de assistência técnica e extensão rural -ATER (2,0%); e;

Para o cálculo das despesas não operacionais não foi considerada a depreciação de máquinas
e equipamentos conforme descrito em Galeano & Ventura (2018), Oliveira Neto et al. (2008) e
Silva (2016), pois optou-se por utilizar o aluguel das máquinas, bem como os custos relacionados
ao transporte e colheita das espigas de milho verde, pois esses desembolsos são obrigações do
comprador, conforme prática na área de estudo. No entanto, o custo da análise de solo foi
incluído para determinar a recomendação de adubação e calagem, visando a sustentabilidade
ambiental.
Para avaliação da rentabilidade e retorno, foram utilizados os seguintes indicadores:
a) Receita bruta (GR) (Martin et al., 1998):

GR = Y x UP (1)

Onde, Y = rendimento da atividade por unidade de área; e UP = preço unitário do produto da atividade (o
preço unitário foi determinado pelo valor médio de comercialização das 100 espigas de milho verde de 2016
a 2018, fornecido pela EMDAGRO (Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe, 2018). b) Lucro
operacional (OP) (Lazzarini Neto, 1995):

OP = GR - TOC (2)

Onde, GR = Receita Bruta; e TOC = Custo Operacional Total. c)


Margem de Lucro (PM) (Martin et al., 1998):

OP
PM = X100 (3)
GR

Onde, OP = Lucro operacional; e GR= Receita Bruta. d) Ponto


de Nivelamento da Produção (PLP) (Martin et al., 1998):

sumário
PLP =
ACIMA
(4)

Onde, TOC = Custo operacional total; e UP = preço unitário do produto da atividade. e)


Ponto de nivelamento comercial (TLP) (Rambo et al., 2015):

sumário
TLP = (5)
relações públicas

Onde, TOC = Custo Operacional Total; e PR = produtividade.


Além de avaliar produtividade, rentabilidade e rentabilidade, os dados obtidos foram submetidos à
análise de variância pelo teste F ao teste de normalidade de Shapiro-Wilk (W) e transformados, quando
necessário, por meio da transformação de Box-Cox. Em seguida, foram submetidos à análise de

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variância (ANOVA), com as médias dos tratamentos desdobradas e comparadas pelo teste de
Tukey a 5,0% de probabilidade com auxílio do software STATA® (Statacorp, 2017).

3 Resultados e discussão

3.1 Produtividade

O número de plantas de milho e a produtividade do milho verde em sucessão às quatro safras


anteriores são apresentados na Tabela 1. Observa-se que o sistema de manejo do solo que
apresentou maior número de plantas foi o PD, o que difere estatisticamente dos resultados
obtidos por RT. Tal resultado pode estar associado à proteção física oferecida pela palha na
superfície do solo no NT, onde a semente não fica exposta ao ataque de roedores e pássaros,
além de não ser aterrada pelas gotas d'água da irrigação ou das chuvas, dificultando a
emergência e fixação da plântula, induzindo assim um estande maior de plantas de milho.
Rodrigues (2013) indica que as características do canteiro de semeadura (camada superficial do
solo onde as sementes são depositadas e ocorrem a germinação, emergência e estabelecimento da
plântula) são influenciadas pelo sistema de manejo adotado, pois isso afeta a qualidade física do solo,
principalmente a estrutura. No NT, como não há revolvimento do solo, além de manter os restos
culturais na superfície, o que oferece proteção física à semente, há uma série de vantagens da cama
de semeadura quando comparada a sistemas que apresentam notadamente o revolvimento do solo
(Rodrigues , 2013).
As plantas de milho têm potencial para produzir uma espiga de milho em cada nó do caule, exceto os últimos,
abaixo do pendão. Entretanto, apenas uma ou duas espigas de milho completam o crescimento e podem ser
comercializadas (Magalhães et al., 2002). Segundo Lobo et al. (2015), híbridos modernos, como os utilizados neste
estudo, além de não perfilharem, normalmente produzem apenas uma espiga de milho comercial por planta.
Assim, sistemas de manejo que possuem estandes maiores tendem a ter maior produtividade.

tabela 1–Produtividade média do milho verde em sucessão a quatro safras anteriores em três
sistemas de manejo do solo em São Cristóvão - SE, a partir do século 16ºpara os 18ºano de cultivo.

Número de milho comercial


Solo Número de
safra anterior milho comercial peso de espigas
gerenciamento plantas (há)
espigas (há) (kg ha-1)
Convencional Feijão Caupi 63.715 A 24,41 CDE 5.762 DF
lavoura feijão-boer 51.100 AB 18.576 E 7.859 aC
crotalária 59.201 AB 25.781 CDs 6.978 CDE
Painço 61.748 AB 24.219 CDE 6.373 DEF
Significar 58.941 ab 23.249b 6.743 b
Cultivo reduzido Feijão Caupi 58.681 AB 25.694 CDs 7.470 EC
feijão-boer 60.706 AB 19.444 DE 5.527 F
crotalária 49.132 B 20.660 DE 5.532 F
Painço 50.405 AB 22.396 DE 6.386 DEF
Significar 54.731b 22.0489b 6.229b
plantio direto Feijão Caupi 60,7634 AB 29.803 aC 9.112 ABC
feijão-boer 59.462 AB 38.368 A 11.246 A
crotalária 59.838 AB 33.912 AB 10.475 AB
Painço 60.243 AB 33.507 AB 10.217 AB
Significar 60.077 a 33.898 a 10.262 a
FONTE: Elaborado com dados do autor, 2019. NOTA: Médias seguidas de mesma letra maiúscula na coluna não são
estatisticamente diferentes a 5,0% de probabilidade pelo teste de Tukey. As médias seguidas da mesma letra minúscula na
coluna não são estatisticamente diferentes a 5,0% de probabilidade pelo teste de Tukey.

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Análise dos custos de produção de milho verde sob sistemas de cultivo na Chapada Costeira Sergipana.

Como esperado, o NT apresentou maior número de espigas de milho comerciais (33.898 espigas de
milho), assim como as espigas de milho mais pesadas (10.262 kg. ha-1), diferindo estatisticamente do CT e RT,
que apresentaram redução média de 39,00% do peso das espigas de milho (Tabela 1). Observou-se também
que, no PD, todos os cultivos anteriores conferiram maior produtividade (peso e número) de milho verde,
comparando-se seu desempenho em outros sistemas de manejo do solo. Essa diferença está ligada à
manutenção da qualidade física do solo no NT, possibilitando uma germinação mais uniforme, resultando
assim em um pequeno número de plantas de germinação tardia, que possuem porte reduzido e dificuldade
de captação de luz solar para seu pleno desenvolvimento, onde o desnível é perceptível nas lavouras de
milho, o que resulta em estande de plantas desigual e produtividade prejudicada (Rodrigues, 2013).

Os valores observados neste estudo são inferiores aos identificados por Zárate et al. (2009) (38.000 a
51.000 espigas de milho comercial/ha) na avaliação da produção e rendimento líquido do milho verde de
acordo com a época de amontoa. Essa diferença pode ser decorrente do uso de um híbrido de milho verde
diferente do utilizado neste estudo (agromen2029), bem como as condições edafoclimáticas locais da cultura
(clima quente e temperado, com temperaturas médias de 20ºC, precipitação anual em torno de 1.328 mm,
predominância do clima Cwa segundo Köppen (1948), em um Latossolo Vermelho distrófico, com uma
textura argilosa) que influenciam a produtividade do milho.
Dentre os sistemas de cultivo, o feijão guandu/NT apresentou a maior produtividade (38.368
espigas de milho comercial e 11.246 kg. ha-1), diferindo, portanto, de todos os sistemas de cultivo
CT e RT (Tabela 1). No sistema PD, a matéria orgânica da cobertura do solo dos ciclos anteriores
é incorporada ao solo de forma lenta e gradual, promovendo o aumento do teor de matéria
orgânica do solo (MOS). Há também aumento da atividade microbiana que, juntamente com a
mineralização da MOS, fornece nutrientes às plantas, resultando em melhoria na produtividade
das culturas agrícolas (Alvarenga et al., 2001) conforme observado no estudo. Além disso,
segundo Oliveira et al. (2017) a manutenção de resíduos vegetais na superfície do solo no NT,
por longos períodos, como é o caso do experimento, tem efeitos benéficos tanto nas
propriedades físicas, como na estrutura e porosidade do solo, quanto na as propriedades
químicas e microbiológicas.
Além disso, o plantio de leguminosas como o feijão-guandu promove o fornecimento de N ao
solo, nutriente requerido em grande quantidade pelas plantas de milho (Collier et al., 2011),
além de produzir uma biomassa rica em P, K e Ca e um sistema radicular profundo e ramificado,
que facilita a ciclagem dos nutrientes disponíveis no solo (Silva, 2016), conservando a MOS
quando associado ao PD, resultando em um sistema de cultivo com produtividade adequada.
Acrescenta-se ainda que o feijão bóer possui um sistema radicular agressivo e profundo,
atuando na quebra de camadas compactadas do solo, apresentando um bom desenvolvimento
em solos mal adubados (Silva, 2016), além de poder crescer em solos com tendência a formar
uma crosta na superfície e apresentam bom potencial de absorção de água e reciclagem de
nutrientes das camadas mais profundas (Farias et al., 2013). Fosu et al.

3.2 Custo operacional efetivo e total

Os valores das operações mecanizadas, operações manuais, insumos e outros gastos utilizados para
calcular os custos operacionais do milho verde em sucessão às quatro safras anteriores (Milheto, Feijão Boer,
Crotalária e Feijão Caupi) são apresentados na Tabela 2. O Custo Operacional Efetivo (EOC) da produção de
milho verde, desconsiderando o valor da semente das safras anteriores, e considerando apenas o manejo do
solo adotado (NT, RT ou CT), corresponde a R$ 6.779,5/ha, R$ 7.152,41/ha e

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R$ 7.376,81/ha, respectivamente (Tabela 2). Portanto, supõe-se que a diminuição do número de


operações mecanizadas impacta diretamente no custo do processo produtivo, elevando,
portanto, o custo das operações mecanizadas no CT e RT em 113,92% e 76,90%,
respectivamente, quando comparado ao NT. Ao estimar custos de produção e indicadores de
eficiência econômica do cultivo de milho verde na região de Ipameri, Goiás, Rodrigues et al.
(2018) identificou em EOC de R$ 4.025,14/ha para o cultivo de milho verde para CT, valor 47,17%
inferior ao apresentado neste estudo. Essa diferença pode estar ligada à presença de custos com
as culturas anteriores utilizadas neste estudo.
Os desembolsos com EOC (desconsiderando o valor das sementes das safras anteriores e
considerando apenas o manejo do solo adotado), mais de 63,0% (R$ 4.106,99 a R$ 4.797,41)
foram provenientes dos serviços utilizados (mão-de-obra, operações mecanizadas, energia
elétrica e análise de solo), enquanto aproximadamente 37,0% resulta da aquisição de insumos
(fertilizantes, calcário, herbicidas, defensivos para milho e sementes). Esse resultado corrobora
os encontrados por Zárate et al. (2009) ao avaliar a influência das épocas de amontoa, na
produtividade do milho verde e na renda do produtor, identificaram que os serviços com
maquinários (trator e bomba hidráulica) e mão de obra, correspondem de 67,1% a 76,35% do
EOC para produção de um hectare de milho verde. Em uma análise financeira do
comportamento do milho tanto no sistema PIM quanto no convencional, Peixoto et al.
+ mão de obra (47,7%). Rocha e outros. (2019), ao analisar a viabilidade econômica da implantação sucessiva
das lavouras de milho safrinha, identificou que os custos com insumos são aproximadamente 4,5 vezes
maiores que os desembolsos para operações mecanizadas, diferindo dos dados avaliados. Da mesma forma,
Richetti & Garcia (2017), em estudo sobre a viabilidade econômica do milho safrinha, também apresentaram
os insumos (aquisição de sementes, fertilizantes e inseticidas) como os itens que mais oneram a produção.

mesa 2–Itens do Custo Operacional Efetivo (COE) da produção de milho verde em sucessão a quatro
safras anteriores (Milheto, Feijão Boer, Crotalária e Feijão Caupi) e três manejos de solo
(Semeadura Direta, Plantio Convencional e Plantio Reduzido) em São Cristóvão - SE, 2018.

Unidade Valor total do solo por


Itens EOC
Unidade de valor sistema de manejo (R$)
medição
R$ NT RT TC
A. OPERAÇÕES MECANIZADAS arado
de disco HM 94.06 0,00 0,00 224,40
disco nivelador HM 94.06 0,00 690,41 690,41
Plantador HM 94.06 381,64 381,64 381,64
Pulverizador HM 94.06 224,37 0,00 0,00
Irrigação KW.H-1 0,097 1.337,19 1.337,19 1.337,19
B. OPERAÇÃO MANUAL
calagem HH 48,45 290,70 290,70 290,70
Aplicação de herbicida HH 48,45 48,45 48,45 48,45
replantio HH 48,45 581,40 581,40 581,40
Fertilização HH 48,45 193,80 193,80 193,80
capina HH 48,45 581,40 581,40 581,40
corte de plantas HH 48,45 96,90 96,90 96,90
Aplicação de inseticidas Preparação de HH 48,45 96,90 96,90 96,90
fertilizantes e sementes HH 48,45 24.23 24.23 24.23
FONTE: Elaborado com dados do autor, 2019. NOTA: NT- Sistema de plantio direto, RT- Sistema de preparo reduzido, CT- Sistema de
preparo convencional, HM – Hora-máquina, HH – Pessoa-hora, l – litro, KW.H-1– Quilowatt por hora, tonelada – Tonelada, kg –
Quilograma, R$ – Reais.

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mesa 2–Contínuo...
Unidade Valor total do solo por
Itens EOC
Unidade de valor sistema de manejo (R$)
medição
R$ NT RT TC
C. ENTRADAS

glifosato eu 26.15 143.2 0,00 0,00


atrazina eu 16.03 60.11 60.11 60.11
2,4-D eu 25.35 53.24 0,00 0,00
Calcário tonelada 3,93 103,93 207,86 207,86
Tiodicarbe eu 266,71 123,31 123,31 123,31
Lanate eu 26,60 31.66 31.66 31.66
Grafite em pó kg 21.68 3.05 3.05 3.05
uréia kg 1.52 959,29 959,29 959,29
Cloreto de Potássio kg 1,50 255,00 255,00 255,00
Superfosfato Simples kg 1.18 284,47 284,47 284,47
Sementes de milho BM3061 kg 28.32 654,64 654,64 654,64
sementes de milheto kg 13.15 5.26 5.26 5.26
sementes de crotalária kg 18h32 10.85 105,85 105,85
Sementes de Feijão Caupi kg 2,50 179,83 179,83 179,83
Sementes de feijão bóer kg 12h32 687,18 687,18 687,18
D. OUTRAS DESPESAS
análise de solo Unidade 25h00 25h00 25h00 25h00
FONTE: Elaborado com dados do autor, 2019. NOTA: NT- Sistema de plantio direto, RT- Sistema de preparo reduzido, CT- Sistema de
preparo convencional, HM – Hora-máquina, HH – Pessoa-hora, l – litro, KW.H-1– Quilowatt por hora, tonelada – Tonelada, kg –
Quilograma, R$ – Reais.

Essa diferença de resultados pode estar ligada à participação de diferentes itens na avaliação dos custos.
Neste estudo, o gasto com energia elétrica utilizada para irrigação das lavouras, corresponde a 30,0% do
gasto com serviços, aproximando-se dos valores encontrados por Garcia et al. (2012) ao analisar a
produtividade e os resultados econômicos de modalidades de cultivo de milho com forrageiras, em sistema
de plantio direto cuja contribuição para a irrigação foi de aproximadamente 45,0% dos desembolsos para as
operações. Associa-se também a este cenário, a elevada necessidade de mão de obra na cultura do milho
verde, quando comparada a outras culturas.
Em relação ao valor das sementes de plantas anteriores ao milho verde, elas variam de R$
5,26/ha (Milheto) a R$ 687,18/ha (feijão-boer), sendo esta última de custo mais elevado que as
sementes da cultura comercial (R$ 654,64/ha). As safras anteriores a serem utilizadas devem ser
escolhidas considerando a facilidade de aquisição, o custo da semente, a possibilidade de venda
da semente ou do grão, a geração de renda para o produtor e maiores benefícios ao solo. Assim,
o alto custo das sementes torna-se um fator de restrição para sua adoção, uma vez que o
agricultor necessitará de um volume maior de capital para realizar o plantio, justificando a
adoção em situações de comprovado aumento significativo na produtividade e rentabilidade da
lavoura comercial. Resultados semelhantes foram observados por Kappes et al.

Para compor a TOC, além dos itens EOC descritos na Tabela 2, estão os desembolsos do ACC, que são
despesas não operacionais: encargos financeiros, contribuição previdenciária, assistência técnica e encargos
sociais (Tabela 3). O desembolso com Encargos Sociais, embora calculado na folha de pagamento para o
presente estudo, apresentou valores constantes, pois os custos das operações manuais não diferiram entre
os sistemas de cultivo, pois demandaram o mesmo volume de operações e respectivos custos. Da mesma
forma, as despesas com Assistência Técnica e Encargos Financeiros, por serem apuradas sobre o valor médio
pago pelas instituições bancárias pelo cultivo de hortaliças

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o milho na região de estudo, (R$ 3.510,82/ha na safra 2018/2019), também apresentou valores
constantes. Vale ressaltar que, apesar de constantes, esses itens têm pesos de participação
diferentes na TOC em função do sistema de cultivo adotado. Das despesas não operacionais,
apenas a Contribuição Previdenciária devida pelo produtor rural foi variável (Tabela 3), pois
depende da receita bruta gerada pela atividade (1,5% sobre a receita bruta).

Tabela 3–Custos e Encargos Administrativos: Despesas não operacionais relacionadas ao milho verde
produção em 12 Sistemas de Cultivo em São Cristóvão - SE, 2018.

Despesas não operacionais Valor (R$)


Encargos sociais diretos 191,38
CESSR* **
Assistência técnica 140,43
Encargos financeiros 81,53
Seguro de ônus financeiro-colheita 26.23
FONTE: Elaborado com dados do autor, 2019. NOTA: R$: Reais, * Contribuição Previdenciária; ** Valor variável em função da
receita bruta gerada (1,5%).

O maior COT obtido na produção de milho verde foi proporcionado no manejo CT (R$ 8.184,59
valor médio) independentemente da safra anterior utilizada, e o menor foi obtido no NT (R$
7.689,00 valor médio) (Tabela 4), que foi valor superior ao apresentado pela Empresa de
Assistência Técnica e Extensão Rural (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural, 2017)
para o cultivo de milho verde (R$ 5.785,42 / ha). Essa diferença (R$ 2.399,17) pode estar
associada aos custos de implantação e condução da lavoura das safras anteriores. Embora o NT
apresente maior custo com herbicidas do que os demais manejos, seu menor custo com calcário
e operações mecanizadas resultam principalmente no CT com maior custo (atrelado a um maior
EOC), quando comparado ao RT (aumento de R$ 201,47 ) e NT (aumento de R$ 495,59).
Resultados diferentes foram encontrados por Kaneko et al. (2010) ao avaliarem o efeito do
manejo do solo e da adubação nitrogenada nos custos de produção e rentabilidade do milho
cultivado sob NT, grade pesada + disco nivelador e escarificador + disco nivelador em Selviria,
Mato Grosso do Sul, onde os menores valores de COT foram encontrados no sistema grade
pesada + nivelamento (forma de preparo reduzida, preparo do solo reduzido).

Tabela 4–Custos operacionais da produção de milho verde em sucessão a quatro safras anteriores e
três sistemas de manejo do solo, São Cristóvão, SE, do século 16ºpara os 18ºano de cultivo.

Total
Solo operacional eficaz % Custo unitário
safra anterior Custo operacional
gerenciamento custo (EOC) (R$) sumário * (R$)
(TOC) (R$)
Convencional Feijão Caupi 7.556,65 92,99 8.126,12 AB 0,33
lavoura feijão-boer 8.064,00 93,74 8.602,38A 0,46
crotalária 7.482,66 92,84 8.059,37B 0,31
Painço 7.382,07 92,85 7.950,47B 0,33
Significar 7.621,35 93.11 8.184,59 a 0,36
Cultivo reduzido Feijão Caupi 7.332,25 92,32 7.942,67B 0,31
feijão-boer 7.839,60 93,23 8.408,46A 0,43
crotalária 7.258,26 92,64 7.835,20B 0,38
Painço 7.157,67 92,40 7.746,15B 0,35
Significar 7.396,95 92,65 7.983,12 b 0,37
FONTE: Elaborado com dados do autor, 2019. NOTA: R$: Reais. * custo de produção da espiga de milho verde comercial. Médias
seguidas de mesma letra maiúscula na vertical não são estatisticamente diferentes a 5,0% de probabilidade pelo teste de Tukey.
Médias seguidas de mesma letra minúscula na vertical não são estatisticamente diferentes a 5,0% de probabilidade pelo teste de
Tukey.

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Análise dos custos de produção de milho verde sob sistemas de cultivo na Chapada Costeira Sergipana.

Tabela 4–Contínuo...
Total
Solo operacional eficaz % Custo unitário
safra anterior Custo operacional
gerenciamento custo (EOC) (R$) sumário * (R$)
(TOC) (R$)
plantio direto Feijão Caupi 6.959,34 91,61 7.597,08 C 0,25
feijão-boer 7.466,69 91,49 8.161,38 AB 0,21
crotalária 6.885,35 91,19 7.550,41 C 0,22
Painço 6.784,76 91.11 7.447,13 C 0,22
Significar 7.024,04 91,35 7.689,00 c 0,32
FONTE: Elaborado com dados do autor, 2019. NOTA: R$: Reais. * custo de produção da espiga de milho verde comercial. Médias
seguidas de mesma letra maiúscula na vertical não são estatisticamente diferentes a 5,0% de probabilidade pelo teste de Tukey.
Médias seguidas de mesma letra minúscula na vertical não são estatisticamente diferentes a 5,0% de probabilidade pelo teste de
Tukey.

Considerando que o manejo do NT tem o menor custo de produção, que associado ao menor
custo da safra anterior (Milheto: R$ 5,26/ha) (Tabela 2), resultará no sistema de cultivo menos
oneroso (menor COT). Assim, o sistema de cultivo com menor COT foi o Milheto/NT seguido da
Crotalária/NT (Tabela 4). Por outro lado, o manejo de maior custo associado à safra anterior com
maior desembolso por hectare tenderá a ter maior TOC. Como resultado, o feijão guandu/CT foi
o sistema de cultivo mais caro (R$ 8.602,38), seguido do feijão guandu/RT, pois o alto valor da
safra anterior superou a diferença de custo de produção entre os manejos adotados (Tabela 4).

Independentemente do sistema de cultivo analisado, os maiores gastos necessários ao


processo produtivo estão relacionados ao EOC (92,37%) (Tabela 4). Assim, cerca de 7,63% da TOC
são referentes às despesas não operacionais. Resultados semelhantes foram encontrados por
Furlaneto & Esperancine (2010), ao avaliar a rentabilidade do milho safrinha no sistema NT,
utilizando média e alta tecnologia, observaram que 9,0% do COT corresponde ao ACC, e por
Franciosi & Nunes ( 2017) cujo ACC responde por 8,6% dos custos com a safra de milho safrinha.
Rodrigues e cols. (2018) ao estimar os custos de produção e indicadores de eficiência econômica
da cultura do milho verde em Goiás, apontaram que apenas 5,07% da TOC correspondem a
gastos previdenciários, corroborando também com os dados do estudo.
Dos itens que compõem a TOC, os que mais contribuem significativamente são as operações
manuais (24,49% R$ 1.913,78 NT; 23,86% R$ 1.913,78 RT; 23,40% R$ 1.913,78 CT); calcário e
fertilizantes (20,86% R$ 1.602,69 NT; 21,39% R$ 1.706,62 RT; 20,88% R$ 1.706,62 CT) e energia elétrica
(17,41%, R$ 1.337,19 NT; 16,86%, R$ 1.337,19 RT; 16,35% R$ 1.367,16 CT) (Tabela 2). Esses resultados
são decorrentes da grande necessidade de mão de obra durante o ciclo anual (2 replantios, 2 capinas,
5 adubações de cobertura, 2 aplicações de defensivos, 1 aplicação de herbicida pós-plantio, 2 estacas).

Conforme apontado por Melo et al. (2009), o aspecto do maior dispêndio financeiro
relacionado à mão de obra destaca a grande importância da cultura como atividade geradora de
empregos no meio rural, mostrando a notoriedade social da cultura do milho verde no Nordeste
que abriga aproximadamente 70,0% da estabelecimentos que cultivam milho verde no Brasil
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2017). Por outro lado, Gonçalves et al. (2017)
aponta que o fato de a mão de obra ser o item mais representativo do custo de produção, indica
um baixo investimento em tecnologia para produção, por isso esses sistemas se caracterizam
como de baixo custo. Entretanto, deve-se observar que para o cálculo da participação da mão de
obra na TOC foi considerada a mão de obra do agricultor familiar proprietário ou arrendatário
da terra,
Resultados semelhantes foram encontrados por Zárate et al. (2009) ao avaliar a produção e receita líquida
de milho verde de acordo com a época de amontoa, que identificou a mão de obra como o fator que

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Análise dos custos de produção de milho verde sob sistemas de cultivo na Chapada Costeira Sergipana.

produção mais onerada, corroborando com os dados encontrados neste experimento. No entanto,
Kaneko et al. (2010) ao avaliarem o efeito do manejo do solo e da adubação nitrogenada nos custos de
produção e na rentabilidade e retorno do milho cultivado em três diferentes manejos, constataram
que os gastos com fertilizantes foram mais onerosos, correspondendo a 42,0% do COT.
Embora o presente estudo não tenha apresentado os fertilizantes e o calcário como os maiores
contribuintes para o COT (21,0% em média, ocupando a segunda posição), sua participação nos custos é
significativa, indicando uma alta dependência desses insumos no resultado do processo produtivo. O correto
dimensionamento da adubação é possível através da análise do solo, que por sua vez influenciará na
produtividade da lavoura. Apesar de muitas vezes negligenciada, a análise de solo representa um custo
operacional de R$ 250,00/ha (10 amostras/ha (3,0% do TOC) (Tabela 2), assim, este item aparece como um
dos mais importantes, pois permitirá a uso correto de calcário e fertilizantes já que esses itens são a segunda
maior fonte de desembolso nos sistemas de cultivo.Segundo Zhang et al. (2015) o uso de fertilizantes nas
quantidades requeridas pela planta promove seu máximo desenvolvimento e, consequentemente, seu
máximo potencial produtivo. Sobral e cols. (2007) destacam que os solos do Estado de Sergipe são em sua
maioria de fertilidade natural e produtividade reduzida, sendo economicamente viáveis apenas quando o
aporte nutricional é realizado.
Para todos os manejos de solo, quando se utiliza a cultura anterior do feijão boer, a aquisição de
sementes torna-se onerosa, ocupando a quarta posição no NT (8,43%) e no RT e a quinta colocação no
CT (8,17 e 8,00%, respectivamente), em relação a participação na TOC (Tabelas 2 e 4). Nos demais
sistemas de cultivo com as demais culturas anteriores, a semente de milho (8,69%) e a operação
mecanizada (8,04%) ocupam a quarta e quinta posição em maior carga no NT. Em relação ao RT e CT, a
ordem de impacto é inversa com a operação mecanizada respondendo por 13,67 e 16,12%
respectivamente, e o milho em caroço por 8,34 e 8,13% do COT, respectivamente (Tabela 2 e 4). Ao
realizar a análise de correlação para verificar a associação entre as variáveis que compõem o custo da
safra de milho no nível brasileiro com a receita bruta por hectare, Artuzo et ai. (2017) encontraram
forte associação entre o custo total de produção e as variáveis mão de obra, sementes, fertilizantes e
defensivos, corroborando os resultados deste estudo. Aguiar et ai. (2008), em análise econômica de
diferentes tratos culturais na cultura do milho (NT com crotalária eMucuna prurienscomo cultivos
anteriores, PD em pousio e TC), envolvendo diferentes híbridos e doses de N, identificou que os
menores valores foram observados no PD sem uso de plantas de cobertura, seguido do TC, indicando
que a presença de plantas aumenta os custos de produção, como observado neste estudo.

3.3 Receita, índice de lucratividade e margem de lucro

O NT apresentou maior produtividade e também maior RG independentemente da cultura


anterior utilizada (Tabela 5). Dentre os sistemas de cultivo, observa-se que o maior RG foi obtido
pelo feijão-boer/NT (R$ 17.008,56), seguido da crotalária/NT (R$ 15.033,21), enquanto o feijão-
boer/CT (R$ 8.234,91) obteve o menor GR para atender as necessidades de produção (Tabela 5).
Os valores obtidos com a comercialização do milho verde para o CT, foram inferiores aos
observados por Rodrigues et al. (2018) (R$ 12.375,00/ha em CT). Essa diferença pode ser
atribuída à produtividade média alcançada neste estudo (41.250 espigas de milho/ha). Por outro
lado, o valor observado é inferior ao obtido para o NT (R$ são menores que os observados para o
NT (R$ 1.502,79), e esse resultado vem do valor de comercialização das espigas de milho (R$
0,44/ unidade; média de 2016 a 2018, segundo a EMDAGRO (Empresa de Desenvolvimento
Agropecuário de Sergipe, 2018)). Tais resultados são superiores aos utilizados no estudo do
referido autor (R$ 0,30/unidade) (Tabela 1 e Tabela 5).

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Análise dos custos de produção de milho verde sob sistemas de cultivo na Chapada Costeira Sergipana.

Tabela 5–Receita Bruta, Índices de Rentabilidade e Retorno do milho verde submetidos a quatro
culturas anteriores e três sistemas de manejo do solo, São Cristóvão - SE,
a partir do dia 16ºpara os 18ºano de cultivo.

Solo PLP (milho


PC GR (R$) OP (R$) PM (%) TLP (R$)
gerenciamento espigas)

Convencional Feijão Caupi 10.825,96 CDE 2.699,84 BCD 24,94 aC 18.331 B CD 33,28
lavoura feijão-boer 8.234,91D - 367,47 F - 4,46E 19.406 A 46,31 A
crotalária 11.428,83 CDE 3.369,46 CD 29,48 aC 18.181 B CD 31.26
Painço 10.736,17 CDE 2.785,71 BCD 25,95 aC 17.935 C CD 32,83
Significar 10.306,47b 2.121,88b 18.72b 18.463 a 36.08a
Cultivo reduzido Feijão Caupi 11.390,35 CD 3.447,68 CD 30,27 aC 17.918 AC CD 30,91
feijão-boer 8.619,72 DE 211,27 BF 2,45 DE 18.968 A 43,24 AB
crotalária 9.158,45 DE 1.323,26 BDF 14.45 CDE 17.675 D 37,92 ABC
Painço 9.928,07 DE 2.181,92 BDF CD 21,98 17.474D 34,59 aC
Significar 9.774,15 b 1.791,03 b 16.59b 18.009 b 37.08a
plantio direto Feijão Caupi 13.211,78 aC 5.614,70 aC 42,50 AB 17.138D 25,49 DE
feijão-boer 17.008,56A 8.847,18A 52,02 A 18.411 B 21.27E
crotalária 15.033,21 AB 7.482,79 AB 49,78 A 17.033D 22.26E
Painço 14.853,63 AB 7.406,50 AB 49,86 A 16.800 D 22.23E
Significar 15.026,79 a 7.337,79 a 48,33 a 17.345a 22.92b
FONTE: Elaborado com dados do autor, 2019: PC – Safras anteriores, GR – Receita bruta, OP – Lucro operacional, PM – Margem de
lucro, PLP – Ponto de nivelamento da produção, TLP – Ponto de nivelamento comercial de 100 espigas de milho. Médias seguidas pela
mesma letra maiúscula na vertical não são significativamente diferentes estatisticamente a 5,0% de probabilidade pelo teste de
Tukey. Médias seguidas pela mesma letra minúscula na vertical não são estatisticamente significantes diferentes a 5,0% de
probabilidade pelo teste de Tukey.

Dentre os manejos de solo avaliados, o NT apresentou a maior rentabilidade (R$ 7.337,79),


diferindo estatisticamente do RT e CT (Tabela 5). Esse comportamento se deve ao menor
desembolso com operações mecanizadas e calcário, levando o sistema de manejo a um menor
EOC (que representa mais de 90,0% da TOC), e consequentemente menor TOC, refletindo em
maior rentabilidade, conforme observado. Além disso, esse resultado também é uma resposta à
alta produtividade desse manejo, mostrando a qualidade do solo cultivado sob PD. Resultados
semelhantes foram obtidos por Kaneko et al. (2010) ao avaliarem o efeito do manejo do solo e da
adubação nitrogenada na cultura do milho em três diferentes manejos, onde o SPD obteve
maior rentabilidade, corroborando os resultados obtidos no presente estudo.
Pode-se observar no CT que o uso do feijão-boer ocasionou uma perda de R$ 367,47/ha (Tabela 5).
Esse baixo desempenho possivelmente está ligado aos altos custos de produção desse sistema de
cultivo, relacionados ao preparo do solo e ao custo das sementes da safra anterior (R$ 687,18/ha).
Assim, diante das condições observadas neste estudo, não se recomenda a utilização do feijão boer no
CT como cultura prévia ao cultivo do milho verde, pois reduz o patrimônio líquido do agricultor.
Segundo os princípios econômicos neoclássicos da teoria da firma, como qualquer outra firma, a
empresa rural é o local que utiliza tecnologias (manejo da lavoura), compra insumos (sementes,
fertilizantes, defensivos, entre outros), processos (implementação, desenvolvimento e colheita da
safra) e vende o produto (comercialização da safra) no mercado, gerando assim bens ou serviços,
maximizando os lucros obtidos (Vasconcellos & Pinho, 2002). Assim, não se justifica a continuidade da
atividade com o aproveitamento desta cultura anterior. No entanto, no NT, o feijão guandu foi o PP
que promoveu maior OP (R$ 8.847,18/ha) em relação ao cultivo e comercialização do milho verde
(Tabela 5), mostrando a importância da associação do PP com um manejo do solo que promovem
melhor suprimento nutricional às plantas, como observado em sistemas agrícolas sob sistema de SPD.

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Análise dos custos de produção de milho verde sob sistemas de cultivo na Chapada Costeira Sergipana.

Dentre os sistemas de cultivo, o feijão guandu/NT produziu OP de R$ 8.847,18/ha seguido da


crotalária/NT (R$ 7.482,79). Os menores rendimentos foram obtidos pela crotalária/RT (R$
1,32,26 / ha) (Tabela 5), já o feijão-boer/NT causou uma perda de R$ 367,47 / ha. Alvarenga e
cols. (2001) indica que as espécies utilizadas como cobertura vegetal (cultivos anteriores) são
freqüentemente de baixo valor comercial, justificando seu uso quando podem compensar os
custos de produção na forma de um ganho extra, como observado no aproveitamento do feijão
boer e Crotalária no NT. Kappes et ai. (2015) observaram maior rentabilidade do milho em
crotalária/NT sem adição de adubação nitrogenada, quando comparado a outras culturas
anteriores como o Milheto, resultados semelhantes aos observados neste estudo. No entanto,
Aguiar et al.

Por se tratar de um solo arenoso, com argila de baixa capacidade de retenção, o aporte nutricional e a
ciclagem de nutrientes da matéria orgânica das safras anteriores desempenham um papel importante na
disponibilidade de nutrientes para o milho, mesmo diante da química adicional fertilização. Assim, a maior
disponibilidade natural de N pela crotalária e pelo feijão-guandu e a menor relação C/N associada aos efeitos
benéficos do NT no solo (biológicos, físicos e químicos) favorecem a produtividade do milho, que quando
associada a uma menor produção custo também promove sua maior lucratividade conforme observado.

Deve-se observar que apenas a rentabilidade não indica a melhor opção de investimento, pois
torna-se necessário avaliar o retorno que o capital investido está efetivamente proporcionando.
Duas fontes de capital foram consideradas no estudo: Capital de terceiros (R$ 3.510,82)
proveniente de financiamento via PRONAF-B, e Capital próprio (R$ 4.441,41 em média). Assim,
deve-se avaliar o retorno proporcionado por cada sistema de cultivo, verificando se há
viabilidade econômica no investimento. Fernandes (2017) destaca que a lucratividade é a “alma
do negócio”, pois sem ela a continuidade da empresa ficará comprometida, pois o objetivo dos
recursos investidos no empreendimento é a obtenção de lucros adicionais, devendo ser sempre
positivos e maior que o retorno proporcionado por outra alternativa de investimento. Portanto,

Seguindo os resultados exibidos para produtividade, GR e OP, o manejo do solo com melhor
PM foi o NT (48,33), diferindo estatisticamente do RT e CT (Tabela 5). Semelhante ao OP, no CT, o
feijão-boer apresentou PM negativo (- 4,46). Em RT, o cultivo do feijão-caupi precedendo a
produção do milho verde foi o que proporcionou o maior IR (30,27), enquanto o menor foi
fornecido pelo feijão-boer (2,45) (Tabela 5).
Para os sistemas de cultivo, o feijão guandu/NT (52,02) foi o mais rentável, embora não apresente
diferença significativa com os demais PPs para esse manejo do solo. A menor rentabilidade foi
apresentada pelo feijão boer/RT (2,45%), não considerando o sistema PM negativo (Tabela 5).
Resultados semelhantes foram encontrados por Kaneko et al. (2010), onde o índice de lucratividade do
milho seguiu a tendência do OP, em que o NT proporcionou os maiores índices de lucratividade; assim
como os resultados obtidos por Santos et al. (2004) que encontraram maior rentabilidade com o NT
quando comparado aos demais manejos.
Destacam-se os PMs apresentados por Milheto/NT (49,86%) e Crotalária/NT, que não diferiram
estatisticamente de Feijão Boer/NT (Tabela 5). Esse desempenho está associado ao baixo COT desses
sistemas de cultivo (Tabela 4), devido ao pequeno valor da semente (Milheto R$ 5,26/ha e crotalária R$
105,85/ha), sendo o menor entre os PP avaliados neste experimento . O milheto tem sido uma das principais
culturas anteriores utilizadas para a produção de palha para o sistema NT no Brasil, devido

Revista de Economia e Sociologia Rural 61(2): e248628, 2023 21/14


Análise dos custos de produção de milho verde sob sistemas de cultivo na Chapada Costeira Sergipana.

ao rápido crescimento, alta produção de fitomassa mesmo em condições de baixa fertilidade e alta
relação C/N, contribuindo assim para a manutenção da palha sob o solo (Pacheco et al., 2009).
Para qualquer atividade, deve-se conhecer também a quantidade de produção necessária para cobrir os
custos, ou o valor comercial mínimo que deve ser praticado para cobrir os custos, ou seja, os Pontos de
Nivelamento. Para o PLP (número de espigas de milho para pagar os custos de produção), são desejáveis
valores menores, pois menos OP será utilizado para cumprir as obrigações. Assim, observou-se menor PLP
no NT (17.345 espigas de milho), diferindo dos demais sistemas de manejo do solo. No CT, RT e NT, os
menores PLP foram fornecidos pelo Millet (Tabela 5). Este comportamento esteve relacionado ao baixo valor
da semente de PPs quando comparada às demais utilizadas neste estudo.
Para os sistemas de cultivo, o Milheto/NT (16.800 espigas de milho) apresentou o menor PLP e o Feijão
Boer/CT (19.406 espigas de milho) o maior (Tabela 5). O sistema Feijão Boer/NT, apesar de apresentar os
maiores OP e PM, não possui o menor PLP, pois está atrelado aos custos do processo produtivo,
apresentando resultados semelhantes aos observados para o GR. Assim, os sistemas com feijão boer são
mais onerosos devido ao custo das sementes (R$ 687,18/ha), exigindo maior produção de espigas de milho
para cumprir suas obrigações financeiras.
Para o TLP, o valor mínimo a ser vendido por 100 espigas de milho, considerando o manejo de solo
adotado foi em média R$ 22,92 no NT; R$ 37,08 no RT e R$ 36,08 no CT (Tabela 5). Resultados
semelhantes foram encontrados por Kaneko et al. (2010), onde o milho produzido no sistema NT
obteve menor TLP, quando comparado a outros tipos de manejo do solo. Em CT e RT, o maior TLP foi
conferido pelo PP Feijão Boer (Tabela 5), e no NT, PP Feijão Caupi foi o que conferiu maior TLP (R$
25,49). Observa-se que esse comportamento está atrelado a uma baixa OP e produtividade conferida
pelo PP ao milho verde, o que acaba ocasionando a necessidade de maior valor de comercialização
das espigas de milho, consequentemente, não gerando prejuízos.
Para os sistemas de cultivo, o feijão-boer conferiu o maior e o menor TLP (Tabela 5). No CT, o
feijão guandu apresentou alto TLP e PLP devido aos danos que esse sistema de cultivo
proporciona nas condições apresentadas neste estudo, decorrente do alto custo do preparo do
solo e do custo das sementes de PP (Tabela 2). Gonçalves e outros. (2017) afirma que o Ponto de
Nivelamento (comercial ou de produção) é o encontro das receitas e despesas equivalentes, não
havendo lucro ou prejuízo. Assim, para evitar que esse sistema gere perdas, seria necessário
negociá-lo por um valor superior ao praticado para o período do estudo, sendo importante
realizar a análise de prováveis cenários de comercialização. Por outro lado, como o feijão bóer/
NT tem uma produtividade elevada (Tabela 1), GR,

Por se tratar de uma cultura hortícola, não há monitoramento contínuo dos dados de produção e
produtividade, faltando informações sobre sistemas de cultivo mais eficientes, bem como custos de
produção e rentabilidade. Os dados utilizados no estudo referem-se a quase 2 décadas de cultivo
contínuo na área, o que permitiu a construção de uma fertilidade que pode ser estudada
economicamente. No entanto, foram utilizados apenas dados econômicos de 3 anos consecutivos de
cultivo, indicando a continuidade do estudo por um período maior de tempo, bem como sua
correlação com as mudanças climáticas.

3.4 Análise de Cenário

A análise de cenários fornece uma perspectiva do comportamento da eficiência econômica do


empreendimento, dada a volatilidade dos preços. Assim, foram estimados três diferentes cenários de
receita considerando: o preço médio (R$ 44,33 por 100 espigas de milho) cujos dados já foram
apresentados e discutidos; o preço mínimo médio de mercado (R$ 35,33 por 100 espigas de milho)

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Análise dos custos de produção de milho verde sob sistemas de cultivo na Chapada Costeira Sergipana.

e o preço médio máximo de mercado (R$ 54,17 por 100 espigas de milho) alcançado pelo milho verde
(2016 a 2018), conforme dados sistematicamente coletados e fornecidos pela EMDAGRO (Empresa de
Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe, 2018).
Como era de se esperar, os maiores custos foram observados no cenário de maior preço de
mercado, pois é este preço que vai determinar a receita gerada. Não foram observadas alterações nos
sistemas que apresentaram maiores e menores custos ou GR (menor custo Milheto/NT seguido de
Crotalária/NT, e os maiores custos em Feijão Boer/CT, seguido de Feijão Boer/RT; Feijão Boer/NT,
seguido pela crotalária/NT o maior GR, enquanto o feijão guandu/CT obteve o menor GR). A maior OP
foi obtida quando o milho foi vendido ao preço máximo e os resultados foram parcialmente
semelhantes aos encontrados para o preço médio: feijão guandu/NT e crotalária/NT apresentaram a
maior OP nos três cenários de comercialização de espigas de milho verde . Para valor máximo de
comercialização, não foi observado dano em nenhum dos tratamentos avaliados. O menor OP foi
observado no sistema feijão-boer/CT,
Para o cenário com valor mínimo de comercialização, o feijão bóer/CT, o feijão bóer/RT e a
crotalária/RT foram os sistemas que causaram perdas financeiras ao agricultor, apresentando um OP
negativo, indicando que os sistemas de cultivo não conseguiram pagar os investimentos feito para a
produção (Figura 1). Essa perda foi causada pela queda na GR dos sistemas, já que a produtividade foi
mantida. Vale ressaltar que resultados semelhantes também foram encontrados para PM, PLP e TLP.

Dentre os sistemas de cultivo avaliados, o feijão guandu/NT apresentou a melhor produtividade


(38.368 espigas de milho/ha), consequentemente obtendo a melhor Receita Bruta (R$ 17.008,56), a
maior rentabilidade (R$ 8.847,18), o maior índice de rentabilidade (52,02% ) e o menor TLP (R$ 21,27).
No entanto, deve-se observar que esse sistema de cultivo não apresentou os menores custos de
produção nem o menor PLP, por ser um sistema cujos gastos são acentuados, principalmente o custo
das sementes das safras anteriores.

figura 1- Margem de lucro do milho verde submetido a diferentes safras anteriores e sistema de
manejo do solo em cenário de preços máximo, médio e mínimo de comercialização, São Cristóvão -SE,
2018. FONTE: Elaborado com dados dos autores, 2019. NOTA: Preço máximo ( R$ 54,17 -100 milho
espigas). Preço Médio (R$ 44,33 -100 espigas de milho). Preço mínimo (R$ 35,08 -100 espigas de milho).

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Análise dos custos de produção de milho verde sob sistemas de cultivo na Chapada Costeira Sergipana.

4. Conclusões

No presente estudo, para a produção de milho verde nas condições edafoclimáticas dos
Tabuleiros Costeiros de Sergipe, conclui-se:
A utilização do preparo convencional associado à safra anterior de Guandu proporciona
maiores custos de produção. Por outro lado, o sistema Plantio Direto associado à safra anterior
de milheto e PD associado à Crotalária proporciona menores custos de produção, seguido do
sistema de cultivo Mínimo com a safra anterior de Guandu.
Os itens que contribuem para o custo de produção do milho verde nos sistemas de cultivo
estudados (Cultivo Convencional, Cultivo Mínimo e Plantio Direto) em escala decrescente são: Mão de
obra, Fertilizantes, Calcário e Energia Elétrica
O sistema plantio direto proporciona uma condição economicamente mais viável quando avaliado pelos
parâmetros: Produtividade, Receita Bruta, Lucro Operacional e Rentabilidade quando comparado ao Plantio
Convencional e Mínimo.
O sistema de preparo convencional associado à safra anterior do Guandu proporciona menores índices
de Produtividade, Lucro Operacional e Rentabilidade com valores negativos.
O sistema Plantio Direto associado à safra anterior do Guandu proporciona maiores índices de Receita
Bruta, Lucro Operacional e Índice de Rentabilidade, sendo esta tecnologia recomendada aos agricultores.
A utilização da associação de culturas anteriores com sistemas de cultivo conservacionista (Semeadura
Direta e Cultivo Mínimo) deve ser avaliada como alternativa para identificar o aumento da produtividade com
redução dos custos de produção, pois é uma expressão confiável, precisa e coerente.

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Recebido:10 de fevereiro de 2021.


Aceitaram:01 de março de 2022.
Classificação JEL:R11, R14, Q10.

Revista de Economia e Sociologia Rural 61(2): e248628, 2023 21/21

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