Cartilha Anlises Clnicas e Toxicolgicas - Web
Cartilha Anlises Clnicas e Toxicolgicas - Web
Cartilha Anlises Clnicas e Toxicolgicas - Web
e Toxicológicas
Análises Clínicas
e Toxicológicas
As Cartilhas são desenvolvidas por profissionais que atuam nas respectivas áreas
abrangidas pelas Comissões Assessoras do Conselho Regional de Farmácia do Estado
de São Paulo (CRF-SP), a saber: Acupuntura, Análises Clínicas e Toxicológicas, Distri-
buição e Transporte, Educação Farmacêutica, Farmácia, Farmácia Clínica, Farmácia Es-
tética, Farmácia Hospitalar, Homeopatia, Indústria, Pesquisa Clínica, Plantas Medicinais
e Fitoterápicos, Regulação e Mercado, Resíduos e Gestão Ambiental e Saúde Pública.
As áreas de atuação;
O papel e as atribuições dos profissionais farmacêuticos que nelas atuam;
As atividades que podem ser desenvolvidas;
As Boas Práticas;
O histórico da respectiva Comissão Assessora.
Cada exemplar traz relações das principais normas que regulamentam o segmento
abordado e de sites úteis para o exercício profissional. Se as Cartilhas forem colocadas
juntas, podemos dizer que temos um roteiro geral e detalhado de praticamente todo
o âmbito farmacêutico.
5
Por conta disso, tais publicações são ferramentas de orientação indispensável para
toda a categoria farmacêutica, tanto para aqueles que estão iniciando sua vida profis-
sional, como para quem decide mudar de segmento.
Boa leitura!
Esta Cartilha foi publicada pela primeira vez em 2007, tendo sido revisada em
2009, 2010, 2011, 2012 e 2016. Devido ao seu sucesso, cujo alcance não se restrin-
giu aos profissionais e estudantes do Estado de São Paulo, o CRF-SP tomou a inicia-
tiva de inscrever este rico material técnico na Agência Brasileira do ISBN, vinculada à
Fundação Biblioteca Nacional. O ISBN – International Standard Book Number – é um
sistema internacional que identifica numericamente cada livro segundo título, autor,
país e editora, o que faz dele uma publicação única no universo literário.
Introdução.............................................................................................................9
A comissão..........................................................................................................11
Objetivos da comissão.........................................................................................13
O profissional......................................................................................................14
Campo de atuação...............................................................................................20
Legislação............................................................................................................39
Sites interessantes................................................................................................46
Bibliografia...........................................................................................................52
Para atuar nessa área, o profissional farmacêutico concorre não só com seus pares,
mas também com outros profissionais. Atualmente, no CRF-SP, existem cerca de 600
laboratórios cadastrados, dos quais 67% são de propriedade de farmacêuticos (CRF-
SP, maio 2012).
No decorrer dos anos, esta Comissão contou com a coordenação de vários far-
macêuticos com destaque nacional, tais como: Adelaide José Vaz (in memoriam) – pro-
fessora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FCF-
-USP) e ex-presidente do CRF-SP; Dirceu Raposo de Mello – ex-diretor-presidente
da ANVISA e ex-presidente do CRF-SP; Haroldo Wilson Moreira – professor da Fa-
culdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita
Filho (FCF-UNESP); Mário Hiroyuki Hirata – professor da FCF-USP; Luiz Roberto
Del Porto – profissional de intensa experiência prática na área laboratorial; Marcos
Machado Ferreira – diretor-tesoureiro do CRF-SP e com vasto know-how na gestão de
laboratórios; Luciane Maria Ribeiro Neto – docente e profissional com larga experi-
ência prática e gerencial na área laboratorial. Atualmente a Comissão está sob a coor-
denação de Paulo Caleb Júnior de Lima Santos, professor adjunto no Departamento
de Farmacologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo
(EPM-UNIFESP) e pesquisador no Laboratório de Genética e Cardiologia Molecular
do InCor-HC, Faculdade de Medicina da USP.
Assegurar ao profissional farmacêutico que atua nas áreas específicas espaço para
propor, debater e apoiar assuntos de interesse comum.
Assessorar a Diretoria do CRF-SP em assuntos que exijam conhecimentos especí-
ficos, por meio da discussão dos temas propostos e emissão de pareceres.
Garantir ao profissional farmacêutico o direito de participação nas reuniões da Co-
missão.
Atuar junto ao corpo de fiscais do CRF-SP, visando capacitá-los para efetuar inspe-
ções técnicas adequadas e dirigidas ao seu ramo profissional, orientando quando
necessário e evitando a má prestação de serviços.
Criar programas de educação continuada e oferecê-los aos profissionais farmacêu-
ticos atuantes nas áreas afins, contribuindo, assim, para a melhoria constante da
capacitação técnica dos profissionais.
Criar um canal de comunicação permanente entre a Comissão, os profissionais
farmacêuticos que trabalham no segmento, as Sociedades representativas das áreas
de Análises Clínicas e Toxicológicas e a Diretoria do CRF-SP, sempre com o apoio
e os interesses dos profissionais em vista.
Elaborar e encaminhar aos órgãos competentes, por meio de reuniões com os
membros atuantes, propostas para normatização e melhoria da área de atuação.
Estimular a criação e auxiliar os Grupos de Trabalho descentralizados das Seccionais
do CRF-SP em suas ações.
Valorizar o profissional farmacêutico atuante em laboratórios de análises clínicas e
toxicológicas e propiciar sua maior visibilidade.
Responsabilidade Técnica
IMPORTANTE:
Para assumir a RT perante o CRF-SP, o farmacêutico deverá estar
regularmente inscrito no Conselho Regional de Farmácia e não possuir
nenhum impedimento legal.
Vale destacar que o farmacêutico responde pelos seus atos não apenas perante os
órgãos sanitários e o Conselho Regional de Farmácia, mas também pode responder
cível e criminalmente quando seus atos ou atos de terceiros sob sua responsabilidade
proporcionarem prejuízos à integridade física e moral do usuário do serviço. Indepen-
dentemente de assumir a responsabilidade técnica, todo farmacêutico deve trabalhar
pautado pela legislação vigente e pela ética profissional.
O farmacêutico analista clínico torna-se cada vez mais importante nos serviços de
saúde, em órgãos governamentais e privados. A abrangência de sua assistência es-
tende-se a diversas instituições, como: hospitais, bancos de sangue, unidades básicas
de saúde (UBS), clínicas, postos de coleta de material biológico, centros avançados
de reprodução humana, centros de produção e desenvolvimento de vacinas, labo-
ratórios de controle de qualidade de reagentes e equipamentos para análises clínicas,
laboratórios forenses, laboratórios de monitorização de danos ambientais e ocupacio-
nais, centros de pesquisas, instituições de ensino superior, centros técnicos, centros de
vigilância sanitária e epidemiológica.
Biologia molecular
Bioquímica
Citologia e citopatologia
Ensino e pesquisa
Hematologia
Imunologia
Micologia
Parasitologia
Toxicologia
A farmácia clínica, voltada a todos os níveis de atenção à saúde, teve seu início na
década de 1960, em hospitais nos Estados Unidos. Desde o começo da formação
acadêmica, os alunos de graduação de farmácia norte-americanos são incentivados à
atuação clínica, com o desenvolvimento de atividades envolvendo o cuidado ao pa-
ciente (SANTOS, 2016).
dades de classe, dentre elas a Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) e a So-
ciedade Brasileira de Patologia Clínica (SBPC), junto com o INMETRO e a Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), iniciaram o desenvolvimento de Boas Práticas
de Laboratórios Clínicos (BPLC), tendo como referência os critérios do Programa do
Colégio Americano de Patologia (College of American Pathologists - EUA).
Fontes de Variação
Acreditação
O termo “acreditar” significa dar crédito, crer, ter como verdadeiro, dar ou
estabelecer crédito. Portanto, “acreditar” significa outorgar a uma organização um
Fase Pré-Analítica
Recentes publicações revelam que entre 68% e 93% dos erros laboratoriais encon-
trados são consequências da falta de padronização na fase pré-analítica. Portanto, é de
extrema importância implementar metodologias mais rigorosas para detecção, classifica-
ção e redução destes erros.
A influência das variáveis pré-analíticas pode tornar-se desprezível, desde que se es-
tabeleça uma boa orientação aos pacientes, quando pertinente, em relação ao jejum
adequado, à não realização de exercícios físicos extenuantes no período que antecede
a coleta do material biológico, ao hábito de fumar e ao período do ciclo menstrual.
Também é muito importante obter informações sobre a utilização de medicamentos e/
ou drogas terapêuticas que eventualmente estejam em uso, assim como o treinamento
Fase Analítica
É nesta fase que será realizado o exame. Os processos aqui desenvolvidos neces-
sitam de um suporte externo, oriundo da fase pré-analítica, e devem entregar um
produto confiável para a fase subsequente, a pós-analítica.
Os principais erros que ocorrem nesta fase são: transcrição de resultado em uni-
dade de medida errada, erro de digitação ou no cruzamento dos resultados no laudo,
metodologia impressa no laudo não condiz com a metodologia realizada, falta de in-
formação no laudo dos possíveis interferentes na metodologia utilizada, entre outros.
... Segundo a SBAC, o uso de biochips irá revolucionar as Análises Clínicas – seu modo
de fazer, suas interpretações e interações com a clínica médica. Num futuro próxi-
mo, será possível realizar o diagnóstico de doenças infecciosas e genéticas com uma
única amostra de material biológico do paciente; propor tratamentos personalizados
e acompanhar a ação dos medicamentos no organismo por meio das metabolonas
(SBAC, 2010).
LEIS
Lei nº 3.820, de 11 de novembro de 1960.
Cria o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Farmácia, e dá outras providências.
DECRETOS
Decreto no 85.878, de 7 de abril de 1981.
Estabelece normas para execução da Lei nº 3.820, de 11 de novembro de 1960, sobre o exercício da
profissão de farmacêutico, e dá outras providências.
PORTARIAS
RESOLUÇÕES
IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – www.ibama.gov.br
REBLAS/ANVISA – www.anvisa.gov.br/reblas/index.htm
Associações e organizações:
AACC - American Association of Clinical Chemistry – www.aacc.org
Ao farmacêutico – www.aofarmaceutico.com.br
CEATOX - Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo
– www.ceatox.org.br
SINDHOSP – www.sindhosp.com.br
BONINI, P.; PLEBANI, M., CERIOTTI, F.; RUBBOLI, F. Errors in laboratory medicine. Clin. Chem., 2002.
BROKS, Z. C. Quality control in six simple steps. AACC Press: Washington, 1998.
BURTIS, C. A.; ASHWOOD, E.R.: Tietz Fundamentos de Química Clínica. 4 ed Guanabara Koogan: Rio
de Janeiro, 1998.
CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE. NCCLS – H03A5 – Procedures for the
collection of diagnostic blood specimens by venipuncture; Approved Standard 5ed.
CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE. NCCLS – H18A3 – Procedures for the
Handling and Processing of Blood Specimens; Approved Guideline 3ed.
COOPER, W. G., Lições básicas em laboratório de controle de qualidade. Bio-Rad Laboratories, Inc.:
Califórnia, 2000.
FOLHA DE SÃO PAULO. Só metade dos laboratórios tem controle de qualidade. Caderno Cotidiano,
pg. C8. [Matéria publicada em 26 de março de 2012, pela jornalista Cláudia Collucci] Disponível em
<http://www5.szd.com.br/site/catalogo/materias.php?idmateria=962&_imprimir=1> Acesso em 09
mai 2012.
FRASER, C.G., Biological variation: from principles to practice. AACC Press: Washington, 2001.
GIRELLI, W.F.; SILVA, P.H.; FADEL-PICHETH, C.M.T.; PICHETH, G., Variabilidade biológica em parâ-
metros hematológicos. RBAC, 2004.
KAPLAN, L. A.; PESCE, A. J.: Clinical Chemistry. Theory, analysis, correlation. 3. ed., St. Louis: Mosby,
1996.
LIPPI, G.; GUIDI, G.C.; MATTIUZZI, C.; PLEBANI, M.: Preanalytical variability: the dark side of the
moon in laboratory testing. Clin. Chem. Lab. Med., 2006.
PLEBANI, M.; CARRARO, P.: Mistakes in a stat laboratory: types and frequency. Clin. Chem., 1997.
SBAC, Sociedade Brasileira de Análises Clínicas O futuro das análises clínicas no Brasil. (apresentação).
In: IV Fórum Ético Legal em Análises Clínicas. Brasília: 2010. Disponível em: <http://www.cff.org.br/
userfiles/Apresentacao_Chefe_Forum_Brasilia(2).pdf>. Acesso 29 mai. 2012.
SEBRAE, Serviço Brasileiro de Apoio às Pequenas e Microempresas. Quero abrir um negócio – la-
boratório de análises clínicas. Exigências Legais específicas. Disponível em: <http://arquivopdf.se-
brae.com.br/momento/quero-abrir-um-negocio/ideias_negocio_pdf?id=78EE6B1F77E3133183-
2579B40052229A&uf=undefined&filename=laboratorio-de-analises-clinicas&titulo=laboratorio-de-
analises-clinicas>. Acesso em 21 mai. 2012
______. A importância do plano diretor para o desenvolvimento municipal. Brasília, DF: CNM, SE-
BRAE, 2006. Disponível em: <http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/44272B5BF450A48
C8325723C00484411/$File/NT00033FD6.pdf>. Acesso em: 05 jun. 2012
VEJA. O microscópio sumiu. Edição 2034, 14 de novembro de 2007. Disponível em: <http://veja.abril.
com.br/141107/p_152.shtml>. Acesso em 29 mai 2012.
YOUNG, D.S.: Conveying the importance of the preanalytical phase. Clin. Chem. Lab. Med., 2003.