PDCs

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18.

ACESSIBILIDADE

INTRODUÇÃO

Acessibilidade é um dos temas mais atuais e importantes no setor da construção


civil. É dever da sociedade lembrar que idosos, obesos, gestantes, usuários de muletas,
crianças, deficientes auditivos e visuais devem ser considerados no planejamento da
edificação, e não apenas o cadeirante.

Acessibilidade é a possibilidade e condição de alcance, percepção e


entendimento para a utilização com segurança e autonomia, de edificações, espações
mobiliários, vias públicas, equipamentos urbanos e transporte coletivo.

Acessibilidade significa não apenas permitir que pessoas com deficiências ou


mobilidade reduzida participem de atividades que incluem o uso de produtos, serviços e
informação, mas a inclusão e extensão do uso destes por todas as parcelas presentes em
uma determinada população. visando sua adaptação e locomoção, eliminando as
barreiras.

De acordo com a NBR 9050 todas as edificações e equipamentos urbanos, todas


as entradas, bem como as rotas de interligação às funções do edifício, devem ser
acessíveis.

Acessível significa que são espaços, mobiliários, equipamentos urbanos,


edifcações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e
tecnologias ou elemento que possa ser alcançado, acionado, utilizado e vivenciado por
qualquer pessoa
VIABILIDADE PARA INSERÇÃO SEGURA DE PCD NA CONSTRUÇÃO
CIVIL

Em abril de 2016 o Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo


(Sinduscon SP) e SECONCISP realizou um estudo para Viabilidade Inserção Segura de
PCD na Construção Civil, tendo em vista que o Censo Populacional de 2010 indica que
45,6 milhões pessoas (23,9% da população) no Brasil são portadoras de alguma
deficiência.

A figura abaixo mostra a distribuição de pessoas com alguma deficiência no ano


de 2000.

Figura: Gráfico de distribuição do tipo de deficiência autorreferida.


Fonte: SINDUSCON SP e SEDCONCISP

O estudo também demonstra que a idade produtiva das pessoas com PCDs, gira
entre 15 e 59 anos.
A figura abaixo mostra o tipo de deficiência autorreferida que os PCDs com
idade laborativa tem.

Figura: Gráfico de distribuição do tipo de deficiência no mercado de trabalho autorreferida.


Fonte: SINDUSCON SP e SEDCONCISP

CARACTERIZAÇÃO DE CANTEIRO DE OBRAS (NR18)

• Área de trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e


execução de uma obra (Fonte: NR 18, Brasil 2001)
• Alguns autores alertam que diferentes fases da obra exigem canteiros
diferenciados, adaptados à estratégia de realização da obra
• Grau de Risco da Atividade: 3 (três).

Levando em consideração a complexidade de um canteiro de obra o estudo


realizado pela SINDUSCON SP e SEDCONCISP, construiu uma matriz de viabilidade
de inserção de PCDs que leva em consideração a segurança no local de trabalho.
A matriz abaixo mostra a minuciosa análise de possibilidade de inclusão para as
principais funções de trabalho por tipo de deficiência.
Figura: Matriz de Possibilidade de inclusão para as principais funções de trabalho por tipo de deficiência.
Fonte: SINDUSCON SP e SEDCONCISP
COMUNICAÇÃO E SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA PARA PCDs

A comunicação e Sinalização da para de PDCs pode ser dado por três maneiras
que são:
o Visual: É o conjunto de elementos que comunicam informações visuais por
meio de sinais. São exemplos de sinalização visual placas, cartazes, banners
entre outros. Abaixo segue alguns modelos de sinalização visual de PCDs.

Figura: Pictograma de sinalização de locais acessíveis.

Figura: Pictograma de sinalização de deficientes visuais.

Figura: Pictograma de sinalização de deficientes auditivos


Figura: Pictograma de sinalização de sanitários acessíveis

Figura: Pictograma de sinalização de circulação.

Figura: Pictograma de sinalização de comunicação.


o Tátil: É composta por informações em relevo, como textos, símbolos e
Braille.

Figura: Piso tátil de direção Figura: Piso tátil de orientação

Figura: Placa em Relevo e Braile


o Sonoro: É composta por conjuntos de sons que permitem a compreensão
pela audição.

Figura: Sinalização Sonora.

DIMENSIONAMENTO DE ESPAÇO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

o Para pessoas em Pé:

Figura: Desenhos esquemáticos de dimensionamento de espaços para pessoas em Pé.


Figura: Desenhos esquemáticos de dimensionamento de espaços para pessoas em cadeira de rodas.

ÁREAS DE MANOBRA COM CADEIRA DE RODAS

As medidas necessárias para a manobra de cadeira de rodas sem deslocamento,


conforme ABNT 9050 são:
a) para rotação de 90° = 1,20 m × 1,20 m;
b) para rotação de 180° = 1,50 m × 1,20 m;
c) para rotação de 360° = círculo com diâmetro de 1,50 m.

Figura: Desenhos esquemáticos de manobras de cadeira de rodas sem deslocamento.


As medidas necessárias para a manobra de cadeira de rodas sem deslocamento,
conforme ABNT 9050 são vistas nas figuras abaixo:

Figura: Desenhos esquemáticos de manobras de cadeira de rodas com deslocamento.


RAMPAS
Rampas de Acesso: São consideradas rampas às superfícies de piso com declividade
igual ou superior a 5 %.

Para que a rampa seja acessível, são estabelecidos os limites máximos de


inclinação, os desníveis a serem vencidos e o número máximo de segmentos. A
inclinação das rampas, conforme figura abaixo, deve ser calculada conforme a seguinte
equação:

ℎ × 100
𝑖=
𝑐

Onde: i = inclinação, expressa em porcentagem (%);


h = altura do desnível;
c = comprimento da projeção horizontal.

Figura: Rampas
As rampas devem ter inclinação de acordo com os limites estabelecidos da tabela
abaixo:

Desníveis máximos de Inclinação admissível em cada Número máximo de


cada segmento de rampa segmento de rampa i segmentos de rampa
h %
metros
1,50 5,00 (1:20) Sem limite
1,00 5,00 (1:20) < i ≤ 6,25 (1:16) Sem limite
0,8 6,25 (1:16) < i ≤ 8,33 (1:12) 15

ESCADAS

A largura das escadas deve ser estabelecida de acordo com o fuxo de pessoas,
conforme ABNT NBR 9077. A largura mínima para escadas em rotas acessíveis é de
1,20m, e deve dispor de guia de balizamento. Em construções novas, o primeiro e o
último degraus de um lance de escada devem distar no mínimo 0,30 m da área de
circulação adjacente e devem estar sinalizados .
A inclinação transversal dos degraus não pode exceder 1 % em escadas internas
e 2 % em escadas externas.
Escadas com lances curvos ou mistos devem atender à ABNT NBR 9077, porém
é necessário que, à distância de 0,55 m da borda interna da escada, correspondente à
linha imaginária sobre a qual sobe ou desce uma pessoa que segura o corrimão, os pisos
e espelhos sejam dimensionados conforme

CORRIMÃO
Os corrimãos devem ser instalados em ambos os lados dos degraus isolados, das
escadas fixas e das rampas, a uma altura de 92cm do piso acabado.

Devem ter diâmetro entre 3cm e 4,5cm, estar afastados da parede no mínimo
4cm e prolongar-se pelo menos 30cm antes do início e após o término da rampa ou
escada, sem interferir na área de circulação.

Os desníveis, de qualquer natureza, devem ser evitados em rotas acessíveis,


sendo que: desníveis no piso de até 0,5cm não demandam tratamento especial;
desníveis entre 0,5cm e 1,5cm devem ser tratados em forma de rampa, com inclinação
máxima de 1:2 (50%); desníveis superiores a 1,5cm devem ser considerados como
degraus e devidamente sinalizados.
.
Figura: Desenho esquemático de escada mais corrimão adaptados.

PLATAFORMA DE ELEVAÇÃO VERTICAL

As plataformas de percurso aberto devem ter fechamento contínuo e não podem


ter vãos, em todas as laterais, até a altura de 1,10 m do piso da plataforma.
A plataforma de percurso aberto só é usada em percurso até 2,00 m, nos
intervalos de 2,00 m até 9,00 m somente com caixa enclausurada (percurso fechado).
A plataforma deve possuir dispositivo de comunicação para solicitação de
auxílio nos pavimentos atendidos e no equipamento para utilização acompanhada e ou
assistida. As plataformas de elevação vertical devem atender à ABNT NBR ISO 9386-1

Figura: Desenho esquemático da plataforma de elevação vertical


SANITÁRIO ACESSÍVEL

O sanitário acessível deve ter dimensões mínimas de 1,50m x 1,70m. Em casos


de reforma, quando for impossível atender a dimensão mínima, o sanitário deverá ter
dimensões iguais ou maiores que 1,50m x 1,50m, com manobra externa, e portas com
largura de 1m.
A distância entre o eixo da bacia e a face da barra lateral ao vaso deve ser de
0,40 m.
O lavatório deve ser instalado em local que não interfira na área de transferência.
Deve ser suspenso, sendo que sua borda superior deve estar a uma altura de 78cm a
80cm do piso acabado, respeitando uma altura mínima livre de 73cm na parte inferior
frontal. Deve ser instalada barra de apoio junto ao lavatório, na mesma altura
As portas de sanitários devem ter puxador horizontal associado à maçaneta, que
deve estar localizado a uma distância de 10cm da dobradiça, com comprimento igual à
metade da largura da porta. As barras de apoio devem ter diâmetro entre 3cm e 4,5cm.
No caso de bacia com caixa acoplada, a distância mínima entre a barra do fundo
e a tampa da caixa acoplada deve ser de 15cm.. No caso de sanitários com acessos
independentes, deve ser previsto dispositivo de sinalização de emergência (campainha)
a 40cm do piso para o caso de queda do usuário.
Deve-se garantir sanitários e vestiários adaptados às pessoas com deficiência ou
mobilidade reduzida, possuindo 5% do total de cada peça ou obedecendo ao mínimo de
01 peça.
Os espelhos dos sanitários acessíveis, quando verticais, deverão ter borda
inferior a, no máximo, 90cm do piso acabado e, quando inclinados (a 10°), a borda deve
estar a 1,10m em relação ao piso acabado. A bacia deve estar a uma altura máxima de
46cm do piso acabado. Quando a bacia tiver altura inferior, deve ser ajustada com o uso
de um assento mais alto ou com a execução de uma base (sóculo).
Figura: Desenho esquemático de sanitário acessível

Figura: Desenho esquemático de sanitário acessível


Figura: Desenho esquemático de sanitário acessível

ESTACIONAMENTO

As vagas reservadas deverão estar localizadas próximas ao acesso principal do


edifício, com dimensão de 2,50m x 5,50m. As vagas devem estar sinalizadas e contar
com um espaço adicional de circulação com, no mínimo, 20m de largura e estar
associada à rampa de acesso à calçada. A sinalização horizontal deverá ser pintada no
piso, e a vertical identificada com placa, de acordo com as orientações do Conselho
Nacional de Trânsito - Contran. As vagas reservadas e/ou local para embarque e
desembarque devem estar identificadas, e possuir placas regulamentadoras.
Vagas para veículos (estacionamento interno): O número de vagas para
estacionamento de veículos que conduzem ou sejam conduzidos por pessoas com
deficiência é de, pelo menos, 2% do total de vagas, com o mínimo de 01 vaga, em locais
próximos à entrada principal ou ao elevador, de fácil acesso à circulação de pedestres.
Deve-se observar também o que determina a legislação municipal/estadual.
As vagas devem estar localizadas de forma a evitar a circulação entre veículos.
Não deve haver desnível entre o término do rebaixamento da calçada e a rua
Figura: Desenho esquemático de estacionamento externo

Figura: Desenho esquemático de estacionamento interno.


REBAIXAMENTO DE CALÇADAS

Os rebaixamentos de calçadas devem ter a inclinação constante e não superior a


8,33%. Deve ser garantida uma faixa livre na calçada, além do espaço ocupado pelo
rebaixamento, de no mínimo 80cm, sendo recomendável 1,20m. As abas laterais dos
rebaixamentos devem ter projeção horizontal mínima de 50cm e compor planos
inclinados de acomodação. A inclinação máxima recomendada é de 10%
As calçadas devem ser rebaixadas junto às travessias de pedestres, sinalizadas
com ou sem faixa, com ou sem semáforo, sempre que houver foco de pedestres
Onde a largura da calçada não for suficiente para acomodar o rebaixamento e a
faixa livre, deve ser feito o rebaixamento total da largura da calçada com largura
mínima de 1,50m e com rampas laterais com inclinação máxima de 8,33%.
Os acessos devem ter superfície regular, firme, contínua e antiderrapante. Vasos,
canteiros e floreiras são exemplos de elementos que podem impedir o livre acesso das
pessoas. Observar a localização desses elementos

Figura: Desenho esquemático de rebaixamento de calçada.


Figura: Desenho esquemático de rebaixamento total de calçada.

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