0 Apostila Liderança e Gestão de Equipes 10 Mar 2023
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1. PROGRAMA DA DISCIPLINA 1
1.1 Ementa 1
1.2 Carga horária total 1
1.3 Conteúdo programático 2
1.4 Objetivos 2
1.5 Metodologia 2
1.6 Critérios de avaliação 2
1.7 Bibliografia recomendada 3
Curriculum vitae do professor 4
3. DINÂMICAS E EXERCÍCIOS 70
4. APRESENTAÇÃO DA AULA 71
1
1. Programa da disciplina
1.1 Ementa
24 horas/aula.
1.4 Objetivos
compreender os desafios da liderança em tempos de mudança constante;
reconhecer as competências requeridas ao novo líder no contexto de constantes mudanças;
identificar as ferramentas de liderança adequadas ao desenvolvimento de equipes em ambientes dinâmicos;
reconhecer a complexidade do exercício da liderança em momentos de contínuas mudanças.
conhecer a evolução do pensamento sobre liderança e as suas aplicações para o exercício da influência;
reconhecer a importância da inteligência emocional e da gestão das emoções para o desempenho de equipes;
explorar formas de influência e assertividade para mobilização dos integrantes da equipe
compreender a importância da prática da empatia e do feedback na gestão de equipes;
reconhecer as características e os diferentes tipos de equipe nas organizações;
identificar a importância da liderança no desenvolvimento de equipes;
identificar os principais perfis e competências demandadas aos membros da equipe;
propor planos de desenvolvimento à equipe;
analisar os impactos da diversidade na formação de equipe;
compreender a aplicabilidade das teorias motivacionais à gestão de pessoas e equipes;
identificar os fatores que influenciam a satisfação, a motivação e o engajamento de equipes;
reconhecer os efeitos positivos da delegação e do empowerment para líderes e liderados.
1.5 Metodologia
Aulas expositivas suportando os debates, bem como estudos de caso, dinâmicas, vídeos
e vivências.
FERREIRA, Victor Claudio Paradela; GOMES, Ana Paula Cortat Zambrotti. Tendências da
gestão de pessoas na sociedade do conhecimento. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2018.
Bibliografia Complementar
CHARAM, R. O líder criador de líderes. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. DYER, W. G.; DYER
JR., W. G.; DYER, J. H. Equipes que fazem a diferença: estratégias comprovadas para
desenvolver equipes de alta performance. São Paulo: Saraiva, 2011.
KOUZES, James; POSNER, Barry. O desafio da liderança. Rio de Janeiro: Alta Books,
2018.
Hoje estamos vivendo em um mundo globalizado, com expansão das fronteiras, além
empresas, além conglomerados organizacionais de diversas naturezas, além governos,
além culturas, além países, almejando alcançar, dentro de um ambiente de
competitividade, um novo patamar de inter-relacionamentos de forma estruturada,
socialmente mais justa e financeiramente sustentável.
A maioria das organizações até as últimas duas décadas no século passado estava
alicerçada em modelos operacionais extremamente verticais, ou seja, possuíam sob a
sua gestão o controle direto e subordinação de quase todas as atividades da cadeia de
valor como cadeia própria produtiva e de comercialização.
qualidade, tempos reduzidos, programas flexíveis e contrapondo a cada vez mais escassa
disponibilidade de recursos.
Período pós-industrial
Para tal, a interconectividade é uma das palavras chave para o século, onde tudo e
todos cada vez mais estão se conectando através das facilidades tecnológicas de
convergências das comunicações pelo advento da internet, que formam “uma treliça de
processadores heterogêneos, todos eles podendo atuar como fonte e escoadouro”
conforme Negroponte (1995), e preconizado por Belasco (in HESSELBEIN et al, 2000)
quando se refere à interconectividade: “esta é também a palavra do líder de hoje:
contemplar a grande paisagem do globo terrestre, vendo um mosaico de pessoas e
instituições interconectadas”.
Este quadro evolutivo e com regras dinâmicas, demanda um novo formato para a
atuação das lideranças, que terão que trabalhar com vários tipos de relações
colaborativas, ampliando as suas dimensões, coexistindo com novas culturas decorrentes
das redes e integrações interorganizacionais, construindo sistemas e impulsionando as
pessoas além fronteiras ao desenvolvimento e manutenção constante dos fatores
vantagens competitivas, criando valores com baixo custo, alta qualidade, tempos
reduzidos, programas flexíveis e com disponibilidade de recursos cada vez mais escassa,
trocando progressivamente o que era local pelo global.
Portanto, os profissionais cujo valor está sendo hoje atribuído aos seus conhecimentos
passaram a equilibrar ou minimizar o desequilíbrio capital-trabalho e mais, à medida que
suas metas pessoais conflitem com as da organização, passam inclusive a ser mais
As elites organizacionais, por sua vez, têm nesses mecanismos sua própria lógica.
Velhas e novas gerações de elite podem adotar novas atitudes quanto a práticas,
administrativas etc. Agem, porém, segundo a lógica da organização, enquanto instancia
de produção e controle social.
Como são os dirigentes e a elite da empresa que tem mais poder na determinação das
diretrizes organizacionais, são seus padrões culturais que constituem a cultura
empresarial dominante. E outros grupos, dentro da empresa, também influenciam na
criação e recriação desta realidade organizacional, de forma proporcional ao poder que
possuem.
O que uma pequena loja de varejo, uma empresa de eletrônicos dirigida por um
empresário de mão-firme, uma nova entidade de planejamento familiar e uma
companhia aérea em meio a uma greve de pilotos tem em comum? Todas elas
provavelmente adotam a estrutura simples. (Robbins, 2002)
A estrutura simples, costuma ser caracterizada mais pelo que não é, do que pelo que
é. Possui baixo grau de departamentalização, grande amplitude de controle, autoridade
centralizada em uma única pessoa e pouca formalização. A estrutura simples é uma
organização “achatada”: possui geralmente apenas dois ou três níveis verticais, um
grupo pouco ordenado de empregados e um indivíduo que concentra toda a autoridade
do processo decisório.
O principal ponto forte da estrutura simples está exatamente em sua simplicidade. Ela
é ágil, flexível, de manutenção barata e torna claras as responsabilidades. Seu principal
ponto fraco é que dificilmente pode ser adotada senão pelas pequenas empresas.
Quando o tamanho cresce, o processo decisório torna-se mais lento, podendo até
paralisar, se o dirigente insistir em tornar todas as decisões sozinhas. Isso te sido a
Ants de chegar nesse ponto algumas empresas vão migrando para uma estrutura mais
distributiva, ainda que piramidal e vertical, mas distribuindo recursos e obrigações
coordenadas em departamentos, conhecida como funcional.
O modelo matricial
A característica mais óbvia da estrutura matricial é que ela rompe com o conceito de
unidade de comando. Os funcionários dessas organizações têm dois chefes – o gerente
do departamento funcional e o gerente do departamento de produto. Portanto, a
estrutura matricial possui uma dupla cadeia de comando.
Quando essas regras se transformam em “quem chegar primeiro, leva”, começa a luta
pelo poder entre os gerentes funcionais e os de produtos. Para as pessoas que gostam de
segurança e refutam a ambiguidade, esse clima de trabalho pode produzir estresse.
Os novos modelos
O modelo virtual
Por que ser proprietário se você pode alugar? Essa questão reflete a essência da
organização virtual (algumas vezes chamada de organização em rede ou modular),
tipicamente uma organização pequena essencial que terceiriza a maior parte de suas
funções de negócios (Robbins, 2002). Em termos de estrutura, a organização virtual é
altamente centralizada, com pouca ou nenhuma departamentalização.
algumas dos milhares que perceberam que podem faturar centenas de milhões de
dólares sem precisar ter suas próprias fábricas. A Dell Computer, por exemplo, não
possui nenhuma fábrica de componentes, apenas monta os computadores com as peças
fabricadas por terceiros.
Essas organizações virtuais criaram uma rede de relacionamentos que permite a elas
contratar a prestação de serviços de manufatura, distribuição, marketing ou qualquer
outra função sempre que seus dirigentes percebem que outros podem fazê-lo melhor ou
por menos dinheiro.
A organização virtual fica em extremo contraste com a burocracia típica, que tem
diversos níveis gerenciais e onde o controle é exercido por meio da propriedade.
2.2 LIDERANÇA
Entre várias obras e vários autores, por exemplo, Korman (1977) aborda este tema,
comenta as dificuldades que apresenta, já que ao longo dos anos muitas definições foram
propostas. Algumas entendem que liderança é que A provoque B a fazer o que A deseja.
Outros entendem que a liderança genuína ocorre quando B convence A fazer algo que A
deseja, porque é bom para B. outros insistem que liderança é A estabelecer condições
tais para que B possa se responsabilizar em fazer algo que ele e A acreditem que tenham
de executar.
Outros, ainda, opinam que só o fato de influenciar outra pessoa é, por si só, uma ação
de liderança, prescindindo que A consiga ou não mudar a conduta de B, o que seria, em
todo caso, uma amostra do grau de eficácia de liderança exercida e não a realidade da
liderança em si mesma.
Esse enfoque não parece esgotar o conteúdo do termo líder. Em primeiro lugar, porque
influência é a capacidade de conseguir que pessoas não unidas (e, portanto, não
subordinadas) diretamente a um líder façam algo que a este interessa. E, em segundo
lugar, porque um líder, na realidade, não fica na tentativa de mandar ou de influir, como
afirmam os autores citados. O líder executa ou faz executar.
No âmbito industrial, diretivo, chefe ou líder é aquela pessoa que dirige um grupo á
consecução dos seus objetivos, coordenando-o e impulsionando-o de forma conveniente
e respeitando certa autonomia, dando-lhe a informação, os pressupostos, programas e
sistemas de ação necessários e controlando os resultados como responsável por eles.
John Kotter, da Harvard Business School, argumenta que a administração diz respeito
ao enfrentamento da complexidade. A boa administração e gerência trazem ordem e
consistência por meio da elaboração de planos formais, do projeto de rígidas estruturas
organizacionais e da monitorização dos resultados em comparação com os planos. A
liderança, por outro lado, diz respeito ao enfrentamento da mudança. Os líderes
estabelecem direções através do desenvolvimento de uma visão do futuro; depois,
engajam as pessoas comunicando-lhes essa visão e inspirando-as a superar os
obstáculos.
É condição básica não confundir o que deve ser considerado como cargo ou posto de
trabalho com o que retrata uma atitude pessoal, também diferentes cargos de uma
atitude pessoal, também denominado competência. O gerente descreve uma posição na
estrutura dos diferentes cargos de uma organização. Trata-se, portanto, de alguém
investido de autoridade formal que o habilita a exercer suas atividades.
‘’Sob um aspecto mais amplo, liderança lida com os aspectos interpessoais dos cargos
gerenciais, enquanto o planejamento, a organização e o controle lidam com aspectos
administrativos. Seguindo o pensamento habitual, a liderança lida com a mudança,
inspiração, motivação e influência. Em contrapartida, a gerência lida mais com a
manutenção do equilíbrio e do status quo’’.
‘’A liderança é diferente do gerenciamento, mas não pelos motivos que a maioria das
pessoas pensam. A liderança não é algo místico e misterioso. Não tem nada a ver com
‘carisma’ ou algum outro traço exótico de personalidade. Não é reduto de uns poucos
escolhidos. Nem é necessariamente melhor que o gerenciamento ou substituto dele.
são necessários para o êxito em um contexto empresarial cada vez mais complexo e
volátil.’’
Outra forma de dizer isso é que liderando energiza. Liderando faz uma empresa
respirar vida, sem a qual nada verdadeiramente novo pode acontecer. A palavra inspirar,
já há muito associada à liderança, deriva do Latim inspirare, significado literalmente
respirar em vida”.
A Liderança tem a ver com usar e energia para criar-especialmente algo que tenha
profunda importância. Onde existir tal energia, as pessoas participam mais, se sentem
mais realizadas e ficam produtivas.
Bennis (1989) faz uma distinção que parece clara descrê comportamentos de líderes e
gerentes:
● O gerente tem uma visão em curto prazo; o líder tem uma perspectiva em longo prazo.
● O gerente tem os olhos sempre nos limites; o líder tem seus olhos sempre no horizonte.
● O gerente faz certo as coisas; o líder faz a coisa certa, ou seja, um é eficiente o segundo
eficaz.
Líderes devem ser bons gerentes, mas gerentes, na maioria, não são
necessariamente bons líderes. Liderança é mais do que gerenciamento. Liderança é:
Indivíduos x Grupos
Os grupos para tomada de decisões têm sido largamente utilizados nas organizações,
mas isso significa que esse processo gera decisões melhores do que aquelas tomadas por
um único indivíduo? A resposta a esta pergunta depende de uma série de fatores. Vamos
começar por discutir os pontos fortes e fracos dos grupos (baseado em Robbins, 2002).
Mas a eficácia não pode ser avaliada sem levarmos em conta também a eficiência. Em
termos de eficiência, o grupo costuma ficar sempre em segundo lugar na comparação
com os indivíduos. Geralmente a tomada de decisões em grupo consome muito mais
horas de trabalho do que o processo individual. Ao decidirmos pelo uso dos grupos no
processo decisório, portanto, devemos questionar se os ganhos em eficácia serão
suficientes para suplantar as perdas de eficiência.
Grupos formais são aqueles que são definidos pela estrutura da organização, com
atribuições de trabalho que estabelecem tarefas. Nestes grupos, o comportamento das
pessoas é estipulado e dirigido em função das metas organizacionais. Os seis membros
de uma tripulação de vôo comercial é um exemplo de um grupo formal.
Grupos informais são alianças que não são estruturadas formalmente nem
determinadas pela organização. Esses grupos são formações naturais dentro do ambiente
de trabalho, que surgem em resposta à necessidade de contato social. Três funcionários
de departamentos diferentes que regularmente se encontrar para almoçar juntos são um
exemplo de grupo informal.
Os grupos-tarefa “são formados por pessoas que se juntam para executar uma
determinada tarefa. Contudo as fronteiras do grupo de tarefa não se limitam ao seu
superior hierárquico imediato. Elas podem ultrapassar as relações de comando”
(ROBBINS, 2002) funcionando de forma matricial, na vertical abrangendo as inerentes
atribuições e na horizontal como ação coletiva, integrando as atividades e interagindo
com as pessoas, grupos ou até organizações envolvidas.
Não existe uma razão única para as pessoas se juntarem em grupos. Como a maioria
pertence a diversos grupos simultaneamente, é óbvio que cada um deles oferece um tipo
de benefício diferente.
Grupo X Equipe
Conforme apresentado por Nonaka e Takeuchi (1997) ”na organização dos negócios,
uma ferramenta poderosa para a criação de circunstâncias nas quais os indivíduos
possam agir de forma autônoma é a equipe auto organizada” tendo como a sua principal
característica a interfuncionalidade e interoperabilidade, compreendendo membros com
diversidade funcional de distintas áreas organizacionais ou interorganizacionais, como
por exemplo, do P&D, marketing, planejamento, RH, produção, qualidade, finanças, etc..
Uma barreira substancial para a utilização das equipes é a resistência das pessoas. O
sucesso do funcionário não é mais definido em termos de seu desempenho individual.
Para ter um bom desempenho como membro de uma equipe, a pessoa precisa ser capaz
de se comunicar aberta e honestamente, confrontar diferenças e resolver conflitos, bem
como sublimar suas metas pessoais, para o bem do grupo. Para muitos funcionários, esta
é uma tarefa difícil – quando não impossível.
Por outro lado, o desafio enfrentado pelos administradores para implantar equipes é
menos demandante quando elas são introduzidas em culturas nas quais os funcionários
possuem fortes valores coletivistas – como no Japão ou no México -, ou em organizações
novas, que utilizam as equipes como sua forma inicial de estrutura de trabalho. A
capacidade de ser um bom membro de equipe era uma qualificação básica para a
contratação.
O potencial da equipe
Desenvolvimento de equipes:
uma questão de horas, dias ou meses, dependendo do tipo de trabalho. Mas desenvolver
sempre leva tempo. Por quê? Porque exige mudança da parte da pessoa que está sendo
desenvolvida, e você não pode apressar isso. Como diz o velho ditado, leva nove meses
para gerar um filho – independentemente de quantas pessoas você coloca para fazer o
trabalho.
Ao equipar as pessoas, você baseia o que você faz em suas necessidades ou nas da
organização. Você ensina as pessoas o que quer que elas saibam para que possam fazer
um trabalho para você. Por outro lado, o desenvolvimento está baseada nas
necessidades delas. Você lhes dá aquilo de que elas precisam para se tornar pessoas
melhores. Para fazer isso bem, você precisa conhecer os sonhos e desejos das pessoas.
Infelizmente, alguns líderes não gostam de ver os outros, indo atrás de seus sonhos
porque isso os faz se lembrar de quanto estão longe de viver seus sonhos.
Um dos erros que líderes iniciantes muitas vezes cometem é tentar liderar todos do
mesmo modo. Mas encaremos o fato. As pessoas não respondem ao mesmo tipo de
liderança. Você deve tentar ser coerente com todos. Deve tratar a todos com delicadeza
e respeito. Mas não espere usar as mesmas estratégias e os mesmos métodos com todo
mundo.
● Quando é bom para o indivíduo, mas ruim para a organização – a organização perde.
● Quando é ruim para o indivíduo, mas bom para a organização – o indivíduo perde.
Quanto maior a frequência com que você puder criar ajustes como esse maior será
a frequência com que você criara sucessos para todos – para a organização, para o
individuo a ser desenvolvido e para você.
Contudo, tenha em mente que essa contribuição positiva tende a declinar com o
passar do tempo. Deve-se esperar que o componente de valor agregado da diversidade
das equipes diminua à medida que seus membros se tornem mais familiarizados e o
grupo fique mais coeso.
Os estudos nos revelam que os membros de equipes coesas têm maior satisfação,
menores taxa de absenteísmo e menos atritos com o grupo. De qualquer modo, a coesão
costuma ser menor nas equipes heterogêneas. Aqui está, portanto, um efeito negativo
da diversidade: ela é prejudicial à coesão do grupo.
Comunicação aberta
Capacidade de ouvir
Educação e aprendizado
Motivação
Criatividade
Crescimento pessoal
O ambiente dinâmico em que vivemos hoje exige que cada indivíduo possua uma
permanente disposição inovadora, no ciclo de vida cabe a velha máxima: “a melhor
defesa é o ataque”. Quem toma a iniciativa tem vantagem sobre quem apenas procura
resguardar posições.
Portanto, as equipes também passam por um Ciclo de Vida, que pode ser representado
pelo gráfico da Curva S. Durante a composição do grupo ou Formação, as idéias são
imprecisas, ainda não compartilham uma visão comum e a comunicação é cautelosa.
Conhecem-se pouco e o nível de confiança é baixo. Cada um está “preso” aos seus
padrões pessoais, mas há potencial de aprendizagem.
1- Formação
2- Tumulto
3- Normalização
4- Desempenho
5- Interrupção
O líder da equipe deve cuidar para que os objetivos estejam suficientemente claros
para todos os envolvidos. Entre suas ações está a aproximação de estranhos que estão
trabalhando juntos pela primeira vez, de colegas que já trabalharam juntos em outras
tarefas e de inimigos que até então assumiam posições antagônicas em disputas
organizacionais.
Na busca pelo consenso da visão surgem os conflitos e o baixo nível de confiança ainda
não permite que se estabeleça um clima de respeito mútuo. Neste Tumulto algumas
pessoas adotam um estilo de comunicação mais aberto. Alguns participantes
estabelecem práticas de trabalho individuais e outros buscam práticas coletivas. São
feitas as primeiras concessões e, por meio da adaptação e flexibilidade, busca-se uma
forma de convivência.
Obtendo o consenso sobre a visão e a clara definição dos objetivos, aumenta o nível de
confiança e a equipe entra na Normalidade, com comunicação mais aberta e buscando a
complementaridade através da melhor alocação das diferentes habilidades, estilos e
talentos. É muito baixa a resistência às mudanças.
Com o passar do tempo a motivação vai sendo dissipada e já não possui a mesma
intensidade em todos os participantes. A maioria desenvolveu uma excessiva
autoconfiança e espera que cada um cumpra o seu papel. O desgaste provocado pela,
A Transformação pode ser obtida se surge um novo propósito para a equipe e seus
membros buscarem formas de recuperar a autoconfiança e a autoestima, estando
abertos inclusive à entrada de novos participantes ou ainda saída de outros, em razão da
necessidade de outros talentos e habilidades agora requisitados. Assim pode se reiniciar
o ciclo da curva “S” nas Equipes.
(*) texto baseado na apostila Liderança e Trabalho em Equipe do Prof. Reinaldo Faissal –Programa FGV
Management.
As equipes multifuncionais
As equipes virtuais
As equipes virtuais podem fazer tudo o que as outras equipes fazem - compartilhar
informações, tomar decisões, realizar tarefas. Podem incluir membros da mesma
organização ou fazer a ligação entre os membros de uma organização e os de outras
empresas (por exemplo, fornecedores ou parceiros). Podem reunir-se por alguns dias
para a solução de um problema, alguns meses para a conclusão de um projeto ou
permanentemente.
Os três fatores básicos que diferenciam as equipes virtuais daquelas, tipo face a face
são:
Nas conversas face a face, as pessoas utilizam indícios para-verbais (tom de voz,
inflexão, volume da voz) e não verbais (movimentos dos olhos, expressão facial,
movimentação das mãos e outras linguagens corporais). Esses gestos ajudam a tornar a
comunicação mais clara, enriquecendo seu sentido, mas não estão disponíveis nas
interações on-line.
A liderança vem acontecendo cada vez mais no contexto das equipes. Na medida em
que as equipes crescem em popularidade, o papel do líder que orienta seus membros
também cresce em importância. O papel de líder de equipe é diferente do papel
tradicional de liderança exercido pelos supervisores de primeira linha. Na seqüência
vamos abordar o desafio de ser um líder de equipe, revisar os novos papéis assumidos
por esses líderes e oferecer algumas sugestões para melhorar a eficácia do desempenho
nessa posição (Robbins, 2002).
Ainda conforme Robbins, primeiro, os líderes de equipe são elementos de ligação com
os componentes externos. Estes incluem a administração superior, outras equipes
internas, clientes e fornecedores. O líder representa a equipe diante desses grupos,
assegura os recursos necessários, esclarece as expectativas dos outros acerca da equipe,
colhe informações de fontes externas e as compartilha com os membros da equipe.
Nesta visão de liderança, duas perguntas genéricas podem ser feitas para diagnosticar a
qualidade e desempenho da liderança:
1. Credibilidade. O líder possui credibilidade junto àqueles com quem trabalha? As pessoas
confiam, respeitam, admiram e gostam de trabalhar para este líder? Seus subordinados,
colegas, clientes ou supervisores se sentem ligados emocionalmente e pessoalmente a
ele?
2. Competência. Este líder tem capacidade para levar a organização a ter bom êxito? É
capaz de moldar uma visão, gerar compromisso com esta visão, elaborar um plano de
execução, desenvolver recursos e fazer com que as pessoas sejam responsáveis por
fazer acontecer?
Nestas duas simples dimensões deveria residir grande parte dos requisitos da
liderança do futuro. Os líderes que demonstrarem credibilidade e competência gerarão
entusiasmo e desempenho, solução e resultados, compromisso e capacidade. Serão
pessoas de forte caráter, que construirão organizações também fortes, as quais não
dependem do caráter deles para atingir o sucesso.
Conforme Decrane Jr. (1996) influenciam os liderando por meio de três dimensões:
sua visão, seu comportamento e pela relação de confiança.
A visão pode começar com umas pessoas, mas só se realiza pelos esforços de muitas
pessoas. Aceitar a visão do líder e trabalhar para cumpri-la. Eles devem tentar tirar a
visão do eu e passá-la para o nós.
As pessoas que não aceitam a visão não a patrocinam nem a passam para seus
seguidores.
que muito pode ser feito se não for importante quem fica com os créditos;
desempenho e potencial;
● Darão suficiente ênfase ao detalhe para saber se os objetivos estão sendo alcançados ou
se o caminho está correto, mas não tão preocupados com eles a ponto de ‘’se perderem
na floresta por causa das arvores’’;
A autoconfiança que faz com que os líderes tenham disposição para correr riscos com
prudência, desse modo encorajando os demais a correrem riscos semelhantes. Os líderes
assumem riscos de forma responsável, riscos que se associam convenientemente a
possíveis recompensas. Líderes verdadeiros sabem o que é necessário para realizar suas
visões e metas, mesmo que isto signifique ter e ‘’remar contra a maré’’. Quando s
empresas e outras organizações tropeçam ou ficam atrás tática ou tecnologicamente, o
motivo talvez seja o fato de seus líderes serem muito tímidos e emitirem sinais que
desencorajam assumir riscos.
● Veem oportunidades;
Inteligência emocional
A autoliderança
Diante da mudança radical, o trabalho hoje não é mais trabalhar para muitas pessoas.
Empregados em todos os níveis, em grandes e pequenas empresas, não sabem mais a
quem pertencem, ou mesmo se pertencem. Pessoas que sempre presumiram que suas
organizações “cuidariam delas", não estão preparadas para quando as novas realidades
empresariais transformarem a segurança no emprego em uma nova realidade de carreira
– Você. Elas, agora trabalham primeiro para si mesmos e, depois para suas organizações
(Leider,1996).
Frequentemente as pessoas reclamam que seu trabalho, que antes adoravam, tornou-
se enfadonho. Ou que estão fazendo o dobro do que faziam antes, embora gostando
muito menos.
nós mesmos em busca de orientação de liderança. Hoje em dia, muitos líderes estão
levando a sério o conselho deles, e por justa razão.
A mídia há muito tempo tem seguidores das teorias dos traços de liderança. Eles
identificam pessoas como Margaret Thatcher, Nelson Mandela, Richard Branson
(presidente do Virgin Group), Steve Jobs (co-fundador da Apple), Christine Todd
Whitman (governadora de Nova Jersey) e Ken Chenault (presidente da American
Express) como líderes e os descrevem usando termos como carismáticos, entusiastas e
corajosos. A mídia não está sozinha nisso. A procura por traços sociais, físicos,
intelectuais ou de personalidade que possam descrever os líderes e diferenciá-los dos
demais remonta à década de 30.
Além disso, pesquisas recentes mostram fortes evidências de que as pessoas com
elevado grau de automonitoramento – isto é, altamente flexíveis para ajustar seu
comportamento a diferentes situações – têm probabilidade muito maior de surgir como
líderes nos grupos.
● Primeiro, não existe nenhum traço universal que possa prever a liderança em qualquer
situações “fortes”. As situações fortes seriam aquelas em que existem rígidas normas
comportamentais, fortes incentivos a tipos específicos de comportamento e claras
expectativas em relação a quais comportamentos são recompensados ou punidos. Essas
situações criam menos oportunidades para que os líderes expressem suas tendências
inerentes.
● Terceiro, as evidências são pouco claras quanto à separação de causa e efeito. Por
TEORIAS COMPORTAMENTAIS
A impossibilidade de encontrar “ouro” nas “minas” das teorias dos traços levou os
pesquisadores a analisar o comportamento exibido por alguns líderes. Eles procuravam
descobrir se havia alguma coisa específica na maneira de os líderes se comportarem. Por
exemplo, o presidente do Times Mirror, Mark Willes,e o presidente da Titan International,
Morry Taylor, tiveram muito sucesso liderando suas respectivas empresas durante
tempos difíceis. Ambos possuem um estilo semelhante de liderança – incisivo, intenso e
autocrático. Isso poderia ser uma sugestão de que o estilo autocrático seria o preferido
A ascensão e queda de Al Dunlap ilustra o que se torna cada vez mais claro para
aqueles que estudam o fenômeno da liderança há décadas: prever o sucesso da liderança
Esse modelo oferece uma série de regras para determinar o grau e a modalidade da
tomada participativa de decisões que deve ser estimulada em diversas situações.
Por exemplo, no ambiente de projetos que é regido por uma dinâmica presente na sua
evolução, passando por fases de amadurecimento da equipe em seu ciclo de vida, acaba
exigindo “dos seus gestores um comportamento que também acompanhe essa dinâmica,
requerendo assim, mudanças no estilo de gestão necessárias para atender as demandas
junto à equipe” como a apontado por Cardoso e Barreto Jr (2019, p.113).
O equilíbrio entre a visão e a ação, que tem o poder de, literalmente, criar o futuro.
Porém nem todas as visões apresentam resultados tão satisfatórios quanto se espera.
Algumas são descarriladas por acontecimentos inesperados, outras são tão curtas quanto
às visões das fabricas de automóveis, que concentram suas atenções no modelo do ano
seguinte, e não na próxima geração de veículos. Existem aquelas que podem ser certas
para suas empresas, mas que são mal implementadas. E ainda algumas que são
simplesmente mantidas por muito tempo, enferrujando-se e se tornando obsoletas.
Como essas e outras falhas de visão podem ser evitadas? Eis algumas prudentes
sugestões para um líder visionário:
Deve estar claro que não há nada que possa assegurar-se quanto à concretização e
materialização das idéias e sua comunicação, isto é, garantir a implementação bem-
sucedida de sua visão.
Colaborar ou Competir
● A cooperação era mais propensa a ser ligada a um alto nível de realização do que a
independência;
Essas vantagens ocorrem, apesar de diferenças nas habilidades, classe social, sexo,
origem étnica e dificuldade física. Nas mãos de instrutores capazes, os estudantes de
grupos cooperativos reduziram seus próprios sensos de alienação e raiva em relação aos
outros gerados em encontros anteriores.
Pelo menos seis aspectos de qualquer situação em particular são essenciais para
determinar quais estilos de realização funcionarão para o líder ou o grupo de líder:
Poucas coisas podem ser mais insanas para um bom líder no escalão médio de uma
organização do que trabalhar para um líder ineficiente. Há muitos tipos diversos de
líderes ineficientes a quem é frustrante seguir. Aqui estão alguns exemplos
especialmente difíceis (Maxwell, 2007):
O líder inseguro
parecerem maus líderes. Mais do que qualquer outra coisa, líderes inseguros desejam o
status quo – para todos, menos para eles mesmos.
Líderes que perdem a visão criam dois problemas imediatos para seus subordinados.
Primeiro não conseguem prover direção ou incentivo para que eles sigam em frente.
Segundo, as pessoas que perdem a visão quase sempre perdem a paixão. Não tem fogo
– e não tem combustível para continuarem em frente a fazer o mesmo por seu pessoal.
Isso não cria o tipo de ambiente positivo no qual é estimulante trabalhar.
A boa notícia é que, se você tiver visão quando seu líder não tiver, você pode contar
com sua visão para criar um ambiente de produtividade e sucesso para as pessoas que
estão trabalhando dentro de sua área de responsabilidade. A má noticia é que outras
pessoas com uma visão diferente – até uma visão destrutiva – podem tentar se antecipar
e preencher a lacuna criada por seu líder. Você deve ter cuidado com o conflito que isso
pode criar.
O líder incompetente
Líderes que seguem pessoas incompetentes muitas vezes sentem a pressão que o
arquiteto do sultão sentiu – embora normalmente não enfrentam consequências tão
mortíferas. Líderes incompetentes são ineficientes e muitas vezes continuam assim. O
poeta e crítico Samuel Johnson disse: ‘’Conselhos quase nunca são bem-vindos, e
aqueles que mais precisam são os que menos gostam de recebê-los.’’
Líderes incompetentes são um problema não só para as pessoas a quem líderam, mas
também para toda a organização.
O líder egoísta
Um líder egoísta avança as custas de todos os que estão a sua volta. Compartilhe tudo
o que você tiver com quem está abaixo de você. O lendário treinador de basquete John
Wooden afirmou que, para ter sucesso ‘’você deve se interessar por descobrir o melhor
caminho, não fazer o que quer’’.
O líder controlador
Você já trabalhou para alguém que quer se meter em tudo o que você faz? Poucas
coisas são mais irritantes para um bom líder. É difícil gerar dinamismo quando a pessoa
para quem você trabalha está sempre interrompendo seu progresso, supervisionando-o
de modo meticuloso.
As pessoas que micro gerenciam os outros muitas vezes são motivadas por uma das
duas coisas seguintes: o desejo de perfeição, que é inalcançável, ou a crença de quem
ninguém pode fazer um trabalho tão bem quanto elas. Crêem assim que as contribuições
dos outros estão sempre em um patamar inferior, ainda deixando de contribuir para que
as condições de trabalho de seus liderados sejam mais favoráveis.
O desafio na frustração
O que você deve fazer quando se vê seguindo um líder que é ineficiente? Como
agregar valor em tais circunstâncias? A maioria dos bons líderes teve de fazer para si
mesmos essas perguntas em algum momento de sua vida. Na verdade, quanto mais
forte você for como líder, mais enfrentara situações em que possa liderar com mais
eficiência do que a pessoa a quem se reporta.
Talvez não seja fácil, mas é possível sobreviver – e até ter sucesso - em uma
situação como essa. Eis o que recomendo:
ter sucesso e ajudar os outros – até os menos talentosos que você – a terem sucesso.
Não se deve permitir entregar-se a frustração no curto prazo.
Vários autores exploram esta dimensão da liderança como veremos a seguir. Segundo
Robbins, 2002, uma corrente de pesquisa é o recente interesse em diferencias os líderes
transformacionais e os líderes transacionais que devido ao fato de os líderes
transformacionais serem também carismáticos, há alguma sobreposição entre este tópico
e aquele que discutimos anteriormente.
A maioria das teorias que apresentamos neste capítulo – por exemplo, a teoria da
meta e do caminho e o modelo de participação e liderança – é voltada para os líderes
transacionais. Esse tipo de líder conduz ou motiva seus seguidores na direção das
metas estabelecidas por meio do esclarecimento dos papéis e das exigências das tarefas.
Existe também o tipo de líder que inspira seus seguidores a transcender seus próprios
interesses para o bem da organização, e que é capaz de causar um efeito profundo e
extraordinário sobre seus liderados. É o caso dos líderes transformacionais, como
Jack Welch, da General Eletric, Richard Brason, do Virgin Group e Steve Jobs, no início da
Apple.
Para tais teorias, deveria ser nitidamente determinado quais atividades precisariam ser
desenvolvidas, tendo-se em vista o desempenho do líder em conseguir que o seguidor
respondesse a estes incentivos. Deveria, ainda, configurar-se claramente que tipo de
papeis ou comportamentos típicos do seguidor estariam necessariamente em jogo, em
resposta ao estímulo oferecido pelo líder.
Pode-se resumir que a atitude considerada como positiva por parte do líder deveria,
necessariamente, obter determinada resposta também positiva por parte do seguidor.
Esse aspecto ilustra um processo de trocas comportamentais entre os dois, numa ligação
do tipo “causa e efeito”. Tal intercambio entre as atitudes do líder e as reações do
seguidor é conhecido como resposta contingente a determinada recompensa, conforme
afirma Bass, 1990: “Uma vez proposta a troca de benefícios dos mais diferentes tipos
pelo esforço despendido, o líder promete recompensas para o bom desempenho e
reconhece as realizações dos seguidores “.
O seguidor, através desse tipo de vínculo com o líder, está sendo condicionado, isto é,
comporta-se da maneira preconizada pelo líder para receber uma recompensa que já
conhece, a priori, qual deverá ser. Trata-se, portanto, de um condicionamento aprendido
que leva a uma resposta do tipo reflexo condicionado. Aceitando que seja mais difícil e
raro conseguir desenvolver planos adequados, agindo produtividade junto a pessoas que
estejam realmente motivadas, o entendimento a respeito do tipo de eficácia que se
espera de um líder, assim como os papeis que lhe cabem desenvolve, assume nova
fisionomia.
Como se pode observar, devido ao fato de que nos líderes transformacionais também
são carismáticos, há uma superposição entre esse tema e nossa análise anterior sobre
liderança carismática.
Embora a nossa ênfase tenha recaído sobre alianças que mudam rapidamente e que
são de curta duração, não podemos descartar as alianças em longo prazo. Essas alianças
se estabelecem por meio de um “formato para a atuação das organizações, que terão de
trabalhar com vários tipos de relações colaborativas, coexistindo com novas culturas
decorrentes das integrações interorganizacionais” como enfatizado por Cardoso (2013,
p.14). Líderes que sentem a crescente permeabilidade de paredes organizacionais
estabelecidas são também mais propensos que seus predecessores a formar conexões
por meio de alianças que sejam duradouras.
Os líderes que ativamente buscam essas conexões sabem que o objetivo desse jogo
sério é conectar partes de uma organização a partes de outra e então desmontá-las
quando a tarefa está completa, reutilizando alguns componentes e adicionando novas
partes para construir uma serie de estruturas. Eles sabem também buscar dentro de
suas próprias organizações como reestruturá-las em formas maleáveis que possam reagir
as exigências mutantes de seus clientes e acionistas. Os líderes que são capazes de fazer
isso desenvolverão uma capacidade de mudanças rápidas para lidar com um ambiente
que está constantemente mudando.
dividindo e conquistando;
● Esforçando-se para resolver problemas mútuos, em vez de inimigos comuns que
ficam exagerando para encurralar seguidores amedrontados atrás de seus líderes;
● Criando um sentido de comunidade, onde muitos grupos diversos podem ser
membros valiosos;
● Reunindo líderes comprometidos e constituintes para objetivos comuns;
Talvez a abordagem mais universal da comunicação seja o diálogo simples, que alguns
líderes desenvolveram e transformaram em uma grande arte.
Muitos líderes comunicam a visão por diversos outros meios, utilizando cartas ou
panfletos para apresentar um conceito, reforçando-o, em seguida, com cartazes, notas
no quadro de avisos, apresentações em fitas de vídeo e artigos publicados em boletins
internos. Eles podem divulgar a visão para públicos externos na reunião anual ou através
de cartas, do relatório anual, de matérias para a imprensa, entrevistas ou aparições no
radio ou na televisão. O que não falta na literatura especializada são informações
detalhadas sobre técnicas que podem ser utilizadas para comunicar a visão.
Liderança Feminina
Até agora, temos considerado os padrões dos estilos de realização de mulheres adultas
já engajadas em papéis de liderança corporativa. O que podemos esperar da próxima
geração de líderes femininas? Outros pesquisadores encontraram curiosas diferenças
baseadas no sexo nos estilos de realização de líderes estudantis.
Um estudo de 62 mulheres que são presidentes de suas classes descobriu que essas
jovens líderes favoreciam os estilos intrínseco, de poder e colaboração já outro estudo de
jovens líderes estudantis femininas também relatou que elas gostavam mais de tomar as
rédeas (isto é, utilizar o estilo de poder) e dominar uma tarefa elas mesmas (agir
Essas jovens líderes contribuíram para o sucesso dos outros, e elas confiantemente
esperavam que os outros contribuíssem e ajudassem no trabalho. Bem parecidas com as
mulheres adultas e líderes corporativas em nossas pesquisas, essas líderes estudantis
estavam menos confortáveis com os estilos competitivo e social. E num estudo que
solicitou aos seguidores para avaliar as líderes femininas, essas líderes foram vistas
como pessoas que investiam os outros com poder (empowerment), como
transformacionais e como propensas a enfatizaras estratégias de liderança colaboradora.
A próxima geração parece estar no caminho conectivo.
Voltando a questão ‘’O sexo faz a diferença’’, a resposta é sim, mas de uma maneira
altamente complexa. Revisões da literatura sobre a liderança feminina fornecem um
quadro complicado. De uma forma geral, a verdadeira conduta de liderança das mulheres
é virtualmente iguala dos homens, quando o contexto e constante. Algumas vezes, a
natureza da tarefa causa diferença. Mas, principalmente, são as percepções do
comportamento das líderes femininas, e não o comportamento em si, que variam, é
também, na maioria das vezes, somente em laboratórios, em vez de em cenários
organizacionais da vida real.
A confiança, ou a falta, é uma questão cada vez mais importante nas organizações
hoje em dia. Segundo Robbins a confiança é uma expectativa positiva de que a outra
pessoa não irá agir de maneira oportunista – seja por palavras, ações ou decisões. Os
dois elementos mais importantes implícitos em nossa definição são familiaridade e risco.
A confiança na Liderança
A confiança parece ser um atributo essencial associado à liderança e parece cada vez
mais evidente que é impossível liderar pessoas que não confiam em você.
Tipos de confiança
que se encontram nesse tipo de relacionamento fazem o que dizem por medo das
consequências, caso não cumpram suas obrigações.
Quanto melhor você conhece alguém, mais precisamente pode prever o que ele vai
fazer. A previsibilidade aumenta a confiança – mesmo que a previsão seja de que a
pessoa não é digna dela – porque as formas como o outro provavelmente violará os
acordos, pode ser prevista! Quanto maior a comunicação e a regularidade das intenções
que temos com alguém, mais essa forma de confiança pode ser desenvolvida e aplicada.
É uma falácia acreditar que as pessoas automaticamente iriam seguir de fato um líder
posicional. Líderes que realmente estiveram no topo sabem que as coisas não funcionam
assim. Como proposto por Maxwell (2007) a última solução para o Desafio da Influência
é tornar-se o tipo de líder que as outras pessoas querem seguir. E que tipo de líder seria?
Se você se esforçar muito para fazer todas essas coisas com as pessoas em sua
organização, vencerá o Desafio de Influência. O segredo está em pensar em influência, e
não em posição. é sobre tudo isso que tem a ver liderança. Se começar a praticar as
qualidades de influência, você estará preparado para assumir uma das tarefas mais
difíceis dos Líderes: Liderar para cima.
Liderando Conflitos
● Tática de luta
● Tática de fuga
Repressão – traduz –se no uso do poder para eliminar o conflito, porem o que
consegue, na verdade, é eliminar os sintomas do conflito;
● Tática de diálogo
grupos de constituintes homogêneos, buscam excluir qualquer pessoa que eles percebem
como sendo diferentes.
Organização que aprendem exige uma nova visão de liderança. A atual visão
tradicional de líderes – como pessoas especiais que definem o caminho, que tomam
decisões fundamentais, que energizam as equipes – está profundamente enraizando em
uma visão individual e não – sistêmica do mundo. Especialmente no Ocidente, os líderes
são heróis - grandes homens (e, ocasionalmente, mulheres) que “tomaram a dianteira”
em tempos de crise.
A nova visão da liderança nas organizações que aprendem é centrada em tarefas mais
sutis e mais importantes. Nas organizações que aprendem, os líderes são projetistas,
regente e professores. Eles são responsáveis por construir organizações onde as pessoas
expandem continuamente suas capacidades de entender complexidades, esclarecer
visões, e aperfeiçoar modelos mentais compartilhados – ou seja, eles são responsáveis
pela aprendizagem.
Essa nova visão é vital. Quando tudo tiver sido dito e feito as organizações que
aprendem continuarão sendo ‘uma boa ideia’, uma intrigante, porém distante ideia, até
que as pessoas se posicionem pela construção de tais organizações. Tal posicionamento é
o primeiro ato de liderança, o começo da inspiração (literalmente “soprar dentro de”) da
visão de organizações que aprendem. Na ausência desse posicionamento, as disciplinas
de aprendizagem continuarão sendo meras coleções de ferramentas e técnicas – meios
resolver problemas, e não de criar algo realmente novo.
Os líderes de nossas organizações atuais concentram sua atenção cada vez mais nos
acontecimentos e nos padrões de comportamento – e, sob sua influência, suas
organizações fazem o mesmo. Por outro lado, os líderes, nas organizações que
aprendem, prestam atenção a todos os quatro aspectos, mas enfocam
predominantemente o propósito e a estrutura sistêmica. Mais ainda, eles “ensinam” as
pessoas da organização a fazer o mesmo.
TEORIAS MOTIVACIONAIS
Motivação é um tema que sempre despertou muito interesse, dada a sua relação com o
comprometimento, o reconhecimento e as recompensas nas suas mais diversas
modalidades. Muitas são, também as restrições às várias pesquisas e teorias sobre o
assunto, entre as quais se destacam aqui as teorias de conteúdo.
Considerada uma referência, essa teoria explica que a motivação nasce da busca da
satisfação de necessidades. Segundo Montana e Charnov (2000), “Maslow afirmava que
existem cinco sistemas responsáveis por grande parte de nosso comportamento. Ele
colocou esses sistemas em uma escala hierárquica, indo do mais primitivo e imaturo –
em termos do comportamento que eles promovem – para o mais civilizado e maduro”.
McClelland concluiu que a maioria dos gestores tem níveis consideráveis de necessidade
de poder, razão pela qual tendem a se ajustar melhor às organizações burocráticas.
Aguiar (1981) afirma que se as pessoas movidas pela necessidade de realização não
encontram as mesmas facilidades para se ajustar nesses ambientes.
Segundo essa teoria, não basta às pessoas ficarem satisfeitas com o ambiente de
trabalho, os relacionamentos, os benefícios ou mesmo os salários percebidos para que
haja um estímulo interno capaz de motivar. Herzberg distinguiu dois grupos de fatores
que afetam o desempenho:
produtividade;
A grande contribuição de Herzberg foi mostrar que não basta criar boas políticas
higiênicas ou de manutenção e se não houver reformulação nos cargos e valorização
efetiva das pessoas que ocupam. Assim, ele propõe que as tarefas sejam continuamente
revista e ajustadas em função do progresso de cada colaborador, num processo
conhecido como enriquecimento das funções. Tal enriquecimento pode dar-se tanto de
forma horizontal, acrescentando-se novas tarefas ao cargo original, quanto vertical,
substituindo-se as tarefas mais simples por outras complexas.
Com foco na psicologia social, Schutz (1979) apresentou uma proposta das necessidades
básicas interpessoais, as quais constituem o fundamento da investigação no campo das
relações interpessoais e a base dos métodos por meio dos quais se alcança o pleno potencial
humano na relação de um ser para outro, alicerçada em três parâmetros:
outros, desejando merecer consideração e de atrair atenção e interesse. Nesta fase não
há formação de vínculos emocionais fortes, pois, primeiro o indivíduo procurará indícios
de que não é marginalizado pelo grupo.
● Controle — refere-se ao desde o poder, autoridade e controle sobre os outros, até ser
● Afeição — se refere aos sentimentos íntimos entre duas pessoas, como amor e ódio. Em
❑ Sublimação – desviar sensações e emoção para uma condição análoga àquela que não se
pode ter;
o consumismo exagerado;
internet.
Note –se que os desempenhos de alto nível se tornam cada vez mais cruciais, dada a
aceleração e a automação de processos. Todavia, o vultoso investimento e a máquinas,
equipamentos e sistemas podem ser parcialmente ou totalmente perdido se nada for
feita para obter a adesão das pessoas e a adequada substituição de valores, habilidades
e regras de conduta.
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3. DINÃMICAS E EXERCÍCIOS