03 - Midi® R3
03 - Midi® R3
03 - Midi® R3
Desenvolvimento
Infantil | MIDI®
Nesse módulo, você terá uma visão geral de cada um dos fundamentos que integram
o Método MIDI® e poderá se preparar melhor para estudar cada um deles ao longo da
Formação.
A partir desse olhar integrativo todo desafio apresentado trará a necessidade de uma
série de questionamentos a respeito do cotidiano da criança, das suas relações sociais
e das suas emoções. É a partir dessa observação cuidadosa que cada profissional
poderá se aprofundar para além do desafio inicial.
Antroposofia.
S.f. Etimologia da Palavra de origem grega: anthropos(homem) +
sophia(sabedoria)
Ela não trata apenas da forma de educar, é uma forma de viver. É como uma filosofia
de vida que pode ser encontrada em diversas áreas de atividade humana: arquitetura,
pedagogia, agricultura, arte, economia, medicina, etc.
Quando temos uma visão superficial acerca do ser humano podemos achar uma
solução temporária ou paliativa para um problema, mas quando nos aprofundamos
Não estamos nesse mundo para possuir ou usufruir da matéria, todos nós temos um
propósito e a Antroposofia está aqui para trazer esse olhar integrativo sobre o
desenvolvimento humano.
Rudolf Steiner
Após alguns anos em Berlim como redator literário, passou a dedicar-se a uma
intensa atividade de conferencista e escritor, no intuito de expor e divulgar os
resultados de suas pesquisas científico-espirituais, de início no âmbito da Sociedade
Teosófica e mais tarde da Sociedade Antroposófica, por ele fundada.
Fonte: http://institutorudolfsteiner.org.br/antroposofia/
LANZ, Rudolf. Noções Básicas de Antroposofia. pág. 89-95. 8 ed. São Paulo:
Antroposófica, 2007.
Você encontra o PDF do livro acima na plataforma do curso ou pelo site do Instituto
Rudolf Steiner, acessando http://institutorudolfsteiner.org.br
Parte do aprendizado de uma criança pequena é identificar o que ela sente dentro
dela. Ela precisa compreender as emoções que vem de dentro e para isso seus pais
Não é sobre não sentir, é sobre reagir da melhor forma a partir do sentimento. e os
pais devem ajudar a criança sendo exemplo de como lidar com esses sentimentos.
É muito importante ressaltar que a Disciplina Positiva não se baseia em permitir que a
criança decida o que é melhor para ela, os pais continuam sendo a autoridade, mas
não precisam agir de forma autoritária para que as regras e limites sejam observados.
Disciplina Positiva é baseada nos livros da série escritos pela Dra. Jane Nelsen e
diversos co-autores (Lynn Lott, Cheryl Erwin, entre outros), ensina habilidades sociais
e de vida para crianças, adolescentes e adultos.
Disciplina Positiva baseia-se no conceito de que disciplina pode ser ensinada com
firmeza e gentileza ao mesmo tempo, sem punição, castigo ou recompensa. Esta
filosofia apresenta o caminho do meio entre o autoritarismo e a permissividade,
resultando em mais de 50 ferramentas para nos ajudar a desenvolver as habilidades
que tanto queremos para construir relacionamentos mais saudáveis.
Rudolf Dreikurs
Jane Nelsen
Alfred Adler
Rudolf Dreikurs
Referência Bibliográfica
Ela aprofunda e traz uma visão sobre o desenvolvimento humano, buscando auxiliar a
compreensão sobre a influência das relações dentro de um mesmo núcleo familiar,
considerando inclusive a ordem e posição destes familiares.
Para a Antroposofia uma criança de até sete anos se liga espiritualmente a sua mãe
por laços invisíveis. Seu corpo etérico se nutre do corpo etérico da sua mãe. E a visão
sistêmica familiar busca explicar essa mesma dinâmica que acontece entre pais e
filhos. Informa que essa relação é regida por leis da natureza que atuam sobre cada
sistema, quer você tenha consciência sobre elas, ou não.
A visão sistêmica foi concebida por Bert Hellinger e trouxe com clareza o
conhecimento de que a criança herda não só os aspectos físicos e genéticos de seus
pais, mas também os laços invisíveis de questões não resolvidas em gerações
anteriores. Tudo isso é herdado pela criança e pode explicar muito do que acontece
dentro da família.
A criança traz à tona algo que precisa ser resolvido naquela família. Um conceito que
utilizo amplamente em todo meu conteúdo é a da ordem de prioridade da família.
É muito comum perceber os impactos nas relações familiares e dos efeitos sobre cada
indivíduo, quando os pais colocam a criança como centro da família: a mãe olha para
a criança, o pai olha para a criança. Ambos deixam de se olhar como casal e muitas
vezes não olham mais para si.
Bert Hellinger
Nos anos 60, entrou em contato com grupos de estudos onde começou a perceber a
fenomenologia como fonte de conhecimento. Neste período ele saiu do seu trabalho
como missionário e como padre. E no começo dos anos 70, estudou psicanálise em
Viena, completando os estudos em Munique.
Em 73, foi para os EUA estudar com Arthur Janov a Terapia Primal. Também encontrou
em Eric Berne e sua Análise Transacional algumas bases que mais tarde serviriam
para o insight da Constelação Familiar.
Aos 70 anos, ainda não havia escrito nenhum dos livros que conhecemos hoje. Então,
por um convite de Gunthard Weber, psiquiatra alemão, gravou e transcreveu uma
série de workshops que se tornou seu primeiro livro.
Fonte: https://iperoxo.com/2017/06/27/era-uma-vez-um-alemao-bert-hellinger/
Nós vivemos numa realidade bem diferente das gerações anteriores, estamos
atualmente diante de muitos recursos eletrônicos que estimulam nossa mente,
vivemos dinâmicas do cotidiano que nos exigem muito. E você precisa entender o
quanto essa dinâmica de comportamento influencia o comportamento das crianças.
Será que esses pais estão conseguindo verdadeiramente se conectar com as crianças?
Como será que a dinâmica do dia a dia está interferindo ou impactando essa criança?
Essas são só algumas das perguntas que você fará para conseguir compreender
melhor o contexto, quando for atuar junto às famílias.
Você verá que é muito comum que as queixas sobre as rotinas familiares nos cuidados
com os filhos tenham como uma das causas, a falta de presença. Você poderá
perceber se o responsável pela criança está fazendo tudo no estado de presença ou no
piloto automático, como uma programação. Se os pais, ou responsáveis, não estão se
conectando às crianças durante as atividades com a crianças, não há como evitar o
estresse na condução dessa rotina.
Muitos pais sabem tudo sobre o corpinho de seus filhos, mas não conhecem
absolutamente nada sobre o cérebro e seu papel no desenvolvimento da criança.
Porque pais podem acabar criando expectativas equivocadas a respeito de seus filhos,
exigindo maturidade que não são compatíveis com a sua idade, por exemplo. E
deixando de assumir a responsabilidade na condução de processos importantes para o
seu desenvolvimento neurológico.
Cada parte do cérebro tem sua função, basicamente podemos dizer que o lado
esquerdo é responsável pelo raciocínio lógico, pela tomada de decisão do indivíduo. O
lado direito processa os sinais não verbais, as emoções e sensações. E lá dentro do
cérebro temos o cérebro reptiliano que é responsável por nosso instinto de
sobrevivência , responsável pelos reflexos de proteção e ação no intuito de sobreviver.
É justamente esta última parte do cérebro que é acionada quando uma criança faz
birra, e para conseguir que ela compreenda o que você precisa ensinar será preciso
primeiro equilibrar sua sobrevivência, emoção e razão.
Referências Bibliográficas
SIEGEL, Daniel J.; BRYSON, Tina P. O cérebro da criança. 1 ed. São Paulo: nVersos,
2015.
Em primeiro lugar quero que você tenha clareza de que nem sempre você vai usar
todos os fundamentos num único curso, num único atendimento, uma mentoria ou
avaliação.
Você vai usar os fundamentos de forma integrativa, como um todo. Não para buscar
uma solução para tudo que encontrar na sua atuação profissional, mas para conseguir
fazer as perguntas corretas na condução da família e conduzir o que for preciso em
conjunto.
Que você possa ser esse portal para uma educação firme e gentil. Nos próximos
módulos vamos nos aprofundar em cada uma dessas filosofias.