Rio de Janeiro
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro
Etimologia
A Baía de Guanabara, à margem da qual a cidade se
organizou, foi descoberta pelo explorador português
Rio de
Gaspar de Lemos em 1 de janeiro de 1502.[18] Janeiro
Embora se afirme que o nome "Rio de Janeiro"
tenha sido escolhido em virtude de os portugueses
acreditarem tratar-se a baía da foz de um rio, na Localização do Rio de Janeiro no Brasil
verdade, à época, não havia qualquer distinção de
nomenclatura entre rios, sacos e baías — motivo
pelo qual foi o corpo d'água corretamente designado
como rio.[19]
História
Mapa do Rio de Janeiro
Colonização portuguesa e invasões Coordenadas 22° 54' 10" S 43° 12' 28" O (http://tool
s.wmflabs.org/geohack/geohack.ph
estrangeiras
p?pagename=Rio_de_Janeiro¶
O litoral do atual estado do Rio de Janeiro era ms=22_54_10_S_43_12_28_W_typ
e:city_region:BR)
habitado por índios do tronco linguístico macro-jê
há milhares de anos. Por volta do ano 1000, a região País Brasil
foi conquistada por povos de língua tupi Unidade Rio de Janeiro
procedentes da Amazônia. Um destes povos, os federativa
tamoios, também conhecidos como tupinambás,
Região Rio de Janeiro
ocupava a região ao redor da Baía de Guanabara no metropolitana
século XVI, quando os portugueses chegaram à
Municípios Duque de Caxias, Itaguaí,
região.[20] limítrofes Seropédica, Mesquita,
Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu
e São João de Meriti
Distância até 1 148 km[2]
a capital
História
Fundação 1 de março de 1565 (459 anos)
Administração
Distritos Lista
33 regiões administrativas
A expulsão e derrota definitiva dos franceses e seus aliados indígenas, no entanto, só se deu em janeiro de
1567. A vitória de Estácio de Sá, subjugando elementos remanescentes franceses (os quais, aliados aos
tamoios, dedicavam-se ao comércio e ameaçavam o domínio português na costa do Brasil), garantiu a posse
do Rio de Janeiro, rechaçando, a partir daí, novas tentativas de invasões estrangeiras e expandindo, à custa
de guerras, seu domínio sobre as ilhas e o continente. A povoação foi refundada no alto do antigo Morro do
Castelo, que se localizava no atual centro da cidade. O morro foi removido em 1922 como parte de uma
reforma urbanística. O novo povoado marcou o começo de fato da expansão da cidade.[19]
Durante quase todo o século XVII, a cidade acenou com um desenvolvimento lento. Uma rede de pequenas
ruelas conectava entre si as igrejas, ligando-as ao Paço e ao Mercado do Peixe, à beira do cais. A partir
delas, nasceram as principais ruas do atual Centro. Com cerca de 30 000 habitantes na segunda metade do
século XVII, o Rio de Janeiro tornara-se a cidade mais populosa do Brasil, passando a ter importância
fundamental para o domínio colonial.[19]
Essa importância tornou-se ainda maior com a exploração de jazidas de ouro em Minas Gerais, no
século XVIII: a proximidade levou à consolidação da cidade como proeminente centro portuário e
econômico. Em 1763, o ministro português Marquês de Pombal transferiu a sede da colônia de Salvador
para o Rio de Janeiro.[19]
Foi a capital do Brasil de 1763 a 1960, quando o governo transferiu-se para Brasília. Entre 1808 e 1815, foi
capital do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, como era oficialmente designado Portugal na época.
Entre 1815 e abril de 1821, sediou o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, após elevação do Brasil à
parte integrante do reino unido supracitado.[19]
Após a Independência do Brasil (1822), a cidade tornou-se a
capital do Império do Brasil, enquanto a província enriquecia com
a agricultura canavieira da região de Campos e, principalmente,
com o novo cultivo do café no Vale do Paraíba.[19] Em 1823, o
Rio de Janeiro recebeu o título de Muito Leal e Heroica por carta
imperial de D. Pedro I, por seus habitantes terem apoiado o então
príncipe regente em sua decisão de permanecer no Brasil, no que
viria ser conhecido como Dia do Fico.[23] De modo a separar a
Desembarque da princesa província da capital do Império, a cidade foi convertida, no ano de
Leopoldina em 1817 no Morro de São 1834, em Município Neutro, passando a província do Rio de
Bento, por Debret. A família real Janeiro a ter Niterói como capital.[19]
portuguesa se estabeleceu no Brasil
para fugir da invasão das tropas de Como centro político do país, o "Rio" concentrava a vida político-
Napoleão. partidária do Império. Foi palco principal dos movimentos
abolicionista e republicano na metade final do século XIX. Durante
a República Velha (1889–1930), com a decadência de suas áreas
cafeeiras, o estado do Rio de Janeiro perdeu força política para São
Paulo e Minas Gerais.[19]
Período republicano
Com a Proclamação da
República, nas últimas
Rio de Janeiro em 1865, então
capital do Império do Brasil
décadas do século XIX e
início do XX, o Rio de
Janeiro enfrentava graves
problemas sociais advindos do crescimento rápido e desordenado.
Enseada de Botafogo em 1889
Com o declínio do trabalho escravo, a cidade passara a receber
grandes contingentes de imigrantes europeus e de ex-escravos,
atraídos pelas oportunidades que ali se abriam ao trabalho
assalariado.[19] Entre 1872 e 1890, sua população duplicou,
passando de 274 mil para 522 mil habitantes.[19]
Muitas campanhas de erradicação, perpetradas pelos governos da época, não foram bem recebidas pela
população carioca. Houve muitas revoltas populares, entre elas, a Revolta da Vacina, de 1904, que também
teve como causa a tomada de medidas impopulares, como as reformas urbanas do centro, executadas pelo
engenheiro Pereira Passos. Vários cortiços foram demolidos e a população pobre da região central
deslocada para as encostas de morros, na zona portuária e no Caju, sobretudo os morros da Saúde e da
Providência.[19]
Tais povoamentos cresceram de maneira desordenada, dando início
ao processo de favelização (ainda não muito preocupante na época)
— o que não impediu a adoção de várias outras reformas urbanas e
sanitárias que modificaram a imagem da então capital da
República. Data desse período a abertura do Theatro Municipal e
da Avenida Rio Branco, com os edifícios inspirados em elementos
da Belle Époque parisiense, e a inauguração, em 1908, do
Bondinho do Pão de Açúcar, um dos marcos da engenharia
Bondinho do Pão de Açúcar entre as
brasileira, em comemoração aos 100 anos da Abertura dos
décadas de 1940 e de 1950
Portos.[24]
Em 1992, sediou a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUCED),
mais conhecida como Rio-92, ou ECO-92 — a primeira conferência internacional de peso realizada após o
fim da Guerra Fria, com a presença de delegações de 175 países.[26][27]
Em 2007, foi sede dos Jogos Pan-Americanos, ocasião à qual realizou investimentos em estruturas
esportivas (incluindo a construção do Estádio Nilton Santos) e nas áreas de transportes, segurança pública e
infraestrutura urbana;[28] e de sete jogos da Copa do Mundo de 2014.[29] Ainda no âmbito esportivo, a
cidade também sediou os Jogos Olímpicos de Verão de 2016.[30][31]
No dia 25 de novembro, deu-se a maior ofensiva da Polícia Militar Cerimônia de encerramento dos
Jogos Olímpicos de Verão de 2016
do Rio de Janeiro, com seu Batalhão de Operações Policiais
no Estádio do Maracanã
Especiais (BOPE) atuando ao lado da Polícia Civil do Rio de
Janeiro, encabeçada pela Coordenadoria de Recursos Especiais
(CORE) e em parceria com o Corpo de Fuzileiros Navais, que disponibilizou seis blindados e um
grupamento de fuzileiros navais da mesma unidade para apoio logístico da operação, que resultou na
ocupação do território da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão, regiões da cidade que até então estava
em poder dos narcotraficantes do Comando Vermelho.[34]
Em 1 de julho de 2012, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
(UNESCO) designou parte da cidade como Patrimônio da Humanidade[11][12] e, em 18 de janeiro de 2019,
a mesma instituição elegeu o Rio de Janeiro como a primeira Capital Mundial da Arquitetura.[35]
Geografia
De acordo com a divisão regional vigente desde 2017, instituída
pelo IBGE,[36] o município pertence às regiões geográficas
intermediária e imediata do Rio de Janeiro. Até então, com a
vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, fazia parte
da Microrregião do Rio de Janeiro, que por sua vez estava incluída
na Mesorregião Metropolitana do Rio de Janeiro.[37] Com cerca de
1 200 km² de área,[1] o município se estende desde a margem
ocidental da baía de Guanabara até parte da Restinga da Marambaia
Fotografia parcial da Região
Metropolitana do Rio de Janeiro à
e ocupa ilhas como Governador e Paquetá.[38]
noite a partir da Estação Espacial
Internacional
A cidade se desenvolveu sobre estreitas planícies aluviais
comprimidas entre montanhas e morros[38] e está assentada sobre
três grandes maciços:[38] Pedra Branca,[39] Gericinó e o da
[40] com picos de interesse turístico como o Bico do Papagaio, Andaraí, Pedra da Gávea,[41]
Tijuca,
Corcovado, o Dois Irmãos e o Pão de Açúcar.[42] O Rio de Janeiro conta ainda com parques e reservas
ecológicas, como o Parque Nacional da Tijuca, considerado "Patrimônio Ambiental e Reserva da Biosfera"
pela UNESCO; o Complexo da Quinta da Boa Vista; o Jardim Botânico;[43] o Jardim Zoológico do
Rio;[44] o Parque Estadual da Pedra Branca[39] e o Passeio Público.[45]
Litoral
Seu litoral tem 197 km de extensão e inclui mais de cem ilhas que ocupam 37 km², e desdobra-se em três
partes, voltadas à baía de Sepetiba, ao oceano Atlântico e à baía de Guanabara. O litoral da baía de Sepetiba
tem como único acidente geográfico de expressão a Restinga da Marambaia e é arenoso, baixo e pouco
recortado. O litoral da baía de Guanabara é recortado, baixo, abarca muitas ilhas (como a do Governador
com 29 km²) e, em suas margens, situam-se o centro comercial e os subúrbios industriais.[38]
O litoral Atlântico expressa alternâncias consideráveis, apresentando-se ora alto, quando em contato com as
ramificações costeiras dos maciços da Pedra Branca e da Tijuca, ora baixo, trecho pelo qual se estendem as
praias integradas à paisagem urbana. Diversas lagoas, como as da Tijuca, Marapendi, Jacarepaguá e
Rodrigo de Freitas formaram-se nas baixadas, muitas de terreno pantanoso a ainda não completamente
drenado.[38]
Clima
A cidade do Rio de Janeiro possui um clima tropical de savana (Aw), na fronteira com um clima tropical
monçônico (Am), de acordo com a classificação climática de Köppen-Geiger, geralmente caracterizado por
longos períodos de fortes chuvas entre dezembro e março.[46] A cidade experimenta verões quentes e
úmidos e invernos quentes e ensolarados. Nas áreas interiores da
cidade, temperaturas acima de 40 °C são comuns durante o verão,
embora raramente por longos períodos, enquanto temperaturas
máximas acima de 23 °C podem ocorrer mensalmente.[47]
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura
máxima 37,5 36,5 36,8 34,8 33 32,9 32,7 38,5 37,5 38,5 37,1 38,5 38,5
recorde (°C)
Temperatura
máxima 30,2 30,6 29,1 27,5 25 24,3 24,1 24,6 25,2 26,3 26,8 29,1 26,9
média (°C)
Temperatura
mínima 20,8 21 20,2 18,8 16,5 15,6 15,1 15,4 16,5 17,6 18,5 20 18
média (°C)
Temperatura
mínima 12 15,2 14,5 11,5 10,2 6,7 7,3 8,7 8,1 10,5 11,4 10,2 6,7
recorde (°C)
Precipitação
228,6 177,8 252 201,1 180,8 154,1 179,9 150,5 219,5 194,7 239 236,8 2 414,8
(mm)
Dias com
11 9 11 9 9 8 8 9 11 11 13 12 121
precipitação
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura
máxima 43,1 40,8 41,2 38,9 36,8 35,7 36,1 40,2 42 41,6 41,6 41,1 43,1
recorde (°C)
Temperatura
máxima 33,9 34,8 33 31,5 29 28,2 27,5 28,4 28,3 29,9 31,5 32,8 30,7
média (°C)
Temperatura
mínima 23,8 24 23,2 21,7 19,3 17,8 17,1 17,7 18,6 20,3 21,7 22,9 20,7
média (°C)
Temperatura
mínima 16,9 15 15,4 12,5 9,8 6,8 8,8 6,4 9,8 8,9 11,4 14 6,4
recorde (°C)
Precipitação
204,9 148,7 155,7 108,7 74,8 56,4 43,5 38,8 81,2 80,9 105 152,4 1 251
(mm)
Dias com
precipitação 12 9 10 7 7 5 5 5 9 9 9 11 98
(≥ 1 mm)
Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) (normal climatológica de 1981-2010; recordes de temperatura:
01/01/1931 a 31/03/2004)
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura
máxima 40,5 40,3 39,5 38 35,6 35,4 35,5 38,5 40,6 42 40,3 41,5 42
recorde (°C)
Temperatura
máxima 32,6 33,3 32,5 30,8 28,1 27,7 26,9 28 28 29,2 30,4 31,3 29,9
média (°C)
Temperatura
mínima 23,5 23,5 23,1 21,3 18,4 16,8 16,4 17,4 18,2 20 21,3 22,6 20,2
média (°C)
Temperatura
mínima 17,8 16,9 17,3 13,7 12,2 9 8,5 9,8 10 11,6 13,2 16,5 8,5
recorde (°C)
Precipitação
169,4 113,4 137,8 92,4 52,8 32,8 43,7 26,6 48,1 82,2 111,7 163,9 1 074,8
(mm)
Fonte: INMET (normal climatológica de 1981-2010; recordes de temperatura: 01/04/1971 a 31/10/1976, 01/06/1986 a
30/11/1986 e 01/01/1999-presente)
Dados climatológicos para Rio de Janeiro (Santa Cruz)[56][57]
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura
máxima 42,5 41,5 40,1 38,5 36 35,2 36 39,1 41,2 41,2 40,5 43,2 43,2
recorde (°C)
Temperatura
máxima 32,7 33,6 32,3 30,8 28,2 27,6 26,7 27,7 27,4 28,7 30 31,2 29,7
média (°C)
Temperatura
mínima 22,9 23,1 22,6 21,4 19,1 18 17,3 17,8 18,5 19,7 20,9 22 20,3
média (°C)
Temperatura
mínima 16,9 17,8 16,4 13,2 12 9 9,7 11,6 11,3 13,3 14,6 16,1 9
recorde (°C)
Precipitação
143,8 100,1 110,6 101,3 67,7 48 52,2 36,7 71,4 76,7 92,8 138,9 1 040,2
(mm)
Dias com
precipitação 11 8 9 7 7 5 6 6 8 8 9 11 95
(≥ 1 mm)
Fonte: INMET (normal climatológica de 1981-2010; recordes de temperatura: 01/01/1963 a 16/10/1994 e 05/04/1998-
presente)
Problemas ambientais
Em razão da alta concentração de indústrias na região
metropolitana, a cidade tem enfrentado sérios problemas de
poluição ambiental. A baía de Guanabara perdeu áreas de
manguezal e sofre com resíduos provenientes de esgotos
domiciliares e industriais, óleos e metais pesados. Não obstante
suas águas se renovem ao confluírem para o mar, a baía é
receptora final de todos os afluentes gerados nas suas margens e
nas bacias dos muitos rios e riachos que nela deságuam. Os níveis
Condomínios do Jardim Oceânico na
de material particulado no ar se encontram duas vezes acima do
Barra da Tijuca, região nobre da
cidade, com uma visão da lagoa de recomendado pela Organização Mundial da Saúde, em parte
Marapendi devido à numerosa frota de veículos em circulação. Em uma
pesquisa divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo em 2007, o Rio
de Janeiro foi apontado como a quinta capital mais poluída do
Brasil, atrás apenas de São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte e
Curitiba.[58][59]
As lagoas Marapendi e a Rodrigo de Freitas têm sofrido com a leniência das autoridades e o avanço dos
condomínios no local. O despejo de esgoto por ligações clandestinas e a consequente proliferação de algas
diminuem a oxigenação das águas, ocasionando a mortandade de peixes.[63][64] Há, por outro lado, sinais
de despoluição na lagoa Rodrigo de Freitas feita através de uma parceria público-privada estabelecida em
2008 visa garantir que as águas da lagoa estejam próprias para o banho. As ações de despoluição envolvem
a planificação do leito, com transferência de lodo para grandes crateras presentes na própria lagoa, e a
criação de uma nova ligação direta e subterrânea com o mar, que contribuirá no sentido de aumentar a troca
diária de água entre os dois ambientes.[65][66]
Panorama da cidade com destaque para as montanhas do Corcovado (esquerda), Pão de Açúcar (centro, ao
fundo) e Dois Irmãos (direita)
Fotografia tirada a partir da Vista Chinesa, no Parque Nacional da Tijuca
Demografia
{{Artigo principal|Demografia do Rio de Janeiro (cidade){{!}Demografia da cidade do Rio de Janeiro}}
As taxas de incremento médio anual da população foram de 0,8% (2000–2006) e 0,75% (1991–2000) na
cidade,[73] e 1,43% (2000–2006) e 1,18% (1991–2000) na região metropolitana — o que indica, de modo
geral, uma aceleração na taxa de crescimento dos demais municípios do Grande Rio, e um pequeno
aumento na taxa da capital.[74]
Composição étnica
No censo de 2010, a população do Rio de Janeiro era formada por
3 239 888 brancos (51,26%), 2 318 675 pardos (36,69%), 708 148
pretos (11,2%), 45 913 amarelos e 5 981 indígenas (0,09%), além
de 1 842 sem declaração (0,03%).[76] De acordo com estudos
genéticos autossômicos recentes, a herança europeia é a dominante
tanto entre "brancos" quanto entre "pardos", respondendo, então,
pela maior parte da ancestralidade dos habitantes do Rio de Janeiro.
Cais do Valongo, um Patrimônio A contribuição africana encontra-se presente, em alto grau, sendo
Mundial pela UNESCO e o único maior entre os "negros". Também a ancestralidade ameríndia
vestígio material da chegada dos encontra-se presente, embora em grau menor.[77][78][79][80]
africanos escravizados nas
Américas[75] Também existem muitos afro-brasileiros desde o período colonial
— a maioria descendente de escravos trazidos de Benim, Angola e
Moçambique.[81] Com importantes contribuições de seu sincretismo
religioso e musical, elementos remanescentes da cultura africana encontram-se hoje emaranhados à cultura
brasileira e da cidade. No início do século XIX, o Rio de Janeiro tinha a maior população urbana de
escravos nas Américas, superando inclusive Salvador e Nova Orleães. Os africanos provinham de
diferentes regiões do continente africano, mas no Rio predominaram os oriundos de Cabinda, do Congo
Norte, Benguela, Moçambique, Luanda e de Angola. Os afrodescendentes nascidos no Brasil se
diferenciavam dos africanos e poderiam ser divididos em três grupos. O primeiro era de crioulos, negros
filhos de pais africanos nascidos no Brasil. Os pardos, já miscigenados, sobretudo com portugueses. Por
fim, os cabras, resultado de outras miscigenações, inclusive com índios. Em 1849, 43,51% da população
carioca era denominada preta e 80 mil escravos habitavam a cidade.[82]
Em 1859, o médico e explorador alemão Robert Christian Avé-Lallemant, após visitar o Rio de Janeiro, fez
o seguinte relato: "Se não soubesse que ela fica no Brasil poder-se-ia tomá-la sem muita imaginação como
uma capital africana, residência de poderoso príncipe negro, no qual passa inteiramente despercebida uma
população de forasteiros brancos puros. Tudo parece negro".[82]
Fluxos migratórios
Dentre os fluxos migratórios mais significativos, destacam-se os de portugueses e demais povos europeus,
nordestinos e afro-brasileiros. Tal fluxo migratório deflagrou-se no século XVI e atingiu seu auge no início
do século XX, constituindo uma das maiores massas de imigrantes já recebidas pelo país. Entretanto, foi
particularmente em 1808, com o estabelecimento da Família Real Portuguesa no Rio de Janeiro, e a relativa
proximidade das jazidas mineiras (descobertas no século XVIII),
que a cidade beneficiou-se da onda lusitana. Somente naquele ano,
aportaram em território brasileiro 15 mil nobres e pessoas da alta
sociedade portuguesa — a grande maioria, na então capital da
Colônia.[84]
É possível notar também um respeitável contingente de pessoas de outros estados, sobretudo nordestinos.
Paraibanos e pernambucanos fazem-se bastante presentes. No auge da industrialização, entre as décadas de
1960 e 1980, passaram a migrar para a região Sudeste em busca de melhores condições de vida e trabalho.
Com a melhoria estrutural de outras regiões do país, e os problemas resultantes da superpopulação nas
grandes cidades, a migração nordestina diminuiu consideravelmente. Embora Rio de Janeiro e São Paulo
continuem sendo importantes polos de atração, a migração "polinucleada" ganhou contornos mais
acentuados.[89]
Rio a partir do Pão de Açúcar. Os bairros de Copacabana (esquerda), Botafogo (centro, ao fundo), Urca (centro,
abaixo) e Flamengo podem ser vistos na imagem.
Religião
São diversas as doutrinas religiosas manifestas na cidade. Tendo-se
expandido sobre uma matriz social de predominância católica —
em virtude do processo colonizador e imigratório e da ausência de
um estado laico que, à época, preconizava o catolicismo — a
maioria dos cariocas ainda hoje se declara como tal. No entanto, é
substancial a presença de dezenas de denominações protestantes
(cerca de 18% da população residente), além do Espiritismo, que
apresenta uma penetração considerável, com mais de 200 mil Fotografia aérea do Cristo Redentor
adeptos. As religiões afro-brasileiras (Umbanda e Candomblé)
encontram respaldo em vários segmentos sociais, embora
professadas por menos de 2% da população.[90]
Segundo o último Censo demográfico do IBGE, o percentual dos que não possuem filiação religiosa
alguma é expressivo — superior à média nacional, de 7,3% —, sobrestando, inclusive, ao das comunidades
espírita e umbandista.[90] Testemunhas de Jeová, mórmons, judeus, muçulmanos e budistas são grupos
minoritários, mas em ascensão.
Cristianismo
A Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, Sé Metropolitana da respectiva Província Eclesiástica,
pertence ao Conselho Episcopal Regional Leste I da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
(instalada no Rio até 1977). Fundada em 1676, abrange um território de 1 721 km².[91]
A Catedral de São Sebastião do Rio de Janeiro, ou Catedral Metropolitana, foi inaugurada em 1979, na
região central da cidade. Suas instalações guarnecem um acervo de grande valor histórico e religioso: o
Museu Arquidiocesano de Arte Sacra e o Arquivo Arquidiocesano. Lá também estão sediados o Banco da
Providência e a Cáritas Arquidiocesana. Em estilo contemporâneo, apresenta formato cônico, com 96 m de
diâmetro interno e capacidade para receber até 20 mil fiéis. O esplendor da edificação, de linhas retas e
sóbrias, deve-se aos cambiantes vitrais talhados nas
paredes até à cúpula. Seu projeto e execução foram
coordenados pelo Monsenhor Ivo Antônio Calliari
(1918–2005).[92] São Sebastião é reconhecido como
o padroeiro da cidade, razão pela qual está recebeu o
nome canônico de "São Sebastião do Rio de
Janeiro".[93]
Problemas socioeconômicos
O Rio de Janeiro é uma cidade de fortes contrastes econômicos e
sociais, apresentando grandes disparidades entre ricos e pobres.
Enquanto muitos bairros ostentam um Índice de Desenvolvimento
Humano correspondente ao de países nórdicos (Gávea: 0,970;
Leblon: 0,967; Jardim Guanabara: 0,963; Ipanema: 0,962; Barra da
Tijuca: 0,959, dados de 2000), em outros, observam-se níveis bem
inferiores à média municipal, como é o caso do Complexo do
Alemão (0,711) ou da Rocinha (0,732).[94] Favela do Morro da Providência,
uma das mais antigas da cidade
Em 2010, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-
M) do Rio de Janeiro era considerado "alto" pelo Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), cujo valor, de 0,799, era o segundo maior a nível
estadual (depois de Niterói) e o 45.º a nível federal. Considerando apenas a longevidade o índice é de
0,845, o índice de renda é de 0,840 e o de educação de 0,719.[5]
Embora classificada como uma das principais metrópoles do mundo, segundo o censo de 2010 feito pelo
IBGE, 1,39 milhão dos 6,29 milhões de habitantes da cidade — o que corresponde a aproximadamente
22% de sua população — vivem em aglomerados subnormais.[1] Essas favelas se instalam principalmente
sobre os morros, devido ao relevo mamelonar do Rio de Janeiro, ou em mangues aterrados como no
Complexo do Manguinhos, onde as condições de moradia, saúde, educação e segurança são extremamente
precárias.[95]
Um aspecto original das favelas do Rio é a proximidade aos distritos mais valorizados da cidade,
simbolizando a forte desigualdade social, característica do Brasil. Alguns bairros de luxo, como São
Conrado, onde se localiza a favela da Rocinha, encontram-se "espremidos" entre a praia e os morros. Nas
favelas, ensino público e sistema de saúde deficitários ou inexistentes, aliados à saturação do sistema
prisional, contribuem com a intensificação da injustiça social e da pobreza.[95]
Vista panorâmica do conjunto de favelas chamado Complexo do Alemão, com cerca de 70 mil habitantes
(2010).[96] A imagem mostra as linhas do sistema de teleférico entre as estações (da esquerda para a direita)
Palmeiras, Itararé, Alemão, Baiana e Adeus, de onde a foto foi registrada. De acordo com dados do Censo de
2010, aproximadamente 22% da população da cidade vive em favelas.[1] Ao fundo, à direita, é possível observar a
Igreja de Nossa Senhora da Penha.
A polícia do Rio de Janeiro também é demasiadamente violenta; em 2006 matou 1 063 pessoas no estado,
sendo 1 195 apenas em 2003. Até abril de 2007, a média era de 3,7 por dia. A título de comparação, a
polícia dos Estados Unidos matou apenas 347 pessoas em todo o território estadunidense ao longo de
2006.[101] Em 2007, os policiais recebiam em média R$ 874 por mês, ou o equivalente R$ 10 488 em um
ano.[102] Baixos salários e equipamentos insuficientes fazem com que a polícia carioca consiga resolver
apenas 3% de todos os assassinatos ocorridos na cidade.[103]
Entretanto, pesquisas recentes demonstram que a violência urbana vem caindo na cidade, sobretudo nos
últimos anos. O "Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros 2008", estudo realizado conjuntamente
pela Rede de Informação Tecnológica Latino Americana (RITLA) e pelo Instituto Sangari, com o aval do
Ministério da Saúde e do Ministério da Justiça, divulgado em janeiro de 2008, revela que no Rio de Janeiro
a taxa geral de homicídios por 100 mil habitantes retrocedeu 40% entre 2002 e 2006, levando-o da 4ª para a
14ª posição no ranking das capitais mais violentas do Brasil naquele ano.[104]
Em 2002, a capital fluminense registrava 62,8 casos de homicídio para cada
100 mil pessoas. Em 2006, após quedas anuais sucessivas, esta taxa chegou
a 37,7 — abaixo da aferida para cidades menores como Recife (90,9),
Vitória (88,6), Curitiba (49,3), Belo Horizonte (49,2), Salvador (41,8) e
Florianópolis (40,7). Em 2022, o índice passou a ser de 21,2 homicídios
para cada 100 mil habitantes, revelando uma queda brusca e ocupando o
lugar de 8ª capital menos letal no Brasil, apesar da intensa cobertura
midiática em torno da cidade e dos crimes cometidos dentro de suas
fronteiras. [104] [105]
Política
Governo municipal
No Rio de Janeiro, o poder
executivo é representado pelo
prefeito e gabinete de secretários,
em conformidade ao modelo
proposto pela Constituição
Federal. A Lei Orgânica do
Município e o atual Plano
Diretor, porém, preceituam que a
administração pública deve Centro Administrativo São Palácio Pedro Ernesto, na
conferir à população ferramentas Sebastião, sede da prefeitura Cinelândia, sede da Câmara
efetivas ao exercício da Municipal
democracia participativa. Deste
modo, a cidade é dividida em subprefeituras, cada uma delas dirigida por um submandatário nomeado
diretamente pelo prefeito.[107]
O poder legislativo é constituído à câmara municipal, composta por 51 vereadores[108] eleitos para
mandatos de quatro anos (em observância ao disposto no artigo 29 da Constituição, que disciplina um
número mínimo de 42 e máximo de 55 para municípios com mais de cinco milhões de habitantes).[109]
Cabe à casa elaborar e votar leis fundamentais à administração e ao Executivo, especialmente o orçamento
participativo (Lei de Diretrizes Orçamentárias). Conquanto seja o poder de veto assegurado ao prefeito, o
processo de votação das leis que se lhe opõem costuma gerar conflitos entre Executivo e Legislativo.[110]
Existem também os conselhos municipais, que atuam em complementação ao processo legislativo e ao
trabalho engendrado nas secretarias. Obrigatoriamente formados por representantes de vários setores da
sociedade civil organizada, acenam em frentes distintas — embora sua representatividade efetiva seja por
vezes questionada. Encontram-se atualmente em atividade: Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio
Cultural (CMPC),[111] de Defesa do Meio Ambiente (CONDEMAM),[112] de Saúde (CMS),[113] dos
Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA),[114] de Educação (CME),[115] de Assistência Social
(CMAS)[116] e Antidrogas.[117]
Governo estadual
Por ser a capital do estado
homônimo, a cidade é sede
do governo fluminense. O
Palácio Guanabara
(anteriormente conhecido
como Paço Isabel) fica no
bairro Laranjeiras, na zona
sul, e é a sede oficial do
Palácio Guanabara, sede do governo Palácio Tiradentes, sede da poder executivo fluminense.
estadual Assembleia Legislativa Não deve ser confundido
com o Palácio Laranjeiras,
situado no mesmo bairro, que é a residência oficial do governador do Rio de Janeiro.[118]
A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) é o órgão de poder legislativo estadual[119]
e está sediada no Palácio Tiradentes,[120] onde anteriormente funcionou a Câmara dos Deputados do
Brasil.[121]
O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) é o órgão máximo do poder judiciário do estado.
Seu fórum central está localizado no Centro do Rio de Janeiro, mas, de 2013 a julho de 2018, algumas das
varas judiciais deste foro foram deslocadas para a Cidade Nova.[122]
Governo federal
A cidade do Rio de Janeiro foi, sucessivamente, capital da colônia
portuguesa do Estado do Brasil (1621–1815), depois do Reino
Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815–1822), do Império do
Brasil (1822–1889) e da República dos Estados Unidos do Brasil
(1889–1968) até 1960, quando a sede do governo foi transferida
definitivamente para a então recém-construída Brasília.[123]
O professor Christian Lynch, do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP) da Universidade do Estado
do Rio de Janeiro (UERJ), tem proposto que a cidade do Rio e a sua região metropolitana sejam
federalizadas, formando uma segunda cidade federal no Brasil.[123] De acordo com Lynch, a mudança da
capital teria criado um ciclo de crises no Rio, que não poderia ser solucionado de outra forma, dada a
marcada presença da União na cidade.[124] A ideia se inspira em São Petersburgo que, depois de ser capital
da Rússia por 200 anos, entrou em decadência com a mudança da capital para Moscou, até ser novamente
federalizada em 1997. A proposta inclui também a possibilidade de transferência da sede de algumas
funções do governo federal de volta ao Rio, como o Congresso Nacional ou Supremo Tribunal
Federal.[125][126]
Cidades-irmãs
A política das cidades-irmãs tem como objetivo a criação de relações e protocolos, notadamente na esfera
econômica e cultural, de modo que cidades estabeleçam entre si laços de cooperação.[127] São cidades-
irmãs do Rio de Janeiro, reconhecidas por lei municipal:[128]
Atenas (Grécia)
Joanesburgo (África do Sul)
Bissau (Guiné-Bissau)
Berlim (Alemanha)
Jerusalém (Israel)
M'banza Congo (Angola)
Petah Tikva (Israel)
Mar del Plata (Argentina)
Ra'anana (Israel)
Adelaide (Austrália)
Ramat Gan (Israel)
Bacu (Azerbaijão)
Tel Aviv (Israel)
Parelhas (Brasil)
Anguillara Veneta (Itália)
Quissamã (Brasil)[129]
Florença (Itália)
São Borja (Brasil)
Nápoles (Itália)
Praia (Cabo Verde)
Kobe (Japão)
Hamilton (Canadá)
Casablanca (Marrocos)
Iquique (Chile)
Maputo (Moçambique)
Viña del Mar (Chile)
Manágua (Nicarágua)
Barranquilla (Colômbia)
Oió (Nigéria)
Medellín (Colômbia)
Ifé (Nigéria)
Busan (Coreia do Sul)
Hebrom (Palestina)
Incheon (Coreia do Sul)
Ramala (Palestina)
San José (Costa Rica)
Laore (Paquistão)
Havana (Cuba)
Assunção (Paraguai)
Cádis (Espanha)
Espinho (Portugal)
Corunha (Espanha)
Almada (Portugal)
Madri (Espanha)
Angra do Heroísmo (Portugal)
Newark (Estados Unidos)
Arganil (Portugal)
Richardson (Estados Unidos)
Braga (Portugal)
Oklahoma City (Estados Unidos)
Cabeceiras de Basto (Portugal)
Nantes (França)
Cascais (Portugal) Sintra (Portugal)
Coimbra (Portugal) Vila Nova de Gaia (Portugal)
Covilhã (Portugal) Viseu (Portugal)
Faro (Portugal) Évora (Portugal)
Fátima (Portugal) Óbidos (Portugal)
Guimarães (Portugal) Verón (República Dominicana)
Lamego (Portugal) São Domingos (República
Lisboa (Portugal) Dominicana)
Olhão (Portugal) Bucareste (Romênia)
Oliveira do Hospital (Portugal) Rufisque (Senegal)
Ponte de Lima (Portugal) Genebra (Suíça)
Porto (Portugal) Kaohsiung (Taiwan)
Santa Maria da Feira (Portugal) Túnis (Tunísia)
Santo Tirso (Portugal) Kiev (Ucrânia)
Caracas (Venezuela)
São também consideradas cidades parceiras:
Subdivisões
O município do Rio de Janeiro é dividido oficialmente em 165 bairros,[133][134] 33 regiões
administrativas[135], 9 subprefeituras[136] e 4 zonas (Central, Norte, Oeste e Sul). Embora a Zona Norte
seja a maior em número de habitantes e a mais densa, sete dos dez bairros mais populosos do município
ficam na Zona Oeste, incluindo os três primeiros: Campo Grande (328 370 habitantes), Bangu (243 125) e
Santa Cruz (217 333).[137][138] Outros bairros com população igual ou superior a cem mil habitantes
naquele mesmo ano eram Realengo (180 123), Tijuca (163 805), Jacarepaguá (157 326), Copacabana
(146 392), Barra da Tijuca (135 924), Maré (129 770), Guaratiba (110 049), Senador Camará (105 515) e
Taquara (102 126). Na outra ponta da lista, os bairros menos populosos, com menos de dois mil residentes,
eram Camorim (1 970), Cidade Universitária (1 556), Campo dos Afonsos (1 365), Joá (818) e Grumari
(167).[139] Nos bairros da Zona Sul, há alta concentração de idosos, como Copacabana, que possui quase
25% de seus moradores nesta faixa.[140]
Município do Rio de Janeiro e sua divisão em zonas e bairros.
Zona Oeste Zona Norte Zona Sul Zona Central
Economia
O Rio de Janeiro é a cidade com o segundo maior PIB no Brasil,
superada apenas por São Paulo. Detém também o 30.º maior PIB
do planeta,[14] o qual, segundo dados do IBGE, foi de cerca de
R$ 139 559 354 000 em 2007[15] — equivalente a 5,4% do total
nacional.[13]
O setor de serviços abarca a maior parcela do PIB (65,52%), seguido pela arrecadação de impostos
(23,38%), pela atividade industrial (11,06%) e pelo agronegócio (0,04%).[142]
Beneficiando-se da posição de capital federal ocupada por um longo período (1763–1960), a cidade
transformou-se em um dinâmico centro administrativo, financeiro, comercial e cultural. A Região
Metropolitana do Rio de Janeiro, tal como considerada pelo IBGE,[143] tem um PIB de 187 374 116 000 de
reais, constituindo o segundo maior polo de riqueza nacional.[144] Concentra 68% da força econômica do
estado e 7,91% de todos os bens e serviços produzidos no país.[15]
Levando-se em consideração a rede de influência urbana exercida pela metrópole (e que abrange 11,3% da
população brasileira), esta participação no PIB sobe para 14,4%, segundo o estudo divulgado em outubro
de 2008 pelo IBGE.[145] Há muitos anos congrega o segundo maior polo industrial do Brasil,[146]
contando com refinarias de petróleo, indústrias navais, siderúrgicas, metalúrgicas, petroquímicas, gás-
químicas, têxteis, gráficas, editoriais, farmacêuticas, de bebidas, cimenteiras e moveleiras. No entanto, as
últimas décadas atestaram uma nítida transformação em seu perfil econômico, que vem adquirindo, cada
vez mais, matizes de um grande polo nacional de serviços e negócios.[147][148]
A Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (BVRJ), que funcionou até
2002, foi a primeira Bolsa de valores fundada no Brasil, em 1845, e
localiza-se na região central.[149]
Setores em destaque
Na cidade do Rio de Janeiro estão
sediados uma boa parte dos maiores
conglomerados empresariais do
Barra da Tijuca, um importante bairro
Brasil. Entre eles estão as três nobre da cidade, com o Parque
maiores multinacionais dos setores Nacional da Tijuca e a Pedra da
de energia e de mineração do Gávea ao fundo
Brasil, a Petrobras, a Vale S.A. e o
Grupo EBX; o maior grupo de
mídia e de comunicações da América Latina, o Grupo Globo;[16] além de
grandes empresas do setor de telecomunicações, tais como: a CorpCo
O edifício sede da Petrobras (proprietária da Oi e da Portugal Telecom), a TIM, a Embratel, a Intelig e a
Star One (maior empresa latino-americana de gerenciamento de
satélites).[150]
Na petroquímica, verifica-se um arranjo consentâneo de mais de 700 empresas, dentre as quais as maiores
do Brasil (Shell, Esso, Ipiranga, Chevron, PRIO, Repsol). A maioria mantém centros de pesquisa
espalhados por todo o estado e, juntas, produzem mais de 4/5 do petróleo e dos combustíveis distribuídos
nos postos de serviço do território nacional.[7] A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN),[151] a Ternium
Brasil [152] (maior siderúrgica da América Latina[153]) e a filial brasileira da BHP Billiton[154] exercem
papel de destaque no setor de mineração. A cidade também reúne os principais grupos nacionais e
internacionais da indústria naval e os maiores estaleiros do estado e de todo o Brasil — o qual detém cerca
de 90% da produção de navios e de equipamentos offshore no Brasil.[7][155]
Americanas, Coca-Cola Brasil, Eletrobras, Michelin, Neoenergia, Xerox do Brasil, GE Oil & Gás, Light,
Chemtech, Transpetro, BAT Brasil, Grupo SulAmérica e Vibra Energia. compõem a lista das grandes
companhias sediadas na cidade. É expressiva a quantidade de indústrias do ramo farmacêutico instaladas na
cidade, com ênfase para Schering-Plough,[156] GlaxoSmithKline,[157] Roche[158] e Merck.[159]
Turismo
O turismo confere mais do que um mero adendo à economia local,
uma vez que muitos turistas são atraídos por uma miríade de ícones
culturais e paisagísticos — o que leva à criação de diversos postos
de trabalho, robustecendo os setores comercial e de hotelaria. De
acordo com um levantamento recente da Associação Brasileira de
Shopping Centers (ABRASCE) para 2008, existem 30
estabelecimentos da categoria (segundo lugar no ranking), ou 8,2%
Museu do Amanhã, com o VLT do total nacional).[175] É a primeira cidade do Brasil a ter um
Carioca passando na Praça Mauá, domínio web próprio, o .rio[176]
visto a partir do Museu de Arte do
Rio. Ao fundo, a Ponte Rio–Niterói A cidade é o maior destino turístico internacional no Brasil,[7] da
América Latina e de todo o Hemisfério Sul,[177] sendo a cidade
brasileira mais conhecida no exterior,[8] que serve como um
"espelho", ou "retrato" nacional, seja positiva ou negativamente. Tem o epíteto de Cidade Maravilhosa e
parte da cidade foi designada pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade, com o nome "Rio de
Janeiro: paisagens cariocas entre a montanha e o mar", em 1 de julho de 2012, tornando-se uma paisagem
cultural.[11]
O Rio de Janeiro também tem as diárias de hotel mais caras do Brasil. Com o mesmo valor pago por uma
diária em hotéis de duas estrelas na cidade, é possível se hospedar em hotéis quatro estrelas em cidades
como Pequim, Buenos Aires, Amsterdã e Barcelona, ou em um hotel da categoria de três estrelas na cidade
de São Paulo.[178]
Panorama da Zona Sul, a principal região turística da cidade. O turismo representa uma importante parcela da
economia carioca.
Infraestrutura urbana
Educação e ciência
O fator "educação" do IDH no município atingiu em 2010 a marca
de 0,719,[5] ao passo que a taxa de alfabetização indicada pelo
último censo demográfico do IBGE foi de 97,2%, ocupando a
quinta posição dentre as capitais brasileiras, depois das três capitais
da região Sul e de Belo Horizonte (Minas Gerais).[179] De acordo
com dados do Portal QEdu, o município obteve uma nota média de
5.1 no IDEB 2021 (Índice de Desenvolvimento da Educação
O Palácio Universitário, edificação Básica) para os anos finais do ensino fundamental. A nota é menor
em estilo neoclássico do século XIX, do que a média estipulada, que era de 5.6. Já nos anos iniciais, a
sedia o campus Praia Vermelha da cidade apresentou a nota média de 5.4, também abaixo da meta, que
UFRJ é de 6.4. A nota média da cidade para anos finais ficou dentro da
meta nacional, (5.1), enquanto a média para os anos iniciais ficou
abaixo da meta nacional (5.8).[180]
Com mais 2 500 estabelecimentos de ensino fundamental, cerca de 2 300 unidades pré-escolares, 763
escolas de nível médio[181] e várias instituições de nível superior, a rede de ensino carioca é a segunda mais
extensa do país. No ensino médio se destacam as escolas técnicas federais Colégio Pedro II, Cefet/RJ e
Instituto Federal do Rio de Janeiro e também as escolas técnicas estaduais mantidas pela Fundação de
Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro, entre elas a Escola Técnica Estadual República,
Escola Técnica Estadual Ferreira Viana e o Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro.
Entre as muitas instituições de ensino superior podem-se destacar a Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Instituto Militar de Engenharia (IME), a Universidade
Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).[182]
Na capital fluminense também se encontra a sede da União Nacional dos Estudantes (UNE), fundada em
1937.[183]
Saúde
Segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística, o Rio de Janeiro dispunha de um total de 2087
estabelecimentos de saúde em 2009, sendo 189 públicos e 1898
privados, os quais dispunham no seu conjunto de 20 756 leitos para
internação, sendo que mais da metade são privados. A cidade
também conta com atendimento médico ambulatorial em
especialidades básicas, atendimento odontológico com dentista e
presta serviço ao Sistema Único de Saúde (SUS).[184]
Santa Casa de Misericórdia do Rio
Em abril de 2010 existiam 1 912 582 mulheres em idade fértil (entre
de Janeiro
10 e 49 anos). A capital fluminense contava em dezembro de 2009
com 1 834 anestesistas, 17 485 auxiliares de enfermagem, 1 662
cirurgiões gerais, 2 983 cirurgiões dentistas, 5 635 clínicos gerais, 8 228 enfermeiros, 1 204 farmacêuticos,
1 646 fisioterapeutas, 558 fonoaudiólogos, 2 714 gineco-obstetras, 199 médicos de família, 1 274
nutricionistas, 3 667 pediatras, 1 168 psicólogos, 760 psiquiatras, 1 926 radiologistas e 9 032 técnicos de
enfermagem. Em 2008 foram registrados 82 306 nascidos vivos, sendo que 9% nasceram prematuros,
53,6% foram de partos cesáreos e 16,9% foram de mães entre 10 e 19 anos (0,9% entre 10 e 14 anos). A
taxa bruta de natalidade era de 13,4 por 100 mil habitantes. No mesmo ano, a taxa de mortalidade infantil
era de 13,6 por mil nascidos vivos e a taxa de óbitos era de 8,4 por mil habitantes.[185]
Transportes
Rodoviário
A frota municipal em 2018 era constituída por 2 827 516 unidades,
dos quais 2 035 943 (72%) eram automóveis.[186] O transporte
público por ônibus é o mais utilizado no Rio de Janeiro. Nos
últimos dez anos, houve perda de usuários para demais meios,
especialmente o transporte alternativo. Ainda assim, são cerca de
2,5 milhões de usuários/dia apenas nas linhas municipais, cujo Mapa do transporte público do Rio de
número fica em torno de 440, distribuídas entre 4 consórcios de Janeiro
empresas.[187][188][189]
A cidade do Rio de Janeiro é um dos mais importantes entrepostos rodoviários do Brasil. Dentre as
autoestradas e vias expressas que dão acesso à cidade, destacam-se sobretudo a BR-116 (também chamada
localmente de Rodovia Presidente Dutra e de Rodovia Rio-Teresópolis), a BR-040, a BR-101, a RJ-071
(mais conhecida como Linha Vermelha) e a Avenida Brasil. Estas cinco vias formam o grande complexo
rodoviário que dá acesso à cidade do Rio de Janeiro, sendo utilizadas diariamente por milhares de pessoas
que entram e saem da cidade.[191][192] Além destas, também existem outras vias de menor importância que
ligam a cidade aos municípios vizinhos da Baixada Fluminense, tais como a BR-465 (antiga Estrada Rio-
São Paulo).[193]
Cicloviário
O Rio de Janeiro detém mais de 425 km de ciclovias,[194][195] a
terceira maior metragem do país.[196] Segundo estimativas do
Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos (IPP), cerca de
320 mil pessoas utilizam bicicletas na cidade.[197] A malha está
espalhada por toda a orla, do Leme à Praia do Pontal, na Lagoa, no
Centro e em outras áreas das zonas Sul e Oeste.[198]
A CCR Barcas também opera linhas de transporte aquaviário através da Baía de Guanabara. Desde 2 de
julho de 2012, ela opera as linhas de barcas dos municípios de Rio de Janeiro, Niterói, Angra dos Reis e
Mangaratiba, no estado do Rio de Janeiro. A frota da CCR Barcas é composta por 19 embarcações, sendo
13 catamarãs e 6 barcas. Somadas, possuem capacidade para 19 819 passageiros.[201]
Ferroviário
O Rio de Janeiro é servido por uma rede metroviária que integra bairros e municípios distantes, conectando
desde o bairro da Pavuna, na zona norte, até Ipanema e a Barra da Tijuca. Estes são então integrados por
ônibus especiais, que também passam por Leblon, Botafogo, Humaitá, Jardim Botânico, Gávea, São
Conrado e vão até a Barra da Tijuca. Também há integrações específicas da Pavuna para cidades da
Baixada Fluminense como Duque de Caxias, Mesquita, Nilópolis e Nova Iguaçu. Ao longo da rede
metroviária há outras pequenas integrações. Em
2006, foi aberta a terceira estação de
Copacabana, Cantagalo. Em 2009, entrou em
funcionamento a estação General Osório, no
bairro de Ipanema.[202][203] A partir de 2016,
durante os eventos dos Jogos Olímpicos de
Trem da SuperVia Trem do Metrô do Rio de Verão sediados naquele ano na cidade, foi
Janeiro
inaugurada a quarta linha do metrô, ligando a
zona sul à zona oeste do município, entre as
estações General Osório em Ipanema e Jardim
Oceânico, na Barra da Tijuca.[204] Possui 40,9
km de extensão distribuídos em duas linhas e 35
estações.[205] Em 2012 nos dias úteis o Metrô
VLT Carioca Bonde de Santa Teresa
do Rio de Janeiro transportou em média 645 mil
passageiros/dia.[206]
Além do metrô, o Rio de Janeiro conta com um sistema de trens urbanos. Sob direção da concessionária
SuperVia, constitui, juntamente com os ônibus, um amplo conjunto de transporte popular. As composições
partem da Estação Ferroviária Central do Brasil em direção aos subúrbios por cinco ramais, percorrendo
270 km de via férrea.[207] Além do metrô e da SuperVia, o Rio de Janeiro também é servido por linhas
menores tais como o Bonde de Santa Teresa[208] e o Trem do Corcovado,[209] além das linhas cargueiras
da MRS Logística e da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) que se destinam à zona portuária da cidade e ao
Porto de Itaguaí.[210]
Aeroviário
A cidade conta com três aeroportos comerciais. O Aeroporto Santos Dumont, localizado em pleno centro da
cidade, serve principalmente à ponte aérea Rio-São Paulo e a voos estaduais e regionais. Foi o primeiro
aeroporto civil do país,[215] construído na década de 1930. Projetado pelos irmãos Roberto, o terminal de
passageiros é considerado um ícone da arquitetura modernista brasileira, e entrou na lista de construções
tombadas pelo Instituto Estadual do Patrimônio Artístico e Cultural
(Inpac) em agosto de 1998. Recentemente passou por uma grande
reforma que incluiu a ampliação e remodelagem do terminal de
embarque.[216]
O Aeroporto de Jacarepaguá também nomeado como Aeroporto Roberto Marinho, instalado na zona oeste,
destina-se sobretudo a voos particulares e regionais com aeronaves de pequeno porte. O aeroporto atende a
voos não regulares das empresas de táxi aéreo, e conta com infraestrutura de atendimento.[221] Há também
os aeroportos militares: a Base Aérea do Galeão, em espaço contíguo ao aeroporto internacional; a Base
Aérea dos Afonsos (conhecida como Campo dos Afonsos) e a Base Aérea de Santa Cruz, importante centro
de defesa da Aeronáutica e maior complexo de combate da Força Aérea Brasileira.[222]
Cultura
Em 1 de julho de 2012, a paisagem urbana da cidade
do Rio de Janeiro foi elevada à categoria de Rio de Janeiro, paisagens
Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. O cariocas entre a montanha e o
conceito de paisagem cultural foi criado pela agência mar ★
da ONU em 1992. A cidade teve sua candidatura Patrimônio Mundial da UNESCO
aprovada na 36ª Sessão do Comitê do Patrimônio
Mundial, realizada em São Petersburgo, na Rússia,
tendo a candidatura sido representada pela ministra
da Cultura do Brasil, Ana de Hollanda.[11] Em 18 de
janeiro de 2019, a cidade foi eleita pela UNESCO
como a primeira Capital Mundial da Arquitetura.[35]
Museus e eventos
Quanto aos pontos de referência do turismo cultural, Pão de Açúcar e enseada de Botafogo vistos do
podem-se elencar, entre tantos, o Museu do Amanhã, Morro Dona Marta
o Museu Histórico Nacional, o Museu Nacional da
Universidade Federal do Rio de Janeiro, o Museu Tipo cultural
Casa do Pontal,[223] o Museu Nacional de Belas Critérios (v)(vi)
Artes, a Biblioteca Nacional, o Museu de Arte
Referência 1100 en (http://whc.unesco.org/en/li
Moderna (MAM), o Real Gabinete Português de st/1100) fr (http://whc.unesco.org/fr/l
Leitura, o Palácio do Catete, o Riocentro, o ist/1100) es (http://whc.unesco.org/
Canecão, o Cais do Valongo e o Theatro es/list/1100)
Municipal.[224] Região ♦ América Latina e o Caribe
Escritores como Machado de Assis, Olavo Bilac, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector,
Guimarães Rosa, Cecília Meireles, Graciliano Ramos, Nélida Piñon — entre outros — conduziram parte
significativa de suas carreiras no Rio de Janeiro. A Academia Brasileira de Letras (ABL), fundada em 1896,
segundo o modelo da Academia Francesa, teve em sua concepção a atuação de Medeiros e Albuquerque,
Lúcio de Mendonça e Machado de Assis.[226]
Feriados
No Rio de Janeiro, há três feriados municipais, que são: o dia de São Jorge, que ocorre sempre em 23 de
abril; o dia de Zumbi dos Palmares, que sempre é realizado no dia 20 de novembro, quando também é
comemorado o dia da Consciência Negra; o dia do padroeiro do Rio de Janeiro, São Sebastião,
comemorado em 20 de janeiro.[228][229]
Esportes
Dentre as modalidades esportivas mais praticadas estão o futebol de areia, o vôlei de praia, o surfe, o
kitesurf, o voo livre, o jiu-jítsu e o remo. A capoeira, mistura de dança, esporte e arte marcial, também
aparece com alguma frequência. Outro esporte altamente popular nas areias do Rio é o "frescobol", espécie
de tênis de praia.[230]
O voo livre começou a ser exercitado em meados de 1974, e adequou-se rapidamente ao gosto de inúmeros
praticantes e às características da cidade, em razão de suas peculiaridades geográficas: no encontro das
montanhas com o oceano Atlântico, surgem excelentes posições para decolagem, podendo-se contar com
vastas porções desocupadas de areia para aterrissar. De início majoritariamente encenada por amadores, a
atividade verteu-se em uma lucrativa indústria.[231]
O futebol é o mais popular dos esportes praticados na cidade.[232] O Rio abriga cinco clubes brasileiros
bastante tradicionais: America,[233] Botafogo,[234] Flamengo,[235] Fluminense[236] e Vasco.[237] A cidade
conta com três grandes estádios: Estádio Jornalista Mário Filho, conhecido como Maracanã e com o epíteto
de "templo do futebol brasileiro",[238] é o maior estádio do Brasil; o Estádio Olímpico Nilton Santos,
conhecido como "Engenhão", foi planejado para sediar as provas
de atletismo e futebol dos Jogos Pan-Americanos de 2007 e o
Estádio Vasco da Gama, conhecido como "São Januário", de
propriedade do Club de Regatas Vasco da Gama, é o maior estádio
privado carioca.[239]
Panorama do interior do Estádio Jornalista Mário Filho durante partida entre Clube de Regatas do Flamengo e
Barcelona Sporting Club válida pela semifinal da Copa Libertadores da América de 2021. O Maracanã, como é
popularmente conhecido, é um dos maiores estádios do mundo e já foi palco das Copas do Mundo FIFA de 1950 e
de 2014, além da Copa das Confederações FIFA de 2013.
Ver também
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Ligações externas
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