Semiologia Cardiovascular
Semiologia Cardiovascular
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Semiologia Cardiovascular
ANAMNESE **mulheres na pós menopausa e homens depois
dos 40 anos são idade de risco para
Identificação: tem importância na relação aterosclerose
médico-paciente, é importante se referir ao
paciente pelo nome. Além de que, existem Exame físico geral e cardiovascular
doenças relacionadas à faixa etária, sexo,
Geral:
procedência e atividade profissional.
Inspeção: avalia sinais de toxemia, grau de
HDA
hidratação, perfusão, SatO2, anemia, icterícia e
Interrogatório sintomatológico: edema. Observação de como o paciente entra no
consultório.
Dispneia: classificação em dispneia de grandes,
médios e pequenos esforços, progressão e Obs: ingurgitamento e pulsação de veias
graduação. *Na ICC a dispneia tem característica jugulares:
de ser progressiva, começar com pequenos
Pulso venoso reflete o coração direito já que essa
esforços e evoluir para grandes esforços.
circulação é livre de válvulas. Em decúbito dorsal
Dor precordial: características da dor – em as veias jugulares são naturalmente turgidas.
aperto, acompanhada de vômitos, suor, dor Quando o paciente estiver em pé ou sentado, as
constritiva, irradiação (mandíbula, coluna, veias se colabam. Se o paciente estiver em um
membro superior esquerdo, dor maxilar, decúbito a mais de 45° e mesmo assim as veias
auricular). A dor da angina e do IAM por exemplo, estiverem turgidas, quer dizer que há um
tendem a aparecer após uma situação de aumento de pressão no coração direito.
estresse. Insuficiência cardíaca, DPOC, são doenças que
acometem o coração direito e produzem essa
Palpitações: arritmias (taquicardia), extra-sístole
turgência jugular.
(não-taquicardia);
Cardiovascular:
Tonturas: vertiginosas (rotatória -> relação com o
labirinto) ou não rotatória (estenose de valva Inspeção e palpação – simultâneos:
aórtica).
Pesquisar por abaulamentos, observação do
Síncope: perda momentânea da consciência de precórdio, ver se há deformidade da caixa
até 5 minutos, em que volta rápido e sem torácica -> pectus carinatum, pectus excavatum.
sequelas. Vaso-vagal (paciente apresenta
Durante a palpação é necessário ver a presença
sintomas premonitórios, acontece devido
de frêmitos: é a sensação tátil de um som que
estimulação do nervo vago, por exemplo, a
acontece devido a um fluxo turbilhonar de
manobra de valsalva estimula o nervo, pode
sangue, diz respeito a uma alteração/lesão
ocorrer em todas as idades, NUNCA acontece
estrutural e não funcional. Um sopro funcional
deitado, volta rapidamente e normal) e
não produz frêmito, como é o caso do sopro que
neurológica (súbita, síndrome coronariana,
aparece na febre na criança. Corresponde aos
síndrome convulsiva);
sopros intensos: estenose aórtica, persistência
Edema: unilateral ou bilateral (indica patologia do canal arterial, comunicação interventricular.
sistêmica), linfático (frio), quente indica um
Ictus Cordis
processo infeccioso.
Diz respeito ao ápice do coração -> ventrículo
Cianose
esquerdo.
Antecedentes: hábitos que podem ser
Analisar o Ictus Cordis: com o paciente em
relacionados com fatores de risco cardiovascular,
decúbito dorsal ou lateral esquerdo, comparar o
perfil de risco coronariano (historia familiar,
pulso da carótida com ictus (palpar o ictus com a
dislipidemias, idade e sexo, tabagismo,
outra mão na carótida).
sedentarismo, estresse, HAS, DM).
Módulo 7 Manuela Targa Lorenzon - TXXII
Pode ser não palpável e não visível (mamas Ainda nessa etapa, analisar os batimentos ou
grandes, enfisema, obesidade, musculatura movimentos na região precordial e áreas
desenvolvida). vizinhas, procurar movimentos que sejam visíveis
ou palpáveis. retração sistólica apical,
A localização varia de acordo com o biotipo da
levantamento em massa do precordio (hipertrofia
pessoa.
de VD), choques valvulares (bulhas
→ Mediolíneos: 4° ou 5° EIC na linha hiperfonéticas), pulsação epigástrica (pulsação
hemiclavicular; da aorta, hipetrofia de VD), pulsação
→ Brevelíneos: deslocado 2cm para a linha supraesternal (pulsação da croça da aorta).
axilar; Ausculta
→ Longilíneos: deslocado 1/2 cm para a
linha esternal, no 6° EICE. Médico posicionado a direita do paciente, realiza
→ O ictus pode se deslocar na dilatação ou a ausculta dos focos em uma ordem pré-definida,
hipertrofia de VE – estenose aórtica, em sentido anti-horário:
insuficiência aórtica e mitral, hipertensão Foco mitral -> aórtico acessório -> pulmonar ->
arterial e miocardiopatias; aórtico -> tricúspide.
A extensão do Ictus se dá pelo número de polpas
digitais, o normal é de 1 a 2. Em casos de
hipertrofia pode ter mais. Em casos de hipertrofia
+ dilatação o ictus é sentido na palma da mão.
Em condições normais o ictus tem mobilidade,
quando o paciente muda o decúbito ele se altera
também. Em casos de hipertrofia, cardiomegalia,
o ictus perde o movimento.
A intensidade e forma de impulsão também
devem ser analisadas, junto do ritmo e → Localização:
frequência. A forte intensidade está presente em
pacientes magros por exemplo, porém quando é Aórtico: 2°EICD;
muito forte essa intensidade pode indicar uma Pulmonar: 2°EICE;
insuficiência aórtica. Aórtico acessório: 3° EICE;
Tricúspide: entre o 4° e o 6°EICE na borda
esternal;
Mitral: 5°EICE;
C: hipertrofia ventricular esquerda sem dilatação, São ruídos adicionais que podem aparecer. São
há deslocamento mínimo do ictus ou não agudos, provenientes de calcificações de valvas
aparece. por exemplo: