Infra - Seção Transversal (Resumo)
Infra - Seção Transversal (Resumo)
Infra - Seção Transversal (Resumo)
1. Introdução
. Os elementos da seção transversal de uma via, têm influência sobre suas características:
operacionais, estéticas e de segurança.
. Esses elementos devem ser adequados aos padrões estabelecidos: velocidade, capacidade de
tráfego, nível de serviço, aparência e segurança.
. Os principais elementos que condicionam esses padrões, são: faixas de tráfego, pista de
rolamento, acostamentos, separadores/canteiros centrais e taludes laterais.
2. Definição
. Seção Transversal é o corte da estrada, feito por um plano perpendicular ao eixo, que define
e posiciona os diversos elementos que compõem o projeto, na direção longitudinal.
Levantado, após a definição do traçado e do perfil longitudinal do terreno.
. As seções padronizadas, são denominadas como: seção tipo. A estrada pode ter uma seção
tipo, ou mais de uma, caso ocorram alterações nos elementos básicos do projeto, em
decorrência de mudanças de tráfego, ou condições físicas locais.
. Os elementos básicos constituintes das seções transversais, são: faixas de tráfego, pista de
rolamento, acostamentos, separadores/canteiros centrais, taludes laterais, plataforma,
dispositivos/espaços para drenagem, guias, faixas de domínio e inclinações transversais.
3. Elementos Básicos
3.3 – Acostamento
. Faixas laterais, do lado externo da pista, destinados a parada de emergência dos veículos. É
um elemento imprescindível à segurança do tráfego e garantia de escoamento;
- Benefícios:
. Conhecidos por “canteiros centrais”, são dispositivos com função de isolar correntes de
tráfego opostas;
. É desejável canteiros com a maior largura possível e que sejam viáveis, economicamente,
correspondendo a aspectos operacionais e estéticos;
. Os canteiros podem ser constituídos por: defesas metálicas ou de concreto, calçadas com
guias e/ou canteiros gramados (que evitam erosões e compõem o paisagismo);
. Os dispositivos que separam pistas com sentido de tráfegos opostos, têm grande importância
na segurança dos veículos, a fim de evitar que estes saiam acidentalmente de uma pista e
atinjam o tráfego oposto;
. A largura mínima do separador, independente da existência de acostamentos internos é de
6m. E o mínimo absoluto, em casos especiais, é de 3m;
. Larguras de 10 a 12m são desejáveis, sempre que possível, podendo atingir, cerca de 18 a 20m
em condições favoráveis. Valor este que permite um eventual aproveitamento do canteiro por
outro meio de transporte e futura faixa adicional de tráfego;
. Devem ter largura suficiente para a construção de dispositivos de separação de tráfego e
redução dos efeitos de ofuscamento noturno;
. O tipo de seção transversal do separador depende de alguns fatores: tráfego, necessidade de
dispositivos de drenagem e largura disponível. Em casos de canteiros com larguras muito
pequenas, em vias de alta velocidade, é conveniente dispor de um separador físico rígido
(defesas ou barreiras);
- Defesas e Barreiras:
. Quando os cortes ou aterros são baixos, menores que 5m, o uso de inclinações suaves nos
taludes:
- Taludes de Corte: inclinação definida em função das características do tipo de solo, a ser
escavado;
- Taludes de Aterros: em função do material e do grau de compactação adotado;
- Em ambos os casos, deve ser garantida a estabilidade da estrada, sem criar custos
desnecessários.
. crista dos taludes de corte e o pé dos taludes de aterro convêm arredondados, de maneira a
não se ter ângulos pronunciados com o terreno natural. Valor do arredondamento dependerá
do tipo de solo, inclinação e altura do talude e declividade do terreno;
. Em resumo:
- Conformação mais desejável aos taludes: transição entre plataforma e terreno natural é
efetuada da forma mais natural possível, procurando disfarçar o rasgo e os elementos
estranhos introduzidos na paisagem. Para alcançar esse objetivo, contribui a adoção para os
taludes de um perfil suave continuamente arredondado, conectando plataforma e terreno.
3.6 – Plataforma
Espaço compreendido entre os limites externos dos passeios, ou entre os pés dos cortes e
cristas dos aterros, destinado ao deslocamento dos veículos, com acréscimos de áreas para
estacionamento (acostamento) e os dispositivos destinados ao escoamento superficial das
águas pluviais (dispositivos de drenagem);
- pista de rolamento;
- acostamentos;
- espaços para drenagem;
- separador central (no caso de pistas duplas).
3.7 – Dispositivos de Drenagem
. A água das chuvas, uma vez escoadas lateralmente, necessitam ser conduzidas no sentido
longitudinal para serem lançadas no terreno natural;
. A vida do pavimento está intimamente ligada a existência de uma drenagem eficiente que
impeça a eventual chegada de águas subterrâneas à base do pavimento;
. Um dos dispositivos é uma canaleta apropriada, conhecida como sarjeta;
. Projetos de rodovias de padrões menos sofisticados: podem ser projetadas sarjetas em terra,
revestidas com grama ou pedra arrumada, visando a redução dos custos;
. Projetos de melhor categoria: sarjetas cimentadas (elementos pré-fabricados ou moldados no
local).
3.8 – Guias
- auxiliar a drenagem;
- delinear e proteger as bordas do pavimento;
- melhorar a estética da estrada;
- reduzir os custos de manutenção.
. Recomendadas para rodovias em áreas urbanas, enquanto não é aconselhável para áreas
rurais;
. Dependendo do tipo e da posição: afetam a segurança e prejudicam o uso da estrada, pois,
muitas vezes, dificultam o escoamento da água superficial.
. Faixa de terra que envolve o eixo da rodovia projetada, com largura suficiente para
comportar os seus elementos constituintes, de modo a permitir a sua construção, operação,
manutenção, condições de segurança, além das futuras ampliações;
. Definida de forma a abranger as seções transversais, sendo as suas dimensões definidas a
partir do desenho das linhas de corte e de pés de aterro, considerando uma largura adicional
de, no mínimo, 10m para cada lado;
. Para rodovias em pista simples: a definição da faixa de domínio deve considerar a disposição
geométrica da rodovia já duplicada;
. Nas proximidades de áreas urbanas são adotadas faixas mais largas, pois o desenvolvimento
urbano valoriza os terrenos lindeiros, encarecendo eventuais desapropriações;
. Fatores que podem condicionar a fixação das larguras ou configurações específicas para as
faixas de domínio:
- dutovias;
- linhas ferroviárias;
- linha de transmissão de energia/dados;
- rios, lagos, acidentes geográficos;
- outras rodovias;
- interferências diversas.