Processamento de Queijos Filados e Fundidos
Processamento de Queijos Filados e Fundidos
Processamento de Queijos Filados e Fundidos
PROCESSAMENTO
DO LEITE EM
QUEIJOS FILADOS
E FUNDIDOS
“O SENAR-AR/SP está permanentemente
empenhado no aprimoramento profissional e
na promoção social, destacando-se a saúde
do produtor e do trabalhador rural.”
FÁBIO MEIRELLES
Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Gestão 2020-2024
JAIR KACZINSKI
Gerente Técnico
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROCESSAMENTO DO
LEITE EM QUEIJOS
FILADOS E FUNDIDOS
SUPERVISÃO GERAL
Teodoro Miranda Neto
Chefe da Divisão de Formação Profissional Rural do SENAR-AR/SP
RESPONSÁVEL TÉCNICO
Elton Hidemitsu Koroiva
Divisão Técnica do SENAR-AR/SP
AUTORES
Maria Cristina Meneghin - Biomédica e Doutora em Alimentos e Nutrição
Maria Aparecida Brandão - Eng. de Alimentos
Renata de Almeida Ribeiro - Médica Veterinária
COLABORADOR
Fazenda Santo Antônio
Sr. Renato Franco
FOTOS
José Vitor Perissini - Fotógrafo
REVISÃO GRAMATICAL
André Pomorski Lorente
DIAGRAMAÇÃO
Felipe Prado Bifulco
Diagramador do SENAR-AR/SP
Direitos Autorais: é proibida a reprodução total ou parcial desta cartilha, e por qualquer processo, sem a
expressa e prévia autorização do SENAR-AR/SP.
I - INTRODUÇÃO............................................................................................................................................... 9
II - CONHECER A ATIVIDADE........................................................................................................................ 10
BIBLIOGRAFIA................................................................................................................................................88
O
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL - SENAR-AR/SP, criado em 23
de dezembro de 1991, pela Lei n° 8.315, e regulamentado em 10 de junho de 1992,
como Entidade de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, teve
a Administração Regional do Estado de São Paulo criada em 21 de maio de 1993.
Acreditamos que esta cartilha, além de ser um recurso de fundamental importância para os
trabalhadores e produtores, será também, sem sombra de dúvida, um importante instrumento
para o sucesso da aprendizagem a que se propõe esta Instituição.
Neste material, será apresentado o passo a passo dos principais processos utilizados
para o processamento do leite, utilizando parâmetros técnicos que permitem o controle e a
padronização dos produtos conforme os critérios estabelecidos na legislação.
Até meados do século XIX, havia poucas vacas para o fornecimento do leite. Porém, com
o esgotamento do solo pela produção cafeeira no Vale do Paraíba (estado de São Paulo),
a produção de leite tornou-se uma alternativa de renda.
O leite, que até então era consumido somente na sua forma natural, por volta do ano de
1920 passou a ser beneficiado, gerando alimentos mais seguros e com maior durabilidade.
Segundo registros históricos, o queijo foi descoberto ao acaso durante uma longa viagem
nas elevadas temperaturas do deserto. O leite que estava sendo transportado em cantil feito
com estômago de carneiro havia se transformado numa massa coalhada com soro azedo.
Neste sentido, os queijos filados consistem naqueles que são obtidos por uma massa
fermentada, que posteriormente é submetida a aquecimento e ação mecânica, tornando-a
lisa e elástica. Já os queijos processados ou fundidos são obtidos pela trituração, mistura,
fusão e emulsão de uma ou mais variedades de queijos, podendo ou não ser adicionados
de outras substâncias lácteas, especiarias e condimentos.
Estima-se que a quantidade de queijos consumidos no Brasil cresceu, em média, 10% nos
últimos anos, e a média per capita de consumo é de 5,3 kg por ano.
Entende-se por leite o líquido fisiológico branco, opaco, secretado pelas glândulas mamárias
das fêmeas dos mamíferos.
1. CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS
O leite é composto por água (87%) e por uma parte sólida denominada extrato seco total,
representado pela gordura (3,5 a 4%), açúcares (4%), proteínas (3,5%) e sais minerais.
As proteínas do leite são formadas em sua maioria pela caseína, seguida pela Albumina
e a Globulina. As proteínas do leite, principalmente a caseína, são responsáveis pela sua
coloração esbranquiçada.
Além disso, o leite possui vitaminas, como a A, B1, B2, B4, B6, B12, C, D e K, que são
importantes pelo seu valor nutricional.
2. CARACTERÍSTICAS MICROBIOLÓGICAS
O leite é um alimento altamente nutritivo tanto para o consumo humano quanto para o
desenvolvimento de muitos microrganismos.
Quando secretado pelas glândulas mamárias, o leite é estéril. Porém, quando passa pelos
canais do úbere dos animais, recebe e passa a conter microrganismos que estão presentes
neste local, os quais representam sua flora natural.
• Bactérias Lácteas
São as que produzem o ácido lático como o produto mais importante na fermentação de
açúcares. Os exemplos dessas bactérias são espécies do gênero Lactobacillus, Lactococcu
lactis, Leuconostoc e Microbacterium.
• Bactérias Acéticas
São bactérias que produzem o ácido acético, como produto da oxidação. Como exemplo
tem-se Acetobacter e Acetomonas.
• Bactérias Butíricas
Consistem nas bactérias anaeróbias, as quais produzem o ácido butírico, sendo representadas
pelas bactérias do gênero Clostridium.
• Bactérias Proteolíticas
• Bactérias Lipolíticas
São as bactérias que produzem a lipase, ou seja, enzima que degrada os ácidos graxos e
lipídios, ou seja, decompõem a gordura do leite. Como exemplos podem ser encontrados
as Pseudomonas fluorescens, Achromobacter sp., Alcaligenes, Serratia e Micrococcus.
• Bactérias Halofílicas
São bactérias que se desenvolvem em meio a uma concentração alta de cloreto de sódio
(sal), sendo as espécies mais comuns as dos gêneros Halobacterium, Sarcina, Micrococcus,
Pseudomonas, Vibrio, entre outras.
• Bactérias Sacarolíticas
São aquelas que transformam o amido em carboidratos mais simples, uma vez que produzem
enzimas (amilases) que degradam este substrato. Como exemplo, tem-se o Bacillus subtilis
e Clostridium butrycum.
3. CARACTERÍSTICAS SENSORIAIS
• Temperatura;
• Determinação da Acidez;
Além destes parâmetros de qualidade estabelecidos pela legislação, o leite a ser utilizado no
processamento de queijos filados e fundidos não deve estar adulterado, sendo que qualquer
adulteração intencional no leite é considerada fraude.
• Adição de água;
Esta Portaria aprova o regulamento técnico para fixação de identidade e qualidade de queijo
processado ou fundido, processado pasteurizado e processado ou U.H.T.
Esta Instrução Normativa tem o intuito de oficializar os métodos analíticos para as análises
físico-químicas adotadas no controle de leite e produtos lácteos determinando que tais
métodos sejam usados nos laboratórios nacionais agropecuários.
Trata-se de uma Lei que institui o Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos
de Origem Animal (RIISPOA), o qual tem como objetivo estabelecer o conjunto de regras,
parâmetros e condições para a execução do disposto na lei. Em outras palavras, estabelece
normas gerais para a inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal.
2. CONHEÇA A FILTRAGEM
3. CONHEÇA A PADRONIZAÇÃO
3.1. Padronizadora
3.2. Desnatadeira
GxQ
q=Q- _______
g
G = Gordura desejada
g = Gordura encontrada
Por exemplo, para padronizar 500 L de leite com 3,8% de gordura para 3,4%, mantendo o
mesmo volume de 500 L, deve-se retirar 52,6 L de creme e acrescentar o mesmo volume,
ou seja, 52,6 L de leite desnatado, de acordo com o cálculo abaixo:
Q (G - g)
q = _______
c-g
Onde,
G = Gordura desejada
g = Gordura encontrada
c = Gordura do creme
Por exemplo, para padronizar um leite contendo 3,5% de gordura para 4,0% de gordura,
empregando um creme com 40% de gordura e mantendo o volume total de 500 L, deve-se
acrescentar 6,8 L de creme e retirar 6,8 L de leite, conforme o cálculo abaixo:
A coalhada se forma com a precipitação da proteína do leite, podendo ser obtida a partir
de três diferentes métodos:
• Coagulação ácida – quando se utilizam ácidos orgânicos (ácido acético, ácido lático,
ácido cítrico ou ácido tartárico);
A adição de cultura láctea consiste em repor a flora natural do leite que foi eliminada durante
a pasteurização. As culturas lácteas também são denominadas como fermentos lácteos,
e são compostas por um ou mais microrganismos úteis, selecionados e específicos para
cada tipo de produto a ser obtido.
Estes microrganismos são responsáveis por alterar de forma intencional o leite, permitindo a
obtenção de produtos desejados, conferindo sabor e aroma, alterando textura e promovendo
os processos de cura ou maturação nos queijos.
A adição da cultura láctea, normalmente, acontece depois que o leite já tenha sofrido o
tratamento térmico recomendado (pasteurização) e esteja com sua temperatura ajustada
conforme a tecnologia utilizada no processamento do queijo.
• Culturas de molho e tratamento superficial: mais comuns são os usados em queijos tipo
gorgonzola, Roquefort, Camembert, Brie e outros. Como exemplos desses microrganismos
têm-se: Penicillium candidum, Penicillium roqueforti.
No caso de queijos filados e fundidos são utilizadas culturas termofílicas, que podem ser
de fermentação rápida (3-5 horas) ou lenta (12-18 horas).
Por exemplo, utilizando-se uma solução de cloreto de cálcio 50% (p/v), deve-se adicionar
o volume de 5 mL da solução para 10 litros de leite.
A adição do coalho consiste em inserir ao leite enzimas com objetivo de precipitar (tornar
insolúvel) a caseína. Esta coagulação também é chamada de coagulação enzimática.
Além do coalho de origem bovina, existem no mercado outros coagulantes, tais como:
coagulante genético, microbiano e vegetal.
5.2. Corte
O corte corresponde ao passo em que a coalhada deve ser fracionada na forma de pequenos
cubos. O objetivo do corte é dar início ao processo de dessoragem, ou seja, a separação
da parte sólida da líquida da coalhada.
O corte é realizado utilizando instrumento próprio chamado “lira”, sendo também possível
sua realização com o uso de facas de inox.
O corte deve ser feito em três etapas para se conseguir os cubos ou grãos. O primeiro corte
é na posição vertical e sentido longitudinal da coalhada, o segundo na posição vertical e
sentido transversal e o terceiro na posição horizontal e sentido longitudinal da coalhada.
Além desta nomenclatura, existem outras formas de denominação para o tamanho dos grãos.
5.3. Mexedura
A mexedura deve ser lenta no início da etapa para que os grãos não se quebrem muito e
aos poucos o movimento deve ganhar velocidade à medida que os grãos adquirem maior
consistência.
5.4. Aquecimento
O aquecimento tem por objetivo reduzir o teor de umidade final do queijo e adequar a
temperatura para o melhor desempenho da cultura láctea adicionada anteriormente. Deve
ocorrer de forma gradual e, dependendo da temperatura final alcançada, os queijos são
classificados como:
Neste sentido, os queijos filados e fundidos classificam-se como queijos de massa cozida,
pois sofrem aquecimento de 45ºC durante a mexedura.
5.5. Fermentação
Durante a fermentação, devido à produção de ácido lático pelas bactérias, ocorre aumento
da acidez, que é necessária para a obtenção de massa fermentada, indispensável para
a filagem na produção de muçarela e provolone, por exemplo; e/ou obtenção de massa
fermentada para a fusão na produção de requeijões e queijos fundidos.
6. CONHEÇA A FILAGEM
Para se efetuar a filagem, a massa fermentada deve ser fracionada em tiras uniformes e
colocada em água com temperatura entre 80ºC – 90ºC. Em seguida, a massa é movimentada,
ainda dentro da água com o auxílio de uma pá, com a intenção de formar uma massa única,
à medida que vai derretendo.
7. CONHEÇA A FUSÃO
A fusão corresponde à etapa em que ocorre a união da proteína, da gordura e da água, que
compõem a massa, pela ação de calor e agitação mecânica.
A fusão pode ocorrer a partir de diferentes massas acidificadas, e/ou mistura de uma ou
mais variedades de queijos, podendo ou não ser adicionadas de outros produtos lácteos.
Como resultado da fusão, tem-se uma massa cujas características são: textura lisa, brilhante
e uniforme.
Cozimento é o processo que utiliza calor para remoção da água através da evaporação,
sendo necessário para que ocorram algumas reações fundamentais no processo de fusão.
7.2. Batedura
Modelar ou dar forma é a etapa em que se manuseia a massa filada, ainda quente, definindo
como será formato do queijo.
Os queijos podem variar de tamanho e/ou peso, além de apresentar diferentes formatos.
No caso de queijos de massa filada, eles são modelados e podem apresentar-se de diversos
formatos, como:
• Nozinho;
• Cabaça;
• Trança;
• Palito;
• Cilindro;
• Retangular
A forma e o tamanho dos queijos são importantes para atender os requisitos de padrão de
identidade e qualidade dos queijos.
A salga consiste em adicionar sal ao produto dentro de limites aceitáveis do ponto de vista
da saúde e do paladar. O sal (cloreto de sódio) interfere de forma significativa na textura,
paladar e conservação dos derivados de leite.
• Salga seca: o sal é adicionado na superfície dos queijos enquanto estão na forma,
terminando o processo de dessoragem; e
• Salga em salmoura: o sal é incorporado ao queijo através do contato por imersão destes
com uma solução de sal. Para a determinação do tempo de permanência do queijo na
salmoura deve ser considerada a concentração de sal da solução, o peso e formato do
queijo.
Com exceção da utilização da salga no leite, o teor final de sal no queijo é determinado pela
quantidade de sal e pelo tempo que os queijos permanecem em contato com o sal.
Para a produção de queijos filados, utiliza-se a salga em salmoura, devendo esta apresentar
concentração de 20% de sal (p/v), ou seja, estar com 19 ºBaumé. Já na produção de queijos
processados ou fundidos, utiliza-se a salga na massa, sendo o sal acrescido durante a
batedura.
Os rótulos podem fazer parte da embalagem quando nela estiverem previamente impressos,
ou ainda podem ser fixados posteriormente quando a impressão for feita separadamente.
Além disso, os queijos podem apresentar “sabor de fumaça” ou “sabor defumado” mediante
a aplicação de fumaça líquida pulverizada sobre a sua superfície. Este aditivo confere
resultado similar ao produto defumado, sendo que, nestes casos, o produto não pode ser
comercializado como “defumado”.
Entende-se por maturação o conjunto de reações físico-químicas que ocorrem nos produtos,
mediante atuação das enzimas do coalho e de microrganismos úteis.
Todo o processo de produção de alimentos, incluindo os queijos, deve ter suas etapas
monitoradas, conforme determinado pela legislação, e controladas para garantir a segurança
e qualidade do produto.
A determinação de acidez pelo método Dornic consiste na análise que quantifica o ácido
lático presente no leite ou seus derivados.
O método utilizado baseia-se na reação de uma solução de soda (NaOH) com o acido
láctico presente na amostra, expresso em grau Dornic.
A acidez da amostra é dada pela multiplicação do volume gasto da solução Dornic por 10.
Por exemplo, 2,3 mL de NaOH N/9 gastos na reação corresponde à acidez de 23 ºDornic.
O teste do Alizarol é usado para determinação rápida e aproximada da acidez do leite, sendo
normalmente empregado para avaliação da matéria-prima na etapa da recepção.
• Coloração vermelho castanho com coagulação fina = leite com acidez de 19 a 21 °Dornic;
A salmoura utilizada na maioria dos queijos possui 19 ºBé, ou seja, concentração de 20%
(p/v). Ela deve estar com temperatura entre 10-12 ºC e ter sua concentração ajustada
conforme o queijo produzido.
A densidade do leite é a relação direta entre o seu peso e seu volume, sendo expressa em
gramas/mL. A matéria seca (extrato seco total) do leite interfere no seu peso de tal forma
que, quanto mais sólidos presentes, maior a densidade.
Além disso, a adição dos aditivos alimentares muitas vezes é adotada para complementar
a eficiência dos métodos tradicionais de processamento.
Trata-se de um queijo de média, alta ou muito alta umidade, podendo ainda ser extragordo ou
gordo a semigordo. Não possui olhaduras e pode ser acrescido de outros ingredientes como
especiarias, condimentos e outras substâncias alimentícias que o tornam com características
sensoriais específicas, conforme o produto adicionado.
Para o seu processamento utiliza-se leite com acidez máxima de 19 ºDornic e teor de gordura
de aproximadamente 3,0%.
O corte da coalhada é feito com tamanho de 0,8 ou 0,5 cm, proporcionando umidade final
de 43 a 46%. Por exemplo, um queijo muçarela para fatiar deve possuir menor umidade,
enquanto os queijos que sofrem modelagens específicas podem ter umidade final maior.
A massa sofre aquecimento até 45 ºC com água a 80ºC e, uma vez formada, permanece
em forma de blocos durante o processo da fermentação, que finaliza quando o pH atinge
5,2 a 5,4 ou a acidez do soro apresenta 70 a 80 ºDornic.
Trata-se de um queijo que, durante a obtenção da sua massa, não pode sofrer adição de
sal, pois este ingrediente interfere negativamente na fermentação. Sendo assim, o queijo
muçarela deve ser submetido à salga em salmoura a 20% (19 ºBé), temperatura de 10-12
ºC, variando o tempo de acordo com o formato e tamanho, conforme a seguir:
Após sair da salmoura, o queijo muçarela fica em câmara fria com ventilação para
proporcionar a secagem. Em seguida, os queijos devem ser embalados e conservados a
aproximadamente 4-5ºC durante o armazenamento.
• Recepção da matéria-prima;
• Filtragem;
• Padronização;
• Pasteurização;
๚ Corte;
๚ Mexedura;
๚ Aquecimento;
๚ Fermentação;
• Filagem;
• Moldagem ou enformagem;
• Salga;
• Acondicionamento;
• Rotulagem;
• Armazenamento;
• Expedição.
O queijo muçarela deve ser embalado em embalagens ou envoltórios próprios para uso em
alimentos e deve ser conservado a temperaturas de até 12ºC.
Nos casos de queijos com umidade entre 55 e 60%, pode-se utilizar o soro remanescente
de sua obtenção ou solução salina citratada na embalagem, devendo ser conservado em
temperaturas abaixo de 8ºC.
Possui casca dura e fina, de cor amarela-dourada e brilhante, textura flexível e aveludada.
Seu sabor pode ser doce e suave ou mais picante, de acordo com a tecnologia e ingredientes
empregados.
Para o seu processamento utiliza-se leite com acidez máxima de 18 ºDornic e teor de gordura
de aproximadamente 3,4%.
Para a obtenção da coalhada que originará a massa do queijo provolone, utilizam-se culturas
termofílicas. Além disso, pode-se utilizar também a lipase de ovelha, que acelera a maturação
e desenvolve um sabor mais picante ao queijo.
A massa sofre aquecimento até 45 ºC com água a 80ºC e, uma vez formada, permanece
em forma de blocos durante o processo da fermentação, que finaliza quando o pH atinge
5,2 a 5,4 ou a acidez do soro apresenta 70 a 80 ºDornic.
Trata-se de um queijo que, durante a obtenção da sua massa, não pode sofrer adição de
sal, pois este ingrediente interfere negativamente na fermentação. Sendo assim, o queijo
provolone deve ser submetido à salga em salmoura a 24% (23 ºBé), temperatura de 10-12
ºC, variando o tempo de acordo com o formato e tamanho, conforme a seguir:
Após a salga, o queijo provolone deve ser amarrado para ser pendurado durante a secagem,
dentro de uma câmara fria. Em seguida, segue para a etapa de defumação, podendo ser
comercializado fresco ou maturado.
É o tipo de queijo provolone que deve ser consumido em até 20 dias da data de fabricação.
É o tipo de queijo provolone que deve ser consumido somente após devida maturação por
um período de, no mínimo, 2 meses.
Quanto ao seu formato, ele tende ao esférico/cilíndrico ou oval. O tamanho pode variar de
1 a 8 kg. Apresenta crosta firme, lisa, resistente, destacável, de cor amarelo-parda.
Quanto à consistência, trata-se de um queijo duro, não elástico, quebradiço, untado e semi-
seco. A textura é fechada ou pode apresentar pequenos olhos e a coloração branco creme
é homogênea. Possuem ainda odor e sabor próprios, fortes e picantes.
• Recepção da matéria-prima;
• Filtragem;
• Padronização;
• Pasteurização;
๚ Corte;
๚ Mexedura;
๚ Aquecimento;
๚ Fermentação;
• Filagem;
• Moldagem;
• Salga;
• Defumação;
• Acondicionamento;
• Cura;
• Rotulagem;
• Armazenamento;
• Expedição.
Durante o prazo de validade determinado pelo fabricante, o queijo provolone pode ser
mantido em temperatura ambiente, desde que o local seja fresco e arejado. Porém, nos
casos em que se deseja aumentar o prazo de validade, pode-se conservar o produto em
temperatura de refrigeração.
3. CONHEÇA O REQUEIJÃO
Requeijão é um produto tipicamente brasileiro. É obtido pela fusão da massa coalhada, cozida
ou não, dessorada e lavada, obtida por coagulação ácida e/ou enzimática do leite, podendo
ser adicionada de creme de leite e/ou manteiga e/ou gordura anidra de leite ou butter oil.
Pode apresentar-se com consistência untável ou fatiável; textura cremosa, fina, lisa ou
compacta, podendo ser adicionados condimentos, especiarias e/ou outras substâncias
alimentícias. Apresenta cor e odor característicos e sabor que lembra um creme levemente
ácido e salgado.
• Requeijão: obtido por fusão da massa de coalhada dessorada e lavada obtida por
coagulação ácida e/ou enzimática do leite com ou sem adição de creme de leite e/ou
manteiga e/ou gordura anidra de leite ou butter oil;
• Requeijão Cremoso: obtido por fusão de uma massa coalhada dessorada e lavada,
obtida por coagulação ácida e/ou enzimática do leite, com adição de creme de leite e/ou
manteiga e/ou gordura anidra de leite e/ou butteroil;
Para a fabricação de requeijão pode ser empregada matéria-prima com maior teor de acidez
(acima de 20 ºDornic), com leite pasteurizado ou não, sendo adicionada de culturas lácteas
mesofílicas, no caso do uso de leite pasteurizado.
Quando a obtenção da massa é por coagulação por fermentação láctica, a fusão pode ocorrer
sem a adição de sal fundente, utilizando-se somente creme de leite e batedura. Porém,
quando a massa é obtida por coagulação enzimática, a fusão só ocorre com a adição de
sais fundentes, podendo ser acrescido de creme ou não.
A salga ocorre na massa durante a batedura. O requeijão cremoso possui teor de umidade
final mais elevado (57-60%), em relação ao outros (49-54%).
• Recepção da matéria-prima;
• Filtragem;
• Padronização;
• Pasteurização;
๚ Corte;
๚ Mexedura;
๚ Aquecimento;
๚ Fermentação;
• Fusão
๚ Cozimento;
๚ Batedura;
• Acondicionamento;
• Rotulagem;
• Expedição.
O requeijão deve ser comercializado em embalagens próprias para alimentos e que confiram
proteção adequada ao produto, e deve ser conservado em temperatura inferior a 10ºC.
Para que ocorra a fusão dos diferentes tipos de queijos da mistura, é necessária a adição
de emulsificantes (sais fundentes), sendo que este processo se dá, obrigatoriamente, com
batedura e aquecimento.
Além disso, é possível fabricar queijos com sabores variados pela adição de aditivos
alimentares ou condimentos e temperos.
• Recepção da matéria-prima;
• Filtragem;
• Padronização;
• Pasteurização;
๚ Corte;
๚ Mexedura;
๚ Aquecimento;
๚ Fermentação;
• Fusão
๚ Cozimento;
๚ Batedura;
• Acondicionamento;
• Rotulagem;
• Armazenamento;
• Expedição.
O queijo processado deve ser mantido a uma temperatura abaixo de 10 ºC, enquanto o queijo
processado U.H.T. (UAT) pode ser conservado e comercializado à temperatura ambiente.
Avental Boné
Bota Jaleco
Becker Borrifador
Tacho 10 L Termolactodensímetro
Timer Triturador
ITEM QUANTIDADE
Avental 1
Boné 1
Bota 1
Concha dosadora de inox 1
Frasco de coleta de amostra 1
Luva de procedimentos 1
Luva de raspa de couro 1
Régua para medir volume de leite 1
Atenção!
Para a coleta de amostras devem-se utilizar frascos estéreis para evitar qualquer
tipo de contaminação microbiológica ou físico-química.
1.5.1. Introduza a régua de medir volume 1.5.2. Faça a leitura do volume de leite
de leite
ITEM QUANTIDADE
Avental 1
Balde graduado 20 litros 1
Boné 1
Bota 1
Filtro 1
Jarra plástica graduada 1
Luva de procedimento 1
ITEM QUANTIDADE
Balde graduado 20 litros 1
Bota 1
Caldeirão 20 litros 1
Jaleco 1
Luva de procedimento 1
Panela 20 litros 1
Termômetro para leite 1
Timer 1
Touca 1
Atenção!
Durante o aquecimento, o leite deve ser misturado para que a temperatura seja igual
em todo o recipiente.
ITEM QUANTIDADE
Balança 1
Balde graduado 11 litros 1
Becker 1
Bota 1
Caldeirão 20 litros 1
Coagulante 1
Coletor de massa 1
Colher de polietileno 1
Concha de inox 1
Cuba plástica 1
Cultura láctea 1
Faca inox 1
Jaleco 1
Jarra plástica 2 litros 1
Liras (horizontal e vertical) 1
Luva de procedimento 1
Recipiente plástico 1
Seringa 20 ml 1
Solução de cloreto de cálcio 1
Tacho 10 litros 1
Termômetro para leite 1
Timer 1
Touca 1
Atenção!
A quantidade de cultura láctea a ser utilizada varia conforme as recomendações do
fabricante.
4.6.1. Calcule a quantidade da solução cloreto de cálcio de acordo com o volume de leite
Atenção!
A concentração final da solução de cloreto de cálcio no leite deve ser 0,25mg/L.
Atenção!
A solução de cloreto de cálcio pode ser diluída em água para facilitar a
homogeneização.
Atenção!
A quantidade de coalho a ser utilizada varia conforme as recomendações do
fabricante.
Atenção!
Quando utilizado coalho em pó, este deve ser dissolvido previamente em água sem
cloro para facilitar a homogeneização.
Atenção!
O tempo para a formação da coalhada varia entre 45 e 60 minutos.
4.8.2. Introduza a faca abaixo do corte no sentido horizontal e levante lentamente a ponta
Atenção!
As bordas devem se apresentar firmes e deve-se observar a liberação do soro na
região do corte.
Atenção!
A mexedura deve ser feita lentamente para que não ocorra a quebra dos grãos da
coalhada.
Atenção!
Após o aquecimento é recomendado deixar a coalhada em repouso para que a
temperatura no interior dos grãos também atinja os 45ºC.
Atenção!
A massa deve permanecer em repouso. Durante este período a massa continua a
dessoragem e sofre fermentação.
Alerta ecológico!
O soro resultante do processo de obtenção da massa fermentada deve ter destino
ecologicamente adequado.
ITEM QUANTIDADE
Balde graduado 11 litros 1
Bandeja plástica pequena 1
Bota 1
Colher de polietileno 1
Faca de inox 1
Jaleco 1
Jarra plástica graduada 1
Luva de procedimento 1
Placa de polietileno 1
Tacho 10 litros 1
Touca 1
Atenção!
A quantidade de água utilizada deve ser suficiente para cobrir toda a massa
fermentada.
Atenção!
A massa deve ser filada até que se obtenha uma massa única, de textura lisa e
elástica.
ITEM QUANTIDADE
Bandeja pequena 1
Bota 1
Cuba plástica 1
Faca de inox 1
Forma para queijo muçarela 1
Jaleco 1
Luva de procedimento 1
Placa de polietileno 1
Timer 1
Touca 1
Atenção!
A massa deve ser modelada ou enformada ainda quente.
ITEM QUANTIDADE
Balança 1
Batedor - liquidificador 1
Bota 1
Colher de polietileno 1
Emulsificante (sal fundente) 1
Jaleco 1
Luva de procedimento 1
Luva térmica 1
Sal refinado 1
Tacho 10 litros 1
Tigela de inox 1
Atenção!
O emulsificante (sal fundente) utilizado deve ser escolhido conforme o tipo de
produto a ser processado, devendo-se consultar as recomendações do fabricante.
Atenção!
A massa deve ser batida ainda quente até que se observe uma textura lisa e
brilhante.
7.9.2. Transfira a massa batida para um recipiente metálico e aqueça sob agitação constante
Atenção
A adição de outros ingredientes, como por exemplo o sal, deve ser feita
gradualmente durante o processo da batedura com a massa ainda quente.
ITEM QUANTIDADE
Balança 1
Balde graduado 11 litros 1
Bota 1
Caixa plástica 1
Caldeirão 20 litros 1
Colher de polietileno 1
Filtro 1
Jaleco 1
ITEM QUANTIDADE
Bandeja plástica 1
Borrifador 1
Bota 1
Fumaça líquida 1
Funil 1
Jaleco 1
Luva de procedimento 1
Touca 1
Atenção!
A quantidade de fumaça líquida pulverizada varia conforme a coloração e sabor
final desejados.
9.5. Coloque o queijo numa bandeja e leve para maturação
Atenção
A maturação dos queijos deve ocorrer em câmaras refrigeradas com controle de
temperatura.
ITEM QUANTIDADE
Bota 1
Colher de polietileno 1
Embalagem – balde plástico 250 g 1
Jaleco 1
Luva de procedimento 1
Tacho 10 litros 1
Touca 1
ITEM QUANTIDADE
Bota 1
Jaleco 1
Rótulo 1
Touca 1
Atenção!
Após a rotulagem, para garantir a sua conservação, os produtos devem ser
armazenados de acordo com as necessidades do produto.
ITEM QUANTIDADE
Acidímetro Dornic 1
Aerômetro de Baumé 1
Alizarol 1
Aparelho para teste de Alizarol 1
Bota 1
Copo acrílico 1
Funil 1
Jaleco 1
Jarra plástica graduada 1
Luva de procedimento 1
Proveta 1
Seringa 1
Solução de fenolftaleina 1
Solução Dornic 1
Termolactodensímetro 1
Touca 1
Atenção
Na falta do aparelho específico, o teste do Alizarol pode ser realizado misturando
quantidades iguais de leite e solução Alizarol em um recipiente.
Atenção
A adição da solução Dornic deve ser feita até que se observe a alteração da
coloração da amostra para róseo.
Atenção
A acidez da amostra é dada pela multiplicação do volume gasto da solução Dornic
por 10. Por exemplo: 2,3 mL de NaOH N/9 gastos na reação corresponde à acidez de
23 ºDornic.
Atenção
A acidez da amostra é dada pela multiplicação do volume gasto da solução Dornic
por 10. Por exemplo: 2,3 mL de NaOH N/9 gastos na reação corresponde à acidez de
23 ºDornic.
CAMPOS de, L. Queijo e saúde. In: Informativo Leite & Saúde. 37 ed. 2010. Disponível
em: <http://www.queijosnobrasil.com.br/queijo.html>. Acesso em: 12 jun. 2015.
CHALITA, M. A.; PITHAN E SILVA, R. O. de; PETTI, R. H. V.; SILVA da, C. R. L. Algumas
considerações sobre a fragilidade das concepções de qualidade no mercado de queijos no
Brasil. São Paulo. Informações Econômicas. v. 39, n. 6, jun. 2009. Disponível em: <ftp://
ftp.sp.gov.br/ftpiea/publicacoes/ie/2009/tec8-0609.pdf>. Acesso em: 12 jun. 2015.
CIÊNCIA DO LEITE. Queijo Mussarela - Evolução tecnológica. [S.l.], 2013. Disponível em:
<http://www.cienciadoleite.com.br/?action=1&type=0&a=559>. Acesso em: 12 jun. 2015.
MILK POINT. Mercado lácteo em fase de crescimento. [S.l.], 2014. Disponível em: <http://
www.cienciadoleite.com.br/?action=1&type=0&a=559>. Acesso em: 12 jun. 2015.