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INSTITUTO SUPERIOR MUTASA

DELEGAÇÃO DE CHIMOIO

RECURSO CONTENCIOSO DE ANULAÇÃO

Realizado por:

Eurípedes José

Fernanda José Castigo

Melissa Alexandre Pita

Marta Elija Paulo

Paulo João Joaquim

LICENCIATURA EM DIREITO

3ºANO – LABORAL

CADEIRA: DIREITO CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO

Chimoio, 2024
INSTITUTO SUPERIOR MUTASA

DELEGAÇÃO DE CHIMOIO

RECURSO CONTENCIOSO DE ANULAÇÃO

Realizado por:

Eurípedes José

Fernanda José Castigo

Melissa Alexandre Pita

Marta Elija Paulo

Paulo João Joaquim

Docente:

Dr. Pedros Magaia

LICENCIATURA EM DIREITO

3ºANO – LABORAL

CADEIRA: DIREITO CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO

Chimoio 2024
Índíce

Capítulo I. Introdução................................................................................................................4

1. Objectivos.......................................................................................................................5

1.1. Objectivo geral............................................................................................................5

1.1.1. Objectivos especiais.................................................................................................5

1.2. Metodologoia...............................................................................................................5

Capítulo II. Contextualização teórica.........................................................................................6

2. Recurso Contencioso de Anulação..................................................................................6

2.1. Conceito.......................................................................................................................6

2.1.1. Natureza...............................................................................................................6

2.2. Evolução......................................................................................................................6

3. Elementos do Recurso Contencioso................................................................................7

3.1. Sujeitos........................................................................................................................7

3.1.1. Legitimidade das Partes.......................................................................................8

3.1.2. Legitimidade dos Recorrentes: Os Interessados..................................................8

3.1.3. Legitimidade dos Recorridos...............................................................................9

4. O Direito ao Recurso Contencioso................................................................................10

III. Conclusão...........................................................................................................................11

IV. Referências Bibliográficas.................................................................................................12


Capítulo I. Introdução

Este presente trabalho trata com recurso contencioso de anulação, portanto, entende-se por
recurso contencioso administrativo de anulação quando pretendemos impugnar de um acto
administrativo, interposto perante o Tribunal Administrativo competente, a fim de obter a
anulação ou a declaração de nulidade ou inexistência desse acto. Com efeito: Trata-se de
um recurso, ou seja, de um meio de impugnação de actos unilaterais de uma autoridade
pública, é um recurso e não uma acção; Trata-se de um recurso contencioso, ou seja, de uma
garantia que se efectiva através dos Tribunais; Trata-se de um recurso contencioso de
anulação, isto é, o que com ele se pretende e se visa é eliminar da ordem jurídica de um acto
administrativo inválido, obtendo, para o efeito, uma sentença que reconheça essa invalidade e
que, em consequência disso, o destrua juridicamente. Entretanto, o trabalho é composto por a
presente introdução, contextualização teórica, conclusão e referências bibliográficas.
Ademais no desenvolver deste tema se fará menção de vários e diversos tópicos relacionado
ao recurso contencioso administração de anulação.

4
1. Objectivos
1.1. Objectivo geral

 Analisar o recurso contencioso administrativo de anulação

1.1.1. Objectivos especiais

 Definir o recurso contencioso administrativo de anulação;


 Debruçar em torno dos elementos do recurso contencioso;
 Tratar com o direito de recorrer ao recurso contencioso.

1.2. Metodologia

Para Gil (1999), o método científico é um conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos


utilizados para atingir o conhecimento. Para que seja considerado conhecimento científico, é
necessária a identificação dos passos para a sua verificação, ou seja, determinar o método que
possibilitou chegar ao conhecimento. Segundo o autor, já houve época em que muitos
entendiam que o método poderia ser generalizado para todos os trabalhos científicos. Os
cientistas atuais, no entanto, consideram que existe uma diversidade de métodos, que são
determinados pelo tipo de objeto a pesquisar e pelas proposições a descobrir.

Capítulo II. Contextualização teórica


5
2. Recurso Contencioso de Anulação
2.1. Conceito

Trata-se de um recurso contencioso de anulação, isto é, o que com ele se pretende e se visa é
eliminar da ordem jurídica de um acto administrativo inválido, obtendo, para o efeito, uma
sentença que reconheça essa invalidade e que, em consequência disso, o destrua
juridicamente.

2.1.1. Natureza

Os recursos contenciosos são de mera legalidade e têm por objecto a declaração de


anulabilidade, nulidade e inexistência dos actos recorridos, exceptuada qualquer disposição
em contrário

2.2. Evolução

O recurso contencioso nasceu da necessidade de conciliar o princípio da separação de


poderes com o controlo da actividade administrativa. Pode dizer-se que esta conciliação
indispensável se fez em torno de três conceitos básicos:

 O conceito de acto administrativo, como espécie de criação jurídica de um “alvo” em


direcção ao qual se vai orientar a garantia contenciosa;
 O conceito de Tribunal Administrativo, como órgão especializado da Administração
(e não da jurisdição);
 O conceito de recurso contencioso, como meio de apreciação da conformidade legal
de um acto administrativo – o processo feito ao acto.
O recurso contencioso de anulação, trata-se de um meio de impugnação de um acto
administrativo, interposto perante o Tribunal Administrativo competente, a fim de obter a
anulação ou a declaração de nulidade ou inexistência desse acto. Com efeito: Trata-se de
um recurso, ou seja, de um meio de impugnação de actos unilaterais de uma autoridade
pública, é um recurso e não uma acção; Trata-se de um recurso contencioso, ou seja, de uma
garantia que se efectiva através dos Tribunais; Trata-se de um recurso contencioso de
anulação, isto é, o que com ele se pretende e se visa é eliminar da ordem jurídica de um acto
administrativo inválido, obtendo, para o efeito, uma sentença que reconheça essa invalidade e
que, em consequência disso, o destrua juridicamente.
6
A actual regulamentação do recurso contencioso revela, por um lado, uma confluência de
elementos de índole objetivista e de índole subjetivista; por outro, a existência de dois
modelos principais de tramitação, um mais subjetivista do que o outro. Principais elementos
de índole subjetivista: O recurso interpõe-se contra o órgão autor do acto e não contra a
pessoa1 colectiva pública; A resposta ao recurso somente pode ser assinada pelo autor do acto
e não por advogado; O órgão recorrido é obrigado a remeter ao Tribunal todos os elementos
constantes do processo2 administrativo, incluindo aqueles que lhe forem desfavoráveis; Não
existem sentenças condenatórias.3

Os principais elementos de índole objectivista: Os poderes processuais do órgão recorrido;


A garantia contra a lesão de direitos subjectivos e interesses legítimos através do recurso
contencioso.

3. Elementos do Recurso Contencioso


3.1. Sujeitos

Sujeitos são os intervenientes no processo que, através da sua actividade processual ou actos
processuais, de certo modo condicionam e conformam a tramitação do processo penal,
fazendo-o por lhes assistir ou competir direitos e deveres processuais, pois estes lhes
permitem co-determinar, dentro de certos limites, a concreta tramitação do processo.

Os elementos do recurso contencioso são: os sujeitos: são o recorrente, é a pessoa que


interpõe o recurso contencioso, impugnando o acto administrativo; os recorridos, são aqueles
que têm interesse na manutenção do acto recorrido; o Ministério Público; e o Tribunal.

3.1.1. Legitimidade das Partes

A “legitimidade das partes” é o pressuposto processual através do qual a lei selecciona os


sujeitos de direito admitidos a participar em cada processo levado a Tribunal.

A luz do artigo 44 da LPAC, Têm legitimidade para interpor recurso contencioso os que se
considerem titulares de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que tivessem

1
ALMEIDA, Mário Aroso de: - Manual de Processo Administrativo, Almedina, 2010. Pág.
150
2
Lei n.º 7/2014 de 28 de Fevereiro - Regula os procedimentos atinentes ao processo
administrativo contencioso.
3
https://escola.mmo.co.mz/o-recurso-contencioso-de-anulacao
7
sido lesados pelo acto recorrido, quando tenham interesse directo, pessoal e legítimo na
interposição do recurso. A legitimidade processual é uma posição das partes em relação ao
objecto do processo, posição tal que justifica que elas possam ocupar-se em juízo desse
objecto.

No recurso contencioso de anulação, há três espécies de legitimidade processual: a


legitimidade dos recorrentes, a legitimidade dos recorridos, e a legitimidade dos assistentes. 4

Comecemos pela legitimidade dos recorrentes. Há três tipos de recorrentes com legitimidade
para interpor o recurso contencioso de anulação:5

 Os interessados;
 O Ministério Público;
 Os titulares da acção popular.
3.1.2. Legitimidade dos Recorrentes: Os Interessados

Aquele em que um particular recorre de um acto administrativo inválido que o prejudica.

Para ter legitimidade processual, o particular que queira recorrer de um acto administrativo
tem que demonstrar, por um lado, que é titular de um interesse na anulação desse acto, e por
outro, que esse interesse reúne as seguintes características: é um interesse directo, é pessoal, e
é legítimo.

A pessoa pode dizer-se interessada quando espera obter da anulação desse acto um benefício
e se encontra em posição de o receber. Portanto, “interessado” é aquele que espera e pode
obter um benefício da anulação do acto6.

O interesse diz-se “directo” quando o benefício resultante da anulação do acto recorrido tiver
repercussão imediata no interessado. Ficam, portanto, excluídos da legitimidade processual
aqueles que da anulação do acto recorrido viessem a retirar apenas um benefício mediato,
eventual, ou meramente possível.

O interesse diz-se “pessoal” quando a repercussão da anulação do acto recorrido se projectar


na própria esfera jurídica do interessado.
4
Lei n.º 7/2014 de 28 de Fevereiro - Regula os procedimentos atinentes ao processo administrativo
contencioso.
5
CUNA, Ribeiro José, Lições de Direito Penal Processual, Escolar Editora, Maputo, 2014, pág 123.
6
RATO, António Esteves Fermiano: - Contencioso Administrativo. Novo Regime Explicado e Anotado. pag.
312
8
O interesse diz-se “legítimo” quando é protegido pela ordem jurídica como interesse do
recorrente7.

A aceitação do acto recorrido (ou legitimação processual daqueles que aceitaram o acto): para
que o interesse subsista é, no entanto, ainda preciso que o interessado não tenha aceitado o
acto em causa.

Em consequência, quem aceitar o acto administrativo não tem legitimidade para recorrer dele
o que aliás bem se compreende, porque a aceitação equivale à perda do interesse no recurso.

Citação dos Contra-interessados: os contra-interessados, são aquelas pessoas titulares de um


interesse na manutenção do acto recorrido, oposto portanto ao do recorrente. São os demais
recorridos, ou os interessados a quem o provimento do recurso possa directamente prejudicar.

Coligação de recorrentes: podem coligar-se no mesmo recurso vários recorrentes quando


todos impugnem, com os mesmos fundamentos jurídicos, actos contidos num único despacho
ou noutra forma de decisão artigo 47 da LPAC.

3.1.3. Legitimidade dos Recorridos

Quanto ao recorrido público, ou autoridade recorrida, não há nada de especial a assinalar: tem
legitimidade, a esse título, o órgão da Administração Pública que tiver praticado o acto
administrativo de que se recorre.

Quanto aos recorridos particulares, ou contra-interessados, a lei define quem são ou quais
entre eles têm legitimidade. Quer dizer: os contra-interessados, são os particulares que
ficaram directamente prejudicados se o recurso tiver provimento e, portanto, se o acto
recorrido for anulado, artigo 50 da LPAC. Legitimidade dos Assistentes.

Finalmente, e pelo que respeita à legalidade dos assistentes, a matéria vem regulada no art. 51
da LPAC, onde se estabelece que, uma vez tomada a iniciativa de interpor recurso
contencioso por quem tenha para tanto interesse directo, pessoal e legítimo, podem outras
pessoas “vir em auxílio do recorrente ou de algum dos recorridos”, para reforçar a posição
processual destes, ajudando-os a triunfar8.

7
Idem. Pág. 312.
8
Lei n.º 7/2014 de 28 de Fevereiro - Regula os procedimentos atinentes ao processo administrativo
contencioso.
9
O requisito da legitimidade é, neste caso, o de que o assistente tenha um interesse legítimo no
triunfo da parte principal que quer coadjuvar; esse interesse deverá ser idêntico ao da parte
assistida, ou pelo menos com ele conexo.

4. O Direito ao Recurso Contencioso

Os particulares têm direito ao recurso contencioso. É um Direito Subjectivo público, que


nenhum Estado de Direito pode negar aos seus cidadãos. A garantia constitucional do direito
ao recurso contencioso abrange: A proibição de a lei ordinária declarar irrecorríveis certas
categorias de actos definitivos e executórios; A proibição de a lei ordinária reduzir a
impugnabilidade de determinados actos a certos vícios; A proibição de em lei retroactiva se
excluir ou afastar, por qualquer forma, o direito ao recurso.

A jurisprudência constitucional considera que o direito ao recurso contencioso é um Direito


fundamental, por ter natureza análoga à dos Direitos, Liberdades e Garantias consagrados na
Constituição, aplicando-se-lhe portanto o regime destes.9

III. Conclusão

Portanto, terminado o presente trabalho concluimos que os particulares têm direito ao recurso
contencioso. O recurso contencioso em si é um Direito Subjectivo público, que nenhum
Estado de Direito pode negar aos seus cidadãos. A garantia constitucional do direito ao
recurso contencioso abrange: A proibição de a lei ordinária declarar irrecorríveis certas

9
Cfr art. 49º da Lei 7/2014 de 28 de Fevereirio
10
categorias de actos definitivos e executórios; A proibição de a lei ordinária reduzir a
impugnabilidade de determinados actos a certos vícios; A proibição de em lei retroactiva se
excluir ou afastar, por qualquer forma, o direito ao recurso.

A jurisprudência constitucional considera que o direito ao recurso contencioso é um Direito


fundamental, por ter natureza análoga à dos Direitos, Liberdades e Garantias consagrados na
Constituição, aplicando-se-lhe portanto o regime destes.

IV. Referências Bibliográficas

ALMEIDA, Mário Aroso de: - Manual de Processo Administrativo, Almedina, 2010. Pág.
150
Silva, Vasco Pereira da: - O contencioso administrativo no divã da psicanálise: ensaio
sobre as acções no novo processo administrativo”, 2009.
11
Internet

https://escola.mmo.co.mz/o-recurso-contencioso-de-anulacao (site visitado no dia 5 de


setembro de 2024 as 22:39).

Legislação

Lei n 1/2018 – Revisa Pontual da Constituição da República de Moçambique.

Lei n.º 7/2014 de 28 de Fevereiro - Regula os procedimentos atinentes ao processo


administrativo contencioso.

Lei n. 14/2011 de 10 de Agosto.

12

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