A Evolução Do Pensamento Contábil
A Evolução Do Pensamento Contábil
A Evolução Do Pensamento Contábil
Várias foram as escolas de pensamento contábil, porém nem todas trouxeram avanços na essência do estudo da
contabilidade, alterando, em algumas situações, apenas a forma de apresentação das correntes já desenvolvidas.
É evidente que algumas das escolas de pensamento contábil surgiram na busca de uma visão científica (apesar
de algumas não terem conseguido avançar mais do que a sua própria natureza empírica). Com Francesco Villa,
a partir de 1840 no renascimento italiano, deu-se início ao grande progresso da Ciência Contábil que hoje
conhecemos.
Villa, autor da obra premiada pelo Imperador da Áustria, "La contabilitá", distinguiu o fenômeno registrado do
simples registro ou informação sobre ele. Enfocou a substância da riqueza patrimonial como a base da
satisfação das necessidades peculiares de cada azienda.
Surgem, então, grandes pensadores após 1840, dentre os quais:
• Francesco Villa, com a Escola Lombarda;
• Giuseppe Cerboni, com a Escola Toscana;
• Fábio Besta, com a Escola Veneziana;
• Eugen Schmalenbach, com a Escola Alemã;
• Gino Zappa, com a tradição da Escola Veneziana;
• Vincenzo Masi, com a corrente do pensamento patrimonialista;
• D’Áuria, com a corrente do pensamento universalista; e
• Lopes de Sá, com os estudos do Neopatrimonialismo.
A Escola Contista foi a primeira escola de pensamento contábil, marcada no século XV. Com aumento das
sociedades, surgiu à necessidade da separação da entidade e do proprietário, desta forma a ideia principal foi o
mecanismo de contas, subordinado à escrituração. O mecanismo desta escola rotulou a contabilidade como
“ciência das contas e escrituração”. A obra que mais se destacou foi de Lucca Pacioli.
A Escola Administrativa ou Lombarda, surgiu em 1840. A ideia principal da base doutrinária afirmava serem as
contas abertas a valores e não a relações pessoais, admitindo a escrita contábil como parte mecânica. Esta
Escola contribuiu para a evolução científica da Contabilidade, pois a retratou não apenas como simples
escrituração, mas instrumento de informação gerencial para tomada de decisões da administração.
Desde então a ciência contábil passou por inúmeras alterações em sua forma de pensar e hoje, com todos os
avanços apresentados, é tida como a mais importante ferramenta gerencial no processo decisório.
A evolução contábil recentemente passou pelo processo de uniformização dos dados nos parâmetros
internacionalmente aceitos. Isto reforça a ideia de que, cada vez mais o empresário se volta à informação
contábil para poder decidir sobre os mais diversos aspectos administrativos, financeiros e de investimento do
mundo corporativo.
No entanto, a meu ver, a contabilidade precisa andar mais alguns passos para seguir evoluindo. Alguns aspectos
da contabilidade norte-amricana são importantes neste aspecto, sendo:
a) Ênfase ao Usuário da Informação Contábil: a Contabilidade é apresentada como algo útil para a tomada de
decisões. A geração de informações confiáveis não é o fim, mas sim o meio para atender os usuários que são o
grande objetivo.
b) Ênfase à Contabilidade Aplicada: principalmente à Contabilidade Gerencial que precisa trazer informações
www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/evolucao-pensamento-contabil.htm 1/2
13/04/2020 A EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO CONTÁBIL
Se falarmos em profissão contábil e suas perspectivas, é certo afirmar que sempre haverá espaço para aqueles
que pocuram se aperfeiçoar e manter a atualização constante como meta. Conclui-se daí, que a contabilidade
precisa de muito incentivo e inúmeras pesquisas científicas a fim de auxiliarem principalmnte os profissionais
atuantes neste mercado globalizado, a aplicarem os novos conhecimentos à prática de nossa profissão.
* Reinaldo Luiz Lunelli é contabilista, auditor, consultor de empresas, professor universitário, autor de
diversos livros de matéria contábil e tributária e membro da redação dos sites Portal Tributário e Portal de
Contabilidade.
www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/evolucao-pensamento-contabil.htm 2/2