A Leitura Cristã Da Teologia Judaica - Anotações Didáticas

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A leitura cristã da teologia judaica

Paulo alude uma única vez ao “Antigo Testamento”, referindo-se à leitura judaica das
escrituras. O Novo testamento é uma leitura cristã da escritura, i.e. a partir da chave
de interpretação cristã.

Distinção entre o Jesus histórico e o Jesus ressuscitado


Ver. Luc 24: 27(referência à emergência do que consideramos Novo Testamento.)
A expressão Antigo Testamento não quer dizer textos que vêm antes do Novo, mas
sim, a leitura judaica das escrituras, que são interpretadas não a partir da noção de um
Cristo Ressuscitado.

Outros termos usados para referir-se às escrituras:


A escritura; As escrituras; (conforme diversas passagens).
É preciso superar o erro de que “Antigo testamento” é a escritura. (?)
Jerem 31: 31-33 (texto fundamental para compreensão de Coríntios acima citada)
Texto sobre a “Nova Aliança”.
A saída do Egito era uma aliança cujos dados foram escritos sobre tábuas de pedra.
Qual a diferença entre escrita sobre tábuas de pedra e escrita sobre o coração? A
primeira refere-se à realidade exterior. Uma aliança que não diz respeito à identidade
humana e outra, escrita no “coração” que diz respeito à identidade humana.
(passagem que, com poucas alterações, é a prece de casamento. Deus e povo por
“noivo e noiva”. A nova aliança, portanto, é nova por estar escrita no coração, e não
como a antiga em “tábuas de pedra”.
O verbo “conhecer” no Antigo Testamento é o verbo da “sexualidade”, conforme
lemos em Gêneses 4.
A ideia é o fortalecimento da noção de “intimidade”.
Detalhe: Senhor dos exércitos – “exércitos” aqui quer dizer “multidão”.

A teologia toma a palavra “ar” para se referir ao conceito de “espírito”. (o termo grego
é “pneuma”
Recomendação de Palestrante de filosofia: Lucia Helena Galvão tem no youtube tem
uma boa aula “A linguagem simbólica da vida” (recomendado).
Análise do texto “os dois discípulos de Emaús” – Comentário do padre: Embora haja 4
lugares com esse nome, ninguém sabe direito o significado dessa localidade, supondo-
se apenas significar uma estrada que não poderia ser percorrida no sábado.
Os textos mostram passagens que remetem à outras do Antigo Testamento. Ex: Lucas
24: 44-48.
Tudo isso mostra que a leitura cristã não descarta as escrituras ou leituras judaicas da
escritura.
Targum (palavra aramaica) significa “traduzir”. Há 4 versões aramaicas antigas,
anteriores ao Novo Testamento. A versão aramaica do gêneses, a expressão “a torre
de rebanho”. A torre do rebanho é Belém de onde virá o Messias.”. Daí a importância
da presença dos pastores no texto de Lucas.

Parte 2
A Teologia não é a via para se conhecer Deus diretamente. É Deus quem cria os meios
para ser conhecido (Revelação).
As tábuas divinas (aqui entendidas como a construção teológica) se tornam para nós
inúteis uma vez que com elas não temos os meios para chegarmos ao divino. Daí o
conceito posterior de “quebra das tábuas”.
Exodo 34: (passagem descreve a ação divina na escritura das tábuas). A autoria,
portanto, é divina.
A teologia não tem linguagem própria, a linguagem humana, sendo altamente
simbólica é seu veículo.
Citação de Joseph Campbell. O poder do mito, entrevista (disponível no youtube) dada
ao jornalista Bill Moyers. Aprender o que é o mito é fazer um salto tremendo na
compreensão dos textos.
Textos como “ A invenção do povo judeu” e a “A invenção da terra prometida”
conotam a noção de que esses conceitos são invenções por não terem um lastro
historiográfico.
Ou seja, são símbolos teológicos.

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