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Resumo dos textos aplicados em sala de aula

Segundo Bimestre

Discente: Klaus Newman da Luz

Disciplina: Escritos Joaninos e Cartas Católicas

O Prólogo de São João

O Prólogo do Evangelho de João (Jo 1,1-18) é uma peça teológica e literária


singular, desenhada por uma profundidade que vai além de um simples
preâmbulo narrativo. Ao contrário de introduções como as de Lucas (Lc 1,1-
4) ou o Eclesiástico, o Prólogo de João tem uma estrutura mais próxima de
um hino, com paralelos aos hinos cristológicos das cartas paulinas (Fl 2,5-
11; Cl 1,12-20; Ef 1,3-10) e elementos em comum com a abertura de 1Jo
1,1-4 e Hb 1. Alguns estudiosos comparam-no a uma abertura sinfônica,
preparando o leitor para entrar no mistério profundo da identidade de Jesus
como o Messias. Nesse sentido, o Prólogo funciona como uma "porta de
entrada" para o mistério divino, apresentando Jesus como o Logos, o Verbo
eterno, que revela a glória de

O texto sugere que o Prólogo expressa o pensamento mais profundo do


autor, especialmente quando comparado ao capítulo 17 do mesmo
evangelho. Ali, Jesus é descrito como alguém que existia em comunhão com
a glória divina antes da criação (Jo 17,5), e que participou do ato criador (Jo
1,3). A encarnação (Jo 1,14), portanto, é vista como um movimento radical
no qual o Verbo se faz carne, manifestando historicamente a glória eterna.

A estrutura do Prólogo pode ser vista como um díptico, ou seja, dois painéis
literários e teológicos. O primeiro painel (vv. 1-11) trata da relação do Verbo
com Deus e com o mundo, ressaltando a exclusão do Verbo pela criação. O
segundo painel (vv. 12-18) foca na acessibilidade da Palavra pelos que se
tornam "filhos de Deus". Entre os dois painéis, há referências parentéticas a
João Batista, que funcionam como transições. O ritmo poético do texto, com
o uso de quiasmos e encadeamentos, reforça sua profundidade. Este trecho
oferece uma análise detalhada do Prólogo do Evangelho de João,
destacando a influência do Antigo Testamento (AT), especialmente de
Gênesis 1,1-3, e a presença de elementos da tradição midráxica, que se
caracteriza por interpretações exegéticas da Escritura Judaica. A ideia é que
o Prólogo de João, que se inicia com “No princípio era a Palavra (Logos)”,
evoca não apenas a criação do universo em Gênesis, mas também um
panorama mais amplo da revelação divina por meio da Palavra ao longo da
história.

A partir do AT, é possível ver uma conexão entre a criação (Gn 1,1-3) e a
sabedoria personificada (como em Provérbios 8 e Eclesiástico 24). Esses
textos são vistos como antecipações da revelação que se completa em
Jesus, identificado como a Palavra de Deus. A “Palavra” (ou Logos) em João
não é apenas um princípio filosófico abstrato, mas a manifestação concreta
e ativa de Deus que intervém no mundo.

Há também uma referência a Ex 33–34, que menciona a presença de Deus e


sua comunicação com Moisés, evidenciando como Deus se faz presente de
forma visível e auditiva em certos momentos da história. Isso reforça a ideia
de que o Prólogo de João tem raízes no AT, especialmente em textos que
tratam da presença de Deus, da criação e da sua Palavra ativa.

Outro ponto relevante é a comparação entre “Palavra” e “Verbo”. A


preferência pelo termo “Palavra” em vez de “Verbo” destaca a ênfase na
tradição judaica (onde Deus fala e cria por sua Palavra) em detrimento das
especulações filosóficas gregas, que surgiriam posteriormente em torno do
Logos. João, assim, insere Jesus diretamente na tradição profética e criadora
de Deus, como a "Palavra" que cria e redime.

O versículo 1 de João 1 usa o verbo “era” três vezes para destacar que a
Palavra (Jesus) existia desde o princípio, estava com Deus e era Deus,
indicando tanto a preexistência quanto a divindade de Jesus. Esse versículo,
portanto, estabelece uma base teológica que ecoa o AT, mas traz uma nova
compreensão: a identificação direta da Palavra com Deus, algo que vai além
das concepções judaicas sobre a Sabedoria e a Torá.

Em resumo, o Prólogo do Evangelho de João funciona como uma síntese


teológica que revela Jesus como a personificação da Palavra de Deus, que
esteve presente desde o início da criação e se manifestou de forma plena no
mundo para cumprir a vontade salvífica de Deus. O pano de fundo
midráxico oferece uma leitura rica, conectando as tradições judaicas da
Palavra e da Sabedoria à revelação de Cristo.
Este texto faz uma análise exegética e teológica do Prólogo do Evangelho de
João, abordando a função da "Palavra" (Logos) e seu papel central na
criação e na redenção. A discussão é profunda e rica em referências
bíblicas, destacando os seguintes pontos:

A Palavra como Vida e Luz: No início, a "Palavra" é identificada como


fonte de vida para tudo o que foi criado, e essa vida é descrita como "luz
dos homens". A luz é vital, representando a orientação divina, sem a qual
não há crescimento ou realização (cf. Sl 36,10). A comparação com a Lei
como "árvore de vida" (Targum) reforça essa ligação entre a Palavra de
Deus e a vida plena. A luz não apenas revela, mas permite que se caminhe
em direção à vida verdadeira.

Luz que Brilha nas Trevas: A luz não pode ser apagada pelas trevas, uma
referência ao papel perene e transcendental da luz divina, que age mesmo
em meio à resistência do mal e da ignorância. A missão de Jesus como luz
do mundo (cf. Jo 8,12) é um cumprimento dessa promessa, conectando o
início e o fim da sua pregação pública.

João Batista como Testemunha: O texto destaca o papel de João Batista


como precursor da Luz. Ele não é a própria luz, mas o que a anuncia,
enfatizando seu testemunho sobre Jesus, especialmente no que concerne à
rejeição e aceitação da Palavra entre os homens.

Rejeição da Luz pelo Mundo: O mundo, em sentido negativo, não


reconheceu a luz, e até o povo eleito, "os seus", não a acolheu. Esta rejeição
é vista como um fracasso maior ainda, evocando a tradição profética de
Israel que resistiu à mensagem de Deus (cf. Dt 9,6).

Filhos de Deus: Aqueles que acolhem a Palavra, por outro lado, recebem o
poder de se tornarem "filhos de Deus", não pela vontade humana ou
procriação biológica, mas pelo novo nascimento espiritual. A ênfase é que é
a Palavra que capacita este novo nascimento, vinculado à ação de Deus.

Encarnação da Palavra: O ponto central do Prólogo é a encarnação da


Palavra: "A Palavra se fez carne". Aqui, a glória divina não está em oposição
à carne humana, mas se manifesta plenamente nela, desde o nascimento
até a morte de Jesus. A carne é o meio pelo qual a glória de Deus é
revelada, um paradoxo que confronta as expectativas daqueles que buscam
uma glória desvinculada da realidade humana e histórica.
O texto oferece uma visão rica e profunda da teologia joanina, ressaltando a
tensão entre a luz e as trevas, a rejeição da Palavra e o mistério da
encarnação. Além disso, destaca que a verdadeira glória divina se revela na
fragilidade da carne, um conceito central ao entendimento cristão da missão
de Jesus.

O trecho que você compartilhou explora a profundidade teológica do termo


"estabeleceu morada" (em grego, eskénosen), conectando-o à tradição
bíblica da presença de Deus entre seu povo. No Antigo Testamento, Deus se
fazia presente na "Tenda do Encontro" no deserto, e mais tarde, no Templo
de Jerusalém, onde Ele podia ser encontrado e contemplado. Essa morada
divina, chamada shekiná em hebraico, simbolizava a manifestação tangível
de Deus, uma ideia refletida também no termo grego skene.

A reflexão no Novo Testamento aponta para um novo "lugar" onde Deus


habita entre os homens: na Pessoa de Jesus Cristo, a Palavra que se fez
carne (Jo 1,14). A encarnação de Jesus é, assim, a nova manifestação da
glória de Deus, superando a antiga revelação limitada e incompleta, como a
que Moisés experimentou quando viu apenas "as costas" de Deus (Ex 33,22-
23). Agora, a glória é plenamente revelada em Jesus, mas, como o texto
salienta, essa glória é concedida por Deus ao Filho e não é intrínseca a Ele
de forma independente. Jesus, como o Filho unigênito, reflete essa glória
cheia de graça e verdade, permitindo que os seres humanos contemplem e
experimentem a presença divina de forma direta e pessoal.

A chave aqui é a compreensão de que a presença de Deus, que outrora se


manifestava na Tenda e no Templo, agora se faz presente em Jesus, e
naqueles que seguem e observam seus mandamentos, tornando-se, eles
mesmos, habitação do Pai e do Filho.

O verbo TROGO (comer) como solução para a forme no Quarto


Evangelho

A introdução apresentada reflete sobre a centralidade de Jesus Cristo na


vida cristã, destacando seu exemplo como modelo de humanidade redimido
e a solução para as questões existenciais. A união com Cristo, expressa no
convite "permanecei em mim", é vista como o caminho para uma
verdadeira conversão cristã e plenitude humana. A Campanha da
Fraternidade de 2023, com o tema "Fraternidade e Fome" e o lema "Dai-lhes
vós mesmos de comer", remete ao episódio da multiplicação dos pães,
simbolizando não apenas uma saciedade material, mas uma transformação
espiritual profunda. O texto sugere que comer a carne de Cristo,
simbolizada na Eucaristia, leva à transformação pessoal e,
consequentemente, à transformação social. A proposta é que a união com
Cristo inspire ações de amor, justiça e generosidade, capazes de atender às
necessidades materiais e espirituais da humanidade.

A multiplicação dos passos é uma passagem central nos Evangelhos, com


significados profundos no âmbito da mensagem de Jesus e sua relação com
o povo. Nos Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, esse milagre está
diretamente ligado à compaixão de Jesus pela multidão que o segue e
demonstra as exceções divinas frente às necessidades humanas. Embora a
palavra grega para “fome” (peináo) não se aplique à descrição desse
milagre, a mensagem vai além da satisfação da necessidade física. Os
evangelistas destacam a generosidade de Deus, cujo dom é o pão que
simboliza o Reino de Deus e a vinda messiânica

Nos Evangelhos Sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas), Jesus realiza o milagre


em um contexto de deficiências e desafios, movido pela compaixão. Nos
relatos, ele instruiu seus discípulos a dar de comer à multidão, ensinando-os
sobre a confiança e a partilha, mesmo com o pouco que possuem. O cenário
do deserto reforça a dependência de Deus, evocando tradições
veterotestamentamentárias como o maná no deserto e a multiplicação do
azeite e pão por Eliseu. A multiplicação dos pães é apresentada como uma
antecipação do Reino de Deus, marcada pela compaixão, misericórdia e
generosidade

Já no Evangelho de João, a narrativa está inserida em um contexto mais


simbólico, conduzindo ao discurso sobre o “pão da vida”. João aprofunda o
significado do milagre ao transcender a necessidade física de alimento e
relacioná-lo com a própria pessoa de Jesus, que se declara o pão da vida,
aquele que sacia a fome espiritual. A passagem, que descreve inicialmente
o milagre da multiplicação, culmina em um discurso sobre a encarnação e a
missão redentora de Jesus. Jesus não apenas alimenta a multidão, mas
revela que sua carne e sangue são o verdadeiro alimento para a vida
eterna, um ensinamento

Essa passagem dos Evangelhos, em suas diferentes nuances, sublinha a


revelação de Jesus como o Messias que provê para o povo, não apenas
fisicamente, mas também espiritualmente. O contraste entre os banquetes
dos poderosos e o milagre da multiplicação ressalta o cuidado divino para
com os mais necessários, evidenciando um Reino de Deus que é acessível a
todos através da partilha, da compaixão e da fé

Por fim, São João vai abordar a relação entre a Eucaristia e o tema da fome
espiritual e material no Evangelho de João, especialmente no capítulo 6.
Inicialmente, há uma análise sobre os verbos gregos usados para "comer",
destacando a mudança de "esthio" (comer) para "trógo" (mastigar), o que
acentua a necessidade de uma união íntima e verdadeira com Cristo através
da Eucaristia. Jesus se apresenta como o "pão da vida" que sacia não
apenas a fome material, mas a fome espiritual, levando à vida eterna. A
multiplicação dos pães, embora atenda à necessidade física, é um símbolo
de um alimento mais profundo, o corpo de Cristo, que é dado para que os
fiéis permaneçam nele

O texto também explora a ideia de que a fome espiritual, expressa através


do verbo "peináo", é uma realidade dinâmica e pessoal que só pode ser
plenamente saciada através da transformação espiritual proporcionada pela
comunhão com Cristo. A erradicação da fome material é vista como uma
responsabilidade cristã, mas que só será eficaz quando acompanhada pela
erradicação da fome espiritual. A comunhão com Cristo na Eucaristia
impulsiona o fiel a um compromisso social, enfatizando que a verdadeira
caridade não é apenas assistencialismo, mas uma expressão do amor divino
e fraterno

As Bodas de Caná

O episódio de João 2,1-11 relata o primeiro milagre de Jesus, nas bodas de


Caná, onde transforma água em vinho. O evento marca o início de sua
missão e a manifestação de sua glória, dando sequência ao contexto de
João 1,19-51, formando uma "semana inaugural". A narrativa começa "no
terceiro dia", simbolizando a intervenção divina, e destaca a presença da
mãe de Jesus, que o incentiva a agir diante da falta de vinho. Embora
inicialmente Jesus pareça resistir, afirmando que sua "hora" ainda não
chegou, ele realiza o milagre como um "sinal" de sua missão messiânica,
mostrando sua soberania e antecipando a plenitude da obra que virá em
sua "hora".

O simbolismo é forte: as talhas de pedra usadas para purificação no


judaísmo, agora vazias, são enchidas de água e transformadas em vinho,
representando a nova alegria e vida trazida por Jesus. A água associada à
Torá é transformada no vinho da alegria messiânica, indicando uma
transição do antigo para o novo. O mestre-sala, sem saber a origem do
vinho, elogia o noivo (uma figura de Jesus, o verdadeiro "noivo" das núpcias
escatológicas), simbolizando o início da Nova Aliança.

João enfatiza que este foi o primeiro de muitos "sinais" de Jesus, apontando
para algo maior que o milagre em si: sua missão de redenção e
transformação. A fé inicial dos discípulos, baseada no sinal, se desenvolverá
à medida que eles compreendem mais profundamente a plenitude da obra
de Cristo. O episódio questiona também se a comunidade cristã continua a
manifestar sinais dessa alegria e restauração divina, e se ainda é capaz de
se engajar com o povo no amor e alegria de Deus.

Os 4 primeiros dias – 1, 19-51

Primeiro Dia: João Batista (1,19-28)

A narrativa começa com o testemunho de João Batista, que é enviado por


uma delegação de sacerdotes e levitas. Esta delegação questionou João
sobre sua identidade, já que ele introduziu um rito de batismo fora das
práticas tradicionais do judaísmo. Ele nega ser o Messias, Elias ou o Profeta,
e se apresenta como "a voz que clama no deserto", conforme Isaías. Esta
confissão é vital para a comunidade joanina, que enfrenta perseguições.
João Batista destaca que, apesar de seu papel, há alguém mais poderoso
que vem após ele, cujos eles não podem ser autorizados.

O primeiro dia é dividido em dois painéis:


 (A) 1,19-23 : João Batista dá testemunho de que não é o Messias,
mas a voz que clama no deserto, conforme Is 40,3. Uma delegação
de sacerdotes e levitas é enviada para questioná-lo sobre sua
identidade. João confessa claramente que não é o Cristo, Elias ou o
Profeta, mas sim a voz que prepara o caminho para o Senhor. Isso
reflete uma situação de resistência à conversão na comunidade
judaica da época.

 (B) 1,25-27 : Os fariseus questionam João sobre seu batismo, dada


sua não-identidade com as figuras messiânicas esperadas. João
explica que batiza com água, mas há alguém entre eles que não
conhece, que é mais poderoso e batiza com o Espírito Santo. A
menção de que não é digno de desamarrar a correia da sandália
daquela que vem após ele indicar a grandeza do Messias.

Segundo Dia: Jesus como Cordeiro de Deus (1,29-34

No segundo dia, João identifica Jesus como “o Cordeiro de Deus que tira o
pecado do mundo”. Este título, que tem origens no sacrifício do cordeiro
pascal e no Servo Sofredor de Isaías, revela a missão de Jesus de libertar a
humanidade do pecado. O Batista menciona que Jesus é aquele sobre quem
o Espírito desce e permanece, deixando sua divindade e seu papel como
aquele que batiza com o Espírito Santo.

O segundo dia também se divide em duas cenas:

 (A) 1,29-31 : João vê Jesus e o declara como "Cordeiro de Deus que


tira o pecado do mundo". Essa expressão relaciona-se com a tradição
judaica sacrificial, onde cordeiros eram oferecidos para expiação de
pecados, e também remete ao Servo Sofredor de Isaías. João destaca
que a missão de Jesus é libertar o povo do pecado, que é uma
realidade coletiva e não apenas individual.

 (B) 1,32-34 : João testemunha que viu o Espírito descer sobre Jesus e
permanecer nele, confirmando que Jesus é quem batiza com o
Espírito Santo. O Batista afirma que Jesus é o Filho de Deus,
enfatizando a revelação divina.

Terceiro Dia: Discipulados de João, André e Simão vão a Jesus (1,35-


42)
Esse texto reflete a introdução do ministério de Jesus e a transição de
seguidores de João Batista para a comunidade de Jesus, sublinhando o
reconhecimento de Jesus como o Messias e a formação do primeiro núcleo
de discípulos.

O terceiro dia apresenta duas cenas:

 (A) 1,35-39b : Dois discípulos de João, incluindo André, seguem


Jesus. João destaca que seguir Jesus significa tornar-se discípulo dele.
O diálogo entre Jesus e os discípulos é caracterizado pela busca de
conhecimento e pela ideia de “permanecer” com ele, enfatizando a
importância da comunidade.

 (B) 1,39c-42 : André encontra seu irmão Simão e o leva a Jesus,


proclamando que retornou o Messias. João usa o termo “Messias”
para reafirmar a expectativa judaica, e isso representa uma
realização das promessas.

Este resumo aborda as transições de identidade, a expectativa messiânica e


a relação entre João Batista e Jesus, fundamentais para a compreensão

Messias/Cristo/Filho de Deus

O Evangelho de João ensina que Jesus é o Messias (Cristo) e o Filho de Deus,


um conceito que se baseia nas promessas do Antigo Testamento. O termo
“Messias” (ungido) remete ao rei ungido de Israel, especialmente Davi,
simbolizando a primeira presença salvadora de Deus. Além dos reis de
Israel, o termo se estende a sacerdotes e profetas, refletindo uma missão de
paz e salvação.

Nos evangelhos, a conexão entre "Cristo" e "Filho de Deus" é forte, com


referências a passagens como 2Sm 7,14 e Sl 2,2. A interpretação de Jesus
como o Messias não se limita às expectativas humanas, mas é uma
realização da promessa divina. O título de “Filho de Deus” destaca a união
moral e amorosa de Jesus com Deus, enquanto “Filho do Homem” enfatiza
sua missão divina e autoridade.

O Evangelho também relata os encontros de Jesus com seus primeiros


discípulos, como André, Pedro, Filipe e Natanael, revelando como foram
apresentados a Jesus. Natanael, ao considerar Jesus como o Messias,
testemunha a surpresa e a nova compreensão do papel messiânico de
Jesus, que é diferente do esperado.
O texto conclui que a comunidade cristã emergente é resultado da
confluência entre o movimento de João Batista e a obra de Jesus, que
transforma e renova as antigas raízes de Israel em uma nova realidade,
convidando os fiéis a seguir Jesus e ver a glória de Deus se manifestar.

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