Resumo Para Entrega
Resumo Para Entrega
Resumo Para Entrega
Segundo Bimestre
A estrutura do Prólogo pode ser vista como um díptico, ou seja, dois painéis
literários e teológicos. O primeiro painel (vv. 1-11) trata da relação do Verbo
com Deus e com o mundo, ressaltando a exclusão do Verbo pela criação. O
segundo painel (vv. 12-18) foca na acessibilidade da Palavra pelos que se
tornam "filhos de Deus". Entre os dois painéis, há referências parentéticas a
João Batista, que funcionam como transições. O ritmo poético do texto, com
o uso de quiasmos e encadeamentos, reforça sua profundidade. Este trecho
oferece uma análise detalhada do Prólogo do Evangelho de João,
destacando a influência do Antigo Testamento (AT), especialmente de
Gênesis 1,1-3, e a presença de elementos da tradição midráxica, que se
caracteriza por interpretações exegéticas da Escritura Judaica. A ideia é que
o Prólogo de João, que se inicia com “No princípio era a Palavra (Logos)”,
evoca não apenas a criação do universo em Gênesis, mas também um
panorama mais amplo da revelação divina por meio da Palavra ao longo da
história.
A partir do AT, é possível ver uma conexão entre a criação (Gn 1,1-3) e a
sabedoria personificada (como em Provérbios 8 e Eclesiástico 24). Esses
textos são vistos como antecipações da revelação que se completa em
Jesus, identificado como a Palavra de Deus. A “Palavra” (ou Logos) em João
não é apenas um princípio filosófico abstrato, mas a manifestação concreta
e ativa de Deus que intervém no mundo.
O versículo 1 de João 1 usa o verbo “era” três vezes para destacar que a
Palavra (Jesus) existia desde o princípio, estava com Deus e era Deus,
indicando tanto a preexistência quanto a divindade de Jesus. Esse versículo,
portanto, estabelece uma base teológica que ecoa o AT, mas traz uma nova
compreensão: a identificação direta da Palavra com Deus, algo que vai além
das concepções judaicas sobre a Sabedoria e a Torá.
Luz que Brilha nas Trevas: A luz não pode ser apagada pelas trevas, uma
referência ao papel perene e transcendental da luz divina, que age mesmo
em meio à resistência do mal e da ignorância. A missão de Jesus como luz
do mundo (cf. Jo 8,12) é um cumprimento dessa promessa, conectando o
início e o fim da sua pregação pública.
Filhos de Deus: Aqueles que acolhem a Palavra, por outro lado, recebem o
poder de se tornarem "filhos de Deus", não pela vontade humana ou
procriação biológica, mas pelo novo nascimento espiritual. A ênfase é que é
a Palavra que capacita este novo nascimento, vinculado à ação de Deus.
Por fim, São João vai abordar a relação entre a Eucaristia e o tema da fome
espiritual e material no Evangelho de João, especialmente no capítulo 6.
Inicialmente, há uma análise sobre os verbos gregos usados para "comer",
destacando a mudança de "esthio" (comer) para "trógo" (mastigar), o que
acentua a necessidade de uma união íntima e verdadeira com Cristo através
da Eucaristia. Jesus se apresenta como o "pão da vida" que sacia não
apenas a fome material, mas a fome espiritual, levando à vida eterna. A
multiplicação dos pães, embora atenda à necessidade física, é um símbolo
de um alimento mais profundo, o corpo de Cristo, que é dado para que os
fiéis permaneçam nele
As Bodas de Caná
João enfatiza que este foi o primeiro de muitos "sinais" de Jesus, apontando
para algo maior que o milagre em si: sua missão de redenção e
transformação. A fé inicial dos discípulos, baseada no sinal, se desenvolverá
à medida que eles compreendem mais profundamente a plenitude da obra
de Cristo. O episódio questiona também se a comunidade cristã continua a
manifestar sinais dessa alegria e restauração divina, e se ainda é capaz de
se engajar com o povo no amor e alegria de Deus.
No segundo dia, João identifica Jesus como “o Cordeiro de Deus que tira o
pecado do mundo”. Este título, que tem origens no sacrifício do cordeiro
pascal e no Servo Sofredor de Isaías, revela a missão de Jesus de libertar a
humanidade do pecado. O Batista menciona que Jesus é aquele sobre quem
o Espírito desce e permanece, deixando sua divindade e seu papel como
aquele que batiza com o Espírito Santo.
(B) 1,32-34 : João testemunha que viu o Espírito descer sobre Jesus e
permanecer nele, confirmando que Jesus é quem batiza com o
Espírito Santo. O Batista afirma que Jesus é o Filho de Deus,
enfatizando a revelação divina.
Messias/Cristo/Filho de Deus